A MÁQUINA DE TURING
E O QUE OS COMPUTADORES PODEM E NÃO PODEM FAZER
AVALIAÇÕES DE PARTICIPANTES
Valdemar W. Setzer
Departamento de Ciência da Computação, IME-USP
www.ime.usp.br/~vwsetzer
(endereço de e-mail no topo)
Esta versão: 13/6/24 (com um ADENDO de 14/6/24-2)
Nesta página encontram-se em ordem cronológica reversa todas as transcrições
(as partes ilegíveis são anotadas com [?]) de avaliações
de participantes desta palestra, conforme escreveram, literalmente (sic),
no fim da mesma, no One-minute paper, onde são colocadas
as respostas aos seguintes itens: [1] Coisa mais importante aprendida;
[2] Maior dúvida que ficou; [3] Comentários. Itens de números maiores
são os do formulário eletrônico, de palestras remotas.
Os originais estão à disposição para exame. Respostas a algumas dúvidas
e meus comentários são marcados com RESP. Ver o resumo
da palestra e sua apresentação
completa em ppt.; em 19/4/24 elaborei uma apresentação
resumida para uma palestra avaliações só
foram pedidas após a de 25/10/17 inclusive; inicialmente o título
dela era "A Máquina de Turing e a essência dos computadores,
ver a lista
de palestras dadas e programadas. Ver também meu breve artigo,
escrito para o programa de uma peça de teatro, "Alan
Turing e a ciência da computação"
17. 12/6/24 palestra na disciplina MAC-0110 para ingressantes do Bacharelado
em Ciência da Computação do IME-USP, e interessados,
dentro do programa Embaixadores
da Matemática do IME-USP, usando a versão resumida da
apresentação. Info: prof. Roberto Hirata Jr. hirata no ime
dot usp ponto br.
- [1]. Devemos moldar nosso pensamento para conseguir criar um algoritmo
no computador. Isso porque o computador não consegue compreender
nosso pensamento complexo. Entretanto ao moldarmos nosso pensamento
para o pensamento algorítmico estamos nos autolimitando. [2]
Se moldamos o nosso pensamento para criar um algoritmo para a máquina
somos nós que a estamos programando para executar algo? Ou somos
nós que estamos sendo programados a pensar de forma algorítmica.
[3] Gostei muito da mistura entre os conceitos da Máquina de
Turing [MT, daqui para frente nas avaliações] com conceitos
filosóficos. Essa mistura me fez pensar em me interessar mais
sobre o funcionamento da máquina e do pensamento humano. RESP.:
Sim, para criar um algoritmo e expressá-lo em uma linguagem de
computação é necessário exercer um pensamento
muito particular - aquele que pode ser inserido numa máquina
digital! Por isso é importantíssimo equilibrar esse tipo
de pensamento com outros tipos - por exemplo, recomendo ler um bom romance
por mês, pois aí os pensamentos serão imaginativos
e não formais, além de envolverem os sentimentos. Um outro
equilíbrio se obtém com atividades artísticas,
pois nelas o espação de trabalho é sempre mal definido.
Veja meu artigo
https://www.ime.usp.br/~vwsetzer/antidoto.html
Sim, quando fazermos um programa estamos programando. Mas a máquina
impõe qual tipo de pensamento temos que usar; de certa maneira,
ela está nos programando. Sobre o pensamento humano, posso indicar
literatura. Escreva-me.
- [1] Aprendi sobre MTs e os limites de uma máquina real, tanto
comparando com MTs quanto comparando com a natureza e as capacidades
humanas. Aprendi sobre porque máquinas e robôs nunca poderão
copiar os humanos. [2] Acredito que ficaram dúvidas muito mais
filosóficas e de cunho existencial, quanto às fronteiras
que distinguem a humanidade da não humanidade. [3] Achei muito
importante a palestra, tendo em vista que em um ambiente universitário
marcado pela razão termos uma visão crítica sobre
o pensamento racional e sobre outras facetas do pensamento humano. RESP.:
Sim, é fundamental se reconhecer os limites das máquinas
- de hoje e de sempre, e sua influência nos usuários. Por
exemplo, a motocicleta, por ser ágil, induz a mentalidade de
motoqueiro, com ele quase sempre se arriscando. Que ótimo que
ficaram dúvidas filosóficas e existenciais. Eu tratei
de ambas as áreas na palestra. É absolutamente essencial
que se reconheça que o ser humano é único, não
há nada globalmente semelhante na natureza. O ambiente do IME
não é só racional, é racional-abstrato-formal-simbólico.
Vocês não estão recebendo uma formação,
e sim uma deformação. Vocês não são
apenas intelecto, e muito menos apenas formal. Infelizmente, vocês
devem equilibrar essa parcialidade por conta própria.
- [1] A coisa mais importante que consegui tirar foi que os seres humanos
são de uma complexidade inimaginável, que nem sequer pode-se
entender livremente claramente [?]. [2] O professor disse que toda máquina
universal pode emular/simular outra, com suas devidas limitações
e potencial. Sendo que a MT é capaz de emular o funcionamento
de qualquer máquina. Tomemos a mente humana como um "modelo
superior" com regras por nós incompreendidas, ela simula
todas as outras, mas não pode ser simulada, pois uma vez que
ela é a mais complexa de nosso conhecimento, não podemos
construir nada que a supere. A questão seria, nós não
podemos criar nenhum modelo que supere isto, pelo princípio da
MT, mas podemos simular modelos de mesmo nível em nossas mentes?
Outra questão seria, caso existisse um modelo acima, este poderia
simular e construir uma mente humana? RESP.: Toda a natureza é
de uma complexidade infinita. Imagine uma pedra: os milhões de
anos que duraram sua formação, e todos os processos envolvidos.
Se passar para os seres vivos, então, a complexidade aumenta
enormemente. Veja uma de minhas "leis":
https://www.ime.usp.br/~vwsetzer/jokes/leis.html
"Desconfie de qualquer explicação simplista da natureza."
(Veja detalhes e exemplos sobre ela naquela página.)
Uma MT universal U deve ser programada para emular qualquer outra MT
M. Para isso, as 5-tuplas ordenadas das transições da
M devem ser gravadas na fita da U, mais outras informações,
como o estado inicial de M, o seu conjunto de estados finais, os dados
da fita e a posição inicial do cabeçote. A nossa
mente não usa regras formais. Se usasse, seria puramente sintática,
não teria nem semântica (compreensão) nem pragmática
(adequação à realidade, bom senso). Sentimentos
são atividades mentais que não são formais e não
seguem uma lógica formal. Aliás, quando falei sobre sensações
e sentimentos, esqueci de dizer que graças a eles nos vivenciamos
como indivíduos, pois ninguém mais é capaz de ter
nossas sensações e sentimentos. Não é o
pensamento que nos faz sentir como indivíduos! Sim, como a mente
humana tem atividades que não são formais, não
pode ser formalizada. Certos tipos de pensamento podem ser objetivos
e universais como os matemáticos, e podem ser formalizados, como
faz a matemática! Se alguém expressa um pensamento matemático,
outra pessoa pode "emulá-lo" com seu próprio
pensamento. Não é só uma questão de complexidade,
e sim da essência do que é sentir e pensar. Quando você
diz "construir uma mente humana", você está partindo
da hipótese de que a mente é puramente física,
uma máquina. Esqueça, há evidências muito
fortes de que esse não é o caso. A vivência do livre
arbítrio no pensamento foi uma das indicações que
apresentei na palestra. A subjetividade e individualidade de sensações
e sentimentos foram outras.
- [1] O que aprendi de principal foram as nossas visões sobre
o ser humano, algumas das quais concordo outras não. Acredito
que o ser humano seja um animal, mas que isso não implique numa
"superioridade" inata ou desvalorização de outras
pessoas. Retomando, as reflexões sobre o Eu e quais processos
me formam (pensar, sentir, desejar) foram muito significativas.[2] Acerca
de como o raciocínio imposto sobre nós, que "deveria"
ser puramente lógico, gostaria de entender melhor as relações
da vontade e do sentimento no cenário de apatia (tanto de não
sentir quanto de não desejar).[3] Adorei a discussão filosófica,
entranhada na discussão sobre as máquinas e "inteligência
artificial" e gostei de "timão" aspas e da rosa
dos ventos decorando o slide. RESP.: Que ótimo que você
não concordou com algumas coisas que eu disse! Quais são?
Vamos conversar a respeito, quem sabe você me faz mudar de ideia.
O ser humano tem características comuns aos animais superiores,
como respiração, mobilidade, reprodução,
crescimento e regeneração de tecidos etc. Mas ele tem
muitas características que não ocorrem nos animais, só
citando alguns casos, a fala e o aparelho fonador, a posição
ereta, a coluna em duplo S, a falta de pelo, couro, escamas ou penas,
a oposição do polegar (em relação aos macacos).
Portanto, é incorreto identificar um ser humano como um animal
(racional). Se você fizer isso, terá que chamar os animais
de "plantas móveis", pois os animais têm muito
em comum com as plantas (novamente, crescimento e regeneração
de tecidos, órgãos ocos, reprodução etc.).
Em vários aspectos somos superiores aos animais. Quem é
que está mudando o mundo (em geral, para pior...), os seres humanos
ou os animais??? Quem é capaz de produzir livros??? Etc. etc.
Não se deve reduzir os seres humanos a animais, pois senão
os primeiros serão tratados como os segundos. Acho que a apatia
é uma falta de força de vontade. A pessoa talvez queira
fazer algo, mas não tem vontade suficiente para isso. Timão?
Rosa dos ventos? Meus #slides têm um fundo que é o desenho
de uma aquarela, só isso.
- [1] A presente palestra foi capaz de lecionar eficientemente e provocativamente
a base histórica, conceito, funcionamento, implicações
e utilização da MT, assim como os seus "componentes
formais". [2] Gostaria de ter explicações sobre como
reformular a MT, não determinísticas em determinísticas
e, sobretudo, como se toma a decisão em uma transição
múltipla. [3] A parte final da palestra apresentou oposições
veementes e provocativas ao materialismo libidinal e às obras
de Deleuze e Guattari. Com capacidades técnicas e filosóficas
elevadas, a palestra foi engrandecedora e gerará divagações
tanto no campo matemático quanto filosófico e computacional.
RESP.: Para derivar uma MT determinista equivalente a um não-determinista,
é preciso usar uma estrutura de dados que vocês ainda vão
aprender, a pilha. Em linhas gerais, Quando a máquina está
em um estado com duas transições não-deterministas,
isto é, as duas usam o mesmo símbolo de entrada que está
sob o cabeçote, deve ser tomada uma dessas transições,
e empilhar na pilha todo o estado da máquina, inclusive a fita
(ou o trecho dela com os dados), e uma indicação da transição
tomada. Se a transição tomada não dá o resultado
no resultado esperado, ou acaba indo a um estado sem alguma transição
definida para o símbolo de entrada, desempilham-se os dados da
transição tomada, volta-se a máquina para o estado
em que estava ao tomar essa transição, e se toma a outra
transição não determinista. Isso é recursivo,
pois depois de uma transição não-determinista pode
aparecer outra não-determinista, e então são empilhados
os dados dessa segunda, sobre os da primeira. A pilha permite que se
volte para trás nas configurações nas quais a máquina
estava quando foi tomada cada transição não determinista.
Não conheço Deleuze, que trabalhou junto como Gattari.
O que sei dele é que ele identificava corpo com alma, isto é,
para ele a alma era material. Isso é materialismo lascado. Um
dos problemas é que é necessário caracterizar conceitualmente
o que são alma e espírito (dois membros não físicos
da constituição humana. Já existe essa conceituação;
é possível compreender o que eles são. Eu mesmo
escrevi um artigo a respeito. Quanto às divagações,
discuta o conteúdo com seus/suas colegas!
- [1] Ainda preciso amadurecer todas essas ideias apresentadas na palestra.
[2] o que os computadores podem fazer é limitado pelas leis da
física, certo? Isso porque eles são feitos de matéria.
Mas o ser humano também é feito de matéria. Isso
significa que o que os seres humanos conseguem fazer transcendem as
leis da física. [3] {Vazio}. RESP.: Sim, os circuitos são
projetados segundo "leis" e condições da física.
É uma maravilha de técnica ela pegar materiais que não
são precisos e conseguir construir um computador determinista
(a menos de falhas). Os circuitos determinam o que o computador pode
fazer; os programas só podem requerer que ele faça o que
os circuitos permitem. Na natureza, a partir de uma certa complexidade,
algo que não é físico pode começar a atuar
modificando a parte física. Tenho uma teoria de como isso é
possível sem violar as leis físicas, usando escolhas de
transições não deterministas - essas escolhas,
de qual transição tomar a cada instante, não requer
energia; veja a apresentação completa da palestra, onde
eu exponho brevemente isso.
- [1] o pensamento humano não se resume, e não deve se
resumir, à racionalidade. [2] Como ensinar/introduzir esses conceitos
complexos para outras pessoas? [3] Queria ouvir mais ideias diferentes
nessa linha de pensamento além da racionalidade onde encontrar?
RESP.: Eu faço uma distinção entre pensamento racional
e intuitivo. Falei sobre isso, mas me esqueci de algo fundamental: como
desenvolver o pensar intuitivo. Tome um problema qualquer: pode ser
científico individual ou social. Usando o pensar racional, procura-se
a solução para o problema raciocinando todas as relações
possíveis dentro dele. Usando o pensar intuitivo, pensa-se profundamente
sobe o problema, sob todos os ângulos, mas sem tentar resolvê-lo.
Vai chegar um momento, muitas vezes quando não se está
pensando no problema (às vezes, ao acordar - nosso subconsciente
é mais sábio do que nosso consciente!) em que se terá
o #insight da solução. Talvez vocês já tiveram
essa vivência ao tentar achar o erro de um programa.
- [1] Aprendi o que é a MT, sendo uma máquina teórica,
com armazenamento infinito, capaz e de realizar apenas uma operação,
de realizar qualquer coisa. Além disso, aprendi a complexidade
do ser humano, principalmente por sua capacidade de pensar, de sentir
e de ter vontade, fazendo o computador jamais entender tal complexidade
e ser capaz de reproduzi-las [2] A maior dúvida foi qual propósito
de criação da máquina da MT? RESP.: A MT usa apenas
um tipo de instrução, a 5-pla ordenada das transições.
Pela tese de Church-Turing (esqueci de dizer que é uma tese pois
não pode ser provada), qualquer algoritmo (na definição
matemática de algoritmo) pode ser implementado em um MT. Computadores
não têm compreensão não têm semântica,
são máquinas puramente sintáticas de seguir estritamente
regras matematicamente formais. Além disso, como eu expliquei,
compreender é associar uma representação mental
a um conceito, ou um conceito a outro conceito. Veja meu artigo bilíngue
https://www.ime.usp.br/~vwsetzer/conceito-cerebro.pdf
- [1] Hoje, o que aprendi de mais importante foi que as máquinas
jamais poderão reproduzir fielmente pensamentos, sensações
e comportamentos humanos, pois os robôs apenas respeitam as leis
e condições estabelecidas por circuitos, enquanto o funcionamento
do cérebro humano é uma incógnita. [2] Será
se, mesmo com o avanço de áreas como a neurociência
e a bioinformática, além do avanço de diversas
tecnologias, daqui a muito tempo, o cérebro humano continuará
sendo uma incógnita? [3] {vazio}. RESP.: O que eu tentei mostrar
é que as máquinas jamais vão pensar como o ser
humano, e dei dois argumentos para isso: o livre arbítrio que
temos no pensamento (como eu disse, na verdade na vontade, na decisão
do que pensar em seguida numa concentração mental), e
o fato de os conceitos não estarem no cérebro, sendo que
usamos o pensamento para ter a percepção de um conceito.
Não se trata de se desconhecer como o cérebro ou o pensar
funcionam. Nunca vai se ter esse conhecimento examinando o cérebro,
como é o paradigma científico atual.
- [1] Aprendi sobre MTs mas principalmente sobre filosofia. 2. Qual
o limite da IA à medida que tentam simular o pensamento humano
utilizando-a? Será que um dia saberemos qual processamento/característica
anatômica que nos super separa da IA? [3] gostei da palestra.
RESP.: A IA jamais será a inteligência humana. No
meu livro sobre IA eu faço a distinção entre inteligência
incorporada, que todas as máquinas têm, mas também
plantas e animais, e até mesmo a Terra, e a inteligência
criativa, que só os seres humanos têm. Aliás,
não se sabe cientificamente o que é a inteligência,
mas sabe-se como os programas de computador funcionam (a menos dos sistemas
de "aprendizado" de máquina. [ADENDO de 14/6/23. Por
que você teve um interesse especial sobre a parte filosófica?
Talvez porque a primeira parte, sobre a MT, era formal, objetiva e universal,
era algo fora de você apesar de ter incorporado
a sua compreensão. Mas com as questões filosóficas
você pôde se identificar, por exemplo dizendo: "Eu
realmente penso, sinto e tenho impulsos de vontade, eu sou assim!"
Quando foram dadas características sobre essas atividades interiores,
você pôde dizer: "De fato, reconheço tudo isso
em mim; agora eu me conheço melhor!" Isto é, você
se identificou com a parte filosófica (ou pelo menos trechos
dela).]
- [1] O mais importante que aprendi foi sobre o funcionamento da MT,
e que todas as outras máquinas são uma derivação
da mesma. Como também a parte mais filosófica da palestra,
em que pude pensar mais profundamente sobre a relação
das máquinas e os seres humanos. [2] Por enquanto não
[tenho dúvidas], mas queria saber com detalhes mais explícitos
da criação da MT. [3] Estou agradecida por ter comparecido
na palestra, com certeza foi algo único. RESP.: As máquinas
digitais podem ser todas simuladas por MTs. Eu não diria que
são #derivadas da MT. Como eu contei, Turing desenvolveu a MT
para resolver um problema matemático, da existência de
problemas insolúveis (indecidíveis).
- [1] Somos forçados a pensar de uma maneira lógica limitada.
Com computadores, tudo é reduzido a uma lógica parcial
de símbolos e números, sendo que o pensamento humano quebra
a barreira do pensamento lógico comum.[2] Todos os computadores
foram baseados na MT? Por que Turing pensou numa loucura dessa? Ele
era iluminado? Pessoas não iluminadas podem inventar coisas grandes
como Turing? RESP.: Um programador é forçado a pensar
em uma lógica limitada, a fornecida pela linguagem de programação
que ele usa (que no fundo usa símbolos quantificados). Além
disso, o pensamento comum é baseado exclusivamente no mundo físico,
mais abstrações como a matemática. Mas é
possível pensar sem se basear no mundo físico; a matemática
é um excelente exercício para isso! Turing tentou construir
computadores baseados em instruções elementares, como
é o caso da MT. Funções mais complexas eram programadas
usando as instruções elementares. Curiosamente, posteriormente
foram desenvolvidos e até comercializados os denominados computadores
RISC (#reduced instruction set computer ), tendo o CDC6600 (na época,
1964, um super-computador) sido o de maior sucesso. Eu não diria
que Turing era iluminado, e sim um gênio da matemática.
Como eu expliquei, ele pensou na MT para provar que a conjectura da
decidabilidade da matemática estava errada. Ele foi um precursor
das máquinas digitais.
- [1] Aprendi sobre o Entscheidugsproblem, o problema da decisão,
proposto por David Hilbert e Wilhelm Ackerman. Também sobre o
cientista da computação Alan Turing e sobre as MTs. [2]
Se o Entscheidungsproblem já foi resolvido ou não, e se
sim, faz quanto tempo? Quais são os problemas mais modernos e
atuais similares ao Entscheidungsproblem? RESP.: Ackerman trabalhou
em decidabilidade, e atribui-se a ele também a formulação
do problema, mas ficou com o nome do Hilbert pois fazia parte d e uma
série de três questões matemáticas que ele
formulou em 1928 (já fazia parte de uma série de problemas
propostos por Hilbert em 1900. Alonzo Church e Turing resolveram independentemente
a questão do problema da decidabilidade em 1936. Não sei
responder a pergunta sobre problemas matemáticos atuais. Pergunte
aos matemáticos...
- [1] Eu aprendi que o pensamento está delimitado pelas arbítrios
da linguagem, inclusive no conceito de livre arbítrio. Computadores
seguem leis da física, que por sua vez não são
conhecidos pelo ser humano ponto. [2] Há liberdade de pensamento?
É possível controlá-lo? Não seria apenas
a liberdade de expressão que é controlada pelo estado
e os ditames da linguagem? [3] Há 3,5 bilhões de anos
alguém diria que um punhado de mofo teria todas as capacidades
humanas? Uma máquina não poderia ter alma, sentimentos
etc. se Deus lhe desse o livre arbítrio? RESP.: As linguagens
não são arbitrárias! Há pensamentos que
não podem ser expressos em uma linguagem, como por exemplo os
"sonhos acordados", "pensamentos em forma de imagem",
e quando pensamos sobre nossas sensações e sentimentos.
Suponha que você sinta uma dor de cotovelo. Você pode dizer
"estou com dor de cotovelo", mas não consegue descrever
a sensação que está tendo. Vai no máximo
dizer que está com dor, esperando que a outra pessoa entenda
o que é ter dor. Mas ela não poderá sentir a sua
dor. Mas você pode pensar sobre ela, sem usar palavras. Na minha
concepção de mundo, e minha vivência pessoal, o
ser humano pode ter livre arbítrio no pensamento, mas esta é
só um instrumento para se vivenciar o livre arbítrio,
que reside na decisão de pensar em algum tema. Sim, pode-se controlar
o pensamento. Se você não tivesse essa possibilidade, não
teria conseguido escrever sua pergunta! É preciso usar um pensamento
muito simplista para achar que o ser humano derivou de fungos! Além
disso, trata-se de mera especulação. Ninguém acompanhou
a evolução para comprová-la. Pior, nem hoje em
dia isso ocorre. Já foi provado que pássaros que migraram
de ilhas tiveram uma adaptação ao meio ambiente diferente.
Mas ninguém examinou as mutações genéticas
quando elas estavam ocorrendo, e nem os encontros sexuais que levaram
à seleção. Além de tudo, a evolução
darwiniana é uma teoria furada (os elos perdidos). Finalmente,
examinando macacos é impossível predizer como será
o ser humano; mas o contrário é verdade.
- [1] Como funcionam as MTs, simulação destas utilizando
outra MT.[2] Como ocorre a prova de um algoritmo na máquina de
Turing? Como prova-se, dada a entrada, se chegará no resultado
correto? [3] Achei muito interessante a palestra. RESP.: A verificação
formal de programas é uma área específica da Ciência
da Computação. Usando uma teoria axiomática, é
preciso deduzir os assim chamados "invariantes", uma afirmação
lógica sobre os valores de variáveis do programa, que
deve ser válida ao se atingir um comando vindo de várias
partes do programa. Além disso, a parada da execução
é muito complicada de ser deduzida, pois exige cálculo
de convergência dos valores das variáveis.
