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Re: [ABE-L]: Estudo citado na UOL e Conferência de Francisco Cribari



Caros,

Bom dia. Esta é a primeira, e provavelmente a última, vez que escreveri na lista sobre esse assunto. Tentarei ser breve.

Sempre procuro não me manisfetar na rede em relação à assuntos que não sejam relacioandos à Estatística (embora sei que o e-mail do Prof. Gauss tenha relação plena com tal assunto), principalmente se tiver alguma relação, ainda que estreita, com questões religiosas e/ou políticas. Antes de mais nada eu respeito as opniões, posições e resultados de análises de dados (e conclusões extraídas a partir delas), mesmo que sejam contrárias as minhas. Creio, assim, que devemos respeitar as opniões e posições dos outros. No meu entender, muitas vezes, certas opniões não são colocadas de maneira respeitosa aqui na lista. Embora, pelo que entendo, a posição da maioria seja de que assuntos fora do contexto estatístico (apesar do e-mail do Prof. Gauss se referir à um assunto relacionado à Estatística) sempre são tratados de forma respeitosa por todos que manifestam opniões sobre eles. Registro, entretanto, que não acho que o e-mail em questão seja ofensivo nem tampouco a análise mencionada pelo Prof. Gauss a qual foi apresentada pelo Prof. Cribari, os quais considero grandes Estatísticos.

Contudo, acho que associar "inteligência", "lógica" ou "bom-senso", a certas "crenças" ou "ideologias", um tanto quanto delicado. Não que seja necessariamente o caso, mas me lembro vagamente de um exemplo (por favor, perdoem-me se estiver equivocado) em que um modelo de regressão indicava uma significativa relação entre variáveis (algo como natalidade e produção de cerveja) sendo que, na realidade, nada indicava que esses fenômenos estivessem relacionados. Pelo que entendo (e reitero o fato de não achar que esse seja, necessariamente, o caso) deve-se ter cautela a relacionar implicações entre variáveis. Talvez, existam outros fatores que explique o crescimentos do ateísmos (apenas conjectura de minha parte)

Respeito a importância de profissionais de Psicologia e Psiquiatria e, creio que, que tal importância seja bem perceptível nos dias atribulados de hoje. Contudo, não acho que sempre eles podem lidar (de maneira satisfatória) com incertezas ou problemas de terceiros.

Contudo, preencher certos "vazios" com "combustíveis errados", pode não ser muito apropriado (na falta de uma palavra melhor). Por exemplo, encher o tanque de um carro com água ou ácido, certamente não trará bons resultados (ou ao menos aqueles desejados).

Não quero levantar polêmica, nem gerar discussões (embora saiba que isso possa ocorrer quando se manifesta opniões).

Desculpem-me pelo longo e-mail.

Saudações cristãs (não "carolas"),

Caio



De: "gauss@de.ufpe.br" <gauss@de.ufpe.br>
Para: abe-l@ime.usp.br
Cc: gprof@de.ufpe.br
Enviadas: Quarta-feira, 10 de Agosto de 2011 8:49
Assunto: [ABE-L]: Estudo citado na UOL e Conferência de Francisco Cribari

Caros Redistas,

A notícia vinculada hoje na uol (vide abaixo) foi discutida
amplamente na conferência do Prof. Francisco Cribari (UFPE)
dada na 12a EMR (realizada em Fortaleza) com boa base
em modelos betas de regressão. Cordiais Saudações, Gauss

Estudo diz que ateísmo vai tomar lugar das religiões

10/08/2011 - 06h15

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DE SÃO PAULO

Carolas, tremei.

Um estudo que será publicado neste mês aponta que, quanto mais
desenvolvido o país, maior o número de ateus.

Para o autor Nigel Barber, portanto, chegará o dia em que quase todo o
mundo vai se declarar sem religião.

A mudança já estaria ocorrendo. A pesquisa, feita em 137 países, mostra
que nas economias mais desenvolvidas o número de descrentes é crescente.

Na Suécia, por exemplo, o índice chega a 64% da população, seguida por
Dinamarca (48%), França (44%) e Alemanha (42%).

Na outra ponta, países da África sub-saariana têm menos de 1% de ateus.

O autor aponta razões mercadológicas para a baixa das religiões.

Segundo ele, as pessoas procuram as igrejas para se salvar de dificuldades
e incertezas da vida.

Hoje profissionais como psicólogos e psiquiatras podem perfeitamente
suprir essa lacuna.