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Quase um quarto de século!




Caros Redistas,

No próximo 7 de setembro a ABE estará completando um quarto
de século de existência. Neste período, muitas ações positivas
foram desenvolvidas por pessoas firmemente comprometidas com a
Estatística no Brasil, no sentido mais amplo do termo. As
conquistas realizadas até agora são bem visíveis a todos nós.

A Estatística no Brasil deu um grande salto em termos de qualidade
e quantidade científica ao longo desses 25 anos. Somos o principal País
da América Latina se a métrica for a pesquisa científica nas áreas de
estatística e probabilidade.

No meu entender, uma das razões que corroboraram para esse sucesso
está correlacionada com o fato de que todas as diretorias da ABE
(nesses 25 anos) sempre foram fortemente comprometidas com a qualidade
inerente às promoções e eventos da nossa sociedade. No presente, temos
uma diretoria séria, extremamente ativa e que trabalha com afinco em
prol da nossa sociedade.

Não seria justo se não registrasse aqui, também, o excelente trabalho
que o Prof. Paulo Justiniano tem realizado à frente da RBRAS
(nossa associação co-irmã) nos últimos anos. O Paulinho, como é
conhecido, no meu entender, é um dos pesquisadores brasileiros mais
ativos da sua geração de estatísticos.

Eu faço estatística com muito trabalho, grande entusiasmo e
dedicação há cerca de 36 anos, sem deixar de atender e cumprir
minhas obrigações inerentes ao ensino, pesquisa e orientação com
qualidade, totalmente voltados ao crescimento da Estatística
brasileira.

Infelizmente, ao longo dessa minha trajetória acadêmica,
observo (com algum desgosto) que existe o outro lado da
moeda: pessoas despreparadas que prestam um incomensurável
desserviço à Estatística no País, totalmente movidas por ambições
políticas, gestões ineficientes e critérios de puro assistencialismo,
sem o mínimo rigor acadêmico (no ensino e na pesquisa) com a
Estatística.

Essa mediocridade intrínseca demonstrada por pessoas que
simplesmente posam como pesquisadores em estatística, principalmente
no meio universitário, prejudica e muito o trabalho de professores
sérios e bem-intencionados que desenvolvem ações positivas no
dia-a-dia para o crescimento da estatística brasileira. Esse
é um dos principais motivos porque a estatística não cresceu
a passos largos em algumas instituições.

Urge, portanto, que saibamos separar aqueles que realmente
produziram efeitos reais multiplicadores e significativos para o
crescimento da estatística brasileira daqueles que até agora nada
fizeram e apenas hibernam!


Cordiais Saudações,

Gauss Cordeiro




"O maior antro de corrupção no Brasil é o Senado Federal".
(G. M. Cordeiro)