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Professor com doutorado < Policial rodoviário



Professor com doutorado recebe menos que um policial rodoviário; tabela
com comparações ganha destaque no Facebook

Do UOL, em São Paulo

Uma tabela publicada no Facebook comparando os salários de professores com
outros cargos que exigem concurso público já foi compartilhada por mais de
10.500 pessoas. A tabela mostra, por exemplo, que o salário de um policial
rodoviário federal com nível superior completo (R$ 5.782,11) é maior que a
remuneração de um professor adjunto com doutorado (R$ 4.300).

Os editais dos concursos confirmam a diferença, mas vale destacar que não
são todos do mesmo ano -foram utilizados dados de concursos públicos
realizados entre 2008 e 2012. A primeira tabela divulgada na rede social
foi alterada para corrigir algumas divergêrcias encontradas com relação
aos editais.

Professores com dedicação exclusiva são os que recebem os melhores
salários: um titular com mestrado ganha R$ 7.818 e um titular com
doutorado tem remuneração de R$ 11.755.

Em comentário na rede social, o responsável pela publicação da tabela
afirmou: "Pior mesmo é analisar sob a ótica da formação, pois enquanto um
doutor leva no mínimo seis anos mais na Academia para se formar a
remuneração de um advogado graduado da União é 338,36% maior".

A maioria dos comentários dizem que a remuneração dos professores é
injusta, alguns questionam os valores mais antigos e outros afirmam que
estão fazendo o curso de direito no lugar do mestrado.

E você, o que acha da remuneração dos professores no nosso país? Use o
espaço dos comentários para registrar a sua opinião.

Greve nas universidades federais
Na última quinta-feira (17), os professores de universidades federais
começaram uma greve nacional organizada pelo Andes-SN (Sindicato Nacional
dos Docentes das Instituições de Ensino Superior). Ontem (22), a UFRJ
(Universidade Federal do Rio de Janeiro) e a Unifesp (Universidade Federal
de São Paulo) aderiram à paralisação.

Até o momento, 41 universidades estão paradas, além de 3 institutos
federais. Somente na região Norte, a adesão à greve das universidades
federais chega a, pelo menos, 70% do contingente, segundo os sindicatos
das categorias.

Segundo o Andes-SN, a categoria luta pela reestruturação da carreira de
docente e por melhores condições de trabalho.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta quarta-feira (23)
que "não há necessidade de greve" dos professores das universidades
federais e pediu que os docentes reconsiderem a situação de negociação do
plano de carreira dos professores com o governo federal e encerrem a
paralisação.

As negociações entre a categoria e o governo são coordenadas pelo
Ministério do Planejamento. De acordo com o ministro, o acordo entre o
governo e a categoria previa um reajuste de 4% nos salários dos
professores universitários a partir de março deste ano e a criação de um
plano de carreira de docente para que tivesse vigência em 2013.