- [1] O funcionamento, teoria e funções da MT. Conceitos
da natureza humana e relação humano-máquina. [2]
Apenas curiosidades sobre tópicos mencionados como o efeito de
computadores em crianças. [3] {vazio}. Sobre o efeito de meios
eletrônicos sobre crianças, adolescentes e adultos, veja
meu artigo
http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/meios-educacao-sintese.pdf
- [1] O funcionamento da MT e a restrição do pensamento
computacional. [2] O pensamento "milagroso" também
não está em um prédio sem térreo. [3] Palestra
muito boa, adorei os comentários sobre as formas de pensar. RESP.:
sobre milagres, eu afirmei que a ciência não consegue explicar
todo o ser humano, como por exemplo a simples sensação
do gosto de uma fruta. Milagre é algo que não pode ser
explicado fisicamente. Portando o ser humano é um milagre. Idem
para todos os seres vivos! Eu disse que a física não sabe
o que é uma partícula atômica em seu estado natural,
e jamais saberá. Portanto, a física não sabe o
que é a matéria. Daí a imagem de que materialista
é uma pessoa que vive e trabalha num prédio que não
tem fisicamente o andar térreo. Não se sabe como os pensamentos
são gerados, portanto do ponto de vista físico pensamentos
são "milagrosos" - considerando que não são
físicos, obviamente do ponto de vista físico eles não
têm andar térreo físico.
- [1] Aprendi sobre a MT, além de aspectos filosóficos
sobre o ser humanos não são máquinas e máquinas
não chegarão a ter o mesmo funcionamento de humanos -
elas não pensam e nem pensarão. Ademais, ao fim da palestra
sobre um pouco da morte de Alan Turing. [2, 3] {Vazios}
- [1] O mais importante que aprendi, na minha opinião, foi o
funcionamento da MT que eu já tinha ouvido falar, mas nunca tinha
entendido. [2] Não fiquei com nenhuma dúvida. [3] não
tenho comentários.
- [1] Diferença de MTs e computadores. [2] Como se emula um computador
em uma máquina MT? (Na prática quais componentes de um
computador correspondem a cada componente de uma MT o emulando. [33]
{vazio}. RESP.: É preciso programar a MT para executar todas
as instruções da linguagem de máquina do computador.
Isso sempre é possível, apesar de resultar numa MT monstruosamente
grande.
- [1] Há problemas matemáticos que não têm
solução. MT' máquina abstrata e matemática.
Um computador não pode realizar tudo o que faz o ser humano.
Computadores não podem pensar, não têm livre arbítrio.
Computadores não sentem. Sentimentos são individuais e
subjetivos. [2] Nenhuma. [3] Achei muito interessante.
- [1] "Pensar fora da caixa". [2] {vazio}. [3] Palestra bem
equilibrada entre teoricidade e dinamicidade. RESP.: Sobre minha técnica
didática, (a "dinamicidade") usei alguns ingredientes
para tornar uma aula interessante. 1. Ter entusiasmo pela matéria
e transmitir esse entusiasmo. 2. Fazer contatos pessoais com os alunos
- por isso sempre perguntei o nome para quem eu me dirigia, e de quem
fazia perguntas ou dava respostas. Sempre elogiar os alunos, e nunca
criticar. 4. Perceber se os alunos estão acompanhando interessados
ou não. Usar fatos históricos (não tive tempo para
usar mais esse ponto). 5. Usar a experiência dos alunos (por isso
eu me reportei às vezes à experiência de vocês
com a programação em Python). 6. Não ficar apenas
em formalismos abstratos. No meu livro #A matemática pode ser
interessante... e linda!, o tópico 29.2 é "Como interessar
os alunos". e o cap. 30 é "Vinte e um pecados capitais
em uma aula de matemática", isto é, o que deve ser
evitado.
- [1] O funcionamento de uma MT e o fato de que qualquer computador
pode ser reduzido a uma MT. [2, 3] {Vazios}.
- [1] As diferenças entre o ser humano e o computador do ponto
de vista do professor Valdemar Setzer.[2] Como o cérebro funciona?
[3] {Vazio}. RESP.: na minha concepção de mudo, a ciência,
com o paradigma reducionista atual, jamais vai saber como o cérebro
funciona. Não se sabe para que servem realmente as sinapses,
o que elas calculam, se é que calculam algo? Não se sabe
nem mesmo onde está armazenada a representação
simbólica 2 do numeral dois, e como ela é usada.
16. 19/4/24, 15h00-16h40 (foi estendida até as 17h10,
com perguntas até 18h00), palestra presencial na disciplina MAC2166,
para a turma 7de alunos do curso básico da Escola Politécnica
da USP e interessados, dentro do programa Embaixadores
da Matemática do IME-USP, usando a versão resumida da
apresentação. Info: prof. Paulo A.V. de Miranda pmirantudojuntoda
no ime dot usp pt br
- [1] Máquinas não são seres humanos, não
vão nos substituir. Jamais pensarão como seres humanos.
[2] Sobre a parte de aprendizagem de máquina que ficou para trás.
Por quê ainda não teve uma palestra do professor Setzer
no IME? [3] A aula foi maravilhosa, ministrada por um professor extremamente
sábio, não só na área da computação.
Espero ter outras oportunidades de encontrar o professor Setzer. Ele
conseguiu ser ainda mais impressionante do que como o Hirata falou.
RESP.: Eu tratei das capacidades das máquinas e dos seres
humanos, mostrando que temos características que as máquinas
jamais terão, como nossos pensamentos, nossas sensações
e sentimentos (elas jamais vão poder ter essas reações
interiores). Não tratei da substituição. Ela pode
ocorrer, sim, dependendo de quais de nossas ações se delega
às máquinas. A esse respeito, talvez valha a pena citar
uma de minhas "leis", em
https://www.ime.usp.br/~vwsetzer/jokes/leis.html
"Um computador (ou qualquer outro tipo de máquina) só
deveria substituir o trabalho de um ser humano quando esse trabalho
degrada-o, e não deve substituir o trabalho que o eleva."
Obviamente, isso depende da concepção que se faz de um
ser humano. Se ela é de que ele é uma máquina,
então tudo é possível. Depende também do
que se considera "degradar" e "elevar". Ruy Barbosa
disse "O trabalho que mais eleva o ser humano é ensinar."
Portanto, não deveríamos substituir o professor por uma
máquina, apesar de muitas vezes o resultado ser melhor com ela.
Conforme mais uma de minhas leis: "O ensino está tão
ruim, mas tão ruim, que até computador ou ensino a distância
(EAD) ensinam melhor. " (Publicada no fórum dos leitores
do Estadão.) Quanto a palestra minha no IME, eu costumava dar
uma palestra para todos os ingressantes, "A importância de
equilibrar atividades intelectuais com atividades artísticas
e sociais"; nunca mais me convidaram. Eu costumava dar uma palestra
por semestre no CAEM; nunca mais tive essa chance. Dava na Semana da
Licenciatura; nunca mais. É uma pena, certamente não durarei
muito mais tempo. Pena pois acho que os alunos deveriam ouvir ideias
diferentes, para formarem as suas.
- [1] Por conta de ser o foco da aula, o maior aprendizado que tive
foi sobre a parte técnica e teórica sobre o funcionamento
da MT e dos computadores. Além disso, o funcionamento do nosso
pensamento e a forma subjetiva, porém simples me surpreendeu.
[2] O funcionamento mais aprofundado dos computadores; o funcionamento
da mente humana. Os mecanismos com o código binário ainda
ficaram um pouco abstratos, mas acredito, que foi devido a falta do
tempo. [3] Fiquei extremamente surpreso em como coisas "simples",
porque na realidade são extremamente complexas, passam despercebidas
na nossa vida. Gostei muito da palestra, o Sr. Valdemar parece ter um
conhecimento infinito, felizmente tive a oportunidade e a honra de ouvi-lo
falar. RESP.: Na verdade, houve dois focos: a parte técnica,
da MT, pois penso que é importante que se a conheça, e
como ela esclarece o que significa a computação. O outro
foco foi mostrar que o ser humano não é uma máquina,
portanto certas de suas características jamais serão introduzidas
em máquinas. Organizei os dois focos de modo que eles se interligaram.
Note que não é possível provar formalmente, definir,
o que são o pensar, o sentir e o querer. Eles devem ser caracterizados
pelas suas manifestações interiores, e vivenciados pessoalmente.
Não pude me estender sobre o código binário (tenho
uma palestra sobre sistemas numéricos). Mas quero registrar aqui
algo que esqueci de dizer: os computadores usam o sistema binário
por pura conveniência técnica, e não por necessidade.
Poderiam usar qualquer outro sistema, mas os circuitos seriam muito
mais complexos e menos confiáveis. O conhecimento de cada pessoa
é infinito! Nosso conhecimento não é limitado,
como queria Kant. Aliás, outra coisa que deixei de falar: nossa
memória é ilimitada - ninguém teve a experiência
de tentar memorizar algo e sentir não havia mais "lugar"
para isso. Atenção: se a nossa memória é
ilimitada, ela não pode ser física! Finalmente, se quiser
ouvir-me mais, podemos combinar uma conversa pessoal! Eu também
gostaria de ouvi-lo
- [1-2] {Vazios}. [3] Primeiramente, gostei muito do professor Valdemar.
Ele conseguiu ser ao mesmo tempo muito didático e divertido,
trazendo discussões, comentários e temas interessantes.
Gostei muito de aprender sobre a Máquina de Turing e sua capacidade/importância
dentro do universo da computação. Entretanto, acima de
tudo, apreciei muito o espaço criado para reflexões e
discussões que vão além das exatas, pois esses
momentos estão se tornando cada vez menos comuns, sobretudo na
Poli, uma faculdade majoritariamente voltada para as exatas.
- [1] De mais importante, aprendi que as máquinas não
calculam, mas, sim, combinam. Também, é necessário
disciplina para usar computadores, já que esses tendem à
desobediência. [2] Acho que a maior dúvida acabon sendo
se um dia as máquinas vão realmente substituir a humanidade.
NO exemplo do xadrez de Kasparov, fiquei meio temerário, mas,
simultaneamente, crente que não. Um cenário de incerteza
é paradoxal. [3] {Vazio}. RESP.: Eu disse que os computadores
induzem indisciplina, e da pior espécie, a mental. Por exemplo,
programadores que programam de qualquer jeito, sem pensar muito e documentar
seus programas. O programa não vai funcionar, aí eles
passam a corrigi-lo, novamente sem pensar muito - e se documentaram
o programa, não atualizam a documentação que, depois
de algum tempo, não serve para mais nada.
- [1] {Vazio} [2] O que são pensamentos, sentimentos, vontade,
dentre outras questões de como funciona o cérebro humano
ou a essência de cada pessoa. [3] Professor didático e
carismático. RESP.: Eu não disse o que são
pensamentos etc., mostrei certas características deles, que qualquer
pessoa pode comprovar em si própria/o.
- [1] "Enxergar" a matemática de outra maneira. [2]
{Vazio} [3] Palestra rica e cativante. Palestrante conseguiu abordar
o tema de maneira lúdica. RESP.: Para vocês enxergarem
a matemática de outra maneira, o ideal seria assistirem minha
palestra sobre o infinito. Peçam para os professores organizarem
essa palestra e, se isso não ocorrer, peçam ao Centro
Acadêmico fazê-lo.
- [1] Eu compreendi que somos influenciados a pensar apenas com a cabeça
e que deixamos uma arma poderosa de lado; o pressentimento, além
da emoção, o que pode ser um diferencial dentro da poli.
[2] Não entendi direito a Máquina de turing, orém
não gosto de ficar parando a aula. [3] Curti muito a didática
do professor, realmente um ótimo profissional e gostaria de ter
mais aulas com ele. RESP.: Eu não usei a palavra "pressentimento"
(não deixa de ser interessante), usei "pensamento intuitivo",
em contraposição ao "pensamento racional". Por
exemplo, no segundo, tenta-se racionalmente resolver um problema. No
primeiro, examina-se o problema de todos os lados, profundamente, sem
tentar achar a solução, e espera-se que se tenha a inspiração
da solução. Nosso inconsciente é mais sábio
que nosso consciente! Já que a MT não ficou muito clara,
experimente baixar a apresentação (a resumida, que usei
na aula, ou a completa - ver o cabeçalho desta página).
Siga direitinho os passo da explicação da MT, tente resolver
os exercícios, e você certamente compreenderá tudinho.
Pena que você não "parou" a aula! Não
tenha medo de fazer perguntas. Não há perguntas bobas
- se ela for errada, como eu disse, é uma grande chance de o/a
professor/a mostrar que daquele jeito as coisas não são!
- [1] MT é a base dos computadores. [2-3] {Vazios}. RESP.:
Base teórica!
- [1] {Letra quase ilegível] O que achei mais importante, na
palestra, foi adotar uma perspectiva mais subjetiva e aspectos, comumente,
tomados por objetivos. Além disso, penso que a unidade de ???
e o contraponto formado por Turing foi útil para um entendimento.
Dessa forma, esses aspectos combinaram para essa ??? [2] Não
compreendi, em sua totalidade, o funcionamento da MT. No caso, tenho
dúvida sobre como os marcadores funcionam (ex. se o "cabeçote"
atravessar "1", e ele marca um xis e faz com que volte (?)).
[3] Os comentários são os mesmos referidos na primeira
questão. RESP.: Para compreender a MT, veja a resposta
anterior. Marcadores (o x do meu exemplo) são úteis para
assinalar células da fita que já foram examinadas.
- [1] Funcionamento da MT; indisciplina causada pelo uso de computadores;
características dos computadores; atribuições exclusivamente
humanas. [2] "A 'inteligência artificial' não representa,
então, um perigo ao futuro da humanidade?" [3] Ótima
palestra. Obrigado! RESP.: Sim, apresenta um perigo ENORME! Como
a "inteligência" artificial (nome errado pois não
se sabe cientificamente o que é a inteligência humana)
está cada vez mais simulando ações humanas, as
pessoas tendem a relegar totalmente a ela funções que
deveriam ser humanas (como o caso do diagnóstico médico,
que eu citei). Um outro perigo é de induzir a mentalidade de
que o ser humano é uma máquina - essa mentalidade tem
sido certamente induzida em vocês desde a escola. Citei alguns
exemplos. (1) Dizer que o sangue circula porque o coração
o bombeia. Isso é uma "bomba" de explicação,
pois há milhares de km (100.000?) de vasos sanguíneos,
a maioria capilares, portanto essa "bomba" teria que ter uma
potência fantástica. Não se sabe porque o sangue
circula no corpo; o coração funciona parcialmente como
bomba, produzindo um pulso de pressão, detectado por todo o corpo,
que misteriosamente faz o sangue circular. Vejam na internet como a
explicação que o sangue circula pois o coração
o bombeia é prevalente. (2) Que os relâmpagos são
devidos à diferença de potencial elétrico entre
as nuvens e o solo, ou entre as nuvens: as distâncias são
muito grandes para que essa diferença faça com que o raio
inicie. (3) A teoria neodarwiniana como verdade e não como teoria.
Etc. etc.
- [1] Base binária. Intuição, MTs. Formação
do pensamento/sensação, sentimento. [2] O que é
contar? O que é uma porta? Moral: existe uma moral suprema? O
bem/mal existe? Moral de Máquina? Moral do ser humano sobra a
máquina, existe? [3] {Vazio}. RESP.: Eu mostrei que ao
se ver um objeto e dizer que ele é uma porta, estamos associando
o conceito de porta ao objeto. Conceitos não podem ser "vistos",
pois não são físicos, como mostrei em meu artigo
https://www.ime.usp.br/~vwsetzer/conceito-cerebro.pdf
Eu usei a expressão "moral absoluta". Acho que sim,
existe moral absoluta, por exemplo a de que não se deve matar
um ser humano em nenhuma circunstância. Sou contra a pena de morte.
Aproveito para colocar mais uma de minhas ideias: faço uma distinção
muito clara entre moral e ética. Moral é individual, e
ética é comunitária. Por exemplo, suponha que um
advogado é contratado por um cliente que está sofrendo
um processo por ter cometido um crime financeiro, e o advogado fica
com a certeza de que o sujeito é culpado. No entanto, a ética
advocatícia permite que ele convença o juiz da inocência
do réu. Isso é ético, mas não é moral.
Uma religião tem sua ética, há uma ética
médica (que vem de Hipócrates) etc. etc. Sim, há
uma moral do ser humano em relação com as máquinas:
como usá-las moralmente.
- [1] O que eu aprendi de mais importante é que computadores
não calculam, copiam, leem ou fazem qualquer outra coisa da mesma
forma que um ser humano. [2] {Vazio} [3] Gostei que a palestra abordou
temas até que filosóficos sobe o pensar, e esse tipo de
reflexão é raro em uma faculdade como a Poli, mas muito
importante. O professor Setzer tem muito conhecimento a compartilhar.
RESP.: Eu disse que computadoes não calculam, combinam
símbolos para obterem o resultado esperado para um cálculo.
Eu acho que todos os professores deviam reservar um tempinho em cada
aula para tratar de questões filosóficas, políticas
(de maneira neutra e objetiva), sociais, artística etc. Eu sempre
fiz isso em minhas aulas, e chamava isso de "dar uma bicadinha".
Pois uma vez um aluno escreveu em um one-minute paper: "Professor,
o Sr. não que dar aula só de bicadinhas?" Pois eram
essas considerações que tocavam não só o
intelecto mas também os sentimentos, a vontade e a vida prática.
Vocês não são intelecto ambulante! Se todos professores
colocassem suas opiniões, imaginem como vocês teriam uma
quantidade de ideias diferentes para formarem as suas próprias!
- [1] A coisa mais importante que eu aprendi na aula foi sobre como
a máquina de Turing foi criada e como ela é basicamente
o arquétipo dos computadores, somente lendo símbolos numa
fita infinita organizada em estados finitos. Também elucidou
o conceito de pensar, e como isso diferencia os humanos das máquinas,
pois os computadores não podem ter livre-arbítrio. [2]
{Vazio}. [3] Queria poder ter ficado até o final da aula, mas
infelizmente tinha um compromisso, mas achei a palestra muito interessante
e interativa, me ensinando coisas que eu não esperava aprender
nessa palestra. RESP.: Cuidado com a redação, não
é a fita que é organizada em um número finito de
estados, é o controle finito. A MT está em apenas um desses
estados em cada "instante", ou melhor, em cada estado global
da máquina. Você captou maravilhosamente o meu argumento
principal para dizer que máquinas jamais vão pensar como
o ser humano: o livre arbítrio que podemos vivenciar no pensar
(na verdade, na decisão - uma vontade - do que pensar em seguida,
concentrando o pensamento). Sobre o fim da aula, terminei às
17h10 em lugar de 16h40, já que vocês não tinham
outra aula em seguida, e ainda fiquei até as 18h00 respondendo
perguntas. Foi um exagero de minha parte, logo depois das 5 horas de
aula perdi totalmente a voz, e 3 dias depois ainda não a tinha
recuperado totalmente... Nuca se deve exagerar, em nada, especialmente
na "veíce".
- [1] Eu aprendi que pensamento é diferente da intuição,
assim como um computador e uma MT funcionam. Aprendi a diferença
entre sensação e sentimento. [2] A maior dúvida
que ficou foi que, na minha ideia, cada vez mais os seres humanos tendem
a apresentar capacidades de robôs, a empatia e a subjetividade
estão desaparecendo, assim como a criação e junção
de ideias, devido a facilidade do mundo atual. Logo, robôs são
cada vez mais humanos, como humanos mais robôs, não? [3]
{Vazios}. RESP.: O pensamento racional é que é
diferente do pensamento intuitivo. Veja a avalição 4 acima.
Sim, existem forças que querem destruir o ser humano (já
estão destruindo a natureza, nossa base para existir!). Uma das
maneiras de destruir o ser humano é fazê-lo comportar-se
como robô. E, sim, as pessoas estão cada vez mais se robotizando
- por exemplo, na dependência do celular. Aproveito a deixa: uma
maneira garantida de destruir a humanidade é destruir as crianças
e os adolescentes justamente o que os celulares, vídeo
games, internet e a TV estão fazendo. Essa destruição
é principalmente psicológica, mas acaba tendo consequências
fisiológicas.
- [1] O Funcionamento da maquina de turing. [2] Se a maquina e o cerebro
funcionam de princípios parecidos, porque tem funcionamento tão
distinto? [3] Uma forma interessante de explicar a maquina de Turing
seria usando circuito elétrico com luz (mas e claro que seria
um sistema limitado, só para demonstração). RESP.:
Tentei mostrar que a MT e o cérebro não funcionam de modos
parecidos, simplesmente porque não se sabe como o cérebro
funciona. Para haver alguma semelhança, o cérebro deveria
usar um código simbólico (na MT, as transições
e o conteúdo da fita). Não se conhece o código
simbólico usado pelo cérebro, e fiz uma conjectura muito
forte: esse código não existe. Há várias
maneiras de se ilustrar a MT: uma interessante foi proposta por Joseph
Weizenbaum (o famoso inventor do programa Eliza), em seu extraordinário
livro Computer power and human reason: usar um rodo de papel
higiênico.
- [1] Que o ser humano não é uma máquina. [2] Perguntas
do tipo o que é vida, perguntas de natureza mais filosófica.
[3] Achei a aula muito interessante sobre o determinismo e livre arbítrio,
eu gosto de pensar que nem a física, que é materialista,
considera as partículas de modo determinista (quântica).
RESP.: Em minha concepção de mundo, a ciência,
com seu paradigma atual, jamais vai saber o que é a vida, e nem
conseguir explicar certas de suas manifestações, por exemplo
as formas orgânicas. Aos que ficaram até o finzinho, mostrei
uma folha de Costela de Adão, cuja curva formada pelas linhas
nas extremidades dos recortes da folhtem que ser controlado por um modelo
que impõe a curva. Um crescimento de cada recorte, obivamente
independente dos outros recores, se fosse controlado, por exemplo, pelo
DNA, não preservaria uma curva tão perfeita, pois as células
são altamente imprecisas. Nós reconhecemos a curva com
nosso pensamento, portanto o ele deve ser da mesma natureza do modelo
ou o modelo é um pensamento.
- [1] Pensar fora da caixa. [2] A maquina de turing Pode fazer mais
funções que o computador atual não pode? [3] Professor
muito simpático. RESP..: Se para resolver algum problema
for necessária uma "memória" infinita, o computador
não conseguirá resolvê-lo.
