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Re: ENADE



Doris, 

Sobre consenso em grade curricular mínima, há as diretrizes de 1999. 

Pelo que entendi, "conhecimentos gerais" é comum a todos os cursos de graduação avaliados e "específica" são os conhecimentos do curso. 

Dois pontos positivos:

1) Serão avaliados alunos no início do curso (com 7% a 22% dos créditos concluidos) e alunos no fim do curso (com mais de 80% dos créditos concluidos), para permitir comparações. Acho que a metodologia de comparação utilizada será a mesma da que é utilizada para comparar o conhecimento de alunos de séries diferentes da educação básica, como ja vi o prof. Dalton apresentar sobre TRI. É uma teoria muito interessante, que exige planejamento da prova. 

2) A comissão de estatística é bem heterogênea quanto a localização geográfica das universidades (SP, DF, BA, AM, RN, RJ e RS), com professores de departamentos com e sem pós-graduação.  Conforme divulgado em http://inep.gov.br/superior/enade/ as comissões são:

Formação Geral: Francisco Fechine Borges, Centro Federal de Educação Tecnológica da Paraíba; João Carlos Salles Pires da Silva, Universidade Federal da Bahia; Luiz Pasquali, Universidade de Brasília; Márcia Regina Ferreira de Brito Dias, Universidade Estadual de Campinas; Nival Nunes de Almeida, Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Solange Medina Ketzer, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Vera Lúcia Puga, Universidade Federal de Uberlândia;

Estatística: Carlos Alberto de Bragança Pereira, Universidade de São Paulo; Cibele Queiroz da Silva, Universidade de Brasília; Jair Sampaio Soares Junior, Universidade Católica de Salvador; José Cardoso Neto, Universidade Federal do Amazonas; Paulo César Formiga Ramos, Universidade Federal do Rio Grande do Norte; Regina Serrão Lanzillotti, Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Suzi Alves Camey, Universidade Federal do Rio Grande do Sul;

Por esses dois motivos estou bastante otimista quanto à qualidade da avaliação. 

aT+,

Elias T. Krainski
http://geocities.yahoo.com.br/eliaskrainski


--- Em dom, 10/5/09, Doris Fontes <dsfontes@gmail.com> escreveu:

