Caro Professor Gauss,
Fico feliz com a notícia que destacastes: "Recife vai mudar cálculo
de imposto". Tratar de forma desigual os desiguais é um dos caminhos
de justiça para política fiscal dos municípios. Infelizmente, a
realidade da maioria dos municípios do nosso país é outra: Plantas
de Valores desatualizadas e elaboradas com base no empirismo. E quem
por esse descaso é o contribuinte.
O emprego da Estatística nas Avaliações em massa com ênfase em
Planta de Valores tem sido objeto de inúmeros estudos na Engenharia
Civil e Arquitetura, numa área donominada de Engenharia de
Avaliações. O professor Rubens Dantas (que é Engenheiro Civil e
Doutor em Economia pela UFPE), de quem fui aluno de graduação na
Universidade de Pernambuco (POLI-UPE), tem realizado diversos
trabalhos empregando Modelos Espaciais e é, sem dúvida,
um notável pesquisador nesta área.
A propósito, está prevista para fevereiro/2010 a defesa da minha
dissertação do Mestrado em Estaística(UFPE), cujo orientador é o
Professor Cribari e o co-orientador o Professor Raydonal Ospina,
sobre o tema: Engenharia de Avaliações com base em modelos
GAMLSS. Quem estiver pela "Veneza Brasileira", sinta-se convidado
para assistir a defesa e discutir sobre o tema.
Sds,
Lutemberg Florencio
Engenheiro Civil
Mestrando em Estatística - UFPE
--- Em sáb, 5/12/09, gauss@deinfo.ufrpe.br <gauss@deinfo.ufrpe.br> escreveu:
De: gauss@deinfo.ufrpe.br <gauss@deinfo.ufrpe.br>
Assunto: [ABE-L]: Recife vai mudar cálculo de imposto
Para: abe-l@ime.usp.br
Data: Sábado, 5 de Dezembro de 2009, 19:01
Caros Redistas,
Aproveito esse email para assinalar que no Jornal do
Commercio (de Pernambuco) de hoje (sábado 5 de dezembro de 2009)
tem uma reportagem de página inteira no caderno de Economia
(página 4) intitulada
"Recife vai mudar cálculo de imposto"
com uma entrevista do Engenheiro Rubens Alves Dantas.
Ele fez uma dissertação de mestrado no programa de
engenharia de produção da UFPE, sob minha orientação,
em 1986, aplicando modelos lineares generalizados
na avaliação de imóveis residenciais. Essa sua dissertação
transformou-se em livro publicado pela CEF -, e algumas normas
técnicas de avaliações no Brasil foram alteradas por conta
desse seu trabalho.
Sou realmente de uma geração em que os alunos de mestrado
estudavam com afinco e mostravam os frutos dos seus
trabalhos. Nesse caso, mesmo após 23 anos, sua dissertação
continua gerando bons frutos.
Para meu grande desgosto, nos dias de hoje, presencio um
grande faz de conta em alguns cursos de pós-graduação
contemplando inclusive estatística, patrocinado por alunos
despreparados e professores que fingem realmente desconhecer
esse grande despreparo.
Felizmente, existe o outro lado da moeda: vejo com imenso
entusiasmo uma geração de recém doutores de excelente nível
científico, produzindo com intensidade em periódicos de
boa qualidade. Espero que a estatística brasileira no futuro
fique completamente nas mãos desses cientistas e que sejam
minimizadas as ações delineadas pelos enganadores de plantão.
Cordiais Saudações,
Gauss Cordeiro
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