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Há 25 anos




Caros Redistas,

O tempo sempre nos ensina se tomamos uma decisão de forma
correta ou não.

Há exatos 25 anos participei de uma banca na UFPE para avaliar
se 9 professores assistentes do Departamento de Estatística
desta univerisdade poderiam passar para ajunto sem ter o
título de doutorado. Naquela época podia.

Resultado: dos 9 professores avaliados somente um professor
passou. Alguns dos reprovados chegaram até me criticar de
forma exacerbada e um deles me chamou para brigar.

Um amigo da Estatística da UFPE me advertiu:
"Gauss, você reprovou um deputado federal!". Eu
retruquei: "Eu não julguei um deputado mas sim se ele
tinha nível para ser adjunto em estatística".

Moral da história: o deputado hoje é ministro do TCU e o
professor que passou é a minha colega atual - Profa. Maria da Glória
(UFRPE) -, que recentemente ganhou o Prêmio Francisco
Aranda-Ordaz (orientanda do Francisco Cribari).

Muito bom dormir sempre com a consciência tranquila do dever
cumprido de forma honesta. Infelizmente, a honestidade não é
muito praticada no Brasil: nem no senado federal, nem em
Brasília e nem na universidade.

Cordiais Saudações,

Gauss Cordeiro