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produção científica brasileira



Produção científica brasileira é a 15ª em todo o mundo
Terça-Feira, 8 de Julho de 2008 | Assessoria de Imprensa da Capes 

O Brasil já está na 15ª colocação no ranking da produção científica
mundial. Com 19.428 artigos publicados em 2007, o país responde por
2,02% do total da produção científica no mundo, superando a Suíça
(1,89%) e a Suécia (1,81%) e aproximando-se da Holanda (2,55%) e da
Rússia (2,66%). Os números foram divulgados nesta terça-feira, 8, pelo
ministro da Educação, Fernando Haddad, e pelo presidente da Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Jorge
Guimarães. 

Entre os países latino-americanos, o Brasil é destaque. Em segundo lugar
no continente vem o México, na 28ª posição mundial, com 7.469 artigos
publicados no mesmo período, o que corresponde a 0,78% da produção no
mundo. Quando combinados os fatores território (países com mais de
quatro milhões de quilômetros quadrados), população (países com mais de
100 milhões de habitantes) e economia (países com PIB maior do que 400
milhões de dólares), o Brasil figura entre os quatro primeiros
produtores científicos do mundo, junto com a Rússia, os Estados Unidos e
a China. 

No quesito qualidade, medido pela porcentagem de citações – quantidade
de artigos citados em outras publicações – o Brasil está em 25º lugar na
lista mundial, com 57,6% de artigos citados no período de 2003 a 2007.
Em primeiro, está a Dinamarca, seguida pela Suíça. Nesse ranking, China
e Rússia ficam atrás do Brasil. 

“Continuamos uma trajetória consistente no aumento da produção
científica brasileira”, afirma Haddad. “Nossa grande tarefa, agora, é
traduzir esse acúmulo de conhecimento para a área do magistério,
formando professores para a educação básica.” Segundo o ministro, outro
passo importante a ser dado é transformar o potencial de produção
científica em aplicação no trabalho. “A Lei de Incentivo à Pesquisa
começa a sair do papel. Começam a chegar os primeiros projetos de
pesquisa aplicada”, relata. 

Para Jorge Guimarães, entre os motivos para a boa colocação do país
estão os programas de iniciação científica, o fortalecimento da
pós-graduação, a formação de grupos de pesquisa, as cooperações
internacionais e, mais recentemente, o Portal de Periódicos da Capes. “O
mundo dobrou a produção científica de 1981 a 2006. O Brasil aumentou em
nove vezes”, exemplifica. 

A área brasileira que se destaca no âmbito mundial em produção
científica é a agricultura, com 4.139 artigos produzidos entre 2003 e
2007 – 4% da produção total em todo o mundo. Já dentro do país, o
destaque vai para a medicina: 3.745 artigos publicados em 2007. Entre os
artigos brasileiros citados nos últimos quatro anos, 71% são da área de
neurociências. “Os artigos brasileiros sobre agricultura são pouco
citados mundialmente porque a nossa agricultura é tropical; não
interessa tanto para países com outro clima”, explica Guimarães. 

Para o presidente da Capes, a expectativa para a produção científica
brasileira em 2008 é grande. Até agora, o número de publicações é de
18.390. Destas, 14.961 são de artigos científicos. “ É quase certo que
ultrapassemos a marca de 2007”, comemora.

-- 
Francisco Cribari-Neto                          voice: +55-81-21267425
Departamento de Estatística                fax:      +55-81-21268422
Universidade Federal de Pernambuco   e-mail: cribari@de.ufpe.br
Recife/PE, 50740-540, Brazil               web: cribari.googlepages.com

  "I took a speed reading course and read 'War and Peace' in twenty
   minutes. It involves Russia."                      --Woody Allen