Olá Clarice, Fábio e demais,
entendo que os créditos a que se refere o regulamento da PG da USP são os cursados por graduandos em disciplinas da pós, como aluno especial, e não em disciplinas de graduação a serem aproveitadas pela pós. Me corrijam se estiver errado.
Quanto a aproveitamento de discipina da pós na graduação há uma flexibilidade maior, pois o aluno pode pedir aproveitamento de estudo e, se o Coordenador do curso assim entender, pode aproveitar o conteúdo cursado na pós como crédito em disciplina da graduação que tenha uma função semelante na estrutura curricular. Eu, como Coordenador da graduação em Estatística da UFRN, fiz isso nesse semestre pois o regulamento de cursos de graduação da UFRN permite essa flexibilidade. Aqui na UFRN não se trata nem do conteúdo precisar ser o mesmo, basta que a disciplina cursada na pós ou em outro curso de graduação tenha a mesma função(objetivo curricular), da discipina que será aproveitada.
Att,
Prof. Pledson Guedes de Medeiros
Professor Associado
Sala 80 - Departamento de Estatística(DEST) - CCET - UFRN
Fone: (84) 3215-3786
---------- Original Message
-----------
From: clarice.demetrio@usp.br
To: Fabio Gagliardi Cozman <fgcozman@usp.br>
Cc: abe-l <abe-l@ime.usp.br>
Sent: Wed, 28 May 2014 09:48:12 -0300 (BRT)
Subject: Re: [ABE-L]: Disciplina em bacharelado e mestrado
> Caro
Fabio,
> No Regimento da PG da USP, pg
24
> http://www.ieb.usp.br/ensino/doc/1351097362.pdf
> você
encontra:
>
> § 3o - A critério do orientador, quando da passagem de aluno especial
para aluno
regular,
> poderão ser aproveitados créditos em disciplinas cursadas isoladamente
em até trezentos
e
> sessenta e cinco dias anteriores à data da matrícula, limitado a um
terço do total dos
créditos
> mínimos exigidos em disciplinas no curso.
> Art. 59 - Podem, em casos excepcionais, a juízo da CCP, ser admitidos
para matrícula
em
> disciplinas de Pós-Graduação, na condição de alunos especiais, alunos
de graduação
da
> USP, desde que sejam encaminhados por orientadores credenciados em
Programa de
Pós-
> Graduação da USP e que estejam participando de atividades de iniciação
científica.
> Parágrafo único - Os créditos assim obtidos poderão ser computados no
conjunto
> necessário para a obtenção do título de Mestre ou Doutor, desde que o
aluno seja
admitido,
> após aprovação no processo seletivo, em um desses cursos, no prazo
máximo de três
anos
> após a conclusão da
disciplina.
>
> Saudações, Clarice
>
>
De: "Fabio Gagliardi Cozman" <fgcozman@usp.br>
>
Para: "abe-l" <abe-l@ime.usp.br>
> Enviadas:
Quarta-feira, 28 de Maio de 2014 8:54:20
> Assunto: [ABE-L]:
Disciplina em bacharelado e mestrado
>
> Caros membros da
lista,
> tenho uma pergunta específica sobre um item levantado abaixo, em vista
de discussões que já ouvi em minha unidade: está dito que não é possível contar
cursos feitos durante o bacharelado para o mestrado, por questões legais. Alguém
poderia me informar quais são as questões legais, especificamente? Também já
ouvi que o contrário não é possível por questões legais, ou seja, não seria
possível contar em bacharelado créditos que serão depois contados para mestrado.
Isso também não é possível legalmente? Estou em busca de suporte legal
específico, não
opiniões.
> Grato,
> Fabio
>
> On May 28, 2014, at 5:56 AM, Pedro Luis do Nascimento Silva
wrote:
>
>
Elias,
>
> Há algumas questões que no momento dificultariam adotar ideias
como as que você
propos.
>
> 1. Os alunos que chegam ao bacharelado aqui talvez não tenham
o mesmo preparo em matemática que os noruegueses (país cuja universidade e curso
você usou como
exemplo).
>
> 2. Lá na universidade norueguesa os cursos tomados durante o
bacharelado podem contar como créditos para o curso de mestrado. Creio que isto
não é viável aqui no Brasil, por enquanto, por restrições
legais.
