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Resposta ao Prof. Luiz Paulo



Caro Luiz Paulo e demais Redistas,

Em primeiro lugar eu não considero que "mirei minha metralhadora"
- como você mencionou no seu e-mail -, para ninguém. Apenas relatei
fatos baseados em dados concretos que interessam a todos que fazem
a academia no contexto amplo do termo e se preocupam com a pesquisa
no seu dia-a-dia.

O conceito periódico de circulação internacional é facilmente entendido
por qualquer um que faz a academia e, realmente, não sei qual foi a sua dúvida neste sentido.

A ciência deve ser pautada em critérios puramente meritocráticos e sempre existiu no nosso País uma grande exigência por parte dos comitês das áreas exatas (CAPES, CNPq, etc.), fato esse que não ocorre em outras áreas
como mencionei no meu e-mail. Tenho conhecimento desse disparete no País
desde que ingressei na Universidade em 1970. Você como matemático
e pesquisador deve saber muito bem disso.

Não é justo um pesquisador com 40 artigos publicados em periódicos internacionais ter seus pleitos de bolsa negados no CNPq por mais de
6 anos, enquanto outros pesquisadores nível 1A de outras áreas nunca publicaram nada em periódicos internacionais. Esse é o ponto principal da minha mensagem que você, infelizmente, não entendeu.

O segundo ponto que você levantou, eu não tratei no meu e-mail.
Concordo com você que muitos pesquisadores bons ? em várias áreas ?
ficam de fora do sistema de bolsas do CNPq por questão de orçamento. 
Quanto a esse seu ponto, cabe a todos nós lutarmos para reverter essa situação junto aos gestores de ciência e tecnologia.

Finalizando, a Estatística e a Probabilidade no País são sujeitas a
um sistema de avaliação extremamente mais rigoroso que aqueles de
outras áreas do conhecimento. Esta assertiva foi o pano de fundo
do meu e-mail que agora espero que você tenha entendido.

Cordiais Saudações,

Gauss Cordeiro