Colegas, incluo um documento, escrito para estatísticos, mas muito simples, mostrando que as pesquisas eleitorais não passam em teste algum de qualidade. Em particular, que as margens de erro não existem... (o que já sabemos tecnicamente). E aproveito para contar-lhes que, logo antes do primeiro turno, fui contactado por telefone em quatro ocasiões separadas, por pessoas que me pediram que assinasse como responsável técnico de pesquisas que eles fariam. Por exigência do TRE, disseram, que demandava um estatístico com registro no CONRE. Senti-me como um farmacêutico antigo, daqueles que assinavam como responsáveis por inúmeras farmácias, sem sequer saberem onde ficavam... Claro, recusei todos os pedidos. Mas em um caso, indaguei como seria o esquema de amostragem. Depois de ouvir um pouco, quis argumentar e não houve sequer como me fazer entender. Perguntei qual era a formação da pessoa encarregada da pesquisa. Cientista político, ou sociólogo, não me lembro bem. Ante a minha pergunta de como poderia essa pessoa fazer um levantamento estatístico, ouvi uma resposta belicosa (mas em tom educada, reconheço), em forma de pergunta: "e como pode um estatístico trabalhar em um levantamento político?" A pessoa continuou - a exigência de um estatístico é coisa formal, besteira da justiça eleitoral. a palavra "besteira" está bem presente na minha memória. Devo concordar? Eis minha resposta, no anexo. Abraços aos colegas estatísticos. -- José F. de Carvalho, PhD Statistika Consultoria +55-19-3236-7537
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