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Universidade PÃblica Paga (na Inglaterra). Fonte: UOL



Manifestantes atacam carro do prÃncipe Charles em Londres

Manifestantes em Londres que protestam contra o aumento nos custos do ensino universitÃrio atacaram o carro em que o prÃncipe Charles e sua mulher, Camilla, trafegavam. A BBC apurou que os manifestantes atiraram uma lata de tinta no veÃculo, quebrando uma de suas janelas, enquanto ele se deslocava atà o tradicional teatro London Palladium, no centro da cidade.

O prÃncipe e Camilla nÃo se feriram e mantiveram os planos. Ao chegar ao teatro, os dois aparentavam tranquilidade.

Aumento dos custos
Os protestos se acirraram apÃs o Parlamento britÃnico aprovar, nesta quinta-feira, os planos do governo de aumentar os custos da educaÃÃo universitÃria na Inglaterra. Segundo a polÃcia, oito policiais ficaram feridos nos confrontos, e sete pessoas foram presas.

Os manifestantes, que enfrentavam a polÃcia com paus e tochas, atearam fogo em bancos de praÃas e decapitaram uma estÃtua de Winston Churchill. A supe rintendente-chefe da Scotland Yard, Julia Pendry, disse que os policiais tentavam evitar que os protestos se espalhassem para outras regiÃes da cidade.

Projeto
Pelo projeto aprovado pelo Parlamento, o piso das anuidades dos emprÃstimos em universidades inglesas passaria de 3.290 libras (R$ 8,9 mil) para 6 mil libras, e algumas universidades poderiam cobrar atà 9 mil libras em "circunstÃncias excepcionais" - se oferecerem, por exemplo, bolsas e programas que incentivassem estudantes mais pobres a cursÃ-las.

O emprÃstimo poderà ser quitado quando o estudante estiver ganhando um salÃrio anual a partir de 21 mil libras.

Antes da votaÃÃo, o vice-premiÃ, Nick Clegg, disse que os contrÃrios aos planos seriam âsonhadoresâ e que era justo pedir para que os estudantes paguem mais em um momento de corte de gastos pÃblicos. Simultaneamente aos protestos em Londres, outras universidades britÃnicas organizaram manifestaÃÃes e vigÃlias em reaÃÃo à votaÃÃo.

A votaÃÃo ocorreu apÃs semanas de divisÃes polÃticas e protestos estudantis.

O presidente da UniÃo Nacional de Estudantes, Aaron Porter, disse que as alteraÃÃes nas cobranÃas encarecerÃo as universidades britÃnicas e que seus emprÃstimos serÃo um fardo de duraÃÃo mais longa para os estudantes, mesmo quando jà tiverem dinheiro para pagÃ-los.

Dentro do Parlamento, o ministro de NegÃcios, Vince Cable, disse aos parlamentares que as novas taxas sÃo justas e que manterÃo a qualidade do ensino universitÃrio, ao mesmo tempo em que âcombaterÃo o deficit fiscal e proverÃo um sistema mais progressivo de contribuiÃÃes graduais baseadas na habilidade das pessoas em pagar (os emprÃstimos)â.

As manifestaÃÃes universitÃrias tÃm sido recorrentes desde que o projeto foi apresentado, no inÃcio de novembro, em meio a planos governamentais de cortar em at à 40% o orÃamento para a educaÃÃo superior.

O aumento nas taxas de emprÃstimos universitÃrios valerà exclusivamente para os estudantes na Inglaterra. Estudantes galeses nÃo pagarÃo taxas maiores.

Na EscÃcia, nÃo hà emprÃstimos estudantis, e a Irlanda do Norte ainda nÃo definiu como responderà aos aumentos nas taxas, caso esses sejam aprovados em Londres.




"Pode-se enganar uma pessoa por muito tempo; algumas por algum tempo; mas nÃo se consegue enganar todas por todo o tempo." Abraham Lincoln.


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