15. 19/4/24, 13h10-14h50, palestra presencial na disciplina MAC2166,
para a turma 8 de alunos do curso básico da Escola Politécnica
da USP e interessados, dentro do programa Embaixadores
da Matemática do IME-USP, usando a versão resumida da
apresentação. Info: prof. Paulo A.V. de Miranda pmirantudojuntoda
no ime dot usp pt br
- [1] A história da MT, e sua visão sobre várias
coisas da vida. *Pensar, *querer, *sentir. Como explicar essas três
coisas? Uma das coisas que eu aprendi foi não saber explicar
as coisas que fazemos normalmente. [2] Minha maior dúvida é:
quando ele voltará para dar outra palestra? [3] Palestra maravilhosa,
cheia de conhecimento, trazendo muitas reflexões sobre várias
coisas da vida, bastante história. A maneira como o palestrante
vai levando a palestra é perfeito, cheio de carisma. RESP.:
Na minha concepção, jamais vai se conhecer uma explicação
física para pensar, sentir e querer, pois não são
atividades físicas. No entanto, elas têm uma consequência
física, que pode ser detectada, por exemplo na atividade elétrica
ou sanguínea do cérebro. P.ex., o cérebro é
essencial para refletir o pensamento para a nossa consciência
(note que refletir = raciocinar!) Mas as correntes elétricas
(ou melhor, iônicas) e os fluxos de sangue obviamente não
são o pensar, o sentir e o querer. O que se pode fazer é
vivenciar pessoalmente essas três atividades interiores, e descrever
suas características, como por exemplo algo que eu não
mencionei: podemos pensar sobre nosso pensar, e é por isso que
podemos concentrar o pensamento. É a única atividade cujo
objeto é idêntico à ação (digerimos
o alimento, e não a digestão). Podemos impor nosso próximo
pensamento, p. ex. ao fazer uma soma armada, com vários algarismos,
sem divagar em outros pensamentos, a não ser que paremos a soma;
fazer a soma e pensar em outras coisas simultaneamente certamente dará
resultados errados. Eu deixei de citar algo fundamental (falta de tempo...):
o pensar pode ser totalmente consciente, por isso Descartes pronunciou
o cogito ergo sum, "penso logo existo". Não
podemos ter certeza de que temos certo sentimento, nem de um impulso
de vontade (querer), mas temos absoluta segurança do que pensamos,
quando estamos autoconscientes. Nesse sentido, pode-se associar, imageticamente,
o pensar à consciência de vigília, o sentir à
consciência de sonho, e o querer à consciência de
sono profundo (esqueci de mencionar isso na palestra). Quanto a outra
palestra, quem sabe o Paulo Miranda poderá dispor de mais uma
aula, darei com prazer.
- [1] Primeira coisa: O filme "jogo da imitação"
não condiz completamente com os fatos acontecidos na época
de Turing. Segunda coisa: A MT, projetada por ele não pode ser
construída por conta de limitações matemáticas
e sua ineficiência por conta de loops infinitos. Terceira: MTs
não fazem cálculos nem cópias, somente sequências
lógicas. [2] Porque conseguimos comparar uma MT, algo que não
pode ser materializado mas somente idealizado, com um computador atual,
que assim como a MT utiliza a lógica para tentar resolver problemas?
[3] Uma ótima palestra! Você consegue explicar de maneira
didatica, interativa e que mantém a atenção do
aluno. Uma pena que presencialmente o tempo nos limita, assistiria a
palestra e discutiria por horas cada uma de suas provocações
aos espectadores. Tenha certeza que ganhou mais um leitor de seus artigos
e mais um espectador de suas palestras. Melhora da gripe, abraços.
RESP.: Ampliando o pensamento para âmbitos não
físicos, pode-se compreender muito do que são essas três
atividades. Podemos comparar computadores às MTs quando pensamos
nas essências deles, como expliquei, por exemplo, manipulação
discreta de símbolos discretos, uso somente de escolhas lógicas,
formais, determinismo (nas MTs deterministas - em cada estado, uma só
transição para cada símbolo de entrada), número
finito de estados (que no computador é enorme), o fato de que
qualquer computador poder ser teoricamente simulado por uma MT, ambos
são máquinas matemáticas (da matemática
discreta) etc. A MT é do ano 1936, o "jogo da imitação"
foi idealizado por Turing em 1950, e é também chamado
de "Teste de Turing" no fundo trata-se de se descobrir,
por perguntas e respostas, se quem está respondendo é
um ser humano ou um computador. Atenção, o nome do filme
está errado, pois não tem nada a ver com o Teste de Turing.
Daria para construir uma MT, desde que a fita fosse infinita. Esqueci
de chamar a atenção para o fato de que na MT o cabeçote
se move e a fita é fixa, o que facilita a exemplificação
do funcionamento em uma imagem gráfica. Mas não haveria
mudança alguma na potência da MT se se considerar o cabeçote
fixo e a fita se movendo. De qualquer modo, as limitações
não são matemáticas, são físicas
(a fita infinita). As MTs não fazem "sequências"
lógicas; mais rigorosamente, fazem uma sequência de escolhas
lógicas: qual transição tomar, qual símbolo
gravar na fita, qual deve ser o movimento do cabeçote. A MT só
deve ser idealizada se em um problema for necessário usar uma
fita infinita.
- [1] A diferença do funcionamento da máquina e do corpo
humano, nos fazem pensar erroneamente que ambos são semelhantes.
[2] Se as funções do computador são baseadas em
nosso comportamento e em nossas capacidades, já que a maneira
como nosso sistema funciona é desconhecido, e senão será
possível investigar por meio da própria máquina.
[3] Palestra incrível, incentiva o questionamento e a fuga do
pensamento limitado, a melhor que já vi na poli. RESP.:
Desculpe, não é a diferença, mas a semelhança.
Por exemplo, o ChatGPT produz sentenças muito bem escritas, semelhantes
àsproduzidas por seres humanos. Mas não se deve esquecer
que as diferenças são enormes. As funções
do computador não são baseadas em nosso comportamento.
Mas programas inseridos em um computador podem não ser baseados
no nosso comportamento, mas dando resultados semelhantes ou iguais.
Por exemplo, algo simples como o resultado de uma soma com vários
algarismos. Por exemplo, não se sabe como o ser humano executa
2 + 3 = 5 (nem mesmo como tem dentro de si, "armazenado",
a representação simbólica do numeral 2, como essa
daí). No entanto, o computador (se não der um defeito),
chega ao mesmo resultado. Aliás, se um computador executar qualquer
ação, simulando uma ação humana, isso é
uma prova de que nós seres humanos não "fucionamos"
daquele jeito! Lembre-se do que eu mostrei: sensações
e sentimentos dão individuais e subjetivos. Como os computadores
são universais e objetivos, jamais poderão sentir como
os seres humanos. Podem imitar consequências de sentimentos, por
exemplo exibir um sorriso ou um rosto triste. Mas eles não estarão
sentindo absolutamente nada. Como uma máquina universal e objetiva
poderia investigar algo individual e subjetivo?
- [1] Antropomorfismos na computação (ex: memória)
passam a falsa imagem de que o ser humano é uma máquina.
Computadores são MTs restritas, são máquinas discretas
de combinar símbolos e universais. Se a MT não consegue
fazer algo, os computadores também não consegue. A MT
só possui um tipo de instrução. Computadores jamais
vão ter livre arbítrio para pensar. Ainda não se
sabe como o cérebro funciona. O quão perigoso é
igualar o ser humano a uma máquina. [2] Se um dia a ciência
souber todo o funcionamento do ser humano incluindo as origens dos sentimentos
e desejos, poderemos fazer uma máquina que seja indistinguível
a ele? [3] Uma aula boa para refletir sobre a quantidade de coisas que
ainda não sabemos, mas que achamos que sabemos. RESP.:
Sim, uso de denominações antropomórficas para certas
características ou ações das máquinas produzem
a impressão de que o ser humano é uma máquina.
Mostrei que isso é muito ruim, inclusive podendo resultar em
uma vsão desumana dos seres humanos. Mostrei que a ciência
jamais vai saber o que é uma partícula atômica em
seu estado natural. Então a ciência jamais saberá
realmente o que é um átomo e uma molécula em seus
estados naturais, não vai saber o que é a matéria,
como vai conhecer todo o funcionamento do ser humano? Qualquer máquina
não sentirá sensações e sentimentos, de
modo que jamais será indistinguível do ser humano. Segundo
S. Hanard, uma máquina que fosse indistinguível do ser
humano passaria o que ele denominou de Total Total Turing Test (isso
mesmo, duas vezes o Total).
- [1] O funcionamento, e a lógica por trás de uma Máquina
de Turing (MT) além de sua associação com o funcionamento
dos computadores atuais. [2] Não possuo dúvidas, muito
bem explicado. [3] Achei muito interessante a parte filosófica
quantos as capacidades humanas e o embate frente a capacidade dos computador.
Óbvio, não desmerecendo a parte técnica que também
foi interessante e importante.
- [1] O quanto o ser humano é diferente de uma máquina
e o quanto se tenta aproximar o humano da máquina, e a máquina
do humano. Máquinas apenas simulam as capacidades de uma pessoa,
caracteristicas complexas como pensar e sentir estão além
da condição que se pode simular com leis e circuito. [2]
{Vazio}. [3] A apresentação respondeu perguntas que eu
nem sabia que tinha. RESP.: Atenção, máquinas
simulam algumas capacidades do ser humano. A criatividade de inventar
algo totalmente novo, sem que seja combinação de conhecimentos
anteriores, jamais será exercida por uma máquina.
- [1] A história e lógica por trás da criação
da computação contemporânea. [2] O fato da MT ser
uma fita, refletiu nas tentativas iniciais de usar fitas furadas como
forma de Input. [3] É bacana a maneira como estimula o imaginário
do ouvinte, acerca de questões fundamentais. RESP.: De
fato, nos primeiros computadores, antes mesmo dos cartões perfurados,
foram usadas fitas perfuradas (punched tapes), tanto na entrada
de dados como na saída. As primeiras fitas perfuradas para entrada
de dados datam de 1870 para teletipos, os precursores do fax.
- [1] A MT é incapaz de executar comandos e funciona apenas a
partir da interpretação de símbolos. Qualquer algoritimo
que existe pode ser executado pela Maquina de Turing. Logo, a MT pode
emular qualquer computador. É uma máquina universal, que
funciona a partir da interpretação e manipulação
de símbolos. Matemática ' exata. Física ' precisa.
A Física é incapaz de criar resultados exatos, mas aproxima
resultados por meio da medição de grandezas e sua manipulação
matemática. Pensamento associa representações a
conceitos. Uma vez que a máquina é capaz apenas de interpretar
uma sequência lógica de representações, computadores
jamais terão livre arbítrio. [2] De que forma funciona
o Enigma e como a MT é capaz de manipular um código construído
pelo Enigma tendo como resultado o código original. A mudança
de estado de uma máquina não pode ser considerada a execução
de um comando? Por que? Será que, na realidade, o cerebro não
funciona a partir de um modelo químico, sendo uma máquina
química extremamente complexa. Dessa forma, em função
de sua grande complexidade química, o cérebro aparenta
funcionar além da pura lógica computacional. [3] {Vazio}.
RESP.: a MT interpreta as instruções que estão
no controle finito, as 5-plas ordenadas. A mudança de um estado
para outro é consequência da interpretação
de uma transição, a 5-pla ordenada. Se o cérebro
funcionasse partindo de um modelo químico, não seríamos
capazes de determinar o nosso próximo pensamento, fazer uma concentração
mental, controlar o pensamento (o que, aliás, é uma atividade
da vontade; a vontade é que pode ser livre, daí a expressão
"livre arbítrio" (free will!). Os pensamentos
iriam pipocar aleatoriamente.
- [1] Aprendi que, de certa forma, todos os computadores são
derivados da MT, e vários termos antropológicos ou não
na computação são equivocados como por exemplo:
"memória", "leitura", "executar".
Um computador pode apenas manipular símbolos, aos quais podem
ser associados números. Algoritmo: sequência finita de
comandos interpretáveis que viram solucionar um determinado problema.
O que o ser humano pode fazer? Pensar, sentir, querer. Como se livrar
do pensamento computacional? Realizando atividades artísticas.
Temos livre arbítrio, diferentemente dos computadores. Máquinas
jamais terão sensações e sentimentos. [2] Qual
o limite da evolução computacional? Como o ser humano
funciona? [3] Aula extremamente interessante e profunda. RESP.:
Se "executar" refere-se a uma ação humana (exterior,
com os membros, ou interior, como pensar em algum tema), realmente os
computadores não executam. Eu disse que os computadores interpretam
a linguagem de máquina, o código interno com as instruções.
Depois de interpretar, o computador executa o que a instrução
especifica. Algoritmo é uma sequência de ações
matematicamente bem descritas. Esse "matematicamente" é
essencial. Além disso, um algoritmo deve parar para qualquer
dado de entrada, se não para para alguns dados, é um semi-algoritmo.
Não se pode imaginar o limite para a evolução computacional.
Há 10 anos nenhum cientista da computação poderia
imaginar que algo como o ChatGPT pudesse existir. No começo dos
computadores, ninguém poderia imaginar que um computador pudesse
ter o tamanho de um celular.
- [1] As máquinas jamais conseguirão sentir e imaginar
como os humanos, considerando que nem nós, os próprios
seres humanos, sabemos explicar como acontece. Não se sabe o
Código do Cérebro. 2-3 {Vazios}. RESP.: Não
conseguimos explicar do ponto de vista físico.
- [1] As características mais "humanas" são
as mais complexas, devido a atual incompreensão, a subjetividade
e impossibilidade de reprodução. Por isso, tais características
como imaginar e sentir são extremamente inaplicáveis em
máquinas/programas. Além disso, "antropoficação"
dos programas confundem os conceitos e induzem a diversos erros lógicos.
2-3 {Vazios}. RESP.: Não sei o que você quis dizer
com "reprodução", mas isso toca em um ponto
fundamental: o er humano não é reprodutível, pois
ele incorpora todas suas vivências. Vocês saíram
de minha aula um pouco diferentes do que entraram! Atenção:
recomendo usar atividades artísticas para equilibrar o pensamento
computacional (ao qual se é obrigado ao usar um computador, e
muito pior quando se elabora um programa), e não para nos "livrarmos"
do pensamento computacional. Em qualquer atividade artística,
o espaço de trabalho é mal definido, e se pode fazer qualquer
coisa, dentro dos limites do que é usado.
- [1] Diferença máquina e corpo. [2] O quão longe
o computador chega. [3] Amei, prof.
- [1] A capacidade de pensamento humano é altamente complexa
e jamais será alcansada pelos computadores. [2] O funcionamento
exato das funções do cérebro na tomada de decisões,
nas emocões, sentimentos, são complexas e de difícil
explicação. [3] Palestra excelente, trazendo o pensamento
filosófico e matemático como fatores que se somam e se
complementam. RESP.: Você tem razão em dizer que
o pensamento e as emoções são complexas. Mas não
é essa a principal causa de eles serem difíceis de serem
explicados. Ocorre que se procuram explicações físicas
para algo cuja origem não é física. Os conceitos
não são físicos, como mostrei no meu artigo
https://www.ime.usp.br/~vwsetzer/conceito-cerebro.pdf
onde mostro que os conceitos não podem estar no cérebro.
Se os conceitos não são físicos, o pensar também
tem que ter algo de não físico.
- [1] O que o ser humano pode fazer: pensar, sentir e querer. [2] O
que o ser humano pode fazer? (Até onde vai a capacidade pensativa
e criativa do ser humano, capacidades essas que as máquinas não
possuem.) [3] Ótima palestra! Super interessante e informativa.
- [1] Primeira coisa: O filme "jogo da imitação"
não condiz completamente com os fatos acontecidos na época
de Turing. Segunda coisa: A MT, projetada por ele não pode ser
construída por conta de limitações matemáticas
e sua ineficiência por conta de loops infinitos. Terceira: MTs
não fazem cálculos nem cópias, somente sequências
lógicas. [2] Porque conseguimos comparar uma MT, algo que não
pode ser materializado mas somente idealizado, com um computador atual,
que assim como a MT utiliza a lógica para tentar resolver problemas?
[3] Uma ótima palestra! Você consegue explicar de maneira
didatica, interativa e que mantém a atenção do
aluno. Uma pena que presencialmente o tempo nos limita, assistiria a
palestra e discutiria por horas cada uma de suas provocações
aos espectadores. Tenha certeza que ganhou mais um leitor de seus artigos
e mais um espectador de suas palestras. Melhora da gripe, abraços.
RESP.: o "jogo da imitação", aplicando
a computadores, foi introduzido em 1950. A MT é de 1936. A MT
não pode ser construída por causa da fita infinita. Se
se usar uma fita limitada, seria possível construir uma MT. A
MT executa passos (as transições) escolhidos logicamente;
pode-se dizer que ela segue uma sequência lógica de passos.
Como você disse, os computadores, assim como a MT, utilizam uma
lógica simbólica em sua atuação. Portanto,
podem ser comparados desse ponto de vista.
- [1] Uma maquína é responsável por seguir uma
linha lógica para efetuar uma ação, com isso é
incapaz de pensar ou emitir opiniões. [2] Será que algum
dia as maquinas não poderão emular uma falsa consciência.
Pois, caso a maquina consiga emular sentimentos e conceitos individuais
(através da aquisição de infinitas informações),
ela será capaz de simular a mente humana, assim construindo uma
consciência. [3] {Vazio}. RESP.: A "linha lógica"
de transições e mudanças na fita é determinada
pelo que está na fita e pelo controle finito. De fato, nosso
pensamento pode ser ilógico, por exemplo quando ele se conscientiza
de uma emoção. A consciência e, muito mais ainda,
a autoconsciência, são grandes mistérios para a
ciência. Houve um filósofo, David Chalmers, que escreveu
que seria necessário para a física descobrir um novo tipo
de energia para se compreender a consciência. Há filósofos
que acham que a consciência é algo fundamental no universo,
permeando-o (mas não explicam o que é). Na minha visão
de mundo, ela não é física, e jamais será
compreendida fisicamente. Cuidado, qualquer simulação
que se faça da consciência não é uma consciência
construída. Se você simular um incêndio no computador,
não sairá correndo, não é mesmo?
- [1] Uma MT pode calcular uma função matemática
definida por um algoritmo. Dado tempo suficiente, qualquer MT pode emular
qualquer outra. [2] O que somos? [3] Ótima palestra. RESP.:
Não somos máquinas, isto é seres puramente físicos.
As evidências nesse sentido são enormes. RESP.:
Cuidado, em uma MT não existe o tempo, existem estados consecutivos.
Eu disse que se um computador tiver capacidade e tempo suficiente, pode
emular qualquer outro. Quanto ao que somos, o mais importante que eu
quis transmitir é que temos livre arbítrio no pensamento
(na verdade, no exercício da vontade ao escolhermos o próximo
pensamento), somos individuais e subjetivos em nossas sensações
e sentimentos, portanto NÃO somos máquinas. Podemos entender
muito mais profundamente o que somos se abandonarmos a mentalidade materialista,
sem perder a consciência e sem crenças.
- [1] Computador não lê, apenas reconhece caracteres; maquinas
não tomam decisão, escolhem a lógica; computador
não executa um código, ele interpreta; física é
precisa, não é exata; computadores são MTs restritas
pois não tem uma fita infinita; unidade de armazenamento, não
memória; o MT é o arquétipo de todas as máquinas
digitais; se uma MT não consegue fazer algo, nenhum computador
fará; pensar, querer, sentir, coisas distintas, mas que em geral
estão juntas; o ser humano não é uma máquina.
[2] Por que os computadores são limitados à limitação
da MT? [3] Ótima palestra, o palestrante soube prender a atenção
do ouvinte. RESP.: Máquinas digitais não escolhem
a lógica, escolhem segundo uma lógica. Excelente síntese
dos principais pontos da palestra! Mostrei que a MT só manipula
símbolos, nem mesmo copia símbolos ou faz cálculos.
O programa do controle finito é que produz esses efeitos. Os
computadores fazem escolhas lógicas e manipulações
discretas de símbolos discretos, senão não poderiam
ser simulados em uma MT.
- [1] Que os computadores fazem o que a MT faz, e não fazem o
que a MT não faz. Como uma MT funciona. Que a MT possui apenas
1 instrução. Que TMs e computadores são máquinas
universais. [2] Se o ser humano conseguir compreender tudo o que sentimos/entendemos/pensamos,
os robôs poderão ter todas as capacidades humanas? [3]
Adorei a palestra! RESP.: Tentei mostrar claramente a vocês
que os computadores, portanto robôs, jamais vão ter todas
as capacidades humanas, por exemplo ter uma simples sensação
do gosto de uma fruta.
- [1] O que achei de mais interessante é a parte em que os computadores
e máquinas apesar da evolução da tecnologia, nunca
terão os 3 tópicos, pensar, sentir e querer diferente
de nós humano. Poder colocar os sentimentos no pensamento é
muito importante e relevante. 2-3 {Vazios}. RESP.: Enriquecer
os pensamentos com sentimentos é fundamental. Se não se
faz isso, o pensamento vira somente racional, e isso é desumano.
Mas o contrário é verdade, o pensamento deveria enriquecer
os sentimentos. Por exemplo, um fanático é uma pessoa
que é exclusivamente levada pelos sentimentos, e não pensa
se eles são válidos ou morais.
- [1] Comparação do funcionamento dos computadores como
o da MT. Imprecisões da linguagem cotidiana no que se refere
aos sistemas e funcionamentos dos computadores e máquinas. Qualquer
uso de um computador exige um pensamento lógico-simbólico,
algoritmico. [2] Uma MT pode analisar, por exemplo, um sistema linear
impossível e dizer que ele é impossível? [3] Palestra
muito interessante e, apesar de reduzida, muito completa. RESP.:
Interessante questão. Um sistema de duas equações
lineares x+y=2 e x+y=3 é "impossível", inconsistente,
isto é não tem solução. Acho que computadores
podem deduzir que vários sistemas são inconsistentes,
mas não todos. Por exemplo, não existe um programa de
computador que analise um outro e deduza se o programa para ou não
para para quaisquer dados de entrada. Esse éo halting problem,
com o qual Turing mostrou que nem todas as questões matemáticas
bem formuladas têm solução, são decidíveis.
Veja a minha apresentação completa para uma prova desse
teorema.
- [1] Achei muito interessante como a MT pode ser tão complexa
e potente mesmo possuindo apenas uma instrução. Além
disso, não sabia que a MT é tão abrangente ao nível
do computador. [2] A MT se assemelha ao computador, mas a MT em si atualmente
ainda é utilizada? E para que? [3] Gostei muito da palestra,
abrangeu pontos que eu nunca pensaria e associaria antes. Muito interessante!
