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Re: [ABE-L]: Estatística, crença religiosa e QI



Provavelmente deve ter usado testes de significancia o que leva a estas conclusoes.
Parecidas com o caso do Viox que acabou matando pacientes.
Leiam os ultimos artigos que mandamos (eu e Carlinhos ( para a rede.
A proposito recomendo a leitura  do livro
" 25 grandes idéias
Como a ciência está transformando nosso mundo"
Robert Matthews Editora Zahar Uma das ideias 'e o teorema de Bayes e uma discussao para leigos sobre muitos assuntos Basilio Francisco Cribari Escreveu:
Fonte: http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid195483,0.htm Estadão On-Line, quarta-feira, 25 de junho de 2008, 06:04 Estudo relaciona descrença religiosa a QI alto
Segundo pesquisa, QI médio é mais alto nos países onde há menor crença
em Deus.
Um artigo de pesquisadores europeus, que será publicado na revista
acadêmica Intelligence em setembro, defende a tese de que pessoas com QI
(Quociente de Inteligência) mais alto são menos propensas a ter crenças
religiosas.
O texto é assinado por Richard Lynn, professor de psicologia da
Universidade do Ulster, na Irlanda do Norte, em parceria com Helmuth
Nyborg, da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, e John Harvey, sem
afiliação universitária.
Lynn é autor de outras pesquisas polêmicas, entre elas uma sugerindo que
os homens são mais inteligentes do que as mulheres.
A conclusão é baseada na compilação de pesquisas anteriores que mostram
uma relação entre QIs altos e baixa religiosidade e em dois estudos
originais.
Em um desses estudos, os autores compararam a média de QI com
religiosidade entre países.
No outro estudo, eles cruzaram os resultados de jovens americanos em um
teste alternativo de habilidade intelectual (fator g) com o grau de
religiosidade deles.
Na pesquisa entre países, os pesquisadores analisaram média de QI com o
de religiosidade em 137 países. Os dados foram coletados em
levantamentos anteriores.
Os autores concluíram que em apenas 23 dos 137 países a porcentagem da
população que não acredita em Deus passa dos 20% e que esses países são,
na maioria, os que apresentam índices de QI altos. Exceções Os pesquisadores dividiram os países em dois grupos.
No primeiro grupo, foram colocados os países cujas médias de QI são mais
baixos, variando de 64 a 86 pontos. Nesse grupo, uma média de apenas
1,95% da população não acredita em Deus.
No segundo grupo, onde a média de QI era de 87 a 108, uma média de
16,99% da população não acredita em Deus.
Os autores argumentam que há algumas exceções para a conclusão de que QI
alto equivale a altas taxas de ateísmo.
Eles citam, por exemplo, os casos de Cuba (QI de 85 e cerca de 40% de
descrentes) e Vietnã (QI de 94 e taxa de ateísmo de 81%), onde há uma
porcentagem de pessoas que não acreditam em Deus maior do que a de
países com QI médio semelhante.
Uma possível explicação estaria, segundo os autores, no fato de que
"esses países são comunistas nos quais houve uma forte propaganda
ateísta contra a crença religiosa".
Outra exceção seriam os Estados Unidos, onde a média de QI é considerada
alta (98), mas apenas 10,5% dizem não acreditar em Deus, uma taxa bem
mais baixa do que a registrada no noroeste e na região central da Europa
- onde há altos índices médios de QI e de ateísmo.
Lynn diz que uma explicação para o quadro verificado nos Estados Unidos
pode estar no fato de que "há um grande influxo de imigrantes de países
católicos, como México, o que ajuda a manter índices altos de
religiosidade".
Mas ele reconhece que mesmo grupos que emigraram para os Estados Unidos
há muito tempo tendem a ter crenças religiosas fortes e diz que,
simplesmente, não consegue explicar a realidade americana. Generalização
Os autores argumentam que essa relação entre QI e descrença religiosa
vem sendo demonstrada em várias pesquisas na Europa e nos Estados Unidos
desde a primeira metade do século passado.
Eles citam, também, uma pesquisa de 1998 que mostrou que apenas 7% dos
integrantes da Academia Nacional Americana de Ciências acreditavam em
Deus, comparados com 90% da população em geral.
Lynn admitiu à BBC Brasil que os resultados apontam para uma
"generalização" e que há pessoas com QI alto que têm crenças religiosas
fortes.
Segundo ele, há vários fatores, como influência familiar ou pressão
social, que influenciam a religiosidade das pessoas.
"Nós temos que diferenciar a situação hoje com outros períodos da
história. As pessoas tendem a adotar uma atitude de acordo com a
sociedade em que vivem. Hoje em dia, na Grã-Bretanha e em outros países
europeus, não há tanta pressão da sociedade para que você acredite em
Deus", afirma.
Uma das hipóteses que o estudo levanta para tentar explicar a correlação
entre QI e religiosidade é a teoria de que pessoas mais inteligentes são
mais propensas a questionar dogmas religiosos "irracionais". Dúvidas
O professor de psicologia da London School of Economics, Andy Wells,
porém, levanta questões sobre a tese.
"A conclusão do professor Lynn é de que um QI alto leva à falta de
religiosidade, mas eu acredito que é muito difícil ter certeza disso",
afirma.
De acordo com Wells, vários estudos já demonstraram que pessoas com
níveis de QI altos tendem a ter níveis de educação mais altos.
"E quanto mais educação as pessoas têm, é mais provável que elas tenham
acesso a teorias alternativas de criação do mundo, por exemplo", afirma
Wells.
O jornal de psicologia Intelligence, publicado na Grã-Bretanha, traz
pesquisas originais, estudos teóricos e críticas de estudos que
"contribuam para o entendimento da inteligência". Acadêmicos de
universidades de vários países fazem parte da diretoria editorial.
--
Francisco Cribari-Neto               voice: +55-81-21267425
Departamento de Estatística          fax:   +55-81-21268422
Universidade Federal de Pernambuco   e-mail: cribari@de.ufpe.br
Recife/PE, 50740-540, Brazil web: cribari.googlepages.com
     She accused me of infidelity, but I've been faithful
to her lots of times!