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RE: [ABE-L]: Corroborando com a Mensagem do Morettin



Também nunca antes ouvira falar do Leonardo. Espero encontrá-lo num
SINAPE, ou outra reunião de estatísticos, pra termos longos e agradáveis
papos...

Zé C.

-----Original Message-----
From: Leonardo Soares Bastos [mailto:bastos@ipea.gov.br] 
Sent: Wednesday, September 24, 2003 4:06 PM
To: 'carvalho@statistika.com.br'
Subject: RES: [ABE-L]: Corroborando com a Mensagem do Morettin



Sei lah quem eh esse cara mas eh outro radical....


> -----Mensagem original-----
> De: José F. de Carvalho [mailto:carvalho@statistika.com.br]
> Enviada em: terça-feira, 9 de setembro de 2003 18:15
> Para: gauss@ufba.br
> Cc: abe-l@ime.usp.br
> Assunto: RE: [ABE-L]: Corroborando com a Mensagem do Morettin
> 
> 
> Gauss:
> 
> Essa estória parece uma piada, tamanha a estupidez. Mas, estórias como

> essa, com o mesmo CONRE, eu as coleciono desde 1970. Naquele ano, o 
> CONRE-SP oficiou à Unicamp, pedindo os nomes dos professores de 
> estatística, que deveriam ser registrados no CONRE, por força de lei 
> (dizia o ofício). O Prof. Zeferino respondeu ao ofício, em carta (isto

> já significava um desmerecimento formal ao Conre), dizendo que a 
> universidade era autônoma. Disse o Reitor que, se a universidade 
> resolvesse colocar uma pessoa, formada em engenharia, para ensinar 
> anatomia no curso médico ela o faria, o que seria dependeria só da 
> capacidade do docente. Curioso, ouvi dizer que, pouco tempo depois, 
> esse presidente do Conre fôra processado, ele mesmo, por achacar 
> empresas, obrigando-as a contratá-lo (pró-forma, como farmácias 
> fizeram com farmacêuticos por muito tempo) ou a enfrentar multas.
> 
> E os Conre, para que servem? Uma vez, só para testar,
> denunciei ao Conre
> um uso errado e ilegal (ex vi a lei) da estatística. Solicitei que um
> representante do Conre fosse a um seminário, na USP, só para 
> participar
> de um debate e, ipso facto, tomar conhecimento do inteiro teor da
> denúncia. Aliás, fiz uma representação por escrito! Foi gente 
> de muitas
> organizações lá - menos o Conre. Fiz isso outra vez, em outro 
> problema,
> com o mesmo resultado, inação total. 
> 
> A regulamentação da profissão de estatístico é tola. Mas existe. 
> Deveríamos fazer um lobby, um movimento, para acabar com ela.
> 
> Quanto à sua estória, cabe uma triste conclusão: para que nos 
> preocuparmos com algo inerte, como o Conre? Que pode ele fazer?
> Pergunto: resultou multa efetiva, que teve de ser paga? Não acredito.
> 
> De resto, sabe a sociedade, e sabemos nós também, quem são os 
> estatísticos. Aliás, nós os formamos, não é? Somos nós que damos a 
> eles o direito de se registrarem no Conre! Suprema ironia...
> 
> -----Original Message-----
> From: gauss@ufba.br [mailto:gauss@ufba.br]
> Sent: Tuesday, September 09, 2003 10:31 AM
> To: abe-l@ime.usp.br
> Cc: gausscordeiro@uol.com.br
> Subject: [ABE-L]: Corroborando com a Mensagem do Morettin
> 
> 
> Caros Colegas,
> 
> O Pedro Morettin tem razão em relação aos pontos que
> descreveu. Gostaria
> de salientar o que aconteceu comigo - vítima do CONRE como orgão
> regulador da profissao de estatistico. Em 1991 o Jornal do Brasil
> publicou (com chamada na primeira página) uma reportagem 
> sobre previsão
> de AIDS no País onde eu (então pesquisador do 
> IMPA) e o Dani Gamerman (UFRJ) usávamos métodos distintos de 
> previsão do
> número 
> de soropositivos pelo vírus HIV no País até o ano 2000. No 
> dia seguinte
> da 
> publicação do JB com esta reportagem, representantes do CONRE-RJ
> procuraram 
> a Direção do IMPA para MULTÁ-LO (o termo foi essse mesmo) por empregar
> uma 
> pessoa (eu) que não estava habilitada a fazer previsões de 
> Estatística,
> principalmente porque a matéria continha uns gráficos. Para manter um
> paralelismo com a inabilidade do CONRE é como somente os matemáticos
> pudessem usar o teorema de Pitágoras...
> 
> Cordiais Saudações,
> Gauss Cordeiro
>  
> 
> 
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> 
> 
>