Obrigada pela palestra! Gostei principalmente no tópico 11 -
"O que o ser humano pode fazer", muito reflexivo. RESP.:
Cuidado, cada 5-pla ordenada do Controle Finbito é uma instrução.
O que a MT tem de característica fundamental é que ela
usa apenas um só TIPO de instrução. No PC, soma
inteira de 8 bits é um tipo, soma de 16 bits é outro tipo.
Sim, a MT é utilizada na teoria da computação.
E eu a usei para mostrar que o computador só manipula símbolos
fazendo escolhas lógicas. Não é uma utilidade da
MT? Espero que, com as considerações sobre o ser humano,
vocês passaram a se conhecerem melhor a si mesmos.
- [1] Nem todo problema matemático, mesmo que bem formulado,
tem solução. Dirigir uma guerra pode, muitas vezes, ser
mais do que cruel. Usar comentários ' localização
para erros futuros. Computador não faz ações, não
realiza ações. Interpreta e entrega resultados, Máquina
não calcula, recebe e entrega símbolos. Física
' precisão, matemática ' exatidão. MT ' arquétipo
de todas as máquinas digitais. Tudo que MT não pode fazer,
comp. algum pode fazer. Ph ' grego; f ' latim.[2] Temos livre arbítrio
mas temos liberdade? Como diferencio um computador perfeito que emule
um sentimento humano de um ser humano real? Seria esse o "problema
do quarto chinês"? [3] {Vazio}. RESP.: Você
pode encarar uma escolha lógica que um computador faz como sendo
uma ação dele. Computadores calculam, mas internamente
o que estão fazendo é combinar símbolos discretos.
Existem dois tipos de liberdade: a exterior, isto é, nada impedindo
uma pessoa de fazer alguma ação (inclusive pensar!), e
a interior, que se passa no pensamento, quando pensamos em algo sem
nada que nos imponha esse pensamento. Por exemplo, se estamos com fome
pensamos em comida. Isso não é pensar livremente. Depois
de pensarmos, podemos decidir agir - por exemplo, pensar em levantar
um braço e depois levantá-lo (experimente!). Não
há nada que nos imponha levantar um braço naquele momento,
não há nenhuma utilidade nisso. Será uma ação
feita em liberdade interior, fruto do livre arbítrio. Um neurocientista
provavelmente vai dizer que o livre arbítrio é uma ilusão.
Óbvio, ele provavelmente é um materialista, e da matéria
não pode advir liberdade, ela está inexoravelmente sujeita
às "leis" e condições físicas.
Mas não é essa a nossa experiência. Pensamos em
levantar o braço e o levantamos em total liberdade. A propósito,
ninguém é capaz de saltar (sem vara) 4 m de altura. Mas
qualquer pessoa pode decidir pensar algo em seguida, e efetivamente
pensar nisso. O que é um computador perfeito? Um que nunca dá
pane? (Então não pode rodar o Windows, he he he!). Tentei
mostrar a vocês que pelo fato de sentirmos e sensações
e sentimentos serem totalmente individuais e subjetivos, jamais os computadores
os terão, pois são máquina universais e objetivas
(sabe-se muito bom como funcionam). Em muitas ações, vai
ser cada vez mais difícil diferenciar um sistema computacional
de um ser humano. Isso já está acontecendo com LLGs como
o ChatGPT. É preciso ter muito conhecimento e discernimento (que
crianças e adolescentes ainda não têm!) para ler
um texto produzido pelo ChatGPT e reconhecer que não foi produzido
por um ser humano. Esse é o caso de textos; já existem
geradores de voz, de imagens e de vídeos. Provalmente isso ainda
será estendido a outras áreas, como construir algo físico
e não se reconhecer que isso foi feito por uma máquina
e não um ser humano - por exemplo, um objeto artístico
de cerâmica (eu sou ceramista, veja algumas de minhas cerâmicas
em páginas endereçadas em minha home page) ou madeira.
14. 13/9/22 palestra presencial para alunos e professores da FATEC
Franco da Rocha, e interessados, dentro do projeto Embaixadores
da Matemática do IME-USP; info: Profa. Nadia Said Avila chukr(dot)nadia
no gmail.com. Graus de satisfação com a palestra, de 1 (muito
insatisfeita/o) a 5 (muito satisfeito): 4% de 3; 4% de 4;
92% de 5. Aprendeu coisas novas: 96% de Sim e 4% de
Talvez.
- [1] Um ponto de vista diferente sobre a evolução das
máquinas, meu pensamento parte do ponto que a humanidade está
evoluindo tanto que vai chegar um momento onde as máquinas serão
facilmente confundidas com seres humanos e vice-versa. Realmente o futuro
é uma incógnita, mas o senhor trouxe uma perspectiva de
que nunca seremos iguais as máquinas e elas nunca serão
iguais a nós. [2] Como seria realmente o funcionamento da máquina
de Turing, já que pareceu algo fora da realidade, talvez eu tenha
ficado em dúvida por não estar tão envolvido no
assunto, porém fiquei meio confuso somente nessa parte, mas mesmo
assim foi uma excelente palestra. [3] Parabéns pela palestra,
muito interessante e cativante. O senhor é um ótimo palestrante!
Obs: As interações com o público ajudam muito no
entendimento. RESP.: Há já muito tempo as estão
sendo confundidas com seres humanos, desde o programa Eliza de Joseph
Weinzenbaum, de 1966, que imitava um psiquiatra rogeriano; uma pessoa
formulava uma pergunta e o programa devolvia-a, por exemplo, "por
que você está perguntando isso" ou "diga algo
mais sobre isso." A Sociedade Americana de Psiquiatria até
propôs (e felizmente nunca realizou) que o programa poderia ser
usado para tratamentos psiquiátricos por telefone... Como evitar
o mau uso das máquinas que, aliás, estão destruindo
a natureza e os seres humanos, inclusive psicologicamente: sabendo o
que elas são, em especial as digitais, e o que é o ser
humano. Foi o que eu trouxe um pouco para vocês. Reveja a minha
apresentação com calma, e você entenderá
direitinho como a MT funciona. Tente fazer os exercícios. Sabe
qual é um dos grandes segredos do uma boa palestra? Ter entusiasmo
pelo assunto e irradiá-lo, colocando-se no lugar dos ouvintes.
- [1] Como a computação tem diversas possibilidades e
cada vez mais está integrada em nossa sociedade, é algo
bom a se pensar, ainda mais nas diversas situações que
permeiam a rotina da sociedade. [2] Avanços que podem ser prejudiciais
a nossa sociedade e como reverter essa questão. [3] Tempo de
apresentação foi bom, mas alguns pontos poderiam ser mais
curtos e precisos, explicar demais determinado assunto pode confundir
a primeira ideia compartilhada. RESP.: Os avanços da tecnologia
JÁ estão sendo altamente prejudiciais à natureza
e à humanidade. Temos que colocar a tecnologia em seu devido
lugar; não ser dominado por ela, como está acontecendo
com a internet e jogos eletrônicos, e sim dominá-la. Veja
meu artigo
https://www.ime.usp.br/~vwsetzer/missao-tecnol.html
- [1] Que não há nada que um computador atual possa fazer,
que uma máquina de Turing também não possa. [2]
{Vazio}. [3] Gostei bastante da maneira com que o palestrante interagia
com a plateia, isso prendeu a atenção de todos e acredito
que facilitou o aprendizado.
- [1] Aprendi que apesar do computador possuir várias utilidades
incríveis ele é abordado muitas vezes de maneira equivocada
e possui limitações estabelecidas pelas leis da natureza
que não podem ser quebradas. [2] Eu fiquei com dúvida
referente aos cálculos de números binários. [3]
Achei a palestra incrível, a maneira com que o palestrante chamou
a atenção dos ouvinte para então ministrar seu
conteúdo foi excepcional, uma didática muito eficiente
e que prende a atenção de quem está ouvindo. O
assunto abordado foi de extrema importância e o ponto de vista
que o Sr. Valdemar conseguiu transmitir aos espectadores foi fenomenal
e despertou dúvida e questionamentos na minha cabeça que
com certeza buscarei as respostas. Só queria deixar aqui meu
agradecimento por essa oportunidade de ouro! RESP.: Sim, as máquinas
digitais têm limitações pois tudo nelas tem que
ser expresso por meio de números, quantitativamente. Como isso,
tudo o que não é quantitativo tem que ser reduzido a quantidades,
obtendo-se uma sombra da realidade. Por exemplo, nossos sentimentos
não são quantitativos. Qualquer afirmação
em contrário é mera especulação. E nossas
sensações e sentimentos são fundamentais. Se fôssemos
apenas seres cognitivos, só conhecendo as coisas, o mundo seria
indiferente para nós; nós mesmos nos seríamos indiferentes!!!
- [1] O Funcionamento e Arquitetura da Máquina de Turing. [2]
Como isso tornou-se nas sequências lógicas que vemos hoje,
principalmente em estruturas de decisão / repetição,
ex: If() While(), For() pois o conceito de sequência é
perfeitamente explicado no funcionamento da Máquina de Turing.
[3] Palestrante carismático e empolgante, ajuda muito a não
tornar o conteúdo de grande complexidade chato e repetitivo.
RESP.: As condições lógicas nas linguagens
de programação correspondem ao teste de qual transição
deve ser tomada. A malha de repetição corresponde a uma
transição para um estado pelo qual a máquina já
passou. Qualquer matéria pode ser apresentada de uma maneira
interessante! Veja meu livro (detalhes em minha home page)
A matemática pode ser interessante... e linda!
- [1] Que os robos nunca terão todas as capacidades humanas.
[2] {Vazio} [3] Gostei bastante da palestra, o professor tem uma didática
que te faz prestar atenção no que ele está dizendo,
além de ser carismática. RESP.: Que bom que você
deu importância a uma das conclusões mais fundamentais
da palestra!
- [1] Para mim, o mais importante foi a reflexão sobre o quanto
do nosso entendimento de mundo está baseado em percepções
e sensações em contraste com o modo objetivo de resolver
problemas associado às máquinas. [2] Uma hora de palestra
não foi suficiente para aprender o funcionamento da máquina
de Turing (apenas apreender os conceitos básicos); ao tentar
entender a MT, fiquei com ainda mais dúvidas sobre como um computador
funciona. [3] O tema da palestra foi muito interessante e o modo como
ele foi abordado foi extremamente didático e leve. RESP.:
Sim, nosso entendimento é baseado principalmente em nossas percepções
do mundo físico, que é objetivo. Mas nós percebemos,
com o pensamento, os conceitos, que estão fora de nós
e são objetivos. Os programas que controlam as máquinas
digitais são pensamentos (do tipo que denomino de "maquinais")
que não têm nada a ver com o mundo físico. Sim,
teria sido muito melhor ter ido mais devagar, mas para isso eu teria
que dar várias palestras.
- [1] Foi importante ter a certeza de que as máquinas jamais
irão chegar a ser exatamente como os humanos. [2] {Vazio}. [3]
Foi uma palestra incrível, gostaria de poder presenciar mais
palestras deste extraordinário professor. RESP:. Para mais palestras,
é só me convidar! Gostei muito de me dirigir a vocês,
foram muito atentos e atenciosos.
- [1,2] {Vazios}. [3] Gostei muito da palestra! RESP.: Que bom
que consegui tocar seu coração!
- [1] Sobre a MT. [2] De como são as outras palestras
[3]
{Vazio}. RESP.: Dou palestras sobre muitos assuntos diferentes,
veja por exemplo em
https://www.ime.usp.br/~vwsetzer/pals/pals-cursos.html
- [1] Que a Maquina de Turing pode simular qualquer computador, mas
nenhum computador pode simular o computador de Turing, porque esse computador
e universal e infinito. [2] Não ficaram dúvidas. [3] A
palestra foi sensasional, deixou um gosto de quero mais. RESP.:
Não é bem assim. Pode-se simular uma MT em um computador,
desde que não seja necessário usar um número infinito
de símbolos armazenados. Por exemplo, ter que gerar um número
qualquer, ilimitado, de símbolos para resolver um problema.
- [1] A existência propriamente dita dessa maquina, nunca tinha
ouvido falar! [2] Como estava remoto, uma dúvida que tive foi
quando a maquina para de processar? [3] Ótima didática
na apresentação e incrível compartilhamento de
conhecimento. RESP.: Cuidado, a existência dela não
é física, é mental.
- [1] O conceito de matemática e sua ligação com
a tecnologia , a capacidade humana e a capacidade das máquinas.
[2] Nenhuma. [3] Eu amei a palestra, o professor é muito inteligente
e passa a sua visão para nós. RESP.: Todo computador
é uma máquina matemática. Qualquer programa correto
pode ser considerado como um teorema, que prova que para certos dados
de entrada, o resultado é o que o programa fornece.
- [1] Algo que me chamou muita atencao foi a analise de pensamento para
desenvolver o conceito da máquina de Turing, onde, a mesma se
tornou a base da tecnologia computacional atual. [2] Porque a escolha
do caqui ? Kkk Piadas a parte, estou pesquisando mais e adrentando no
assunto justamente para tentar compreender a analogia proposta pelo
senhor sobre a antropormofização das máquinas e
a capacidade ilimitada do ser humano no que diz respeito a constante
evolução como espécie do mesmo em contraste da
limitação imposta pelas leis da natureza as máquinas
criadas pelo homem. [3] Sou do curso de gestão de energia e eficiência
energética e grande admirador de pensadores e cientistas das
áreas de física e biologia. Entrei na palestra do senhor
como "leigo" na área da computação, no
entanto, consegui compreender os aspectos fundamentais sobre o tema
da palestra graças a explicação do senhor. Muito
obrigado pela palestra e, caso seja possível, espero mais eventos
como este com o senhor compartilhando seu conhecimento e reflexão
do mundo sob sua concepção. RESP.: Já que
você perguntou, vou contar. Eu usava uma banana, pois é
a fruta mais popular no Brasil. Mas depois de uma palestra em meu Instituto,
houve comentários de que eu estava usando um símbolo fálico,
o que era um absurdo total. Aí pensei em usar uma maçã,
mas alguma mente igualmente obtusa poderia fazer outra associação
indesejada. Aí comecei a usar o caqui, que tem a vantagem de
ser muito desagradável quando verde, e não imaginei que
associação indevida poderia ser feita com ele. As máquinas
digitais são uma demonstração de que o ser humano
pode desenvolver coisas que não têm nada a ver com a natureza.
Jamais houve sistemas digitais como o dos computadores. Aliás,
é interessante notar que os modelos matemáticos usados
na Física expressam variáveis que são quantidades
medidas por instrumentos, não tendo, portanto nada a ver diretamente
com a natureza. O negócio da Física é prever -
sempre aproximadamente, exatidão só existe na matemática
- resultados de medidas feitas por instrumentos.
- [1] Não conhecia a MT, aprender sobre ela achei muito importante.
[2] Gostaria de ter ouvido mais sobre o assuto. [3] Pena não
ter tido a palestra completa devido o tempo. RESP.: A tem uma
importância muito grande na teoria da computação.
Use a apresentação em ppt para ver o que ficou faltando,
há alguns tópicos muito importantes, como consideração
sobre o livre arbítrio e sobre o não-determinismo.
- [1] A importância da matemática para o meio científico
e principalmente para a evolução da sociedade. [2] De
onde vem a fita infinita da Máquina de Turing. [3] O palestrante
nos mantém presos a sua apresentação com informações
extremamente relevantes e exemplos claros no cotidiano do uso da matemática.
RESP.: A fita infinita foi uma ideia genial do Turing, pois se
ela fosse finita haveria uma máquina mais potente com a fita
infinita. Tentei dar alguns impulsos também para a vida prática.
- [1] Sobre números binário. [2] Inteligência das
maquinas. [3] Como estava de casa, quase não entendi nada. RESP.:
Cuidado, as máquinas têm o que denominei de "inteligência
incorporada" que plantas, animais e o ser humano também
têm. O que o ser humano tem e que os outros não têm
é o que chamei de "inteligência criativa". As
máquinas não têm inteligência criativa. Uma
parte dessa inteligência incorporada pode simular certos tipos
da inteligência humana.
- [1, 2, 3] {Vazios}.
- [1] As máquinas nunca poderão fazer tudo que os seres
humanos fazem! [2] {Vazio} [3] Durante a palestra foi demonstrado um
outro raciocínio sobre como a máquina por mais processos
que possa executar, ainda sim não consegue imitar um ser humano
totalmente, pois até um processo simples como ler, a máquina
não consegue realizar. RESP.: Sim, pois as máquinas
são sub-naturais (p.ex. compare os milhões de anos que
um seixo ou um cristal levou para ser formado, com o tempo que leva
para se construir uma máquina) e os seres humanos, ao contrário,
transcendem a natureza. Plantas e animais são naturais, o ser
humano só o é parcialmente. Os processos das máquinas
digitais são todos expressos quantitativamente. O que você
percebe visualmente quando lê uma página de um livro? Tinta
preta sobre papel branco! Quando você reconhece uma letra com
seu significado (seu fonema, por exemplo), seu pensamento entrou em
contato com o conceito daquela letra. Quando reconhece uma sílaba,
idem. Quando reconhece uma palavra, idem. Uma frase, idem. Veja como
seu pensamento está sempre levando você ao mundo dos conceitos,
que não é físico, pois todas as pessoas que falam
a sua língua reconhecem os mesmos conceitos (a menos de interpretações
da frase...). A leitura envolve todos esses conceitos. Ora, nenhuma
máquina tem a capacidade de perceber conceitos, como faz nosso
pensamento. Portanto, não de deveria dizer que uma máquina
"lê" e colocar em uma linguagem de programação
comandos ou funções com o nome de read; como eu
disse, o correto é a máquina reconhecer as letras etc.
Talvez melhor ainda do que reconheciemtno (obrigado pela inspiração),
dizer que há uma "entrada" (input) de um símbolo
na máquina.
- [1] Que a cada dia as empresas estão se informatizado, substituindo
a mão de obra humana por robôs. [2] Que os pesquisadores
( cientistas) acham que as máquinas podem substituir o homem.
[3] Mesmo com toda as tecnologias, sempre vai precisar do trabalho humano,
seja para operação, das máquinas ou até
manutenção e programação. RESP.:
Eu não citei o problema da substituição da mão
de obra por máquinas. Isso é um grande problema, pois
o ser humano deve ser socialmente produtivo, senão ele se sente
inútil, com depressão etc. Sim, a maioria dos cientistas
acha que o ser humano é uma máquina, e, portanto, pode
ser substituído por máquinas. Penso que se deveria considerar
que é essencial dar trabalho aos seres humanos.
- [1] Que as maquinas jamais serão como os humanos, por conta
das emoções e sentimentos que só os seres vivos
são capazes de demonstrar. [2] Simplesmente quando teremos uma
proxima e maravilhosa palestra em nossa Fatec novamente. [3] Neste palestra
fora o conhecimento transferido a nos, fiquei impressionado com a sua
disposição e alegria em transferir um pouco de seu conhecimento,
parabéns!! RESP.: Cuidado, plantas não têm
sensações e sentimentos. Só animais e seres humanos
os têm. Quanto a uma próxima palestra, é só
convidar! (E eu ter disponibilidade.) Sim, sinto uma imensa alegria
em poder transmitir alguns conhecimentos que considero importantes.
- [1-3] {Vazios}
- [1] Aprendi que seria bom praticar atividades físicas com mais
frequência, aproveitando melhor o tempo. Acho que isso foi o mais
importante, pois está relacionado ao bem estar e à vida.
Na palestra, aprendi o que é a Máquina de Touring, pois
achava que fosse uma máquina com válvulas, mas não
é. É mais um conceito do que uma máquina. [2] Fiquei
em dúvida se a instrução da máquina de Touring
seria análoga à instrução da vida, que seria
"viva!". [3] Gostei muito de conhecê-lo. Agradeço
a sua visita à Fatec Franco da Rocha, pois os alunos e professores
tiveram a oportunidade de conhecer um ser humano generoso, com muita
informação interessante a compartilhar. As informações
da apresentação foram analisadas e selecionadas com muita
dedicação. Foi um exemplo de preparação
a ser seguido. Muito obrigado. RESP.: Sim, o ser humano não
se desenvolveu para ser sedentário. Estamos condenados a fazer
exercícios a vida inteira, e isso deveria ser encarado não
como algo horroroso, mas como necssidade da vida, e devemos ficar contentes
em poder fazer os exercícios. Sim, a MT é puramente abstrata.
Existe na nossa mente ou descrita em símbolos no papel. O que
seria a "instrução da vida"? Do ponto de vista
científico, não se sabe o que é a vida. Vou dar
um exemplo. Não se conhece o código usado pelo cérebro.
Tenho uma conjectura muito forte: esse codigo, com suas instruções,
não existe! Isso significa que jamais vai se fazer o download
de nossa memória para um computador, e fazer upload do
que está armazenado nele para a nossa memória. Esse aspecto
do "transhumanismo" é 'besteirol', em minha opinião.
Parece que minha palestra foi bem recebida, transmitiu conhecimentos
e experiência de vida, e despertou muitas questões, e fico
muito grato por ter tido essa oportunidade. Adorei o público,
muito receptivo e atento.
- [1] Como a máquina de Turing faz as contas matemáticas
e funciona, por meio dos #, leitura e escrita de símbolos. [2]
Sobre como o computador nunca conseguirá fazer o que a máquina
de Turing não consegue fazer, mesmo os computadores evoluindo
para a computação quântica, onde a física
clássica aplicada na máquina de Turing não iria
se aplicar neles, além do conceito de Emaranhamento e Superposição.[3]
Gostei muito da palestra, o professor conseguiu explicar bem os conceitos
que estavam nos slides, além da interação com os
alunos/professores que não deixou a palestra maçante,
uma pena que não deu para terminar de ver por causa do tempo.
RESP.: Atenção, o # foi apenas um truque para indicar
o começo e o fim de um dado de entrada. No exercícios
4 (no início, é necessário detectar onde está
o dado de entrada) ele não é usado. O que os computadores
quânticos fazem, se se tornarem viáveis (sobre o que tenho
minhas dúvidas), é processar problemas que são
denominados de "intratáveis", por demorarem tempos
exponenciais (ou, pior, fatoriais) em relação ao número
de dados de entrada. A MT não aplica a Física clássica,
ela não tem nada a ver com a Física, é um sistema
mental. Não creio que se a MT admitisse estar em mais do que
um estado (superposição) em cada situação
do processamento, isso iria aumentar seu poder de resolver problemas.
