Re: [ABE-L]: Sobre ( o que Lafer não falou da) FAPESP

["Luis Paulo Vieira Braga" <lpbraga@im.ufrj.br>]

Lafer é o chanceler em missão diplomática que se sujeitou a tirar os sapatos 
para entrar nos EUA. Resgatado por Serra da obscuridade em que estava 
mergulhado, assumiu a FAPESP e um dia desses resolveu fazer um pouco de 
marketing da sua gestão, modesto, se comparado ao que se faz em Brasília. 
Cosmopolita como é, identificou nos índices de publicação em periódicos 
internacionais a evidência maior de que tudo vai bem na FAPESP e em SP 
quando se fala de ciência. Entretanto a FAPESP não é voltada exclusivamente 
para o desenvolvimento científico acadêmico, mas também para o 
desenvolvimento tecnológico, e neste caso, as notícias estão longe de serem 
animadoras. 

Em 2007 foram depositadas no Tratado de Cooperação de Patentes (PCT) 156.100 
patentes. EUA foi responsável por 33,5% e Japão por 17,8% desse total. 
Coréia e China ficaram respectivamente em 4o e 7o lugares. O Brasil 
depositou apenas 384 pedidos, dos quais a grande maioria é de empresas 
estrangeiras estabelecidas no país, como é o caso da Whirlpool (Brastemp e 
Consul).

É sobre isso que o chanceler deveria estar preocupado, pois somente quando o 
país retomar o desenvolvimento de tecnologia é que poderá almejar sair da 
condição de dependência que ora se encontra.



 

On Sun, 18 Jan 2009 17:39:01 -0200, Jose Carvalho wrote
> On Sunday 18 January 2009 13:27:09 Francisco Cribari wrote:
> 
> (Isto é do Celso Lafer, em artigo que o Cribari postou, não do 
> Cribari. )
> 
> > Um dos elementos explicativos da primazia dos EUA no mundo é a sua
> > participação na produção do conhecimento científico-tecnológico. De 2002 
a
> > 2006 ela ficou muito acima dos demais países, tendo sido de cerca de 
31,3%,
> > seguida do Reino Unido (8,7%), Japão (8,1%), Alemanha (7,8%), China 
(6,3%)
> > e França (5,6%).
> 
> Ou é mera conseqüência da primazia? Já viram a relação de 
> ordem da produção "científica" (a.k.a. publicações)  com o PNB 
> desses países? De todo modo, causa e efeito aqui não é garantido 
> pelos dados. Ah, Taleb - os economistas  ainda não te ouviram!
> 
> :-)
> 
> Abs
> 
> José
> 
> -- 
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> Statistika Consultoria
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