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Re: [ABE-L]: Estatística no Brasil
- Subject: Re: [ABE-L]: Estatística no Brasil
- From: Basilio de Bragança Pereira <basilio@hucff.ufrj.br>
- Date: Mon, 16 Oct 2006 08:54:17 -0300
Para que fique registrada na lista ABE seque a integra da entrevista do
Professor Gauss.
Poderiamos coloca-la nos arquivos da hitória da estaistica
Basilio
gausscordeiro Escreveu:
Caros Redistas,
No site da arscientia está publicado uma entrevista que dei a
Profa. Ivy Judensnaider sobre "O Amadurecimento da Pesquisa e Ensino
de Estatística no Brasil".
A entrevista está publicada em
http://www.arscientia.com.br/materia/ver_materia.php?id_materia=273
Cordiais Saudações,
Gauss Cordeiro
O amadurecimento da Pesquisa e Ensino de Estatística no Brasil
De: Ivy Judensnaider
O Prof. Dr. Gauss M. Cordeiro é matemático (1973), engenheiro civil (1974),
mestre em Engenharia de Produção pela UFRJ (1976) e PhD em Estatística pela
University of London (1982). Foi Presidente da Associação Brasileira de
Estatística e tem cerca de 96 artigos científicos publicados em periódicos
internacionais. Atualmente, é Pesquisador IA do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e professor da Universidade
Federal Rural de Pernambuco.
O Prof. Gauss respondeu algumas perguntas feitas pela arScientia.
arScientia: O ensino de Estatística (ao menos como disciplina instrumental
nas Humanas e Biológicas) não privilegia a visão histórica quando da
discussão de seus conteúdos. Portanto, o aluno se vê em contato com os
conceitos de estatística descritiva, probabilidade, curva de distribuição
normal, curva de erros e princípio dos mínimos quadrados, apenas para citar
alguns exemplos, sem ter a mais vaga idéia do que esses desenvolvimentos
representaram em termos de determinados contextos históricos. Quer dizer,
não entende que esses conceitos são, na verdade, frutos de determinadas
exigências históricas. Quais as razões que podem explicar um ensino da
Estatística tão desvinculada de história?
Prof. Gauss Cordeiro: Quando professores com doutorado em Estatística
ensinam esta disciplina nas áreas de Humanas e Biológicas, acredito que os
seus principais conceitos sejam dados com uma maior ênfase histórica. Na
realidade, os principais conceitos da Estatística surgiram efetivamente de
problemas reais e eles devem ser sempre mencionados quando o professor for
ministrá-los. O princípio dos mínimos quadrados surgiu devido à análise de
dados de astronomia e ao problema de se determinar a distância entre as
cidades de Berlin e Koln. Os testes de hipóteses surgiram da necessidade de
saber se os planetas descreviam órbitas distribuídas aleatoriamente. O
problema de determinação da população da França deu origem aos estimadores
de razão. Os conceitos de regressão e correlação surgiram com estudos
desenvolvidos por Francis Galton sobre a hereditariedade genética. O famoso
teste t de Student foi decorrente da tentativa de melhorar a qualidade da
cerveja. A análise de variância (proposta por Fisher) decorreu do problema
de verificar se havia interação significativa entre as diversas variedades
de batatas e fertilizantes. O planejamento de experimentos originou-se do
problema de melhoramento de técnicas agrícolas. E por aí vai. Infelizmente,
muitos professores ainda ensinam todos esses conceitos sem situá-los
devidamente na história.
arScientia: Para a Estatística, do ponto de vista histórico, qual a
importância
da mecânica de Newton como modelo de excelência para a Ciência? O que
a Revolução Científica representa, para a Estatística, em termos de marco
histórico?
Prof. Gauss Cordeiro: O método Newtoniano foi muito importante para o
desenvolvimento (por Adam Smith) dos fundamentos da Economia como ciência.
Ele tornou a Economia compreensível e sistemática a partir de leis gerais
análogas às leis gerais dos movimentos dos corpos da Física, elaboradas por
Sir Isaac Newton. O seu livro ?A Riqueza das Nações?, publicado em 1776,
pode ser considerado como a origem do estudo da Economia. Curiosamente, no
ano seguinte, em 1777, Daniel Bernoulli usa um princípio científico para
estimar o parâmetro de uma distribuição a partir de pressupostos científicos
básicos à semelhança do método Newtoniano. O princípio de Bernoulli pode ser
entendido como a origem do método estatístico de estimação mais conhecido -
o método de máxima verossimilhança -, formulado por Fisher em 1912, após 135
anos de Bernoulli descrevê-lo pela primeira vez.
arScientia: Como deve ser realizado o ensino de Estatística em cursos das
áreas Humanas e Biológicas? O aluno deve entender com profundidade a
matemática envolvida ou deve ser privilegiada a formação dele como um
usuário das ferramentas estatísticas? Seria funcional, nas universidades,
uma área de Estatística que fosse prestadora de serviços para os
profissionais das mais diversas áreas do conhecimento, liberando esses
profissionais de anos e anos de estudo matemático de ferramentas das quais
eles são meramente usuários?
