Instituição fica em 207° lugar; lista também cita Unicamp e UFRJ
Alexandre Gonçalves -
No cálculo do ranking, a variável com mais peso (40% da nota atribuída a cada instituição) é uma pesquisa de opinião com membros da academia no mundo todo. No ano passado, foram entrevistadas 9.386 pessoas. São considerados os resultados dos últimos três anos. Nenhum pesquisador pode votar na universidade onde trabalha.
Também contam fatores como a opinião do mercado de trabalho, número de alunos por docente, volume de citações de pesquisas realizadas pela instituição e quantidade de cientistas e estudantes de outros lugares do mundo que atuam na universidade.
O professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), Hamilton Luiz Corrêa, estuda avaliação global de empresas. Por isso, considera importante analisar com cuidado métodos que pretendem resumir em um número o desempenho de instituições. “Você pode valorizar um aspecto em detrimento de outro, igualmente importante”, afirma Corrêa.
Mesmo assim, considera inegável que alguns fatores prejudicam o desempenho de universidades brasileiras, entre elas, a USP. Ele cita um provável aumento na quantidade de artigos publicados nos últimos anos. “Mas não sabemos se houve um aumento proporcional na qualidade dos trabalhos”, aponta. O difícil diálogo com as empresas e a ausência de racionalidade administrativa nas instituições universitárias completariam o rol de obstáculos para a melhora do ensino superior no País.
No ranking aparecem mais duas universidades brasileiras: a Unicamp (295º) e a UFRJ (383º)