Tenho a impressão de que é possível simular o emaranhamento
com uma MT. Aliás, esse é o caso de uma MT não
determinista (que não tive tempo de abordar, veja na apresentação);
mas é fácil provar que dada uma MT não determinista,
sempre existe uma determinista equivalente, isto é, que dá
os mesmos resultados.
- [1] que os computadores não sâo "deuses" mas
máquinas muito bem ajustadas por um cérebro humano, para
nos trazer respostas. [2] a questão matemática mesmo,
uma linguagem difícil para mim que sou de outra área.
[3] já efetuado. RESP.: Sim, as MTs não existem
na natureza -- mas nem os computadores! A especulação
de que o cérebro é um computador não se sustenta.
A única coisa que usei de matemática foi a representação
formal de uma MT, mas isso não é essencial, fique com
os diagramas de estado. Estude a apresentação e pule o
que achar que é matemático.
13. 14/9/21 palestra remota pelo webex com retransmissão pelo
youtube no projeto CREA Convida, do CREA de Pernambuco, dentro do projeto
Embaixadores da Matemática do IME. Info: Ciara Carvalho ciaratudojuntocarvalho
arr creape pt org dot br e rafaeltudojuntosotero aaa creape dot org pt
br. Ver a gravação
desta palestra. Itens do formulário: [1] Satisfação
com a palestra (de 1 a 5) - 100% de 5; [5] Já conhecia
o funcionamento da MT, 100% Não; Formação/profissão
- 100% engenheira/o. Houve 29 participantes.
- [1] usar o pensamento intuitivo... [2] sobre computador quântico;
o QI da IA será igual ou superior ao de quem a programou ? [3]
a próxima palestra sobre a programação para crianças
... RESP.: Como eu expressei na fase de perguntas, tenho
sérias dúvidas sobre a viabilidade dos computadores quânticos,
pelas seguintes razões.. (a) Eles trabalham com a "sobreposição"
de estados das partículas atômicas, mas estas são
extremamente sensíveis a ruídos, energias externas, como
induções eletromagnéticas. (b) Necessitam trabalhar
em temperaturas criogênicas. (c) A saída deles tem complexidade
linear no tempo, isto é, para entregarem múltiplos resultados
(como por exemplo muitas possíveis combinações
de uma chave) é necessário produzir um de cada vez. Quanto
ao QI, Depende do que se denomina de QI. Por exemplo, se se fonecer
muitos testes de QI com as respostas corretas e com isso fazer um programa
de "aprendizado de máquina" ter grande probabilidade
de acertar as futuraas questões, a máquina poderia ultrapassar
a capacidade de seres humanos. Mas apenas nessa modalidade de problema!
Essa máquina não terá um pingo de inteligência
social. Ou capacidade de jogar xadrês. Quanto à questão
do uso dos meios eletrônicos por crianças e adolescentes,
veja os artigos em meu site.
- [1] Detalhes da Maquina de Turing [2] sem dúvidas [3] Muito
interessante a abordagem do professor, excelente iniciativa do CREA.
RESP.: Sobre a minha apresetação da Màquina
de Turing, compare com descrições dela que você
pode encontrar na internet. A parte filosófica é possivelmente
única no mundo.
- [1] Mais sobre Maquina de Turim, detalhes de seus conceito, que uma
MT pode fazer o que computadores fazem e que uma MT não faz,
computadores também não podem fazer. [2] Conceitos de
MT. Entendo que uma MT é um arquetipo de computador, mas se pudéssemos
imaginar, qual seria a velocidade de uma MT, se so pode usar a leitura
de dados sequencial e em uma fita? Seria medido em ciclos por segundo
Hertz? [3] A palestra foi muito boa. Aprendi conceitos importantes,
ilustrações e exemplos muito úteis para minhas
aulas de IA. É um desafio atrair geotécnicos novos para
usarem redes neurais, ou fazer geotecnicos consagrados acreditarem em
seus potenciais. RESP.: O importante da palestra foi mostrar
a universlidade e objetividade das MTs e dos computadores, e que os
seres humanos têm subjetividade e individualidade (nos sentimentos
e na vontade). Não faz sentido em se falar em velocidade de uma
MT. Velocidade é um fenômeno físico, e a MT é
puramente mental. O que se pode falar é do número de transições
que uma MT tem que fazer para resolver um problema. Para suas aulas
de IA, leia meu livro sobre ela; detalhes em minha home page.
Acho fundamental você abordar os problemas que ela pode causar,
especialmente a substituição de decisões humanas
envolvendo pessoas ou a sociedade.
12. 8/6/21 palestra remota pela plataforma jit.si, conjunta dos seminários
do Grupo de Estudos sobre a Abordagem da Natureza pela Complexidade da
Associação Brasileira de Informática, e do Núcleo
de Estudos de Complexidade e Fluxo de Sistemas de Informação.
Info: profs. Carlos I. Z. Mammana cizmmaisnada arr uol pt com ponto br,
Alaide Pellegrini Mammana alaidepontomammana idem e José Piqueira
piqueiramaisnada attt lac dot usp pt br. Avaliações numéricas,
pela ordem do formulário: 1 - Satifação com a palestra
(de 1 a 5), 88,2% de 5, 5,9% de 4, 5,9%
de 3; 5 - Satifação com a transmissão
remota, 82,4% de 5, 17,6% de 4; 6. Já conhecia o
funcionamento da MT, 5,9% Não, 47,1% conhecia sem
detalhes, 43,8% Sim; 7- Participação nos seminários:
58,8% Núcleo de Estudos..., 23,5% Grupo de Estudos...,
17,6% não são participantes; 8- formação:
64,7% Ciências exatas e engenharia, 23,5% Ciências
humanas e artes, 5,9% Ciências biomédicas, 5,9% Outra.
Avaliações recebidas: 17.
- [Sem respostas de texto] [6] Não conhecia a MT. [7] Do Núcleo
de Estudos. [8] Ciências exatas e engenharia.
- [1] Que o ser humano é muito mais que a simples matéria
que o encapsula. [2] O que é a Vida! [3] Maravihosa sua palestra
Prof Valdemar, e me fez pensar que o Sr. ajudava o "Antonio Abujamra"
no programa dele : " Provocações" muito obrigado.
!!! me senti mais humano hoje! [6] Não conhecia a MT.
[7] Grupo de estudos. [8] Ciências exatas e engenharia. RESP.:
Sim, nosso corpo físico é um instrumento de nossa essência,
nosso Eu, que as plantas e animais não têm. Mas todos os
objetos, inclusive os vivos, têm uma essência, o seu conceito,
que podemos captar com nosso pensamento. Quando você olha para
o objeto na entrada da sala em que está e diz que aquilo é
uma 'porta', está entrando com contato com o conceito, a essência
do objeto; isso é feito pelo seu pensamento usado pelo seu Eu.
Sobre a vida, ela é devida a um membro não físico
que atua nas plantas, animais e seres humanos. Por isso aparecem as
formas típicas deles, que diferem das dos minerais (cristalinas
ou amorfas), inclusive as simetrias, como é o caso de nossas
mãos, orelhas, olhos etc. Muitos de nossos órgãos
de contato com o exterior são simétricos; muitos dos órgãos
interiores não são simétricos. Quanto ao Abujamra,
a entrevista com ele, em
www.youtube.com/watch?v=um-eWYJ4W78
www.youtube.com/watch?v=sPNdD3Nm35I
foi muito curiosa: em primeiro lugar, eu jamais tinha visto uma delas,
e não estava preparado para a agressividade dele (nem sabia que
o nome do programa era Provocações...). Em segundo, note
como mantive a serenidade, apesar das agressões...
- [1] Não sabemos como aprendemos e no entanto aprendemos. Isto
nos leva a pensar no desafio que é abrir as portas do aprendizado.
[2] Qual seria a convergência homem-máquina? Ela é
possível? Tendo a pensar que tecnologia não resolverá
nossas angústias e desejos. Mas pode nos dar tempo para pensar,
ao executar tarefas (quais?) corriqueiras.(Não sei se isto é
conjectura.) [3] Sua palestra me ajudou a refletir sobre vários
temas. Um que me foi proposto e tento entender melhor são os
princípios do pensamento sistêmico. Um ato que não
vejo como sistemas digitais o farão. [6] Não conhecia
a MT. [7] Núcleo de estudos. [8] Ciências exatas e engenharia.
RESP.: Em termos escolares, o ensino deveria corresponder à
maturidade de crianças e jovens. Para isso é necessário
ter uma concepção profunda do desenvolvimento segundo
as idades, como é usada na Pedagogia Waldorf, daí seu
sucesso. Por exemplo, aos 11 anos as crianças têm um pico
de equilíbrio; é a hora de introduzir equações
lineares, como equilíbrio entre os pratos de uma balança.
Sobre a convergência ser-humano - máquina, leia meu artigo
sobre a missão da tecnologia
www.ime.usp.br/~vwsetzer/missao-tecnol.html
que foi traduzido para várias línguas, por pessoas interessadas
(meus artigos foram traduzidos para 18 línguas, veja minha home
page). Quanto ao pensamento sistêmico, acho muito importante
desenvolverem-se pensamentos holísticos, e não reducionistas,
como faz o paradigma padrão da ciência. Da parte nunca
se chega ao todo. Partindo do todo, do mais geral nunca se o perde de
vista ao chegar às partes. É isso que Goethe fez em sua
Teoria das Cores, mostrando um novo paradigma de pesquisa científica
que, infelizmente, não foi aceito pela academia.
- [1] Pensar sobre o que realmente somos, e qual a possibilidade de
termos uma covergencia entre o homem e as maquinas. A importancia de
termos um ponto de vista, como foi muito bem apontado pelo professor
Valdemar. [2] Como montar os comandos da MT. [3] Palestra espetacular.
Pena ter sido tao curta. Poderia ficar horas ouvindo e teria muitas
perguntas e temas a explorar. Parabens!! [6] Conhecia a MT em detalhes.
[7] Núcleo de Estudos. [8] Ciências humanas, artes. RESP.:
Desde o desenvolvimento de instrumentos há convergência
entre seres humanos e instrumentos e máquinas. O problema é
colocar os últimos a nosso serviço, e não nós
a serviço deles. Mas para isso é preciso ter uma concepção
muito ampla do que é o ser humano. Sobre a MT, experimente recordar
a introdução a ela e fazer os exercícios. Pode
escrever-me se tiver dificuldades. Pela fase de perguntas, você
pode ter notado que tenho muita coisa diferente a transmitir. É
que eu penso de maneira diferente - mas sei também pensar dentro
do padrão. A carreira científica foi essencial nesse sentido.
Obrigado pelos parabéns. Acho que tenho o dom de organizar e
dar palestras interessantes - faltam convites...
- [1] Que as ciências exatas nada têm de exatidão.
[2] Se realmente é impossível que máquinas tenham
sensações e sentimentos. [3] A pergunta abaixo sobre a
formação poderia permitir mais de uma opção.
Sou graduanda em Relações Internacionais (Humanas), mas
tenho mestrado e doutorado em Energia (Exatas). [6] Não conhecia
a MT. [7] Não participa dos seminários. [8] Ciências
humanas, artes. RESP.: Sim, o nome Ciências Exatas está
errado. A única ciência exata é a matemática,
e talvez a física teórica. Todas as outras ciências
dessa área são aproximadas. Aliás, todas baseadas
em medidas quantitativas feitas por instrumentos - o que não
é a realidade, é esta transformada pelos instrumentos..
Aliás, todo instrumento é projetado e construído
dentro de uma certa teoria, e não mostra nada fora dela. Um exemplo
típico disso é a Teoria das Cores de Newton (que é
uma teoria, não é a realidade!). Acho que a Teoria das
Cores de Goethe também é coerente, mas é muuuuito
mais humana! Quanto a máquinas terem sensações
e sentimentos, meu argumento de que isso é impossível
baseou-se no fato de que essas atitudes interiores são individuais
e subjetivas, e as máquinas são objetivas, e no caso das
digitais, são universais.
- [1] A associação da Teoria de Computação
com a existência além do físico do ser humano, e
com isso ter me revelado de um dos principais motivos de eu ter escolhido,
quando adolescente e ainda imaturo, de estudar ciência da computação:
imaginar, de forma simplista, que poderia representar/modelar qualquer
elemento do reino da natureza; termos erroneamente utilizados na computação:
leitura, informática, memória; teoria da informação;
de que não temos conhecimento suficientes para "algoritmizar"
tudo; Que deveríamos ensinar inteligência emocional que
talvez seja a melhor forma de aprender a fazer crescer o nosso emocional.
[2] Crianças não deveriam ter conhecimento de algoritmos?
Por que? Para não limitarem sua criatividade? Para não
se limitarem as limitações do que pode ser computável
quando o universo não é computável. [3] Seria possível
acrescentar e/ou associar a Teoria da Complexidade Computacional na
sua palestra/fala? Se pudéssemos resolver problemas de qualquer
classe (P, NP) seria possível avançar na modelagem do
ser humano? [6] Já conhecia a MT. [7] Núcleo de Estudos.
[8] Ciências exatas e engenharia. RESP.: Quando se algoritmiza
algo, fez-se uma teoria, um modelo desse algo; não é o
próprio algo, é uma sombra dele. O desenvolvimento do
que denominei de inteligência social não serve apenas para
crescer o nosso emocional (o que é muito importante): é
absolutamente essencial para se viver em sociedade e ter sucesso profissional.
Quanto às crianças, o pensamento algorítmico é
prejudicial às crianças. Por exemplo, força um
pensamento e uma linguagem formais, e a atomização racional
dos processos (divide and conquer). Nem mesmo o cérebro
das crianças está preparado para isso (a mielinização
não se completou). Até mesmo Piaget, que foi unilateral,
examinando apenas capacidades cognitivas, leva a essa conclusão.
Isso acaba sendo muito prejudicial psicologicamente, e prejudica o aprendizado.
Além disso, crianças deveriam ter um mínimo de
contato com máquinas, e usar brinquedos e instrumentos rústicos
(para incentivar a imaginação; o adulto criativo é
o que preservou a imaginação que tinha quando criança!)
e cujo funcionamento é intuitivamente fácil de ser compreendido.
Veja também o que escrevi na avaliação de número
9 abaixo. Sim, seria possível avançar na teoria da complexidade
computacional, mas isso seria ir longe demais para o público
em geral. Quanto a P-NP, isso não ajuda em nada a compreender
o ser humano, pois para começar ele não é nem um
sistema discreto nem um sistema computacional. Esse seu comentário
me fez perceber que não tratei de um assunto importante, os problemas
intratáveis (complexidade exponencial ou fatorial). Mas não
teriam ligação com a parte filosófica...
- [1] raciocíno filosófico. [2] Ainda nao endendo bem
sobre Turning machine. [6] Conhecia a MT sem detalhes. [7] Núcleo
de Estudos. [8] Ciências exatas e engenharia. RESP.: Reveja
a apresentação da palestra, e tente fazer os exercícios
sobre a MT.
- [1] Diminuir minhas preocupações com o pensar e o não
pensar, com o focalizar, com o meditar. Tranquilizei-me um pouco. Obrigado
Setzer! [2] Justamente em relação a como se dá
o sequenciamento do pensamento. [3] EXTRA: Sugiro-lhe, Setzer, acrescentar
um campo de pergunta-resposta deste formulário para que a pessoal
adicione, opcionalmente, o número de celular. [6] Comhecia a
MT sem detalhes. [7] Grupo de Estudos. Ciências exatas e engenharia.
RESP.: Interessante você ter preocupações
com o pensar. Em geral ele é ignorado na filosofia. Por exemplo,
Schopenhauer concentrou-se na vontade, Hegel no conceito. Kant dizendo
erradamente que o pensar era limitado, apesar de ter reconhecido que
existia algo transcentende por detras das coisas (das Ding an sich,
"a coisa em si") que, devido à limitação
do pensamento, seria inatingível. Kantianos posteriores deturparam
Kant dizendo que não existia nada transcendente à matéria,
uma mão cheia para o materialismo. Quem primeiro examinou
profundamente o pensar foi Rudolf Steiner, como bem mostra seu livro
A Filosofia da Liberdade; uma nova tradução, bem
melhor do que as duas anteriores, deve sair ainda neste ano - eu e minha
esposa estamos fazendo uma cuidadosa retradução de uma
nova tradução, tentando simplificar ao máximo a
complicada linguagem do Steiner. Garanto que vai ser mais fácil
ler a tradução do que o original, para quem lê em
alemão... Quanto ao celular, é só enviar por e-mail
(endereço no topo de minha home page).
- [1] A importância da educação para que se possa
conhecer e bem usar as tecnologias. [2] Os recursos digitais estão
ao alcance das crianças. Em vez de privá-las do acesso
na escola não é melhor orientar para o bom e equilibrado
uso? [3] Excelente apresentação, excelente visão
e muito boas idéias. Parabéns ao palestrante. [6] Conhecia
sem detalhes. [7] Grupo de Estudos. [8] Ciências exatas e engenharia.
RESP.: A educação é fundamental, e também
a autoeducação. Infelizmente o mundo está muito
agressivo, e há sempre o perigo de adolescentes se desviarem
do que os pais consideram saudável. É necessário
prestar muita atenção no comportamento deles, para detectar
qualquer desvio. Por exemplo, um adolescente que sofre bullying
ou mobbing em geral começa a se fechar a ficar triste
e tem vergonha de revelar o que está sofrendo. Nesses casos é
preciso tomar ações corretivas urgentes. Muita atenção
a sintomas de vício. Nunca houve uma droga tão viciante
quanto os video games e a internet; note que os adultos estão
se viciando, imagine adolescentes! Usando sua formulação,
uma grande parte dos adultos não está conseguindo aplicar
o "bom e equilibrado uso". Quanto à orientação,
crianças não vão entender por que se impõe
restrições. Além disso, chamando a atenção
para os perigos e ensinando a usar os aparelhos criticamente trata-se
a criança como adulto, e isso é muito ruim. Crianças
deveriam encontrar sempre um mundo bom, belo e verdadeiro; isso cria
segurança nelas. Veja a resposta que dei à avaliação
de número 6 acima. Em educação, em termos de algo
que faz mal às crianças e adolescentes, não há
meio termo, deve ser evitado. Note que a educação sempre
foi radical: ninguém dá cigarros e bebidas alcoólicas
para crianças ou deixa uma criança ou adolescente com
pouca idade sozinha/o numa esquina em uma cidade movimentada. Mas deixam-na/o
sozinha/o no uso dos meios eletrônicos, que são extremamente
perigosos! Veja meus artigos
www.ime.usp.br/~vwsetzer/meios-educacao-sintese.pdf
www.ime.usp.br/~vwsetzer/efeitos-negativos-meios.html
- [1] No particular, como a Máquina de Turing pode ser usada
para provar o ponto que ele levantou; no geral o cuidado com a tecnologia
devido à sua não neutralidade. [2] Sempre tive a impressão
que se olharmos todos os cérebros que existem na natureza veremos
um quase continuo, na verdade uma corrente de discretos bem próximos,
começando em uma ponta muito simples e chegando ao homem e, a
partir daí, me pareceu que o poder de pensar não é
exclusivo do homem e sim que ele se torna mais sofisticado a medida
que a complexidade aumenta. [3] Palestra que consegue nos manter interessados
por horas a fio e nos faz ver a miríade de pontos interessantes
que ainda esperam por nossa atenção. [6] Não conhecia
a MT. [7] Do Núcleo de Estudos. [8] Ciências exatas e engenharia.
RESP.: Acho houve várias coisas importantes; sobre a MT,
como ela é uma máquina discreta, que segue estritamente
as regras dadas pelo controle finito (diagrama de estados), que é
seu programa. Em minha opinião, considerar que os animais pensam
é resultado de uma falha de observação. Imagine
um cavalo preso por dias em uma baia. Se ele pensasse, ficaria louco.
Se as abelhas pensassem, tentariam outros tipos de colmeia. Não
temos a vivência de que nosso sentir e pensar sejam discretos.
Além disso, como eu disse, a nossa memória é aparentemente
infinita, portanto não pode ser física. A maior atenção
deveria ser devotado ao que é um ser humano, e a ciência
reducionista não dá respostas a isso, a não ser
como se fôssemos máquinas físicas.
- [1] Gostei muito da explicação sobre a Máquina
de Turing, porque as pessoas não costumam entender esse conceito.
Acho importante mostrar essa ideia de que ela é o "arquétipo"
dos computadores, como dito na palestra. Eu já conhecia, mas
fiquei feliz que outras pessoas que estavam presentes puderam conhecê-la
e compreendê-la. [2] Muito embora a explicação da
Máquina de Turing tenha sido muito importante, não está
suficientemente clara, principalmente para os iniciantes. A animação
do "controle finito" não está clara, as letras
da "fita" estão pequenas e, assim, não é
possível ao espectador verificar mentalmente o papel das "quintuplas".
Acho muito importante esse conceito da MT e penso que seria importante
dar um pouco mais de tempo para a audiência pensar sobre ele e
suas consequências. [3] Eu fiquei pensando bastante sobre a diferenciação
entre "sentimento" e "sensação". Penso
que poderia ter um pouco mais de referências, traçando
um paralelo sobre o que se sabe sobre isso em outros campos, como a
psicologia, etc... [6] Conhecia a MT sem detalhes. [7] Do Grupo de Estudos.
[8] Ciências exatas e engenharia. RESP.: Que bom que você
achou que as pessoas que não conheciam a MT puderam compreendê-la!
Tentei apresentá-la de uma maneira bem simples. Na literatura,
ela é apresentada de um ponto de vista muito matemático.
A sua frase de minha explicação não ter sido suficientemente
clara contradiz a anterior. Você teria uma sugestão de
como simplificar mais ainda? Note que eu tinha pouco tempo. Quem sabe
você estava com uma imagem pequena na tela; nunca alguém
chamou a atenção para o fato de os símbolos da
fita serem pequenos demais! Eu também gostaria de ter ido mais
devagar, mas quase não deu para terminar em 2 horas! A distinção
clara entre sensação e sentimento é coisa minha.
De fato, teria sido interessante mencionar outros pontos de vista. Cuidado
que na psicologia o que eu chamei de percepção é
chamado de sensação e vice-versa.
- [1] Rever assuntos já estudados. [2] Não tive dúvida
importante. [3] Sem comentários. [6] Conhecia sem detalhes. [7]
Do Núcleo de Estudos. [8] Ciências exatas e engenharia.
- [1] Pensamento lógico-simbólico é péssimo
para crianças. [2] porque escolhas não determinísticas
não requerem energia. [6] Conhecia a MT sem detalhes. [7] Do
Núcleo de Estudos. [Ciências exatas e engenharia. RESP.:
O simples pensamento abstrato formal é extremamente prejudicial
às crianças. Por exemplo, algo que todas as crianças
sofrem no Brasil: "Ilha é um pedaço de terra cercado
de água por todos os lados." Essa é uma ilha morta,
sem vida, sem ondas, sem cheiro do mar, sem plantas e nem cobras e lagartos.
