[Prévia] [Próxima] [Prévia por assunto] [Próxima por assunto]
[Índice cronológico] [Índice de assunto]

Sobre a mensagem da nossa Presidente



Caros Redistas,
Fico triste ao ler na mensagem da nossa Presidente
Profa. Lúcia Barroso que o SINAPE de 2006 ficou em
15ª posição de prioridades de alocação dos recursos
do CNPq no CA da Matemática e Estatística e que o ICOTS7
recebeu zero, ou seja, não teve importância. Fiquei
sabendo ainda que o SINAPE deve receber apenas
R$ 30.000,00 após gestões feitas ao CNPq.
No meu entender, o SINAPE é o evento GLOBAL mais importante
da Probabilidade e da Estatística do País e deveria merecer melhor distinção.  Com a participação este ano de 673
pessoas, o evento tem efeitos multiplicadores consideráveis
para a Probabilidade e Estatística em todo o Brasil.
Fico mais triste ainda ao saber pelos jornais que o
Ministério da Ciência e Tecnologia (órgão ao qual o CNPq está vinculado) dedicou R$ 15,4 milhões ao programa de inclusão digital entre 2005 e 2006 para compra de microônibus digitais (equipados com microcomputadores) para acesso de pessoas de baixa renda. Somente dois deputados cariocas responderam por (pasmem) R$ 8,98 milhões! Não sei o que isso tem a ver com ciência e tecnologia, pois me parece que deveriam ser recursos do Ministério do Planejamento para as prefeituras do País. 
Mas o pior é que isso está sendo denunciado como um novo
negócio da máfia das sanguessugas, que já estava considerando LIMITADO o espaço para a venda de ambulâncias a prefeituras.
Quanto ao pequeno interesse - demonstrado em 2006-,
pela ABE bem explicitado pela Profa. Lúcia Barroso, aí a
culpa é de todos nós que fazemos a nossa associação. Não sei porque está acontecendo isso! Será que os estatísticos de hoje não são tão empreendedores quanto àqueles da minha geração que fundaram a ABE em 1984? Será que os estatísticos de hoje só pensam em publicar papers? Tendo participado do ICOTS7 tenho certeza que este evento contribuiu mais para a Estatística nacional do que alguns papers de boa qualidade que são publicados no exterior (incluindo os meus)
Começo a pensar que minhas amadas filhas têm razão quando me dizem rotineiramente: “o senhor deveria ter sido engenheiro da Petrobrás e não cientista de um País que preza pouco (no entender delas) pelos seus cientistas e nivela tudo por
baixo principalmente nas universidades federais (onde elas obtiveram seus diplomas de médicas)”.
Saudações,
Gauss Cordeiro