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Na universidade, quando vocà passa um tema de pesquisa para aqueles alunos do primeiro grupo,
eles vÃo a fundo ao assunto, tentam progredir no tema, fazendo ampla pesquisa bibliogrÃfica,
chegando passar meses a fio na soluÃÃo dos problemas decorrentes da pesquisa.
Do lado oposto, quando o tema à dirigido para aqueles alunos que nÃo tÃm Ãlan: eles
simplesmente hibernam e esperam que os resultados venham do cÃu. A natureza, infelizmente,
nÃo dà nada de graÃa a ninguÃm!
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Sou totalmente contra os gestores acadÃmicos financiarem bolsas de estudos para alunos que
nÃo gostam de estudar e nÃo tÃm Ãlan para a ciÃncia. O que se faz hoje em dia â em inÃmeros cursos
de pÃs-graduaÃÃo do PaÃs â, Ã jogar dinheiro fora, financiando alunos que nÃo sÃo verdadeiramente
talhados para a pesquisa cientÃfica. Esse, no meu entender, Ã um dos fatores que prejudica a
qualidade da nossa pÃs-graduaÃÃo. NÃo interessa a esses gestores a qualidade dos formandos,
mas somente a quantidade.
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Outro assunto deplorÃvel à o faz-de-conta promovido por alguns professores que nÃo sendo pesquisadores
natos posam de orientadores atà mesmo de doutorado. Esses professores nÃo tÃm Ãlan para a pesquisa
cientÃfica e o pior: nunca publicaram nada em periÃdico internacional. Existem atà aqueles que nÃo conhecem
o bÃsico da EstatÃstica (anÃlise de variÃncia, estatÃsticas suficientes, testes de hipÃteses, distribuiÃÃo de
Weibull), mas persistem orientando na nossa Ãrea.
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Tenho o diploma de engenheiro civil, fui colocado durante o curso entre os 10 melhores da UFPE (turma de 1974),
mas nunca me arvorei a calcular nem mesmo uma calÃada. Tenho o diploma, mas (felizmente) nÃo sou engenheiro
de obras. Infelizmente, muitos na academia persistem voando como condor mesmo sem saber voar como
bacurau!.
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Cordiais SaudaÃÃes,
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Gauss
"Pode-se enganar uma pessoa por muito tempo; algumas por algum tempo; mas nÃo se consegue enganar todas por todo o tempo." Abraham Lincoln.
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