Tudo o que a criança recebe ou ser contado a ela deveria ser
impregado de vida, inclusive objetos; toda criança é animista.
Quanto às decisões, é uma de minhas hipóteses
fundamentais que uma decisão de qual estado tomar dentre várias
possíveis transições não deterministas não
requer energia. A transição escolhida pode requerer energia
ou até mesmo gerar energia. Se minha hipótese estiver
correta, talvez eu tenha resolvido um problema milenar: como algo que
não é físico pode atuar fisicamente sem violar
as "leis" físicas.
- [1] O significado da máquina de Turing no contexto do surgimento
da computação que conhecemos hoje. [2] Se podemos desvincular
a computação de Turing e novos paradigmas. [3] Muito importante
entender a excessiva influência da computação nas
gerações mais recentes e os riscos inerentes. RESP.:
A MT foi a inspiração para o aparecimento de computadores
tipo RISC (reduced instruction set computer); o próprio
Turing achava que os computadores deveriam ser assim. Mas um passo muito
grande foi dado por von Neumann ao propor que as instruções
ficassem na mesma unidade de armazenamento que os dados, o que não
é o caso da MT (a não ser que o progrrama esteja na fita
e outro, no controle finito, o interprete).
- [1] Não sei se é bem aprender, mas fiquei na dúvida
se uma pessoa deva começar a aprender computação
aos 17 anos. [2] Se realmente uma criança não deve aprender
a lidar com programação, mesmo que bem simples [3] Tenho
uma neta de cinco anos e ela já lida com o computador melhor
que eu. Fico na dúvida se seria melhor ela não saber nada
vivendo neste tempo onde a internet é quase tudo. [6] Não
conhecia a MT. [7] Núcleo de Estudos. [8] Ciências humanas,
artes. RESP.: Quanto aos 17 anos, essa foi minha conclusão,
devido ao amadurecimento do pensamento, podendo ser formal abstrato
e do autoconhecimento e autocontrole, e mais ainda a possibilidade de
compreender os prejuízos do mau uso da tecnologia. Mas reconheço
que essa idade é totalmente utópica hoje em dia em termos
de uso dos meios eletrônicos. Pelo menos não se devia ensinar
programação antes dessa idade. E, nela, somente como funcionam
os programas, e não forçar a programar. nem todas as pessoas
conseguem pensar algoritmicamente como exigido pelos programas. Quanto
às crianças, não há nenhuma, repito, nenhuma
necessidade ou utilidade em aprenderem a programar. Pelo contrário,
nesse caso estar-se-á forçando o intelecto a exercer uma
atividade para a qual nem mesmo o cérebro está preparado
(a mielinização não se completou). Quanto ao caso
de sua neta, em educação há tempo certo para cada
coisa. Você lida suficientemente com o computador, e não
aprendeu a usá-lo quando criança. E se precisasse lidar
com mais profundidade, por motivos profissionais, iria aprender. Portanto,
não é necessário começar cedo. Além
disso, quando sua neta tiver 20 anos o uso dos computadores certamente
será bem diferente do que hoje. Observe bem: quando sua neta
usa o computador ou o celular, está pensando como adulto. Mas
ela não tem conhecimento, discernimento, autoconhecimento e autocontrole
(as 4 condições para se usar bem qualquer tecnologia)
para usar os meios evitando os males que eles produzem em alto grau
(veja os artigos citados na avaliação 9)..
- [1] A máquina deve servir a máquina e o nosso cérebro
deve servir a nossa espiritualidade, reunião de sentimentos e
sensações. [2] A questão do código do cérebro...
que por ser invisível , êle não existe? [3] Fui
ler sobre a máquina de Turing. Allan Turing foi recentemente
homenageado pelo primeiro ministro da Inglaterra, com direito ao pedido
de desculpas pelo péssimo julgamento que lhe foi dado naquela
época. Portanto aguardemos com paciência pois........ "O
UNIVERSO é toda uma sinfonia de obediência, garantindo
os objetivos da evolução". [6] Nâo conhecia
a MT. [7] Núcleo de Estudos. [8] Ciências biomédicas.
RESP.: Nossa espiritualidade é muito mais do que nossos
sentimentos e sensações que, na minha hipótese
(baseada em evidências muito fortes), não são físicos.
Minha conjectura de que o cérebro não interpreta e executa
um código não é devido ao fato de esse código
ser invisível (isto é, desconhecido), mas que ele simplesmente
não existe. Quanto à sinfonia de obediência, se
obedecemos não somos livres. E uma das missões mais importantes
da humanidade é o desenvolvimento do livre arbitrio. Outra é
usá-lo para exercer o amor altruísta (que não faz
sentido sem livre arbitrio). Note que se for reconhecido que devemos
desenvolver o livre arbitrio, cercear o livre arbítrio de uma
pessoa adulta mentalmente sadia é imoral. Essa é uma moral
individual baseada na compreensão, e não em sentimentos.
- [1] Que as máquinas jamais serão capazes de desenvolver
sentimentos e pensar como humanos. [2] Não entendi quando se
disse que o "código do cérebro" não existe.
[3] A apresentação provoca muitas indagações
metafísicas. [6] Não conhecia a MT. [7] Não é
participante. [8] [Ciências humanas, artes. RESP.: Obrigado
pela observação. Nas próximas vezes cuidarei de
explicar o que entendo por código do cérebro. Toda máquina
digital usa dois códigos: para os dados a para as instruções
(sendo que o primeiro pode se dividir em vários subcódigos).
Todos esses códigos são expressos, ou codificados, numericamente.
Todos os símbolos usados por um computador são na verdade
números. Minha conjectura é que o cérebro não
usa códigos numéricos, nem para armazenar algo na memória,
nem para as funções que ele executa. Não há
programas dentro do cérebro no mesmo sentido que nos computadores.
O famoso físico-matemático Roger Penrose, ganhador do
Nóbel de Física em 2020, afirmou que o cérebro
não executa algoritmos. O fato de o cérebro não
usar códigos numéricos leva-me á conjectura de
que jamais será possível "descarregar" nossa
memória num computador ou carregá-la deste último.
A simbiose ser humano-máquina jamais vai chegar a esse nível
(por exemplo, ao querermos fazer um cálculo complexo, passá-lo
mentalmente para um computador e receber o resultado). Quantas às
indagações metafísicas, dou ênfase a isso
pois uma de minhas hipóteses fundamentais é que o ser
humano é metafísico, isto é, transcende o mundo
físico. Segundo essa hipótese, baseada em muitas evidências
fortes, pensar que o ser humano é puramente físico, é
uma máquina física, é uma espécie de doença,
pois nega a nossa natureza, que nosso inconsciente conhece muito bem.
11. 23/10/20 palestra pela plataforma Zoom nos Seminários de
Estudos em Epistemologia e Didática (SEED)/Seminários de
Ensino de Matemática (SEMA) da Faculdade de Educação
da USP (FEUSP), dentro do projeto Embaixadores
da Matemática do IME. Info: prof. Nilson J. Machado njtudojuntomachad
arrob usp pt br e Marisa Ortegoza da Cunha marisa pt ortegoza no gmail
pt com (21 participantes).
- [1] Aprendi sobre o funcionamento da máquina de Turing e considero
isso muito importante. Sabia dela há muitos anos, mas nunca havia
procurado informação. [2] Não propriamente uma
dúvida, apenas gostaria de aprofundar a discussão sobre
a natureza do ser humano (transcendência, livre arbítrio
etc.). Gostaria de ter dito que a complexidade do ser humano (comparada
com computadores, ou vírus ou mesmo animais superiores) poderia
ser a razão que nos leva a supor que ele tem livre arbítrio;
também é possível que o comportamento humano tenha
causas aleatórias, o que elimina sua previsibilidade, mas também
não prova a existência do livre arbítrio. [3] Tenho
uma posição quase totalmente materialista, mas sei que
não posso demonstrar que essa é a verdade, assim como
não se pode demonstrar a hipótese do professor Setzer
. Entretanto, acho a minha posição mais provável
e não creio que o materialismo negue a dignidade do ser humano.
Mudando de assunto, gostaria de dizer que o professor Setzer explicou
muito bem a natureza dos algoritmos e, nesse ponto, para o pessoal mais
distante das ciências exatas (não é meu caso), conviria
ter ido um pouco mais devagar. Isso porque trata-se de um tema importante,
que o pessoal ligado às ciências humanas deveria entender
melhor. RESP.: Muito obrigado por ter preenchido a avaliação!
Sobre o livre arbítrio, como eu disse na palesra, cada um tem
que vivenciar que pode tê-lo, usando o seu pensamento. Na minha
concepção, o fato de você poder escolher seu próximo
pensamento, e fazer uma concentração mental mantendo o
tema escolhido, são indícios muito fortes de que temos
livre arbítrio. Se o pensamento fosse gerado pelo cérebro,
ele não poderia ser controlado, iria pipocar aleatoriamente,
o que não é nossa experiência. Quanto ao materialismo,
não acho possível que possa existir um "quase"
coerente. Se uma parte do ser humano é puramente matéria,
não há razão para ele não ser inteiramente
só matéria. O mesmo se pode dizer sobre algo trenscendente
à matéria influenciando tudo o que se passa com o ser
humano. Da matéria não pode advir liberdade. Sem liberdade
para decidir o que você vai pensar ou fazer, como pode haver responsabilidade
e dignidade? Como a pura matéria pode ter dignidade? Como se
pode ter compaixão pela matéria? Você tem compaixão
por uma pedra? Por uma geladeira? Interessante que, em minha opinião,
a responsabilidade e a dignidade advêm não de algo puramente
racional, mas dos sentimentos. Se o ser humano fosse puramente físico,
seus sentimentos seriam objetivos e universais, ao contrário
do que são, absoutamente subjetivos e individuais, como mostrei
na palestra. Quanto à velocidade, de fato, eu deveria ter ido
mais devagar nos programas da MT, mas infelizmente eu tinha que correr.
10. 5/10/20 palestra remota pelo Google Meet retransmitida ao vivo
pelo youtube, para interessados e alunos do Universidade Tecnológica
Federal do Paraná. Info: Prof. Adolfo Neto adoltudojuntofo arr
utfpr pt edu pt br. Gravação
desta palestra, com pequeno corte devido a uma invasão e consequente
mudança de endereço. Houve 26 participantes. Graus de satisfação
(1 muito insatisfeito a 4 muito satisfeito): com a palestra,
100% de 4; com a transmissão remota (houve uma invasão com
música pornográfica e foi necessário mudar de endereço);
80% de 4.; 20% de [3] Aluno da UFTPR: 1; aluno ou formado em ensino médio:
1; professores: [3] A palestra durou 2 h, com mais 1h45 de respostas a
perguntas.
- [1] Que existem critérios e conceitos que precisamos compreender
melhor antes de fazer afirmações sobre o processamento
de computadores. [2] o conceito de sentimento. RESP.: Sem compreender-se
como as máquinas funcionam, não poderemos usá-las
com segurança para o bem e evitar o mau uso. Não conceituei
o que são sensações e sentimentos; dei algumas
caracterizações deles, apelando para a vivência
pessoal de cada um.
- [1] Na minha opinião, o mais interessante foi os pontos de
vista do professor sobre a questão do "ser humano"
frente à máquina. RESP.: Essa é uma questão
fundamental. Tenho um livro do Norbert Wiener, em que ele escreva algo
como "Dê à máquina o que é da máquina
e dê ao ser humano o que é do ser humano." Infelizmente
não achei o livro, mas se achar coloco a referência aqui.
Temos que ter muito cuidado para não considerar as máquinas
como tendo o nível humano, e nem os seres humanos como sendo
máquinas. Ambos degradam a imagem que se deveria ter do ser humano,
inclusive o respeito por ele. Como eu disse na palestra (ou na fase
de perguntas), é uma aberração ter-se dó
das máquinas, mas se o ser humano é considerado uma máquina,
poder-se-á chegar a essa aberração.
- [1] O que o computador realmente pode fazer. Mas o aspecto interdisciplinar
adorei. [2] só o funcionamento da máquina de Turing. [3]
A palestra foi maravilhosa!!! O problema foi aquele incidente desrespeitoso
ao Prof. Valdemar e aos participantes. RESP.: Achei que introduzi
a MT com muita simplicidade... Quanto à invasão que sofremos,
com aquelas músicas pornográficas horrorosas, serviu para
nos lembrarmos de que existe gente literalmente maldosa neste mundo.
Não se tratava nem mesmo de não concordar com minhas palavras,
pois acho que a invasão começou durante a descrição
da MT, o que não implicava em nenhuma posição pessoal.
- [1] relação contraditória entre materialismo
e livre-arbítrio. [2] Os limites do livre-arbítrio: estamos
limitados pelos nossos corpos, mente e a sociedade (cultura e sistemas
de valores) moldam nossa forma de pensar. O livre-arbítrio portanto
é realmente livre? [3] Interessante como saímos de um
artefato como a máquina de Turing e chegamos em pensamentos para
refletirmos sobre nossas condutas. RESP.: Sim, da matéria
não pode advir livre arbítrio, pois a matéria segue
inexoravelmente as "leis" e condições físicas,
senão os aparelhos não funcionariam e os edifícios
cairiam. A constituição dos seres vivos permite que, em
certo ponto dela, algo não físico pode atuar no organismo
físico, por isso dei minha teoria de como isso é possível
(decisão de qual transição não-determinista
deve ser tomada em cada instante). Para que tenhamos livre arbítrio
(considero que o seu desenvolvimento é uma das missões
da humanidade; a seguinte é usá-lo para praticar o amor
altruísta), é necessário que haja um membro não
físico de nossa constituição que os animais não
têm, pois eles estão sujeitos somente aos seus instintos
e condicionamentos. Quanto à passagem da MT para nossas condutas,
talvez o título da palestra deveria ser, mais precisamente, "A
MT e o que os computadores podem e não podem fazer em relação
aos seres humanos." Mas aí o título ficaria um pouco
grande demais.
- [1] O que é e como funciona uma maquina de Turing. [2] Acredito
que em geral, nenhuma. [3] A palestra foi boa. Abordou o tema e transmitiu
o conhecimento de uma maneira legal. Além disso, provocou a reflexão
sobre alguns temas durante a palestra, e depois no momento de perguntas
e respostas.
9. 10/8/20 palestra remota pela plataforma Jitsi Meet para interessados
e para alunos de Sistemas de Informação da Universidade
do Estado de Santa Catarina (UDESC) em São Bento do Sul, SC, dentro
do projeto Embaixadores da Matemática
do IME; info: prof. Nilson Modro nilsonjuntomodro arr gmail. As avaliações,
feitas on-line pelo google forms, envolvem comentários sobre
a palestra ter sido em videoconferência. Houve 100 participantes.
Graus de satisfação (1 muito insatisfeito a 4
muito satisfeito): com a palestra, 73,9% de 4; 21,7% de 3, 4,3% de 2,;
com a transmissão remota, 43,5% de 4.; 4,3% de [2] 56,5% eram alunos
do curso de Sistemas de Informação. A palestra durou 2 h,
com mais 2,5 h de respostas a perguntas. Houve uma avaliação
repetida e outra com os textos em branco. Os textos das avalições
foram copiados e colados sem alterações, a não ser
iniciais maiúsculas nos começos dos itens.
- [1] A 5-Tupla ordenada e a maquina de touring em si. [2] Sem duvidas
grandes. [3] Palestra boa e produtiva, a transmissao esta boa. RESP.:
Estou impressionado com a quantidade de respostas telegráficas.
Será influência de preencher o formulário no computador,
e vicio de se expressar nele sempre telegraficamente? Comparar com as
respostas de palestras presenciais (abaixo, após a 8 inclusive).
Mais uma coisa: quando o Felipe me perguntou o que eu recomendava para
os alunos de Sistemas de Informação, esqueci de mencionar
algo fundamental: ler pelo menos um bom romance por mês. Quando
se lê um romance, treina-se a capacidade de imaginar, no caso,
os ambientes, os personagens, a trama. Compare-se com filmes e vídeos:
a imagem já vem pronta, e não se consegue imaginar mais
nada olhando para a tela.
- [1] Somente os seres humanos tem a capacidade de liberdade de pensamento,
não sendo possível um computador substituir ou pensar
igual a um ser humano. [2] A busca constante da humanidade por assemelhar
a máquina ao homem, não pode ser uma passo para uma nova
extinção? [3] Quanto conhecimento! Tema explanado exaustivamente.
Todos os temas abordados foram explicados com propriedade e conhecimento.
No decorrer percebeu-se que o conhecimento transmitido foi apenas uma
fração do que o professor tem a oferecer. Mesmo com tamanha
história e conhecimento, mostra humildade se deixando disponível
para esclarecer qualquer dúvida, não restringindo horário,
não limitando o conhecimento. RESP.: O pensamento pode
ser usado como um instrumento para se vivenciar o livre arbítrio,
ao se exercitar uma concentração mental em um tema de
livre escolha, sem deixar outros pensamentos invadirem a mente; deve-se
variar o pensamento, mas sempre em redor do tema escolhido, como seria
o caso daquele relógio com um ponteiro azul e outro amarelo.
Mas o livre arbítrio, como o nome mostra muito bem, não
está no pensamento, e sim na vontade, no querer, de se concentrar
o pensamento no tema escolhido. É preciso considerar vários
tipos de extinção. Uma das piores seria transformar o
ser humano em um robô, mecanizar seu pensar, sentir e querer.
Uma outra seria eliminar sua autoconsciência, por exemplo por
meio de drogas, propaganda etc. Minha concepção de mundo
me permite dar palpites (alguns, talvez errados...) em muitas áreas
diferentes.
- [1] Varias coisas sobre a maquina de turing. [2] A principio nenhuma
duvida. [3] Fiquei interessado na palestra sobre o infinito que o palestrante
falou. RESP.: A palestra sobe o infinito não teria algo
a ver diretamente com o curso de Sistemas de Informação,
mas também dá margem a várias considerações
filosóficas. Além disso, acho que contribui um pouco para
o conhecimento matemático não usual e para o autoconhecimento.
Estou à disposição. Peça para o prof. Nilson
organizar.
- [1] Aprendi muitas coisas de importante, e passarei a valorizar mais
o meu lado humano, pois entendi que a vida do programador não
é só código, e que devemos exercitar não
só o intelecto, mas também o físico e social. [2]
A minha maior duvida é quando terei a oportunidade de assistir
outra palestra do professor. [3] Fiquei impressionado com a palestra,
é a primeira vez na minha vida que eu consigo ficar vidrado por
5 horas na tela do computador, sem soltar um bocejo. RESP.: Não
só o físico e o social, mas também o artístico,
pois toda atividade artística, como eu falei, se passa em um
ambiente mal definido, o que é o oposto do computador. Obrigado
pelo comentário sobre a duração da palestra: eu
tinha receio de que o assunto não prendesse pelas 2 horas dela...
Quanto a exercícios físicos, para quem faz caminhadas,
corridas ou faz exercícios em escadas, talvez possa aproveitar
os exercícios com os membros superiores que eu desenvolvi e descrevi
no artigo (com links para vídeos):
Minha
caminhada/corrida/escada com exercícios dos membros superiores
- [1] O que é a Máquina de Turing. [3] Foi uma ótima
palestra.
- [1] Muitas coisas sobre a maquina de Turing, alem de conhecer da inteligência
de maquinas, e da simbiose de maquina e humano. [2] Nenhuma, professor
explica super bem. [3] Ótima qualidade, para um momento de pandemia
faz com que assim os alunos não parem de ter conhecimentos. RESP.:
Se considerarmos a inteligência humana de maneira global, não
se pode dizer que um dia as máquinas terão a nossa inteligência.
Em casos particulares, como jogar xadrez, sim. Só que um programa
de jogar xadrez não joga como um mestre no xadrez, como mostrei
no caso do torneio Kasparov vs. Deep Blue. Portanto, o que o programa
faz é dar resultados até melhores do que um mestre, mas
não é fruto de inteligência no sentido humano; há
uma inteligência incorporada no programa. Inteligência tinham
os programadores do sistema... Veja meu artigo sobre IA:
I.A.
'Inteligência' artificial ou imbecilidade automática?
As máquinas podem pensar e sentir?
- [1] Maquina de Turing. [2] Não há. [3] Transmissão
de boa qualidade.
- [1] Sobre a Maquina de Turing. [2] Ainda fiquei com algumas duvidas
sobre o funcionamento da Maquina de Turing. [3] Teve um excelente qualidade.
- [1] Não entendi muito bem a palestra. [2] Não entendi
muito bem a palestra. RESP.: Pena que você não especificou
o que não entendeu.
- [1] Funcionamento da maquina de Turing. [2] Alguns aspectos da importância
da maquina de turing na sociedade ainda hoje. [3] Muito boa. RESP.:
A MT só tem importância para o conhecimento. Ela é
a máquina digital abstrata mais simples possível, e mostra
qual é a essência de todas as máquinas digitais.
- [1] Das limitações do computador. [3] Achei interessante
o método utilizado, mas acho que deveria ser usado plataformas
mais conhecidas. RESP.: Pela minha experiência, o único
defeito foi o de não aparecer minha imagem pequeninha durante
o screen sharing, como é o caso do zoom. Assim, eu não
sabia se estava bem centrado na tela. O uso é bem simples.
- [1] A maquina dificilmente um dia poderá ser igualada a um
humano, em relação a questão emocional e forma
reacional. [3] Ótima plataforma a qual forma possibilitou a quebra
de barreira em relação a distancias. RESP.: Eu
tentei mostrar que as máquinas jamais vão se igualar aos
seres humano; elas jamais vão ter sensações, sentimentos
e pensamentos como nós temos. Obviamente, isso depende da vivência
pessoal de cada um em relação a essas atividades mentais.
- [1] Já conhecia o conteúdo, mas o professor ampliou
minha compreensão do assunto. [2] Nenhuma. [3] Boa iniciativa,
serve para divulgação e torna possível termos algum
contato com nossos professores de mais destaque.
- [1] Vai ser dificil criar um computador com IA. [2] Calculo da maquina
de Turing. [3] Interessante. RESP.: Como eu expliquei, isso depende
de que IA está se falando. Se for, por exemplo, jogar xadrez,
o computador atingiu com o programa AlphaZero
um nível inigualável; bateu todos os outros programas
que jogam xadrez:. Se for para passar o Teste de Turing, eu mostrei
que se está muito longe disso; não se pode afirmar que
haverá um programa que passe o teste (mas isso vai depender da
cultura de quem o está testando...).
