Caros Redistas: Estava esperando as diversas manifestações que certamente viriam depois de tantas mensagens. Neste ínterim fui rever tudo que foi dito e escrito. Devo dizer que achei tudo ótimo! Vale tudo na academia, colegas! Tentativas de ridicularizar recebem respostas duras sim! Faz parte do Jogo! Não vi nada que pudesse melindrar quem quer que seja. Acho que toda a discussão foi ótima. Gostaria sempre de ter situações como essa na rede e sentir que há uma sociedade real de estatísticos pensantes e discordantes. Concordo com o Renato que nossa rede andava meio parada. Fico feliz por ter sido o provocador de toda essa confusão. Não tenho algum arrependimento do que falei ou do que provoquei. Fiquei muito preocupado com a insistência em muitas das mensagens de censura e outras coisas no presente e no passado. Colegas, não se intimidem, no final vale a pena. Posso eu dizer isso de cadeira! Se alguém tem razões de ficar melindrado e choramingando sou eu PO! O Dani simplesmente disse que o que mais gosto de fazer, é coisa do passado. Isto é, SOU UM ANTIQUADO! No entanto, fiquei feliz ao descobrir que não terei concorrentes no que pretendo continuar fazendo. Claro, perdoaria o Dani em tudo que pudesse, no passado, me melindrar. Dani esta prestes a chegar também do lado errado do meio século. Alguns já insistiram muito com a coisa da censura e outras coisas mais, que descobriram não sei onde. Notei que tivemos teologia, auto-ajuda; até um curta, espetacular, tivemos. Esse já foi parar na rede do Fred. Onde encontrariam tanta diversão e cultura? É responsabilidade dos que definem a estrutura curricular a decisão do que ensinar. DEUS não mandou para alguns iluminados a lista das estruturas curriculares que devem ser seguidas. Universidade? Somos nós! Departamentos? Somos nós! Ensinamentos adequados ou inadequados são da responsabilidade de quem ensina. Isto é, nós! Alguns colegas acham que teoria da medida não serve para nada. Eu discordo! Acho que sem ela não se faz um bom estatístico. Por que posso achar? Porque me deram esse direito. Penso estar certo, mas posso estar totalmente errado. Quem paga pelos erros e quem ganha com os acertos? Todos nós, professores e alunos! Poucas vezes ensinei ou fui responsável por cursos de inferência Bayesiana - pensando nos meus quase quarenta anos de USP. Mas isso não me impediu de catequizar muita gente. Não se defendam com livros escritos por outras pessoas que não estão aqui para decidir o que ensinar. A gente ensina o que sabe e o que acha relevante. Somos afinal os dirigentes de nossos cursos. Os alunos assim terão opção de escolha com as nossas diferenças. Eu acho que o que eu ensino é o que realmente deve ser ensinado. Colegas meus, do mesmo departamento que trabalho, jamais iriam aceitar ensinar o que gosto. Eu penso da mesma forma em relação a eles. No entanto faço meus alunos assistirem os disciplinas deles e as minhas também estão sempre cheias. O grande comentário do dia foi que alguém, em um alguma disciplina, ensina, como um ponto do curso, inferência Bayesiana. A meu ver, isto é um grande equívoco. Mas isto é minha opinião e assim espero que seja. Os que não pretendem aprender o que tenho para ensinar, paciêcia. Para descontrair um pouco vou contar uma piada que muitos já ouviram sobre o Bayesiano. Esta piada me foi contada por um grande Bayesiano na minha primeira participação na Valencia Conference; o Professor Morris DeGroot. Acrescento também um artigo que mostra equívocos no uso da inferência Bayesiana. Dois estatísticos foram condenados a morte. No dia da execução o carrasco foi para o primeiro, que era Bayesiano, e perguntou seu ultimo desejo. Respondeu: Quero dar minha última palestra para mostrar ao pessoal a verdadeira inferência estatística. O carrasco então caminhou para o segundo estatístico que era um frequentista e fez a mesma pergunta. Ele então respondeu: Quero que você me execute antes da palestra: já não agüento mais tanta pregação. Carlos Alberto de Braganca Pereira <cpereira@ime.usp.br>
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