Prof. Gauss Cordeiro: Nos dias de hoje, acredito que o ensino da Estatística
em cursos das áreas de humanas e biológicas deve ser feito com um suporte
computacional acessível que seja facilmente entendido por esses alunos, sem
entrar em detalhes matemáticos mais profundos, para não assustá-los. A
Estatística tem muitos atrativos e pode ser facilmente ensinada nestes
cursos com o auxílio de softwares bastante acessíveis como, por exemplo,
SPSS e MINITAB, sem precisar discutir os detalhes matemáticos que cercam
muitos dos seus conceitos. A Estatística (segundo Rao) pode ser definida por
uma soma algébrica de três componentes: Estatística = Ciência + Tecnologia +
Arte. Para motivar mais os alunos das áreas de humanas e biológicas e para
muitos outros profissionais desta ciência, sugiro que os professores ao
ensinar Estatística procurem tentar maximizar as duas últimas componentes. O
estatístico teórico é coisa do passado. A computação é essencial para a
pesquisa moderna em Estatística e para a colaboração em grande escala com
áreas tais como biologia, medicina, ciências sociais, economia e finanças. A
pesquisa moderna em Estatística e a prática estão intimamente ligadas à
computação.
arScientia: São raros os cursos em Administração, Comunicação e Marketing
que, nas disciplinas de Pesquisa Social, oferecem aos alunos os conteúdos de
análise multivariada de dados e outras técnicas mais sofisticadas de análise
estatística. Normalmente, esses são objetos de estudos nos cursos de
pós-graduação ou outros programas avançados? O senhor acredita que essa seja
uma medida correta, do ponto de vista de preparo dos alunos para a atividade
de pesquisa e para a formação profissional demandada pelo mercado? Essa
situação é similar a outros países do mundo ou é uma situação tipicamente
brasileira?
Prof. Gauss Cordeiro: Ensinar análise multivariada em cursos de graduação de
Administração, Comunicação e Marketing não é uma tarefa fácil, pois a maior
parte dos conceitos desta disciplina exigem um conhecimento matemático mais
aprofundado. Entretanto, a análise multivariada pode ser, também, ensinada
nestes cursos com o auxílio de softwares simples, concentrando-se mais nos
seus conceitos e operacionalidade sem entrar propriamente no ferramental
matemático. No meu entender, esta situação não é peculiar no Brasil, sendo
similar a outros países do Primeiro Mundo.
arScientia: Nos seus primórdios, a Estatística foi chamada de Aritmética
Política. Nos dias de hoje, é instrumento fundamental para os profissionais
das áreas de pesquisa social. No entanto, ao que parece, o ensino de
Estatística nas universidades acontece de forma dissociada dos conteúdos de
Metodologia Científica. Aprende-se Estatística e aprende-se Metodologia, mas
não se aprende como as duas áreas do saber estão relacionadas. Esse fato
pode contribuir para uma visão distorcida da Estatística por parte dos
alunos, que acabam por percebê-la como um amontoado de matemática
extremamente complexa e sem utilidade? Penso nisso ao lembrar do pavor dos
estudantes dessas áreas em relação à Estatística, e à sensação deles que
esse é um saber que não tem propósito algum.
Prof. Gauss Cordeiro: Com a informatização da sociedade, as aplicações da
Estatística atingiram níveis nunca antes sonhados. Para os profissionais das
áreas sociais, o uso da Estatística é imprescindível para compreender e
tirar conclusões das pesquisas sociais. Certamente, o ensino de Estatística
hoje, nas universidades, acontece muitas vezes de forma dissociada dos
conteúdos de metodologia científica, mas acredito que, com o tempo, esta
dissociação será reduzida. Cabe aos professores apresentar a Estatística de
forma atraente aos profissionais das áreas de pesquisa social. Na minha
experiência, isso pode ser feito através de inúmeros exemplos elucidativos.
Gostaria de enfatizar que da década de 60 até a primeira metade dos anos 70,
a Estatística no Brasil era o ?patinho feio? das ciências exatas. Os tempos
mudaram e, com as inovações tecnológicas, principalmente na área
computacional, a Estatística no Brasil - em menos de quatro décadas -, se
transformou num ?belo cisne?. Acredito que estamos pari passu no País com a
física, química, matemática, informática, economia e algumas engenharias, em
termos de qualidade da pesquisa desenvolvida, perdendo tão somente em
quantidade pelo simples fato do nosso capital humano ser ainda inferior ao
destas outras áreas. O amadurecimento da Estatística no País, irá minimizar
vários entraves no ensino desta área aos alunos com pouco conhecimento
matemático.
arScientia: Costumamos considerar os Estados Unidos e a Europa como centros
irradiadores do conhecimento, ficando o restante do mundo na condição
periférica em termos de produção do saber. No caso específico da
Estatística, os desenvolvimentos dos pesquisadores da Índia são exceção ou
apenas confirmam essa tradição já conhecida de centro-periferia?