- [1] Desde as características, como programar como otimizar
o sistema de Turing. [2] Nenhuma. [3] ótima palestra! Muito conhecimento
adquirido.
- [1] A incapacidade de um computador emular uma pessoa. [2] Por que
a parte mais interessante da palestra (final) foi pulada. RESP.:
Não houve tempo dentro das 2 horas. Preciso correr mais no resto.
- [1] Foi uma excelente oportunidade para lembrar conceitos básicos
da computação e aprender um pouco das Leis de Setzer.
[2] Sem dúvidas. [3] A ferramenta se mostrou adequada e foi possível
acompanhar os conteúdos e perceber a energia e a entrega do Prof.
na palestra. Apesar da palestra de sido das 19 até as 23:30 ficou
com gostinho de quero mais. Gratidão pela noite de aprendizados!
RESP: a palestra propriamente dita durou cerca de 2 h, o resto foi respostas
a perguntas. Fiquei admirado com interesse dos participantes!
- [1] O conceito geral da máquina de Turing. Que a MT manipula
símbolos matemático e que tem uma unica instrução:
5-upla ordenada que descreve uma transição. Outra item
que me chamou a atenção foi a conveniência dos computadores
usarem sistema binário. [2] O computador faz o que é programado
e quem programa tem suas falhas e indecisões, justamente por
isso tem-se as tentativas, erros e acertos. Desta forma como saber se
a MT não pode ser melhorada ou aperfeiçoada. [3] Parabéns
pelo seu conhecimento e a sua forma cativante de conduzir a palestra,
adorei. A transmissão remota da palestra, nos tempos atuais é
necessário, mas não é o ideal, falta o contato
humano. RESP.: Não sei se você se refere à
definição de MT ou a uma determinada máquina com
seu programa (controle finito). No primeiro caso, eu mostrei que qualquer
variação da MT pode ser provada matematicamente como sendo
equivalente à MT como eu apresentei. No segundo caso, No fundo
não interessa se é possível diminuir o número
de estados, desde que o tempo de processamento (por exemplo, número
de estados visitados) seja o mesmo. Sim, se a palestra tivesse sido
presencial, eu teria interagido com os presentes, colocando perguntas
e conversando pessoalmente, como costumo fazer.
- [1] Que há problemas que nao podem ser resolvidos com computadores.
[2] Como funciona o código que descreve como um animal deve ser
formado. RESP.: Na minha concepção de mundo, não
existe esse código que descreve qualquer ser vivo. O DNA é
um código, mas ele muda e depende do ambiente celular para gerar
proteínas. Um gene pode eventualmente gerar várias proteínas
diferentes, o que conjeturo ser um não determinismo físico.
8. 15/10/19 na Delegacia da Receita Federal do Brasil, Sorocaba, SP,
dentro do projeto Embaixadores
da Matemática do IME; info: Fabiana L.M. Benavides fabianapontomilare
arrobat rfb.gov.br
- [1] Foi muito bom rememorar os conceitos básicos de computação.
Ficou muito clara a distinção entre a máquina e
o ser humano. [2] Sem dúvidas, as propostas foram muito claras.
[3] Publique logo o livro novo! Disponibilize o acesso à compra
do mesmo. RESP.: O livro "A matemática pode ser interessante
... e linda!" deverá sair pela Editora da USP no meio do
ano que vem. Ainda preciso convencer a Editora a não mudar o
título. O livro entrará em produção na Editora
da USP em janeiro, e deverá ficar pronto no meio do próximo
ano. Fique de olho em minha home page pois colocarei uma aviso lá.
- [1] Saber dos limites da máquina (ao contrário do que
se tenta mostrar). Saber que os limites humanos estão além
do que se tenta mostrar. [3] Interessante como um tema matemático
pode levar a uma palestra tão humana! RESP.: O darwinismo
tentou induzir a mentalidade de que o ser humano é um animal,
com algumas características adicionais em relação
ao últiimo; a inteligência artificial tenta induzir a mentalidade
de que o ser humano é uma máquina, o que é muito
pior - por exemplo, podemos ter compaixão por um animal, pois
ele tem dor como nós. Mas é uma aberração
ter dó de uma máquina.
- [1] Pensar mais. Estudar mais. Questionar mais. Ver menos TV. [2]
Nenhuma. [3] Apreciei o entusiasmo e a cultura do professor. Lembrei
dos meus tempos do USP, dos professores. Obrigado pelo seu tempo, professor.
RESP.: Um dos segredos de uma boa aula ou palestra é o
professor ou palestrante ter entusiasmo pelo assunto, e irradiar isso.
- [1] Que às vezes é necessário muito conhecimento
teórico e científico para reconhecer o humano que nos
habita. [2] Para onde caminhamos? [3] Fiquei emocionada com a paixão
por ensinar e compartilhar conhecimentos, teorias, hipóteses
e conjecturas que o professor Valdemar nos trouxe. Obrigada. RESP.:
Sim, para dominar a tecnologia e não ser dominado por ela é
muito importante conhece-la e também o impacto que ela exerce
sobre os usuários. É muito difícil fazer previsões
do futuro da humanidade. Mas talvez seja possível dizer que,
do jeito que estamos caminhando, vamos continuar a destruir a natureza
e nós próprios, provavelmente piorando continuamente como
está acontecendo desde o século passado, que denomino
"o século da barbárie". Para mudar esse rumo,
é necessário mudar a maneira de pensar.
- [1] Que os computadores não realizam operações
matemáticas, eles apenas manipulam dados. [2] Nenhuma. [3] Professor
excelente, muito culto, como muito conhecimento, e que sabe motivar
os alunos a buscar conhecimento. RESP.: Os computadores manipulam
ou processam símbolos, que podem ser representados por números.
Eu defino dado como uma representação simbólica
quantificada ou quantificada, veja meu artigo
https://www.ime.usp.br/~vwsetzer/dado-info.html
- [1] Aprendi que as máquinas nunca conseguirão ser como
os seres humanos, pensantes, com intuição e compaixão.
[2] A dúvida que ficou é como no futuro será a
interação homem/máquina com todo esse avanço
tecnológico que estamos presenciando. [3] Adorei a apresentação,
a didática, a explanação. Foi muito gratificante
ter a oportunidade de participar. RESP.: Infelizmente o avanço
tecnológico está "desembestado". Veja o IoT,
Internet of things: para que raios precisamos de um dispositivo
comandado por voz para acender as luzes de nossa residência, ou
ligar remotamente a máquina de lavar roupa? É provável
que haverá cada vez mais interação do ser humano
com a máquina, fazendo com que o ser humano perca cada vez mais
a sua humanidade. Mas isso dependerá de cada indivíduo.
É absolutamente necessário que se use a tecnologia cada
vez com mais consciência, colocando-a em seu devido lugar e evitando
os exageros.
- [1] Utilizar conceitos/conhecimentos aprendidos em um assunto em outros
mais práticos e acessíveis, como o caso da planta "costela
de Adão" no qual por trás de sua forma aparentemente
aleatória pode haver uma "programação"
ao se notar algumas regras para a sua aparência. [2] Se o ser
humano é apenas físico??? Se o ser humano vai saber usar
com sabedoria a evolução das máquinas??? [3] Obrigado
pela palestra. Foi plantada uma semente para novos pensamentos. RESP.:
Eu não denominei de "programação" o que
dá a forma extraordinária à costela de Adão
(a folha começa inteiriça e à medida que vai crescendo
vai recortando, e as partes que formam os pequenos segmentos das bordas
desenham uma curva característica); denominei de "modelo".
E disse que esse modelo controlava a divisão celular que produz
o crescimento. Além disso, esse modelo é mental, da natureza
de nosso pensamento, por isso podemos reconhecer a curva com esse último.
Observe bem algumas dessas plantas, é muito instrutivo e penso
que leva a uma admiração pela natureza. RESP.:
Minha conjectura (não é uma crença, é uma
hipótese de trabalho, sujeita a revisão e aperfeiçoamento!),
muito forte, baseada em muitas evidências, é de que o ser
humano, os animais e as plantas não são seres puramente
físicos. Leia em meu site os artigos sobre espiritualidade;
note que são todos dirigidos à compreensão, e não
aos sentimentos como é o caso das religiões em geral.
Infelizmente, não vejo o ser humano usar as máquinas com
sabedoria. Para isso é preciso conhecer muito bem o funcionamento
das máquinas, conhecer muito bem o ser humano e também
o impacto das primeiras nesse último. As pessoas não estão,
em geral, dominando a tecnologia, estão sendo dominadas por elas.
Pesquisa recente da Univ. Federal do Espírito Santo revelou que
25% dos jovens de 15 a 19 anos são viciados na Internet. Espero
ter mostrado que é possível mudar a maneira de pensar.
- [1] Que o computador não vai conseguir nos substituir. [2]
Será que realmente isso não vai acontecer ou o ser humano
não vai acreditar "de pés juntos" que isso é
possível. [3] Excelente palestra e excepcional palestrante. É
muito bom escutar uma pessoa inteligente e aberta. RESP.: Depende.
O computador substitui muito bem o ser humano em cálculos, em
jogar xadrez, e se controlar veículos os acidentes vão
diminuir. O computador jamais vai substituir o ser humano naquilo que
exige pensamentos não formais, quantificados, naquilo que exige
nossa intuição e no que exite sensações
e sentimentos, como por exemplo o relacionamento social.
- [1] A beleza da "máquina humana". O mistério
que a envolve. [2] Como será o futuro da humanidade... [3] Palestrante
adorável, talvez o melhor seria, entretanto, que o tema, para
uma plateia de serviço público, fosse mais filosófico
e menos matemático. RESP.: Eu jamais chamo o ser humano
de "máquina". Não há nenhuma máquina
com a complexidade do corpo humano, e que pensa e sente como ele. Por
exemplo, levante seu braço. Uma pessoa que considera o ser humano
como sendo uma máquina vai dizer que foi um efeito de alavanca.
Mas nunca houve uma alavanca com milhares de fibras, algumas se contraindo
e outras se expandindo. Muito pior: como surgiram os impulsos - digamos
que sejam elétricos - que fizeram o braço levantar? Suponhamos
que eles surgiram de uma área A do cérebro. Por que essa
área emitiu esses impulsos? Suponhamos que uma outra área
B emitiu impulsos para a área A. E assim por diante, até
se chegar a um beco sem saída. Tenho uma conjectura de que se
forem procuradas as causas de qualquer fenômeno interno dos seres
vivos, sempre se chega a um beco sem saída, pois a sua origem
não é física. Quanto à palestra, espero
ter apresentado os aspectos técnicos de uma maneira simples.
Tente rever a minha apresentação e veja se há algo
difícil de compreender. Espero que o tratamento filosófico
da técnica tenha sido importante.
- [1] Cada família deve criar seu espírito único
de sua família. Na solução de problemas, não
tem que encontrar a solução. Pense no problema e a intuição
lhe dará a solução. Universidade é uma museu
de preconceitos. [2] Qual o limite do aprendizado de máquina?
Música? Artes? Sonhos? [3] Agradeço a disponibilidade.
Apresentação ajuda a pensar um pouco mais sobre o que
é ser humano. RESP.: Eu sugeri que se desenvolvesse um
pensar intuitivo para resolver problemas; para isso, deve-se pensar
profundamente no problema, sob todos os ângulos, sem procurar
racionalmente uma solução. Quando se vislumbrar a solução
intuitivamente, deve-se em seguida testá-la racionalmente. Um
dos limites do aprendizado de máquina parece-me ser a generalidade,
pois se a máquina fosse "treinada" para resolver uma
gama variada de problemas, iria dar a maior confusão. Isto é,
os seres humanos são, em boa parte, generalistas; as máquinas
sempre serão especialistas. Além disso, as máquinas
jamais irão resolver problemas que não podem ser quantificados
e que exijam bom senso (ligado à intuição!) e sentimentos,
como os problemas sociais. É interessante saber que existem programas
que geram música no estilo de um compositor (já foi feito
isso com Bach), que não se consegue distinguir se é dele
ou não. Mas, atenção: antes disso o compositor
introduziu seu próprio estilo! A arte devia revelar por meio
de objetos físicos (inclusive sons) uma realidade não
física. Veja, por exemplo, o famoso "O grito", pintura
expressionista de Edvard Munch.
- [1] Que devemos nos conscientizar cada vez mais, que precisamos manter
equilíbrio entre a tecnologia e espírito. O perigo já
se instalou. [2] O que fazer para diminuir esse caminho sem volta (paradoxo).
[3] Excelente palestra para reflexão. RESP.: Veja minhas
reflexões acima.
- [1] Os conceitos de máquina universal e individual. [2] Só
foi mencionado, mas não é tão óbvio, entender
como uma máquina não determinista pode ser representada
em um modelo determinista. [3] Interessantíssima a hipótese
da conclusão. RESP.: Não há máquina
individual no sentido humano. Por exemplo, todas foram projetadas, e
cada indivíduo pode ter sido planejado, mas não projetado...
Vamos ver se consigo descrever sem entrar em detalhes técnicos.
Toda vez que uma Máquina de Turing, estando em um estado S tomar
uma transição não determinista, é necessário
gravar o estado S e a fita, a posição do cabeçote,
e qual transição foi tomada. Se não der certo,
mais tarde deve-se voltar àquele estado e restaurar a fita, e
continuar com a próxima transição não determinista.
Como a fita é infinita, e qualquer gravação é
finita, sempre é possível fazer esses armazenamentos por
uma máquina determinista.
- [1] Funcionamento básico da lógica de programação.
[2] Por que é tão importante saber tudo a fundo? 90% é
melhor do que 100%. [3] Há alguns séculos "sabia-se"
que a Terra era plana e que o homem não poderia voar. RESP.:
Somente na matemática pode-se saber 100% sobre alguma coisa,
mas não sobre a matemática como um todo pois, como mostrei,
existem problemas indecidíveis, isto é, não se
sabe se têm solução. Além disso, existem
teorias matemáticas que são incompletas (teoremas de Gödel).
- [1] Que é possível conciliar o conhecimento matemático
com o humanista, visto a abrangência de conhecimentos e discussões
apresentados pelo professor, que é um "matemático"
com profundas preocupações humanistas. [2] Como conseguir
conhecer sobre tanto? [3] Parabéns ao professor!!! RESP.:
Leia! E depois de ler, leia mais! Devido aos meios eletrônicos,
cada vez mais pessoas estão tendo uma incapacidade de ler concentradamente,
o que é uma tragédia: depois de um trecho (por exemplo,
2 páginas) já querem pular para outro assunto (oura página).
Leia meu artigo
www.ime.usp.br/~vwsetzer/internet-mentes.html
- [1] A importância de se compreender a teoria para se perceber
que teoria não é tudo. [2] Como não enlouquecer
sabendo que sabemos tão pouco? [3] Ótima palestra, observações
e pensamentos que realmente nos fazem refletir. RESP.: O que
você sabe certamente é suficiente para você sobreviver.
No entanto, é importante saber cada vez mais, especialmente sobre
a tecnologia...
- [1] Que o computador é uma máquina de manipular símbolos
matematicamente. [2] A linguagem da programação deixou
algumas dúvidas. [3] É difícil tecer comentários
sobre o assunto da palestra, afinal, muita coisa está baseada
em conjecturas! Se se optar por um comentário avaliativo, sem
dúvida a palestra é muito edificante. RESP.: Não
abordei linguagens de programação, apenas como se programa
uma Máquina de Turing. Tenho palestras que abordam como funciona
um computador do ponto de vista lógico e as linguagens de programação.
Se quiserem, posso dá-la:
www.ime.usp.br/~vwsetzer/pals/comput-a-papel-resumo.html
E sobre algoritmos:
www.ime.usp.br/~vwsetzer/pals/algoritmos-resumo.html
- [1] Limitação da máquina. Desconhecimento do
funcionamento do cérebro humano. [2] A medida que a ciência
avançar e desmistificar o cérebro humano, isso poderá
ser implantado na máquina? RESP.: Tenho uma conjectura
de que jamais haverá uma interação cérebro-máquina
usando o código empregado pelo cérebro, pois ele não
existe. Mas já existe implantação de chip no
cérebro detectando impulsos elétricos e transformando-os
em funções motoras, mas isso é puramente empírico,
sem se saber como os impulsos cerebrais são gerados e o que significam.
Ou emissão de impulsos para controlar ataques epilépticos.
Mas não se sabe quais as consequências profundas, por exemplo
psicológicas, de tais implantações.
- [3] Prezado prof. Valdemar foi muito gratificante ouvir a transmissão
de conhecimentos acumulados por um estudioso que além da ciência
traz experiências da vida. Obrigada pela palestra. "A cada
dia acredito mais em Deus." RESP.: Examine meus artigos.
Jamais uso a entidade Deus, simplesmente por que ela virou mera abstração.
Perdeu-se totalmente a noção do que poderia ser essa entidade
e a vivência dela. Em lugar dela, uso o que há de divino,
isto é, não físico, em cada ser humano, pois é
possível notar a atuação desse membro, que é
individual em cada pessoa mas de mesma natureza em todas. É devido
a ele que pensamos, sentimos e queremos, é devido a ele que entramos
no sono e sonhamos, que temos autoconsciência e identidade própria.
- [1] Firmei o conceito de que o ser humano não é apenas
material, e de que o universo também não o é. Essa
transcendência, para mim, leva a Deus! [2] Muito do que a sociedade
é reside em uma ilusão. Com o avanço da tecnologia
criam-se máquinas cada vez mais "parecidas" com os
humanos. Se nós "emulamos" alguém como nós,
não podermos nos confundir com eles? [3] O risco de se diminuir
a complexidade da pessoa humana, ao ponto de torna-la mais perto de
uma máquina exibe uma ausência de espiritualidade, o reconhecimento
de que há algo maior do que nós, a abstração
que se chama Deus. RESP.: Acho improdutivo ficar falando de Deus
(veja a avaliação anterior). O importante é reconhecer
a existência de algo não físico atuando em cada
ser vivo, fazendo com que o ser humano transcenda a natureza física.
Por isso podemos sublimar a animalidade que existem em nós e,
por exemplo, termos compaixão pelo sofrimento de outra pessoa.
Se o ser humano for puramente físico, não pode haver livre
arbítrio (as "leis" físicas são inexoráveis),
e portanto não pode haver responsabilidade e dignidade. Existe
uma campanha, liderada por cientistas e acadêmicos, que tenta
impingir a mentalidade de que somos máquinas. Para isso, nunca
houve uma metáfora tão poderosa quanto o computador, que
simula certos tipos de pensamentos humanos. Considerar o ser humano
como máquina levará a tragédias muito maiores do
que as que fizeram o nazismo e o comunismo, ambos baseados em uma cosmovisão
materialista.
- [1] Intuição e liberdade de pensamento jamais poderão
ser replicados por máquinas. [2] É possível que
a disseminação dos carros autônomos elimine os acidentes
decorrentes de erros de condução? [3] Muito obrigado pela
palestra. RESP.: Sim. 90% dos acidentes de tráfego são
devidos a falhas humanas. Não tenho nada contra máquinas
controlarem máquinas, na medida em que isso for útil e
não traga consequências piores. Já imaginou máquinas
controlando foguetes com ogivas atômicas, sem interferência
humana? É impossível provar formalmente que um programa,
mesmo de relativamente pequeno porte, está correto, isto é,
produz aquilo que se espera dele. Isso quando o programa é programado
comando por comando. No caso de sistemas de "aprendizado"
de máquina, há sempre uma probabilidade de acerto - e
também de erro!
- [1] Por mais sofisticada e desenvolvida a tecnologia de uma máquina,
ela será sempre uma máquina e não chegará
ao nível humano. [2] Qual será a primeira fronteira que
separa homem vs. máquina? RESP.: Há fronteiras
que considero intransponíveis, como o pensar humano global, o
sentir e o querer, e também a inteliência humana, que é
múltipla e não especializada, e é parcialmente
devida à intuição, que acho que jamais se saberá
fisicamente o que é.
- [1] A máquina jamais será comparável ao ser humano,
ou capaz de ter sentimentos ou sensações da mesma forma.
[2] A maior dúvida é como iremos fazer como sociedade
para não nos "tratarmos" como máquina. RESP.:
Como já disse acima, é necessário que saibamos
como as máquinas funcionam, e qual o impacto delas nos seres
humanos, inclusive psicologicamente. É também fundamental
se conhecer profundamente o que é o ser humano, o que não
citei acima. Por exemplo, sem uma conceituação profunda
de como crianças e jovens se desenvolvem, base da Pedagogia Waldorf
(que está comemorando 100 anos de existência de sucesso
em 2019 - já existem 160 escolas Waldorf no Brasil, incluindo
jardins de infância, e apenas 7 estados não contam com
uma), é impossível determinar a partir de que idade elas
devem ter contato com os computadores e a Internet (mas isso é
uma outra palestra...); leia, por exemplo,
www.ime.usp.br/~vwsetzer/meios-educacao-sintese.pdf
- [1] O poder da reflexão. [2] Até onde podemos pensar.
[3] Excelente palestra, profundo conhecedor, estudioso o professor.
RESP.: Não há limites para nosso pensamento pois,
segundo minha hipótese de trabalho, ele não é físico.
Por isso podemos fazer matemática, que não é física!!!
- [1] Que cada ser é individual e deve ser respeitado como tal.
[2] Não tem. [3] Excelente a palestra para fins de reflexão.
RESP.: Obrigado, adorei dar a palestra para vocês e fiquei
muito satisfeito com o resultado!
7. 25/9/19, para interessados e alunos de Engenharia da Computação
da Escola Politécnica da USP, da disciplina MAC-0122 Desenvolvimento
de Algoritmos, dentro do projeto Embaixadores
da Matemática do IME; Info: Prof. Paulo Miranda pav.sempontos.mbr
arr gmail
- [1] O que aprendi de mais importante foi o processo de funcionamento
da Máquina de Turing, em conjunção com o Problema
da Parada. [2] A maior dúvida que ficou: será que não
seria possível criar um algoritmo (baseado em algum estudo da
psicologia, como os 8 sentimentos básicos ou alguma outra teoria)
que simulam emoções, sentimentos, ou até mesmo
simular livre arbítrio? Qual é a prova de que nós,
seres humanos, não estamos atualmente vivendo nessa simulação?
[3] Eu não entendi muito bem como acessar a apresentação;
poderia me mandar por e-mail? RESP.: Veja, simular emoções
(por exemplo, fazendo a figura de um rosto mostrar um sorriso de satisfação
(ao fingir comer um caqui doce) ou um desgosto (ao comer um caqui verde,
cheio de tanino) não é ter sensação e sentimento!