> De: Doris Fontes <dsfontes@gmail.com>
> Assunto: Re: [ABE-L]: Re: Banalização da Pós!
> Para: "abe-Lista" <abe-l@ime.usp.br>
> Data: Domingo, 10 de Maio de 2009, 23:53
> O ENADE vai incluir, a partir deste ano, a área da
> ESTATÍSTICA (ciências
> atuariais e estatística). Fico imaginando como será
> avaliar os diversos
> bacharelados em estatísticas espalhados pelo Brasil, com
> conteúdos
> curriculares dos mais diversos e com professores nem sempre
> bem preparados
> em estatística. Quem vai elaborar as questões
> específicas? Pelo que entendi,
> são 40 questões sendo 10 de conhecimento geral e 30
> específicas (ambas as
> partes com questões discursivas e de múltipla escolha).
> Por exemplo:
> "processos estocásticos" não poderia ser uma
> das disciplinas "específicas"
> já que nem todo bacharelado tem! Aliás, que disciplinas
> serão avaliadas em
> "conhecimento geral"? Existe algum consenso sobre
> a grade curricular mínima
> para um bom bacharelado em estatística?!?!?
> 
> Doris
> 
> 
> 2009/5/7 <gauss@deinfo.ufrpe.br>
> 
> >
> > Caros Elias, Danielle e demais redistas,
> >
> > Como aconteceu ontem com o email da Danielle, o email
> do Elias
> > contém pontos muito importantes em relação a
> graduação de
> > estatística que, também, no geral está ruim.
> >
> > Ontem recebi um email de um brilhante aluno que
> reclamava
> > exatamente da formação de sua graduação. Ele é
> brilhante
> > por conta de sua capacidade própria e não porque
> aprendeu
> > na graduação. Ele me disse ainda que os professores
> do seu
> > departamento se preocupam apenas com a
> pós-gradução, deixando
> > a graduação em segundo plano.
> >
> > Um outro ponto importante o Carlinhos levantou: os
> alunos
> > fazem o bacharelado em estatística sem saaber
> probabilidade
> > e eu acrescentaria sem saber cálculo e álgebra
> linear.
> > A sua formação nestas disciplinas é em média muito
> inferior
> > a de um engenheiro quando deveria ser o contrário.
> >
> > Sua assertiva "Há PhDs em grandes empresas,
> alguns publicam e
> > dão conferências nos congressos" é verdadeira
> nos países
> > do primeiro mundo mas ainda não atingimos esse
> patamar no
> > Brasil. A pesquisa de boa qualidade em estatística no
> Brasil
> > está concentrada em poucas pessoas (sem medo de
> errar,
> > eu diria em menos de 130 pessoas para a enorme
> importância da
> > probabilidade e da estatística) e, mais ainda, em
> alguns
> > centros fora os esforços isolados na maioria deles.
> >
> > Nos grandes hospitais dos EUA - por exemplo o MD
> Anderson em
> > Houston-, há um grande número de doutores em
> bioestaística
> > publicando com intensidade em inúmeros periódicos
> aplicados
> > e, também, até teóricos. Os hospitais (públicos e 
> privados)
> > aqui têm interesse por doutores em estatística para
> solucionar
> > inúmeros problemas inerentes à sua gestão? Talvez
> uma minoria
> > infinitesimal no Sul Maravilha!
> >
> > Minha dissertação de mestrado, defendida em 27 de
> maio de 1976
> > na COPPE, apresenta uma modelo bastante geral para
> determinar
> > através de processos de nascimento e morte, o número
> ótimo
> > de leitos que um hospital deve disponibilizar por
> especialidade
> > médica para satisfazer uma probabilidade de não
> faltar leitos.
> > Nunca consegui aplicar esse modelo (que desenvolvi
> sozinho em
> > 3 meses de trabalho árduo) no SUS. Faria até a
> implementação
> > teórica de graça, pois fui financiado pelo governo
> brasileiro!
> >
> > Em tempo: meus emails sobre o sistema anárquico da
> pós-graduação
> > no País até está produzindo algum efeito e ganhando
> alguns adeptos,
> > pelo menos as 46 pessoas que se pronunciaram neste
> sentido
> > para mim nas últimas semanas.
> >
> > Boa noite,
> >
> > Gauss
