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Re: [ABE-L]: Fwd: Estatístico entende de amostra, não de pesquisas...



Caro Carvalho,
 
Concordo inteiramente com suas ponderações.
Quanto aos questionários, claro que as melhores pessoas para elaborá-los não são os estatísticos, mas os que tem conhecimento substancial do(s) assunto(s) a ser(em) pesquisados.
O problema são os qustionários enormes e com um nível de detalhamento que não pode ser contemplado pelas amostras versus o orçamento disponível (pode considerar, também, tempo e recursos disponíveis de modo geral).
 
Grande abraço,

2009/11/25 José Carvalho <josef.carvalho@gmail.com>
Não posso deixar de atender uma ordem do Vermelho, embora meu tempo e minha inspiração estejam curtíssimos.

Creio que o autor do artigo refere-se a críticos que conhece. Certamente não são amostristas do IBGE, que reconhecidamente dominam todos os aspectos de levantamentos (pesquisas). O autor levanta, sim, erros feitos em pesquisas, do ponto de vista de formulação de questionários e destinação (intenção) das pesquisas. São aspectos políticos, sociológicos e psicológicos. Essas críticas SOMAM-se às nossas críticas sobre a amostragem. De minha parte, estou achando agora que  muitas pesquisas devem ser mal feitas, sobre qualquer desses aspectos. Eu sempre critiquei apenas os aspectos relativos à estatística, por razões óbvias, deixando o resto de lado.

Sobre quem pode fazer essas pesquisas, acredito que demanda estatísticos com muito conhecimento nas áreas de sociólogos e cientistas políticos... e, esses outros, com sólidos conhecimentos de estatística. Pode ser tudo isso em uma só pessoa, se for o caso.

Vermelho, vejo o seguinte, de minha lide: nós criticamos a amostragem, com sobeja e demonstrada razão; os não estatísticos (alguns dos quais estatísticos no nome) defendem as pesquisas, dizendo que uma amostra como se tem de fazer é inviável, por ser cara e demorada. Essa justificativa é obviamente inválida, quando se conduz uma amostragem mal feita e, ao fim, usam-se estimadores baseados em amostras probabilísticas, incluindo-se aí os cálculos de precisão, sem relação com o esquema de amostragem usado. Absurdo! Por outro lado, as críticas sobre as críticas (putz, que expressão!) à formulação de questionários não cabe a nós, pelo menos não necessariamente aos críticos dessas amostragens mal feitas. Esse é um outro assunto. Misturar os dois e colocar um assunto em oposição ao outro é faux pas conceitual. Nada a ver. Como disse acima, sei das críticas aos esquemas de amostragem, que endosso. Se uma pessoa da " outra"  área crítica os questionários, ele deve ter razão. Apenas não pode atribuir isso a estatísticos dignos desse nome. A crítica repousa nas pesquisas, agora criticada dos dois lados.

E, quanto à obrigatoriedade de presença de  estatísticos responsáveis nas pesquisas, criticada pelo autor, bem... todos conhecem minha opinião.

Isso é mais ou menos o que penso, escrito rapidamente.

Um forte abraço.

Zé Carvalho





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2009/11/23 Vermelho <vermelho2@gmail.com>
Na verdade acho que não ilustra  a diferença entre teoria e prática. Ilustra a má aplicação da teoria e o desconhecimento de sua ligação com a prática.
De que amostristas (estatísticos) o autor está falando? Os verdadeiros sabem sim dos problemas dos erros não amostrais e sua importância, e sabem que a principal forma de tratamento desses é gerencial, seja no planejamento anterior, procurando bons cadastros, por exemplo, seja na condução da pesquisa, medindo ou entrevistando as unidades efetivamente selecionadas, tendo a paciência suficiente para as revisitas e retrabalhos. Sabem também colaborar na elaboração de questionários e (pelo menos tentar) frear a volúpia perguntadora de alguns elaboradores de questionários (geralmente economistas, sociólogos, o que não tem a menor importância), que querem sempre detalhar ao máximo (além do possível) sem se importar com nenhum tipo de erro, seja amostral ou não amostral. Perguntar é o que importa. Se os dados coletados vão servir para alguma coisa... Bem, para muitos parece que isso não tem a menor importância.

Com os comentários sobre os cartórios eu, obviamente, concordo. Só que, infelizmente, não é um problema só de Brasil e Portugal. Na Itália, por exemplo, além do reconhecimento de forma tem reconhecimento de foto!!!

Com a palavra meu prof. Carvalho.

Abraços,

2009/11/23 Neale El-Dash <neale.eldash@gmail.com>

Re-encaminhando....não chegou na primeira vez.

---------- Forwarded message ----------
From: Neale El-Dash <neale.eldash@gmail.com>
Date: 2009/11/11
Subject: Estatístico entende de amostra, não de pesquisas...
To: abe-l@ime.usp.br


Vejam o artigo que saiu na revista Valor Econômico sobre pesquisas eleitorais. É um ponto de vista interessante, que ilustra bem a diferença entre a teoria e a prática.





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Neale Ahmed El-Dash
Doutorando em Estatística
Celular: (11) 96545833
Email: neale.eldash@gmail.com



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