Prezados,
Creio que podemos ajudar a compor um material melhor para o Guia de
Carreiras da Globo (e para uso nas nossas divulgações), constante no
site abaixo
http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL98231-5604,00.html
Estatístico deve ser um bom comunicador
Profissional trabalha com situações de incerteza, tomando decisões.
Ele precisa saber se comunicar para transmitir os resultados das
pesquisas.
*Fernanda Bassette* Do G1, em São Paulo
Foto: Divulgação/Ence
<http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/foto/0,,11468291-EX,00.jpg>
Divulgação/Ence
Alunos durante aula de estatística na Ence, no Rio de Janeiro (Foto:
Divulgação/Ence)
*saiba mais*
*
Dos 27 cursos de estatística do país, 23 são públicos
<http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL98579-5604,00-DOS+CURSOS+DE+ESTATISTICA+DO+PAIS+SAO+PUBLICOS.html>
*
'Uma boa pesquisa estatística não pode ser um jornal velho'
<http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL98097-5604,00-UMA+BOA+PESQUISA+ESTATISTICA+NAO+PODE+SER+UM+JORNAL+VELHO.html>
Você já parou para pensar por que o seguro do carro de um jovem de 20
anos é bem mais caro do que o seguro do pai desse jovem? E como é que
uma pesquisa eleitoral consegue apontar corretamente o que pensa a
maioria dos eleitores? E como a Companhia de Engenharia de Tráfego de
São Paulo sabe quando é necessário implantar o rodízio de veículos?
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<http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL98231-5604,00.html#COMENTE>
A resposta é simples: por trás de todas essas perguntas está a
estatística, que nada mais é do que um conjunto de técnicas e métodos
de pesquisa que nos ajuda a lidar com situações sujeitas a incertezas.
"O estatístico, em geral, trabalha tomando decisões. Ele é o
responsável por um levantamento que vai te dar argumentos para que
você possa tomar a decisão correta", explicou Dóris Satie Fontes,
coordenadora geral do Conselho Regional de Estatística da 3ª Região.
As áreas de atuação do estatístico são bastante variadas. Eles podem
trabalhar nas seguintes áreas:
*
Indústria (na melhoria da qualidade de produtos, avaliação das
reações do consumidor);
*
Demografia e saúde (atuando em pesquisas da evolução
populacional, novos remédios, tratamento de doenças);
*
Pesquisas científicas (em universidades, como professores e
consultores);
*
Recursos humanos (desenvolvendo planos de avaliação e
desempenho, planos de previdência complementar);
*
Pesquisas de opinião (para empresas que vão lançar novos
produtos, pesquisas eleitorais)
*
Setor financeiro (em bancos, fazendo análise de bancos de dados,
previsões econômicas, avaliando riscos de investimentos).
Muitos cálculos e matemática
Segundo o professor José Matias de Lima, coordenador do curso de
estatística da Escola Nacional de Ciências Esatísticas (Ence),
instituição federal mantida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), a procura pelo curso de estatística é muito baixa.
Para ele, a falta de informação e o medo da carreira são os principais
responsáveis por esse quadro.
"Há uma carência muito grande de profissionais habilitados na
carreira. As pessoas têm medo de cursar estatística. Muitos pensam que
é preciso ser um matemático nato e isso não é verdade. Claro que a
carreira está fundamentada em cálculos, matemática e informática,
claro que o aluno tem que ter afinidade com essas áreas, mas não é
preciso ser um mestre", afirmou o professor Matias.
Segundo Matias, o ciclo básico da graduação é "o que pega". "O curso
de estatística é um curso pesado, o aluno tem que se dedicar muito
porque nos primeiros anos [ciclo básico] há muitas disciplinas de
cálculo, álgebra linear, computação, estatística, probabilidade. Se o
aluno passar do ciclo básico, ele termina a graduação", disse.
A professora Laura Rifo, coordenadora associada do curso de
estatística da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) concorda.
"É no primeiro ano de curso que o aluno vai descobrir se ele quer
mesmo ser um estatístico. Ele terá contato com muitas disciplinas de
cálculo, estatística, técnicas de amostragem. Se ele não tiver
afinidade com exatas, ele não continua no curso", disse.
Bom comunicador
Segundo os profissionais ouvidos pelo *G1*, o ideal é que o aluno de
estatística tenha aptidões para ciências exatas, goste de desafios, de
informática, de trabalhar em equipe e, principalmente, que seja um bom
comunicador. "O bom estatístico não pode ser uma pessoa calada. Ele
vai sempre trabalhar em equipe e precisa ser um bom comunicador para
traduzir para o bom português termos muito técnicos de pesquisa",
disse Dóris.
"O estatístico vai trabalhar com informações muito técnicas e precisa
saber transmiti-las para o leigo. Não adianta nada ele fazer uma super
pesquisa e não saber repassar isso de forma clara para o cliente",
alertou Matias.
"De fato, o profissional precisa saber se comunicar. Ele vai descobrir
alternativas metodológicas e precisa saber levar para frente essa
análise para os leigos", finalizou a professora Laura.