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lenha no fogo



Imaginem os colegas que o ibope, ou outro instituto renomado da sociedade, tenha
coletado uma amostra de 1000 pessoas para serem entrevistas.  Fizeram a seleção
por cotas (ou quotas?) ou outro método mais barato ainda (como alguem já sugeriu
sobre as razões das cotas).  

Um estatístico mais tradicional iria selecionar por processos mais elaborados e
aleatoriamente dentro de seus extratos, por exemplo. 

Imaginem que "azar"! Os dois processos selecionaram os mesmos entrevistados.

As informações obtidas pelos dois processos são iguais?  Isto é, as informações
contidas nas amostras são iguais? Digo informação sobre o parâmetro de interesse
e desconhecido (valor invisível para todos no dia de hoje): A proporção de votos
que a Marta vai obter no segundo turno.

Quisera pudéssemos saber se a nossa amostra é boa!
Certamente nossa amostra seria ótima se a proporção amostral fosse igual à
populacional, isto é a proporção que será obtida no dia da eleição.

Alguem vai dizer que a chance de obterem a mesma amostra é pouco provável ou
mesmo impossível.  Mas também era impossível meu vizinho ganhar na mega sena. 
Protegido dos deuses ele, não?  Minha amostra também.

Carlos Alberto de Braganca Pereira <cpereira@ime.usp.br>