Resumo da palestra do Professor Tomio Kikuchi no Encontro de Maio
2003:
"Solução Perigosa - Guerra e Destino Humano"
Relacionamento indireto é mais importante. Quem está distante enxerga melhor.
Não existe nada "tudo bem". Quem inicia diálogo assim não sabe iniciar o diálogo. É arrogante e infantil. Corta a possiblidade de aproximação.
Quem sabe controlar o estilo cotidiano pode controlar o destino.
Guerra oculta é muito pior do que guerra aparente, superficial.
Amigos de qualidade péssima se atraem por filhos de família rica.
Pessoa séria, honesta, sofre mais. Pessoa honesta não sabe mentir. Quem não sabe mentir não sabe utilizar a honestidade. Mentira vital é melhor que verdade fatal.
Jovem é problema crescente, ambulante.
Dificuldade é normalidade.
O opostp de radical é superficial. Tem que ser os dois lados juntos.
É preciso humilhar a si próprio, ameaçar a si próprio, para aguentar ameaça externa.
Basta relacionar-se com um pouquinho do sistema. É suficiente relacionar-se com o mínimo de pessoas que percebem.
Quem percebe não precisa perguntar muita coisa.
Nossa Escola parece mosteiro. Mais milagres acontecem dentro de mosteiros.
Meu tempo é limitado, por isso estou aproveitando. Já estou com 77 anos - faltam 3 para completar 80. Qualquer lugar distante do foco do sistema pode influenciar. Vou apostar minha vida no projeto de uma aldeia. Como o protagonista do filme Viver, de Akira Kurosawa, tenho que apostar minha vida curta. Nossa comunidade não vai ser fácil para aproximar. Vai ter muito mato. Milagre sempre acontece em conseqüência de processo dificultoso.
A educação dada pelos meus pais era mais instintiva. Eu tive que aprender a perceber o que estava precisando. As tarefas da minha infância eram passar pano no chão, dar comida ao cavalo, entre outras. Para passar o pano no chão, o pano não podia estar muito molhado, senão congelava. Tinha que fazer isso antes de ir para a escola. Meu pai e minha mãe mostravam exemplo: trabalhavam 24 horas por dia.