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> > Quoting "Elias T. Krainski"
> <eliaskrainski@yahoo.com.br>:
> >
> >
> >> Caro prof. Gauss, Danielle e demais,
> >>
> >> Também ja observei alguns sair da academia (não
> conseguiram terminar
> >> pós-graduação) e ir para o mercado e outros que
> sair do mercado e voltar
> >> para a academia (fazer pós-graduação). Se todos
> atualmente estão felizes e
> >> ganhando dinheiro ou produzindo artigos, então o
> que ocorreu foi um erro de
> >> julgamento no que cada um achou inicialmente que
> seria a sua vocação. Talvez
> >> esse tipo de erro não ocorresse se na graduação
> o aluno já fizesse estágios
> >> e iniciação científica. Ambos! Portanto, não
> acho que os ruins vão para o
> >> mercado ou para a academia. Acho que é, ou
> deveria ser, uma questão de
> >> vocação.
> >>
> >> Há também aquele que arranjou um bom emprego e
> mais tarde volta a fazer
> >> pós, não porque desistem do mercado, mas para
> aperfeiçoamento. Por isso,
> >> acho que pensar que a pós graduação é apenas
> para pesquisador é uma visão
> >> simplificada, realidade de um país
> sub-desenvolvido. Nos países
> >> desenvolvidos, o mercado emprega mestres e
> doutores, que com certeza tem
> >> mais capacidade de modelar problemas mais
> complexos. Há PhDs em grandes
> >> empresas, alguns publicam e dão conferências nos
> congressos. A estatística
> >> de estudos clínicos, por exemplo, necessita de
> PhDs para atender às
> >> exigências do FDA
> (http://www.fda.gov/cder/Offices/Biostatistics/).
> >>
> >> Mesmo que haja uma "universalização"
> da pós graduação, com certeza sua
> >> banalização deve ser evitada. Via seleção,
> qualificação, exigência de
> >> artigos, etc. Aliás, pesquisa com qualidade é
> fundamental para o
> >> desenvolvimento pessoal, da ciência, da
> sociedade, etc.
> >>
> >> Talvez exista banalização no bacharelado
> também. Pois, é lamentável: 1)
> >> ver estatísticos aplicados fazendo regressão
> linear simples em séries
> >> temporais ou dados espaciais. 2) ver que demorou
> décadas a "popularização"
> >> do GLM. 3) ser ensinado apenas uma filosofia de
> inferência, minando a
> >> capacidade de entender novas técnicas.
> >>
> >> Nas diretrizes curriculares de 1999, fez-se a
> classificação de três perfis
> >> de estatísticos: pesquisador, educador, aplicado.
> A cada perfil foi sugerido
> >> uma grade curricular que restringe o que é
> ensidado em função do perfil (
> >>
> http://www.ime.usp.br/~asimonis/Dir.html<http://www.ime.usp.br/%7Easimonis/Dir.html>).
> >> Não há licenciatura em estatística, portanto
> temos o pesquisador e o
> >> aplicado. O pesquisador é aquele que desenvolve
> técnicas, por isso
> >> justifica-se necessitar de probabilidade e
> inferência avançadas. Os
> >> aplicados precisam entender como usar as técnicas
> e aprender as técnicas
> >> novas (o mais rapidamente possível) para resolver
> melhor os problemas ou
> >> enfrentar problemas novos.
> >>
> >> Da forma como está a graduação e a
> pós-graduação, quanto tempo vai demorar
> >> até ver o estatístico aplicado utilizar o modelo
> Generalized Weibull, PSGNM
> >> ou outros modelos do prof. Gauss, ou graphical
> models, ou outras técnicas
> >> recentes que são tão aplicáveis na prática?
> Não é possível aprender tudo num
> >> bacharelado. Um ponto positivo é que muitas
> técnicas modernas são
> >> rapidamente implementadas e disponibilizadas.
> >>
> >> No e-mail do prof. Jorge foi colocada uma visão
> muito difícil de
> >> implementar, dada a lei da inércia. Acho que
> seria mais fácil focar o ensino
> >> da estatística nos problemas, ou seja todo
> estatístico deve:
> >> 1) saber o que é uma amostra aleatória, um
> experimento e um processo