Prof. Gauss Cordeiro: Os principais conceitos da Estatística moderna foram
originários na Inglaterra. A parte mais significativa do desenvolvimento
da Estatística ocorreu nos primeiros 20 anos do século passado e deve-se,
principalmente, a esse País. A Índia por ter sido ex-colônia britânica
beneficiou-se enormemente da sua interação científica com o Reino Unido e
alguns dos estatísticos mais famosos são indianos. O mais importante deles
foi Mahalanobis que criou o Instituto Indiano de Estatística. Em 1924, ele
trabalhava em experimentos agrícolas, em grandes planos amostrais e em
estratégias para prevenir enchentes e conheceu Ronald Fisher (com quem
manteve uma grande amizade por longo tempo) gerando frutos positivos para a
Estatística na Índia.
arScientia: Atualmente, quais países são considerados centros de excelência
na produção do conhecimento estatístico? Como o Brasil se situa nesse
cenário?
Prof. Gauss Cordeiro: Os Estados Unidos e a Grã Bretanha lideram a pesquisa
científica na área de Estatística. O Brasil tem seguramente liderança na
América Latina, mas estamos ainda muito distante desses países em termos de
capital humano e da quantidade da pesquisa desenvolvida. O ?Canadian Journal
of Statistics? publicou um grande levantamento em termos de publicações em
periódicos internacionais, entre 1985 e 1996, e as oito primeiras posições
foram, obtidas, respectivamente, por: Estados Unidos, Grã Bretanha, Canadá,
Austrália, Alemanha, França, Japão e Holanda. A Índia ficou em 9ª posição
mundial e o Brasil em 23ª posição. Não deixa de ser uma posição incômoda se
notarmos que somos a 10ª economia mundial em termos de poder de paridade de
compra. Infelizmente, o capital humano qualificado de Estatística no País é
ainda muito reduzido. O trabalho realizado pela Associação Brasileira de
Estatística (ABE) (site www.redeabe.org.br) tem sido muito importante para o
desenvolvimento da área de Estatística no Brasil e na América Latina.
Entretanto, convém enfatizar, que esta associação só foi fundada 150 anos
após a Royal Statistical Society (da Inglaterra) ter sido criada.
arScientia: Quais são os temas que têm sido alvo de atenção especial da
Estatística nos dias de hoje? Quais são os estudos de ?ponta? nessa área?
Prof. Gauss Cordeiro: No contexto mundial, a Estatística Matemática e a
Probabilidade têm atraído inúmeros pesquisadores nos dias de hoje e muitos
dos estudos nestas sub-áreas têm sido de ponta. Saliento que o número de
pesquisadores brasileiros envolvidos nestas subáreas é pequeno face à sua
importância no contexto mundial. Vários temas de concentração da Estatística
estão em moda atualmente, entre os quais poderei citar alguns: teoria do
caos, ?data mining?, KDD (?Knowledge Discovery in Databases?), redes
neurais, sistemas híbridos, modelagem em finanças e economia, estatística
computacional, algoritmos genéticos, lógica nebulosa (?fuzzy logic?),
sistemas especialistas, ?symbolic data analysis?, modelos estocásticos em
genética e DNA, reconhecimento de padrões e processamento de sinais e
imagens, ?Wavelets?, física estatística, otimização estocástica,
?bootstrap?, inteligência computacional, modelos dinâmicos, análise de
riscos, métodos MCMC e modelos ARCH. Acredito que devo ter me esquecido de
citar vários outros importantes. Enfatizo que a inteligência computacional
tem sido utilizada largamente na construção de sistemas inteligentes como
suporte à decisão e otimização, modelagem, controle e automação industrial,
reconhecimento de padrões e "data mining", entre outros, obtendo, em muitos
casos, uma eficiência superior àquela obtida por métodos convencionais.
arScientia: Em tempos de eleição, o vocabulário relativo às pesquisas de
opinião pública passa a fazer parte do cotidiano de todos. Para o cidadão,
no entanto, fica cristalizada uma opinião que é fruto apenas do acerto ou
erro dos institutos de pesquisa. Muitas vezes, ele acaba concluindo que
pesquisa de opinião pública é apenas um recurso de propaganda. Essa
percepção é resultado somente das dificuldades do jornalismo científico em
explicar ao leitor os limites das ferramentas estatísticas?
