Como candidato a diretor do IME, gostaria de abrir o diálogo
com algumas considerações.
Penso que novo diretor não apenas
deverá procurar acalmar os
ânimos. Será preciso também
analisar publicamente as diferenças
e procurar um consenso. Por exemplo,
as atuações da CERT tem provocado diversos
episódios lamentáveis e é importante o Diretor
manifestar sua opinião. A peculiaridade aqui é que
os problemas são comuns a toda a Universidade.
Gostaríamos de mencionar algumas idéias e princípios que defendemos. Analisando a nossa proposta para a direção do IME como fora divulgada 4 anos atrás, observamos que, surprendentemente, o documento mantém uma boa parte de sua validade. Fizemos as atualizações que julgamos pertinentes e acrescentamos dois novos itens tratando das interações dos departamentos e do IME com outros ógãos.
Nossa decisão de assumir a candidatura à direção do IME decorre de uma conjunção de circunstâncias. Reconhecemos que tem sido conseguidas nos últimos anos realizações bastante significativas que todos conhecemos e das quais todos desfrutamos. Estes trabalhos não estão, porém, terminados. Propomos dar continuidade a algumas realizações do atual diretor com a colaboração de todos.
O dia a dia
A estrutura
Pesquisa, ensino, extensão
Os órgãos centrais
Interações DEPARTAMENTOS/CTA e
DEPARTAMENTOS/CONGREGAÇÃO
Relações UNIDADE-ADMINISTRAÇÃO CENTRAL
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Pretendemos conduzir a direção pelos caminhos do direito democrático, com transparência e com base no diálogo. Nenhuma pessoa será nem poderá ser perseguida pelo que é, pelo que pensa, por suas idéias.
Além disso, são notórias as dificuldades provocadas por falta de espaço, que se espera resolver com o novo prédio que está para ser construido.
Entendemos também que deve haver total transparência para que os funcionários do IME tenham informações precisas de suas possibilidades de ascenção nas respectivas carreiras.
Consideramos que o IME tem evoluido muito satisfatoriamente no setor de pesquisa, se bem que ainda precisamos melhorar nossa política científica e o nível de algumas áreas. Temos que dar reconhecimento público a nossos melhores pesquisadores e ajudar no esforço dos que ainda não conseguem uma produtividade razoável. Temos que avaliar nossas pesquisas próprias e equacioná-las com relação a outras que decorrem de solicitações advindas das esferas do ensino e da interação com a sociedade.
Devemos atrair e formar excelentes alunos de pós graduação e colaborar com o permanente aprimoramento deste nível de ensino.
A dedicação à docência, a atividades de extensão ou a trabalhos interdisciplinares podem motivar alguns colegas nossos à realização de pesquisa em áreas diferentes daquelas tradicionalmente desenvolvidas no IME. As pesquisas oriundas de tais atividades devem ser avaliadas quanto a seu mérito no sentido de poder aceitá-las como produção académico-científica pertinente ao IME.
Com relação às atividades de ensino, temos que estimular o seu constante aprimoramento em todos os aspectos. Torna-se importante incentivar o bom funcionamento das comissões de curso. Em particular, urge uma avaliação profunda das causas de evasão nos cursos de graduação. Pretendemos também continuar apoiando a implementação da nova Licenciatura em Matemática, cujo processo de gestação, elaboração e implantação temos acompanhado com interesse.
Quanto à criação de um novo(s) bacharelado(s) noturno(s), de caráter profissionalizante, consideramos que se trata de mais um relevante serviço à comunidade que o IME deve oferecer. Acreditamos ser oportuno um aumento de vagas nos diversos cursos. Essas propostas devem ser analisadas amplamente e em profundidade.
Com relação à extensão, é importante incentivar a definição e a realização de novas atividades de interação com e para o benefício da sociedade, com a qualidade própria à universidade e com eficácia compatível com nossas possibilidades. Para isto pretendemos favorecer o trabalho dos centros - CAEM, CEC, CEA e CEMCAP.
A apurada discussão no IME sobre a definição e a hierarquização das atividades de pesquisa, docência e extensão permitirá aperfeiçoar o atual processo de avaliação dos departamentos. É preciso que o IME proponha uma boa definição de critérios para a instrução prévia e adequada do referido processo. Caso contrário, corre-se o risco de avaliar exclusivamente aspectos quantitativos de eficiência puramente instrumental que não condizem com os valores humanos globais que caracterizam a universidade.
Deverá ser instalado proximamente o processo de revisão dos estatutos da universidade. Apoiaremos, nesta ocasião, a discussão democrática ampla no seio da comunidade do IME. Defenderemos o mais amplo respeito aos princípios democráticos básicos e, em particular, apoiaremos reformas tendentes a aumentar a autonomia dos departamentos, que foi prejudicada na última revisão.
Outro assunto que merecerá destaque é a questão da composição dos órgãos colegiados bem como a questão dos elegíveis aos cargos de direção.
A legislação prevê que algumas decisões dos departamentos devem ser homologadas pelo CTA e/ou pela Congregação. No entanto, outras, precisam ser tomadas por esses órgãos superiores a partir da indicação do Departamento.
As interações resultantes têm sido fontes de conflitos que podem ser evitados ou minimizados. Uma idéia nesse sentido é a seguinte:
(a) Quando se julgar conveniente ou necessário, deverão ser estabelecidas normas ou critérios para servirem de orientação aos Departamentos. O processo de aprovação de tais normas deverá contemplar uma ampla discussão que não poupe esforços para alcançar decisões consensuais.
(b) A existência desses parâmetros tenderá a fazer com que a grande maioria dos assuntos possam ser deliberados sem dificuldade. Em casos que o colegiado superior discordar da indicação do Departamento, o processo será retornado a este para uma nova indicação.
Pensamos que, dessa forma, os processos decisórios serão bastante acelerados, as discussões deverão diminuir e os colegiados terão tempo de apreciar as questões verdadeiramente significativas.
Deve existir um equilíbrio entre a autonomia das unidades e as funções de supervisão e controle, próprias da administração central.
A responsabilidade da avaliação das unidades e dos departamentos cabe ao CO e aos conselhos centrais.
A avaliação dos funcionários cabe à unidade. A avaliação dos docentes cabe aos departamentos sob o gerenciamento da unidade. Todos os docentes e todos os funcionários devem ser avaliados periodicamente. Os critérios e os pesos das avaliações devem ser públicos.
Dentro dos limites orçamentários aprovados, cada unidade deve poder decidir sobre concursos e contratações de docentes e funcionários.
Em todos os níveis, as gestões serão realizadas com a maior transparência de forma que, em cada situação, toda a informação pertinente possa chegar aos interessados.