> >> estocástico, um estudo longitudinal, etc.; ser
> capaz de identificar esses
> >> processos geradores de dados e saber identificar e
> estimar pelo menos os
> >> modelos mais simples para cada um (desde
> distribuições de probabilidade e
> >> seguindo por modelos de regressão, processos
> estocásticos, modelos de séries
> >> temporais, etc.)
> >> 2) Pesquisador: Melhorar os métodos existentes e
> inventar novos métodos.
> >> Aplicado: Perceber quando não consegue resolver
> um problema com as técnicas
> >> que conhece e buscar outra técnica
> >> 3) Ter facilidade de entender uma nova técnica,
> seja para que serve (o
> >> aplicado) e/ou detalhes teóricos (o pesquisador)
> >>
> >> Com isso, o aplicado não será apenas operador de
> software e estará
> >> preparado para resolver problemas novos e aprender
> coisas novas. E o
> >> pesquisador estará em condições de tornar
> verdade que "Like mathematics,
> >> history, and other fields, the intellectual domain
> of statistics is worthy
> >> of resources and development because it helps us
> understand our world and
> >> society in aggregate." Bertrand Clarke, IMS
> Bulletim, vol 36 issue 6, july
> >> 2007.
> >>
> >> aT+,
> >>
> >> Elias T. Krainski
> >> http://geocities.yahoo.com.br/eliaskrainski
> >>
> >>
> >> --- Em ter, 5/5/09, gauss@deinfo.ufrpe.br
> <gauss@deinfo.ufrpe.br>
> >> escreveu:
> >>
> >>  De: gauss@deinfo.ufrpe.br
> <gauss@deinfo.ufrpe.br>
> >>> Assunto: Re: [ABE-L]: Banalização da Pós!
> >>> Para: daniellesteffen@yahoo.com
> >>> Cc: abe-l@ime.usp.br
> >>> Data: Terça-feira, 5 de Maio de 2009, 21:40
> >>> Cara Danielle,
> >>>
> >>> Concordo em gênero, número e grau com os
> pontos colocados
> >>> no seu e-mail. Pode-se perceber que você é
> uma pessoa
> >>> inteligente e muito antenada com a
> estatística.
> >>> O que você diz apenas complementa (e muito
> bem) meu email.
> >>>
> >>> Muito alunos escolhem fazer o mestrado e o
> doutorado
> >>> por não serem absorvidos pelo mercado
> não-acadêmico que
> >>> está muito mais seletivo e exigente. Parece
> uma ironia
> >>> mas é uma verdade!
> >>>
> >>> Fui professor de alguns graduados em
> estatística
> >>> na UFPE há uns 10 anos que, após a
> conclusão da
> >>> grduação,
> >>> foram logo trabalhar em bancos. Depois não
> conseguiram
> >>> dar conta do recado, ou seja, serem
> competitivos com outros
> >>> profissionais num ambiente de trabalho
> altamente exigente.
> >>> E, então, voltaram para fazer mestrado, por
> conta da
> >>> maior facilidade em entrar num curso de
> pós-graduação
> >>> que (muitas vezes) funciona como todo o
> serviço público:
> >>> de forma bastante ineficiente.
> >>>
> >>> Sei que muitos alunos fazem mestrado ou
> doutorado por falta
> >>> de opção fora da academia e não têm nenhum
> entusiasmo
> >>> pela universidade. Muitos que têm mestrado e
> doutorado
> >>> podem
> >>> apresentar até grande competitividade nos
> concursos
> >>> públicos
> >>> das universidades federais, pois a relação
> candidato/vaga
> >>> pode ser muito baixa, sem terem até o mesmo
> conhecimento
> >>> dos bons alunos graduados que estão
> trabalhando no
> >>> mercado.
> >>>
> >>> Em suma: nos anos 70 a maioria dos melhores
> alunos tinha
> >>> grande élan pelos cursos de pós-graduação
> que conseguia
> >>> atraí-los;  hoje, somente uma pequena parcela
> de bons
> >>> alunos
> >>> se entusiasma por esses cursos e alguns deles
> (menos
> >>> conceituados)
> >>> conseguem atrair muitos alunos ruins e
> desmotivados para a
> >>> academia.
> >>> Portanto, existe a banalização da
> pós-graduação bem
> >>> enfatizada
> >>> no meu texto. Que adianta ser um doutor que
> não publica
> >>> nada
> >>> de qualidade e ensina mal?
> >>>
> >>> Conheço estatísticos que gastaram enre 10 e
> 13 anos para
