Edward Teller

["Dani Gamerman" <dani@im.ufrj.br>]

Caros colegas

Segue abaixo nota transcrita da edição de hoje do Jornal da 
Ciência on-line sobre seu falecimento. Para quem não sabe,
sua importância histórica para nós vem principalmente do fato 
dele ser o 5o e último autor do (hoje celebrado) artigo de 
Metropolis et al. publicado no J. Chemical Physics em 1953 e
que serviu como ponto de partida para o conjunto de técnicas 
hoje conhecido como MCMC.
Desconfio que boa parte do desenvolvimento de técnicas de
Monte Carlo, das quais os usuários atuais (pacifistas ou não) 
de MCMC e bootstrap são beneficiários, ocorreu por volta da 
década de 40 devido às pesquisas armamentistas associadas à 
II Guerra Mundial e à busca da bomba atômica. 

Saudações anti-bélicas
Dani

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Morre Edward Teller, 'pai' da bomba de hidrogênio  
   
Aos 95 anos de idade, físico nascido na Hungria e ícone da corrida 
armamentista no século 20 sofre derrame nos EUA

O físico Edward Teller, 95, conhecido como o 'pai' da bomba de hidrogênio, 
morreu na terça-feira nos EUA, vítima de derrame.

Teller é considerado um dos maiores defensores da corrida armamentista. Além 
de mentor da 'bomba H', participou do Projeto Manhattan, programa secreto do 
governo americano que produziu a primeira bomba atômica. 

Teller foi um defensor do escudo antimísseis com auxílio de satélites que 
ficou conhecido como 'Guerra nas Estrelas'.

Teller, que nasceu na Hungria em 1908, foi um dos cientistas judeus que 
escaparam da Alemanha nazista na década de 30, indo para os EUA. Em 1941, o 
físico recebeu a cidadania americana.

A bomba H funciona com a explosão de uma bomba atômica para induzir a fusão 
de átomos de hidrogênio, o que libera enorme quantidade de energia.

Os EUA detonaram a primeira 'bomba H' no atol de Eniwetok, no Pacífico, em 
novembro de 1952. Ela era 2.500 vezes mais potente que as bombas lançadas 
pelos americanos em Hiroshima e Nagasaki, em 1945, que mataram mais de 100 
mil civis.

Teller ficou conhecido também por sua repulsa às idéias soviéticas. Em julho 
de 2003, ele recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta 
condecoração concedida nos EUA.
(Folha de SP, 11/9) 
 


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Dani Gamerman
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