Prof. Gauss Cordeiro: Muitas pessoas pensam que a Estatística só serve para
prever o percentual de votos que um candidato terá ao participar de uma
eleição. Muitos institutos de pesquisa de opinião pública adotam
procedimentos de amostragem por quotas e, nesse caso, não há como se estimar
com precisão as margens de erro nas pesquisas eleitorais. No Boletim 64 da
ABE, 2º quadrimestre de 2006, tem um artigo dos professores José Carvalho e
Cristiano Ferraz, ilustrando bem a falsidade das margens de erro de
pesquisas eleitorais baseadas em amostragem por quotas; muitos institutos de
pesquisa erram nas previsões eleitorais por problemas como esse. Com a
informatização da sociedade, a Estatística alcançou níveis nunca antes
sonhados. Há cerca de 30 anos, sem os recursos da informática existentes
hoje, fazia-se estatística por interesses acadêmicos (pesquisa e ensino),
para aplicações a grandes áreas bem definidas (biologia, censo demográfico,
economia, gestão governamental, medicina e tecnologia) ou por diletantismo.
Nos dias atuais, com o auxílio sempre crescente da informática, as
aplicações da estatística se estendem a praticamente todas as áreas e
subáreas do conhecimento. Muitas das decisões do dia-a-dia se resumem a
problemas de cunho puramente estatístico. Encontramos, frequentemente,
fazendo pesquisa em Estatística de bom nível, ex-administradores,
ex-agrônomos, ex-cientistas sociais, ex-economistas, ex-engenheiros,
ex-físicos, ex-matemáticos, ex-médicos, ex-químicos, ex-etc. Entretanto,
dificilmente encontraremos ex-estatísticos. Tenho firme convicção que a
Estatística está se tornando um atrativo das outras áreas.
arScientia: Do ponto de vista da história da Estatística no Brasil, quais
são os maiores marcos? Quais as perspectivas para a área nos próximos anos?
Prof. Gauss Cordeiro: Entendo que a fundação da Associação Brasileira de
Estatística (ABE), em 7 de setembro de 1984, foi fundamental para promover e
alavancar as atividades de ensino e pesquisa em Estatística no País. A ABE é
responsável por várias reuniões especializadas nacionais, como as escolas de
modelos de regressão e de séries temporais e econometria e o encontro
Bayesiano, as quais produzem uma grande interação entre os pesquisadores
brasileiros com efeitos multiplicadores em todo o Brasil e na América
Latina. Além destas reuniões, a ABE promove, a cada dois anos, o Simpósio
Nacional de Probabilidade e Estatística (SINAPE), com uma média superior a
600 participantes por reunião. Um outro fator primordial para o crescimento
da pesquisa de ponta em Estatística no País foi a consolidação dos cursos de
pós-graduação em Estatística na USP (São Paulo, Piracicaba e São Carlos),
UNICAMP, UFRJ, UFPE, UFMG, UFSCar, ENCE e em outras instituições menores. A
pesquisa em Estatística está crescendo a passos largos em todas estas
instituições. Convém aqui enfatizar que a pesquisa teórica em Probabilidade
no Brasil tem prestígio internacional, destacando-se suas atividades na USP,
UNICAMP, IMPA e CBPF (RJ). Acho que as perspectivas para a área de
Estatística Aplicada no País são muito boas, sobretudo na bioestatística,
medicina (diagnóstico, prognóstico, ensaios clínicos, genética e DNA) e
epidemiologia, economia (com ênfase especial em estudo de mercado) e
finanças, biometria, sociometria, agricultura (introdução de novas técnicas
na experimentação agrícola), indústria e negócio (controle de qualidade,
previsão de demanda, gerenciamento eficiente) e políticas de decisão do
governo.
arScientia: Qual pergunta os estatísticos do século XXI gostariam de ver
respondida?
Prof. Gauss Cordeiro: No médio prazo, a Estatística deverá entrar pesado em
várias áreas da medicina como automação de processos de diagnóstico. Ela
terá nos próximos anos um papel crucial para prognosticar riscos de
pacientes desenvolverem determinadas patologias, tendo como base dados de
exames clínicos e laboratoriais e o estudo do DNA. Modelos e métodos
estatísticos sofisticados possibilitarão, num futuro próximo, desenvolver
sistemas especialistas de auxílio ao diagnóstico clínico. Acredito que a
possibilidade de cura do câncer deverá passar por métodos e modelos
estatísticos. Quando visitei, há cerca de 10 anos, o Hospital M D Anderson,
em Houston, Texas, um dos mais especializados dos EUA no tratamento do
câncer, verifiquei que o combate a qualquer tipo (e grau) desta patologia
seguia protocolos bem definidos com o suporte do grupo de bioestatística
deste hospital.
(Está autorizada a reprodução deste texto. Solicita-se que a fonte seja
mencionada e linkada).
11/10/2006