> >>> concluir um doutorado, fora 3 ou 4 de
> mestardo, financiados
> >>> com
> >>> salários de universidades federais e
> contemplados com
> >>> bolsas
> >>> de diferentes agências de fomento. Exemplo
> clássico de
> >>> despedício
> >>> de dinheiro público! Pior ainda, ensinam mal,
> nunca
> >>> produziram
> >>> nada de qualidade e no momento formam o baixo
> clero das
> >>> federais.
> >>>
> >>> A universidade deve ser viva e não uma mera
> repartição
> >>> pública.
> >>> Infelizmente, no Brasil, isso é o que
> realmente os
> >>> péssimos
> >>> alunos almejam!
> >>>
> >>> Um abraço,
> >>>
> >>> Gauss
> >>>
> >>>
> >>>
> >>> Quoting Danielle Steffen
> <daniellesteffen@yahoo.com>:
> >>>
> >>> >
> >>> > Prof. Gauss,
> >>> >
> >>> > Ha um porem na sua msg. A regra na
> academia NO BRASIL
> >>> eh mostrar o  mercado como sendo o refugo, com
> desprezo (em
> >>> contraste nos Estados  Unidos, em que eh
> enfocado a questao
> >>> das vantagens comparativas), o  lugar de quem
> nao tem
> >>> capacidade acaba caindo, como se a 
> pos-graduacao fosse o
> >>> lugar dos "escolhidos", os
> "eleitos", os
> >>>  "especiais". Esse preconceito
> permeia fortemente
> >>> diversas  universidades e faculdades
> brasileiras. Eh um
> >>> discurso completamente  descolado com a
> realidade, porque
> >>> boa parte do mercado e dos alunos  acham que a
> academia eh
> >>> na verdade a segunda opcao. O que acontece 
> por fim eh que
> >>> os alunos que desejavam ir para o mercado, mas
> que  nao tem
> >>> habilidades necessarias para tal, acabam
> usando a pos como
> >>> refugio para conseguir mais tempo para de novo
> tentar ir ao
> >>> mercado,  agora com um mestrado ou com um
> doutorado.
> >>> >
> >>> > Enquanto voces nao entenderem que a
> dualidade
> >>> pos/mercado eh uma  questao de vantagens
> comparativas que
> >>> cada aluno apresenta, e que os  alunos
> PRECISAM SER
> >>> APRESENTADOS para as vantagens e desvantagens 
> verdadeiras
> >>> de ambos, voces vao continuar tendo uma
> quantidade  grande
> >>> de alunos de pos que sao, na verdade, refugo
> do mercado,
> >>> porque nao conseguiram detectar a tempo que
> nao possuem
> >>> habilidade  para tanto. Pessoas desiludidas
> que foram
> >>> desprezadas pelo mercado,  que se sentem
> inferiores aos
> >>> demais.
> >>> >
> >>> > Eh isso que voces querem por alunos?
> >>> >
> >>> > Abracos,
> >>> > Danielle Steffen Sanchez
> >>> > Estatistica ENCE/IBGE - 2003
> >>> > Curso de Ciencias Moleculares/USP
> (inconcluso) - T2
> >>> >
> >>> >
> >>> > --- Em ter, 5/5/09, gauss@deinfo.ufrpe.br
> >>> <gauss@deinfo.ufrpe.br> escreveu:
> >>> >
> >>> >> De: gauss@deinfo.ufrpe.br
> >>> <gauss@deinfo.ufrpe.br>
> >>> >> Assunto: [ABE-L]: Banalização da
> Pós!
> >>> >> Para: abe-l@ime.usp.br
> >>> >> Data: Terça-feira, 5 de Maio de
> 2009, 22:27
> >>> >> Caros Redistas,
> >>> >>
> >>> >> O grande problema da pós-graduação
> no Brasil
> >>> nos dias de
> >>> >> hoje é sua banalização decorrente
> da
> >>> mediocridade e
> >>> >> corporativismo
> >>> >> existentes no cerne da universidade
> brasileira,
> >>> saldo
> >>> >> algumas
> >>> >> exceções. Além da mediocridade
> existe outro
> >>> fator
> >>> >> deletério:
> >>> >> a desonestidade.
> >>> >>
> >>> >> Os mais jovens não sabem, mas nos
> anos 70 havia
> >>> uma
> >>> >> propaganda
> >>> >> de cigarro em que o grande campeão
> Gérson (da
> >>> copa de
> >>> >> 1970)
> >>> >> dizia:
> >>> >>
> >>> >> "Eu gosto de levar vantagem em
> tudo,
> >>> certo?",
> >>> >>
> >>> >> referindo-se a um marca que custava
> mais barato.
> >>> Ficou
> >>> >> conhecida
> >>> >> como Lei de Gérson! Alguns alunos
> querem se
> >>> aproveitar da
> >>> >> falta
> >>> >> de qualidade de certos cursos de
> pós-graduação
> >>> em
