Boa tarde. Sem qualquer “intenção política”, mas apenas a de contribuir com
elementos para o debate, segue o entendimento de um dos profissionais da imprensa
sobre o ENEM e sobre o entendimento dele a respeito das explicações teóricas (fonte:
blog do Reinaldo Azevedo). Podemos ver o email com enfoque no ENEM ou na forma como somos
percebidos por quem não é da área. Luiz ---- Mais sobre a caixa-preta do Enem: quem entrega gabarito em branco recebe,
no mínimo, a nota média de cada área. Por quê? Perguntem a Haddad!
O Enem é uma caixa-preta. O aluno
jamais saberá por que tirou a pontuação X, Y ou Z. Sim, claro, claro, há
teorias que justificam e explicam os critérios adotados, todas elas arcanas,
inacessíveis aos candidatos. Um professor, leitor
deste blog, decidiu fazer a prova para, segundo diz, ter experiência prática no
assunto e poder orientar com propriedade os seus alunos. Ele entregou dois
gabaritos em branco. Mesmo assim, recebeu pontuação. Reproduzo o comentário dele,
com a resposta que lhe foi enviada pelo Inep(to). Leiam. Volto em seguida. Prezado Reinaldo Azevedo, “Bom
dia! Gostaria de obter um esclarecimento. Sou professor e fiz o Enem 2011 para
conhecer melhor a prova e, dessa maneira, poder orientar os meus alunos.
Compareci somente no segundo dia e resolvi as provas, mas não passei nenhuma
alternativa para o gabarito oficial. Como vocês explicam o fato de eu ter
obtido as notas abaixo mesmo sem ter marcado nenhum item no gabarito oficial? Alguém
do Enem me respondeu da seguinte forma: Prezado(a)
Sr(a) Wagner Rodrigues Machado, Bom, recebi a explicação!
No entanto, confesso que não entendi nada. Como uma pessoa que não marca nada
no gabarito pode ficar com a nota mínima? Estranho, não é mesmo? Isso está correto? Voltei O TRI, na forma aplicada
pelo Inep(to), se transformou numa licença para a discricionariedade. O mesmo
se diga das redações, cuja correção, já vimos, parece ser um exemplo de falta
de rigor e de critério. Tanto pior quando se constata que os temas e os textos
de referência escolhidos pelo Inep(to) valem por um verdadeiro filtro
ideológico. O aluno
é convocado a dissertar sobre uma tese, não sobre um tema. Conversei com alguns
especialistas em matemática, estatística em particular. É aceitável, dado o
TRI, que todo participante tenha, ao menos, a nota média de cada área como nota
mínima, mas é absolutamente inexplicável que alunos que tenham entregado o
gabarito em branco recebam essa nota mínima. Isso nada tem a ver com a Teoria
de Resposta ao Item. É apenas uma jabuticaba brasileira. A questão diz respeito
apenas ao processamento de dados e nada tem a ver com qualquer teoria
matemática. Em
resumo O silêncio das boas
escolas particulares — refiro-me a elas porque não serão as públicas a
protestar — chega a ser criminoso. Uma rosa é uma rosa é uma
rosa. |