Caros Redistas, O paper em anexo (de Ortega, Cordeiro e Kattan) "The Log-Beta Weibull Regression Model with application to predict the recurrence of prostate cancer", aceito para o Statistical Papers, apresenta um modelo simples de estimar a recorrência do câncer de próstata localizado em função de algumas explicativas obtidas na biópsia para pacientes submetidos à prostatectomia radical. O terceiro co-autor do artigo, Michael Kattan (Cleveland Clinic), é mundialmente conhecido pelos "diagramas de Kattan" bastante usados por oncologistas para prever a recorrência de várias formas dessa patologia. Seu site é http://my.clevelandclinic.org/staff_directo/staff_display.aspx?doctorid=5525 O câncer de próstata (C61) é uma patologia que pode ser tratada se descoberta a tempo. Um em cada seis brasileiros será diagnosticado com câncer de próstata durante a vida. De cada 100 (cem) diagnosticados (em 2008), 22 em média deverão morrer da doença. A taxa média de letalidade neste ano é, assim, 0,22 mas, felizmente, está caindo por conta do diagnóstico precoce. A cada semana morrerão cerca de 240 brasileiros, ou seja, um óbito a cada hora e meia. É o sexto tipo de câncer mais comum do mundo e o mais prevalente entre os homens. A taxa de incidência é cerca de 6,4 vezes maior nos países desenvolvidos comparados com aqueles em desenvolvimento. Essa patologia é 1,6 vezes mais freqüente em negros do que em brancos. Em estudos amplos estatísticos de autópsia, na faixa etária de 60 a 69 anos, 24% têm câncer na próstata. Na faixa etária de 70 a 79 anos, 33% apresentam, enquanto que mais da metade dos homens com mais de 80 anos têm essa patologia. Nos EUA, o número de casos da doença aumentou duas vezes e meia nos últimos 15 anos, principalmente, por conta do aumento da longevidade da população. O número de óbitos por 100 mil habitantes é bem menor nos países orientais, provavelmente pelo baixo consumo de gordura animal. No Japão e Hong Kong é cerca de 4 óbitos por 100 mil, enquanto que no Brasil e EUA, essas taxas de mortalidade no momento são de 18 e 16, respectivamente. O histórico familiar é um fator importante. Um parente de 1º grau (pai ou irmão) aumenta a chance desse câncer entre 18% a 35%. No momento, estamos (os três autores acima) empenhados em desenvolver um modelo similar para calcular a chance de recorrência do câncer de mama, que representa o "flagelo dual" para as mulheres. São aplicações desse tipo à área médica que mostram a grande importância da Estatística na sociedade. Cordiais Saudações, Gauss Cordeiro
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