> >>> >> benefício próprio,
> >>> >> como correr atrás do orientador mais
> >>> "camarada"
> >>> >> para poder fazer
> >>> >> sua dissertação sem qualidade, sem
> se importar
> >>> se
> >>> >> conhecem ou
> >>> >> não a área de estudo e, muito pior,
> de forma
> >>> imoral.
> >>> >> Muitos
> >>> >> professores aceitam essa prática que
> penaliza
> >>> fortemente o
> >>> >> curso e, mais ainda, o futuro
> profissisonal do
> >>> aluno.
> >>> >>
> >>> >> A proliferação dos cursos de
> graduação no
> >>> Governo FHC
> >>> >> empurrou
> >>> >> a universidade brasileira para o mais
> baixo nível
> >>> de
> >>> >> qualidade,
> >>> >> salvo as honrosas exceções de
> algumas
> >>> universidades
> >>> >> públicas que
> >>> >> conseguem manter um bom nível em
> seus cursos.
> >>> >>
> >>> >> O gigantismo da pós-gradução
> brasileira
> >>> patrocinado pela
> >>> >> CAPES
> >>> >> é perverso, porque contempla alunos
> sem
> >>> condições reais
> >>> >> de cursar
> >>> >> uma pós-graduação e, pior ainda,
> professores
> >>> sem
> >>> >> conheciemnto
> >>> >> algum para orientar um trabalho de
> qualidade
> >>> apenas
> >>> >> regular.
> >>> >> O máximo para esses alunos seria uma
> graduação
> >>> mas se
> >>> >> arvoram
> >>> >> a fazer uma pós sem maturidade,
> trabalho e afinco
> >>> nos
> >>> >> estudos.
> >>> >> Há até aqueles que querem fazer
> tudo isso à
> >>> distância.
> >>> >>
> >>> >> Como alguns sabem, por solicitação
> minha, foi
> >>> >> constituída
> >>> >> uma comissão de inquérito na UFRPE
> para apurar
> >>> uma
> >>> >> dissertação
> >>> >> que foi defendida de forma desonesta.
> Vergonha das
> >>> >> vergonhas!
> >>> >> Mas nem todos os personagenes são
> professores da
> >>> UFRPE
> >>> >> e há, também, um professsor
> uspeano. Meu
> >>> objetivo não é
> >>> >> penalizar ninguém mas quero o
> canônico: o aluno
> >>> de
> >>> >> mestrado
> >>> >> fazendo sua dissertação com
> esforço próprio,
> >>> estudando
> >>> >> no local do curso e sendo orientado
> realmente por
> >>> um
> >>> >> professor
> >>> >> que não seja "um orientador
> laranja", e
> >>> não com
> >>> >> a
> >>> >> malandragem bem enfatizada nos autos
> da minha
> >>> >> solicitação.
> >>> >>
> >>> >> Gostaria que ficasse registrado aqui,
> que se pelo
> >>> menos uma
> >>> >> das pessoas envolvidas no processo
> faltar com a
> >>> verdade dos
> >>> >> fatos, conforme esses me foram
> realmente relatados
> >>> por
> >>> >> eles próprios (no período entre
> 20/12 e 15/1),
> >>> eu irei
> >>> >> - sem titubear-, após o término do
> trabalho da
> >>> comissão
> >>> >> de
> >>> >> inquérito, tornar público todos os
> detalhes dos
> >>> autos aos
> >>> >> membros do comitê assesor da CAPES e
> ao Reitor da
> >>> USP.
> >>> >>
> >>> >> Por outro lado, se corroborarem com a
> verdade dos
> >>> fatos,
> >>> >> uma
> >>> >> prova de boa conduta e
> arrependimento, o processo
> >>> deverá
> >>> >> ser
> >>> >> encerrado no âmbito da própria
> UFRPE, com o
> >>> parecer
> >>> >> soberano
> >>> >> da comissão de inquérito.
> >>> >>
> >>> >> Muitos segmentos da universidade
> podem se
> >>> comportar até
> >>> >> como
> >>> >> a "Casa-da-Mãe-Joana", mas
> se depender
> >>> de mim,
> >>> >> nunca no local
> >>> >> em que eu trabalho com afinco e
> honestidade por
> >>> mais de
> >>> >> 12 horas/dia. E faço isso há 40
> anos.
> >>> >>
> >>> >> Cordiais Saudações,
> >>> >>
> >>> >> Gauss Cordeiro
> >>> >
> >>> >
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> >
> >
> >
> 
> 
> -- 
> Doris Satie M Fontes
> Estatístico CONRE nº 7386-A
> 
> 
> CONRE-3:
> info@conre3.org.br
> www.conre3.org.br
> 
> PARTICPE DO FÓRUM ESTATÍSTICO:
> http://www.conre3.org.br/forum



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