>
> 3. Há uma legislação federal definindo carga horária e
currículo mínimo para os cursos de bacharelado em estatística. Esta exige carga
e conteúdo muito maiores que as 1440 horas da sua
sugestão.
>
> 4. Outra forma de reduzir a relação aluno / professor é
reduzir a oferta de vagas. Nos cursos de estatística, a evasão é imensa. Cerca
de 2/3 dos que entram não terminam. Menor oferta de vagas implicaria
seletividade mais intensa. Então é possível argumentar que reduzir as vagas
talvez pudesse ser feito sem dano ao número de concluintes.
Infelizmente, medidas como essa vão contra as orientações políticas vigentes,
que vão no sentido da ampliação do número de vagas, e poderiam ser vistas como
indicativo de problemas nos cursos (é uma das penalidades impostas pelo MEC a
cursos que são mal avaliados).
>
> 5. Finalmente, também se pode reduzir a relação aluno /
professor é aumentando os quadros docentes, permitindo que estes tenham menor
carga didática de aulas e mais tempo para dedicação às atividades de pesquisa e
extensão, e mesmo ao preparo de cursos mais atraentes e motivadores. Mas esta é
talvez a variável de menor elasticidade dentre as que se pode manejar numa
universidade (seja pública ou
privada).
>
> Vale comentar que vários cursos de bacharelado têm enfrentado
discussões e implementado reformulações curriculares recentes. Na ENCE estamos
quase ao final de um ciclo de debates que vai levar a uma reformulação do curso
a partir de 2015. Infelizmente, parte da dura discussão com os docentes é
decidir o que pode ser retirado da carga de cursos obrigatórios, e há muita
pressão para manter grande número de disciplinas como obrigatórias.
>
> Note que acho fundamental que discussões como a que você
propôs sejam travadas na comunidade. Mais um SINAPE vem aí, e tenho certeza de
que conversas como essa vão fazer parte dos papos entre coordenadores e docentes
dos vários cursos de graduação quando se encontrarem por
lá.
>
> Saudações,
Pedro.
>
> Em 28 de maio de 2014 04:46, Elias T. Krainski <eliaskrainski@yahoo.com.br> escreveu:
>
> Caros,
>
> Notei na noticia a alusao a reducao do numero
de alunos por professor. E' possivel implementar uma politica simples e reduzir
numero de alunos por professores sem aumentar custos, alias, reduzindo custos.
>
> Tomo como exemplo o curso de bacharelado em estatistica.
Atualmente sao necessarias 3000 (3 mil) horas pelas para um aluno se formar
bacharel em estatistica. Observacao a parte: Em universidades com curso noturto
tem sido bem dificil colocar todas essas horas em menos de 5 anos, dado a
restricao de 20 horas semanais em sala de aula... Para ter em 4,5 anos e'
necessario atribuir 300 horas em outras atividades que nao em sala de aula. Em
cursos diurnos e' possivel fazer em 4 anos tendo 6 disciplinas de 4 horas por
semestre complementando 120 horas com outras atividades.
>
> Se
fossem reduzidas essas 3000 horas para 1440 horas poderiamos reduzir para a
metade o indice numero de alunos por professores sem reduzir custos. Mas so'
1440 horas????? Explico: Se em vez de 20 horas semanais em sala de aula com 5
disciplinas de 4hs (ou 24 horas semanais para cursos em 4 anos) tivessemos 15
horas semanais (4 disciplinas de 4hs) em apenas 6 semestres (3 anos).
>
> Isso nao e' loucura uma vez que e' usado na NTNU (http://www.ntnu.no/studier/bmat/oppbygging/st . O bacharelado
em matematica com especializacao em estatistica e' completado em 6 semestres.
Geralmente os alunos fazem mais dois anos e saem com o grau de mestre (http://www.ntnu.edu/studies/msmnfma/components)
>
> []
> Elias
>
> On 27/05/14 21:05, Artur Lemonte
wrote:
>
>
>
Veja
>
> http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2014/05/1460627-usp-perde-posto-de-melhor-da-america-latina-para-universidade-chilena.shtml
>
> [ ]'s, AL
>
>
>
> --
>
> Pedro
Luis do Nascimento
Silva
> ISI President-Elect
2013-2015
> IBGE - Escola Nacional de Ciências Estatísticas
>
Phone: +55 21 21424957
>
-------
End of Original Message
-------
|