Nós temos a sensação de vivermos a realidade e,
como mostrei, temos a vivência de termos livre arbítrio
ao determinarmos nosso próximo pensamento (a propósito,
esqueci de dizer que a liberdade está na vontade, como o próprio
nome "arbítrio" indica; o pensamento é só
um instrumento dela, e permite que a vivenciemos). Se fosse tudo uma
simulação, como ela é feita em máquinas,
não haveria livre arbítrio. Veja o link da apresentação
no cabeçalho desta página (ou é só entrar
em minha home page e acionar, no índice em amarelo, "Lista
de palestras, entrevistas ..:" ou "Apresentações
de palestras em ppt")
- [1] Turing demonstrou que a conjetura de Hilbert estava errada. [2]
Informática, os alunos de informática aprendem a analisar
e processar dados, então está certo o nome do curso de
informática. RESP.: A análise e o processamento
que os alunos aprendem não é de informação,
é de dados. Então deveria ser "dadótica"
e não "informática". Algo passa a ser informação
se um ser humano recebe esse algo e compreende do que se trata. Uma
dor de cotovelo pode ser uma informação: o lugar onde
dói, sente-se uma dor etc., compreendendo-se o que é um
cotovelo, o que é uma dor (no caso, uma vivência) etc.
- [1] De mais importante, eu aprendi o funcionamento da máquina
de Turing, e, a partir disso, o que os computadores podem e não
podem fazer. Portanto, o que nos torna humanos. [2] A minha maior dúvida
é em relação a algumas conjeturas feitar pelo senhor,
por exemplo: como fazer conjeturas tais quais "os computadores
jamais pensarão" se não sabemos como o próprio
pensamento funciona? [3] Gostei muito do detalhamento no aspecto do
aspecto da análise linguística de termos, palavras e jargões
que usamos corriqueiramente, o que levou a várias provocações
filosóficas, e com certeza me trouxeram e trarão reflexões;
o que acende uma luz de curiosidade em mim que leva ao aprender. Muito
obrigado! Gostaria de assistir a outras palestras/workshops seus, como
faço? Realmente é um privilégio ouvir suas explicações
e histórias com muita alegria, realmente é uma inspiração
(me lembrou um pouco do professor Feynman e seu jeito de explicar. Gostaria
de bater um papo pessoal se possível! RESP.: Eu disse
literalmente que na minha concepção as máquinas
jamais pensarão como os seres humanos. Elas podem simular certos
tipos de pensamento (por exemplo, fazer uma conta armada de somar, se
bem que não se sabe como somamos 3+5, por exemplo). Meu argumento
foi que podemos ter liberdade no pensamento, isto é, determinarmos
o nosso próximo pensamento (o que, como já disse acima,
é no fundo um ato de vontade, uma decisão). Uma máquina
simplesmente segue as regras (no caso dos computadores, as instruções)
inexoravelmente, a não ser que haja uma pane. Sobre minhas palestras
e entrevistas, veja na minha página a lista de palestras dadas
e programadas, no índice em amarelo):
www.ime.usp.br/~vwsetzer/pals/pals-cursos.html
(Se a palestra não for pública, escreva-me que porei você
para dentro da instituição e da sala como meu convidado
(isso sempre é permitido).
- [1] O maior aprendizado foi o funcionamento da Máquina de Turing,
o qual eu desconhecia, descobrir a realização das transições
a partir das 5-tuplas, descobrir suas importâncias e aplicações
matemáticas. Além disso, conhecer um pouco sobre filosofia
das máquinas e sua relação com o ser humano. [2]
A maior dúvida que possuí durante a palestra, foi sobre
se existe outras aplicações para a máquina de Turing,
sem ser as aplicações matemáticas, ou se esse conceito
da M.T. é aplicado em alguma aplicação real. Além
disso, sobre a filosofia das máquinas, como é explicado
as reações das novas (Inteligências Artificiais)
que tanto se assemelham a sensações e sentimentos humanos.
[3] Ótima aula, faz o aluno ter um engajamento maior no conteúdo
mostrado, devido ao interesse gerado e demonstrou um imenso conhecimento
sobre diversos assuntos que tornam a aula ainda mais informativa. RESP.:
O Turing tentou projetar computadores baseando-se na ideia de ter instruções
muito básicas, como na M.T., e o resto era feito por software.
Durante algum tempo a ideia de computadores com poucas instruções
básicas foi realizada, nas máquinas tipo RISC (Reduced
Instruction Set Computer). Mas os computadores com instruções
complexas (macroinstruções) acabaram sendo muito mais
velozes devido aos circuitos integrados (chips). Veja, as máquinas
podem simular sentimentos (por exemplo, mostrando faces com certas expressões),
mas não sentem nada! É um mistério para a ciência
como temos sensações e sentimentos. Reflita um pouco:
como é que você sente o gosto de um caqui, ao comê-lo?
Tratei de sensações e sentimentos no artigo
IA - Inteligência Artificial ou Imbecilidade Automática?
As máquinas podem pensar e sentir?
- [1] As diferenças básicas entre um ser humano e uma
máquina, e aquilo que torna um ser humano individual, enquanto
uma máquina tende a ser universal. [2] Por que Máquinas
de Turing deveriam ter memória infinita? [3] Achei a palestra
extremamente gratificante, muito interativa e didática, facilitando
o entendimento do tema no geral. RESP.: Só as máquinas
digitais, ou melhor, computadores, são universais, isto é,
qualquer uma pode simular qualquer outra. Isso é impossível
no ser humano, como mostrei: se alguém come um caqui, tem a sensação
do gosto dele, e ninguém, absolutamente ninguém mais consegue
ter a sensação que aquela pessoa está tendo, e
a atração ou repulsa pelo gosto, isto é, o sentimento
que acompanha a sensação. Atenção: todas
as máquinas foram projetadas e construídas por seres humanos,
eventualmente com a ajuda de outras máquinas. Nenhum ser humano
foi projetado e construído, por isso é indevido dizer
que o ser humano é uma máquina. Máquinas de Turing
com memória limitada são chamadas de Linear Bounded Automata.
Pode-se provar que eles não conseguem processar certos tipos
de funções que as Máquinas de Turing processam.
- [1] Computadores são máquinas que interpretam símbolos.
[2] O Problema da Parada. [3] A dinâmica da palestra foi muito
boa. Todos os temas e comentários pareciam pertinentes e interessantes.
RESP.: Estude os slides do Problema da Parada da minha
apresentação, e veja se consegue compreender.
- [1] A coisa mais importante que aprendi foi o funcionamento da máquina
de Turing, e como ela pode ser utilizada para resolver uma série
de problemas lógico/mateméticos. [3] Palestra muito boa
onde pudemos aprender, além do conteúdo principal da aula,
uma série de outros conhecimentos nas mais diversas áreas.
RESP.: Em minha opinião, nenhuma aula deveria ater-se
somente a matéria. Se todos os professores expusessem questões
filosóficas, suas opiniões e experiências de vida,
os alunos seriam imensamente enriquecidos, já pelo fato de ouvirem
opiniões e enfoques diferentes. Na área de ciências
exatas, no nível de graduação não existem
opiniões diferentes no sentido estrito das matérias abordadas.
Opiniões diferentes produzem flexibilidade mental.
- [1] Aprendi sobre a essência dos computadores. Foi uma interessante
discussão sobre como máquinas realizam operações
e como é possível escrever programas utilizando operações
tão simples como os da Máquina de Turing. [3] Os paralelos
entre máquinas e humanos e outras coisas do cotidiano foram interessantes.
- [1] A Máquina de Turing não pode ser construída
pois ela necessita de uma memória infinita. A essência
de um computador é ser uma máquina matemática discreta.
O computador apenas pode manipular símbolos discretos, ou seja,
ele não é capaz de representar o infinito e nem os números
reais. A M.T. só tem um tipo de instrução: a 5-tupla
ordenada. Com ela é possível calcular qualquer função
matemática. Não se sabe como o cérebro funciona
nem o quanto ele consegue armazenar. [2] Qual o motivo para afirmar
que Alan Turing não tinha inteligência emocional? RESP.:
Mesmo se fosse construída com uma enorme fita limitada, uma M.T.
seria muito ineficiente. Eu acho que o fato de o Turing ter ido denunciar
o seu amiguinho para a polícia mostra uma falta de bom senso
social supondo que ele sabia que o homossexualismo era proibido
naquela época.
- [1] Termos como memória, leitura e informática aplicados
no assunto de ciência da computação equivocados,
pois referem-se a atributos e capacidades humanas não completamente
definidos. [3] Na minha opinião, a distinção entre
o ser humano e uma máquina é debatível. O cérebro
humano funciona na base de sinais lógicos assim como uma máquina.
Compará-los no nível abstrato como feito na palestra é,
no meu ver, falho. Em suma, a resposta para "o ser humano é
universal ou individual?" deve ser respondido levando em conta
que é fisicamente possível transcrever sensações
humanas em códigos lógicos, tornando o ser humano potencialmente
universal. Digo potencialmente pois essa transcrição não
é possível somente com as tecnologias e conhecimentos
atuais, mas é fisicamente possível. Em outras palavras,
foram tratados codificação de dados no nível básico
e no nível abstrato no cérebro, mas faltou na palestra
uma correlação forte entre esses dois níveis. O
palestrante comentou que os materialistas têm crenças demais
mas não fundamentou seus argumentos no nível dos sinais
lógicos neurais, crendo que o funcionamento do cérebro
é essencialmente abstrato e completamente desconhecido no nível
básico, ambas proposições insustentáveis.
Outras citações do palestrante como "vídeo
games violentos causam violência" e a "organização
celular é não determinista" foram muito pouco fundamentadas
e até ideias justificavelmente equívocas. Adoraria discutir
mais sobre isso. Segunda observação: a crítica
feita ao materialismo foi baseada na frase "não se sabe
o que é matéria" o que é um fato equivocado.
Tudo tem base física por definição no campo
de estudo da física. Na palestra só faltou ser dito
"a ciência ainda não sabe, então a resposta
é 'milagres divinos'". Consideração final:
eu critico a filosofia do professor, mas admiro o questionamento filosófico,
em uma aula de computação. RESP.: É pior
do que não se ter uma definição de certas capacidades
humanas, como o pensar, sentir e o querer: não se sabe como elas
funcionam. Minha conjetura é muito forte: com o atual paradigma
da ciência, jamais vai se saber. Não se pode afirmar que
será possível compreender esses fenômenos, mais
a memória, a vida, o sono, a forma dos seres vivos, de um ponto
de vista estritamente físico. Note-se que não se sabe
o que é a matéria. Eu não disse que os materialistas
têm crença demais; o que eu disse é que há
dois tipos de materialistas: os que tomam sua concepção
de mundo como hipótese de trabalho (e, nesse caso, não
deviam ter preconceitos contra outras concepções de mundo)
e outros que a tomam como crença, como fé, não
sujeita a comprovação e contestação. Muitos
cientistas são crentes, por exemplo, a evolução
neodarwinista é tomada por eles como verdade, e não como
teoria - afinal, ninguém estava lá há milhões
de anos atrás para comprovar. A teoria evolucionista aplicada
a tempos imemoriais tornou-se um verdadeiro dogma nos meios científicos.
Quanto a não se saber o que é matéria, não
se sabe o que é um elétron; ele é tomado como pontual,
sem extensão espacial, mas tem massa. Pode? Há fenômenos
nas partículas atômicas completamente incompreensíveis,
como os saltos quânticos instantâneos, o spin (que seria
uma rotação em todos os sentidos ao mesmo tempo, pode?),
o emaranhamento (entanglement) das partículas e a não
localidade instantânea etc. Não se sabe o que é
a matéria e a energia escuras, que se calculam serem responsáveis
por 95% da matéria do universo. O Big Bang é estapafúrdio:
se toda a matéria estava concentrada em um ponto (matemático,
pode?), isso devia gerar um hiper-duper-super buraco negro e não
haveria explosão; aí se imagina que no começo a
energia era repulsiva e não atrativa (o "universo inflacionário"),
etc. etc. Haja ignorância - e paradoxos e cada vez mais teorias
para tentar explicá-los. Eu usei a palavra "milagres"
(sem o "divino" você não vai encontrar
a palavra Deus ou a expressão "seres divinos" em meus
artigos) para me referir a fenômenos que não têm
explicação física. Você mesmo está
cheio desses fenômenos, começando pelo seu pensamento e
o seu sono. Finalmente, já que, do ponto de vista da física,
não se sabe o que é matéria, repito aqui a metáfora
que usei: uma pessoa materialista (ou fisicalista) é alguém
que vive e trabalha em um edifício onde não há
o andar térreo. Em minha opinião, o materialismo não
se sustenta; as evidências contra ele são muitas e fortes
demais. Infelizmente, a educação escolar e universitária
tenta impor a mentalidade materialista, o que acaba por criar preconceitos
contra qualquer explicação não materialista. Quanto
ao não determinismo físico das células, é
uma teoria minha que mostrei a vocês: examinando-se uma célula,
não se pode prever o que acontecerá com ela no próximo
instante: se ela vai continuar como está (transição
para o mesmo estado), vai fazer uma transição para um
estado onde começa a subdividir (meiose ou mitose) ou para um
estado onde começa a morrer (apoptose). Essa minha teoria está
errada?
- [1] A impossibilidade, e sua causa, das máquinas tornarem-se
similar aos humanos em sentimentos. [2] Dados que comprovem a memória
humana ser infinita. [3] IA e Homem Bicenternário são
ótimos filmes, sugiro o livro Androides sonham com ovelhas
elétricas? RESP.: Não conheço esses
dados. Eu usei uma vivência que todos têm: de nunca ter
a experiência de querer memorizar algo e sentir que não
há mais "lugar" para isso na memória. O fato
de não se saber como a nossa memória funciona permite-me
fazer essa conjetura. A crítica que tenho aos dois filmes, que
realmente são ótimos do ponto de vista cinematográfico,
é apresentarem coisas impossíveis, que eu chamei de besteiróis.
Por exemplo, o robô do IA ficar 1.000 anos debaixo do mar e as
suas baterias não gastarem e ele não enferrujar. Mas a
minha maior crítica é eles passarem a ideia de que robôs
terão capacidade de sentir. Isso eleva os robôs ao nível
humano, e degrada os seres humanos ao nível das máquinas,
que eu chamo de nível sub-natural.
- [1] Os computadores e os seres humanos são incapazes de se
sobreporem umas sobre as outras, apesar de ser possível a interseção.
Os computadores não conseguem reproduzir as sensações
e sentimentos dos humanos e nós não conseguimos nos restringir
a interpretações e definições lógicas.
[2] Quais serão os próximos passos de nossa evolução?
A carne é limitada e delicada, visando a exploração
espacial, por exemplo, encontramos limitações originadas
de nossa condição. Mas, recorrendo às máquinas,
perderemos aquilo que nos caracteriza, nossa essência, aquilo
que nos torna humanos. [3] A análise e a abordagem filosóficas
foram muito interessantes, em geral, deixamos de lado a oportunidade
de discutir, de maneira mais profunda, as influências de tudo
aquilo que criamos e vivemos em nossa essência e nos caminhos
que decidiremos seguir. RESP.: Não posso dizer quais serão
os próximos passos tecnológicos. Mas posso dizer o que
deveríamos estar desenvolvendo: a auto-consciência, o livre
arbítrio e o amor altruísta. Se você examinar bem,
a destruição da natureza e da humanidade é resultado
de egoísmo ou de ações inconscientes.
- [1] Os fundamentos da Máquina de Turing e a prova de problemas
impossíveis de solucionar. [2] Se seres humanos são indivíduos
(não universais) por possuírem conceitos subjetivos como
sensação e sentimento, por que uma manifestação
artística criada com o intuito principal, do entretenimento é
tachada pejorativamente de "besteirol" se ela carrega consigo
o título de "ficção"? A arte não
deveria ser subjetiva? RESP.: Não tachei os filmes IA
e O Homem Bicentenário de besteiróis artísticos,
tachei disso certos conteúdos específicos. Uma ficção
não precisa apresentar coisas fisicamente impossíveis
ou atribuir a máquinas características que elas não
são capazes de ter. Além disso, uma coisa é escrever
um livro com ficções científicas absurdas, e outra
é fazer um filme com elas. Os filmes têm uma enorme capacidade
de condicionamento; ao se ler um livro é preciso prestar muita
atenção e é possível criticar cada trecho.
Veja meus artigos sobre meios eletrônicos.
- [1] Não jogar jogos violentos. O computador é um manipulador
de símbolos. Pensamentos podem ser universais mas sentimentos
não.
- [1] Aprendi que máquinas de turing são ideais, uma coisa
imaginada e idealizada, onde é possível de fazer (quase)
qualquer coisa. Que é uma parte da computação,
a ideal, que eu ainda não conhecia. [2] A maior dúvida
foi nos termos difíceis de explicar, coisas como consciência
e sentimentos, pensamento e emoções foram utilizados como
algo que as máquinas não têm, mas não foram
bem definidas o suficiente para serem utilizadas na aula. [3] O One-Minute-Paper
foi executado de maneira pouco inteligente, feito para ser escrito no
final da aula, tirou a concentração do aluno na palestra
e o levou para a redação do mesmo. RESP.: As MTs
não podem fazer quase qualquer coisa: elas só manipulam
símbolos discretos por meio de algoritmos lógico-simbólicos.
Hoje é impossível definir formalmente o que é,
por exemplo, um sentimento, e minha conjetura é que isso jamais
será possível. Sensações e sentimentos têm
que ser vivenciados e o são por qualquer pessoa. Pena
que eu não perguntei a vocês o que era "pensar"...
Na esfera realmente humana, é preciso caracterizar, e não
definir. Qualquer definição "mata" o que está
sendo definido. Sobre o one-minute paper, eu pedi para vocês
começarem a escrevê-lo um pouco antes do fim da palestra,
pois pela minha experiência, se peço isso depois que ela
termina muitos escrevem muito pouco para poderem sair logo.
- [1] Apesar da máquina de Turing ser a "mãe"
de todos os computadores, aprendi que ela é extremamente simples,
não sendo capaz de sequer guardar dados, o que modifica a forma
como opera e como devemos raciocinar para utilizá-la. [2] Não
ficou muito clara a transição de um estado para ele mesmo,
funciona como um looping? [3] Achei que a palestra esclareceu muito
sobre o trabalho realizado por Turing, e também sobre o funcionamento
dos seres humanos ao diferenciá-los de máquinas. RESP.:
Sim, uma transição de um estado para ele mesmo é
um loop. Mas isso também pode ocorrer se uma transição
volta para um outro estado anterior já "visitado".
- [1] Aprendi um pouco sobre a maquina de Turing. Fiquei com algumas
duvidas sobre as operações da maquina de turing, porém
não prestei tanta atenção assim, perdi alguns pontos
da palestra. RESP.: Baixe a apresentação e estude-a
calmamente.
- [1] Qualquer maquina digital pode simular outra maquina digital. [2]
A memória não poderia ser finita caso partes menos "importantes"
fossem apagadas com o passar do tempo? [3] Onde encontrar a prova do
item 1? RESP.: Na verdade, a tal máquina digital deve
ter as capacidades básicas de uma Máquina de Turing, o
que se chama tecnicamente de ser "Turing-completa" (a menos
da fita infinita). Nunca me preocupei com uma prova da universalidade
da MT, e não sei se existe (procure, e se achar avise-me!). Acho
que isso é tomado como algo evidente.
- [1] Aprendi a importância de pensar além do puramente
racional, o que são máquinas de turing, e a solução
do problema da parada. "Faça sua escolha e seja coerente".
[2] Como colocar em prática o que aprendi e me comprometer a
essa prática. [3] Muito obrigado pela palestra! Espero que você
e os outros embaixadores da matemática possam perseverar nessa
missão. RESP.: Acho que o que transmiti de prático
foram uma conceituação do que são os computadores
e certas características humanas. Se você diferenciar bem
o que um computador é e não é capaz de fazer já
será um resultado prático ótimo. Além disso,
apresentei um pouco de uma concepção de mundo diferente,
para mostrar que se pode pensar e encarar o ser humano de maneira diferente
do usual (o padrão é achar que ele é uma máquina).
- [1] A dificuldade de a sociedade aceitar que as máquinas jamais
possuíram emoções e jamais pensarão como
os seres humanos. [2] A maior dúvida foi a respeito dos estados
da máquina de turing. Não ficou clara a diferença
entre um estado e uma transição. [3] Palestra muito boa,
com abordagem bem filosófica, distanciando da maioria das palestras
que focam em critérios mais técnicos. RESP.: Uma
MT (e um computador!) só está em um determinado estado
em cada passo de seu funcionamento. Uma transição é
a mudança de um estado para outro, feita sob certas condições
(no caso da MT, a transição é escolhida baseada
no símbolo de entrada).
- [1] Inteligência humana é muito mais ampla e mais complexa
do que a computacional. Outro ponto relevante foram os exemplos concretos
da importância de entender a causa das coisas. [2] Dado os diversos
tipos de inteligências, como se desenvolver em todas as vertentes
de maneira equilibrada dada as exigências técnicas exigidas
pelo mundo? [3] Achei muito interessante a sua iniciativa quanto a exploração
de vários conhecimentos e o trabalho de divulgação,
seja Internet, palestras, aulas ... Parabéns!! RESP.:
Não fique apenas no que você está aprendendo na
faculdade! A USP oferece uma enorme quantidade de disciplinas. Além
disso, desenvolva-se fora dela, assistindo peças de teatro, indo
a concertos (o ingresso no coro da Sala São Paulo custa muito
pouco para a meia entrada, e a OSESP é uma das melhores orquestras
do mundo), lendo muito (eu recomendei a leitura de um bom romance por
mês, e esqueci de dizer por que: quando se lê um romance,
é preciso imaginar os personagens e o ambiente. Isso desenvolve
a imaginação e portanto a criatividade. Faça alguma
atividade artística. Se você não toca nenhum instrumento,
tente aprender a tocar flauta doce, é o melhor instrumento para
a iniciação musical. Compre uma, inicialmente de plástico,
e um método; é possível que você possa aprender
sozinho (você pode mostrar para mim o que aprendeu, para eu corrigir).
Tente ajudar outras pessoas, especialmente carentes, para desenvolver
a sensibilidade e a ação sociais.
- [1] Funcionamento da Máquina de Turing e suas Propriedades.
[2] Se o computador não é capaz de sentir, deveríamos
parar de tentar criar tais modelos? (Ex: Robô Sophia) [3] Melhor
aula de Filosofia que eu assisti em anos. RESP.: O máximo
que se conseguirá é que os robôs imitem os seres
humanos. Por exemplo, contando-se a um deles uma piada, ele reconhecer
que é uma piada e forjar um sorriso - mas não terá
sentido nada do que se sente ao ouvir uma boa piada... O mais importante
é que não se construam robôs que "falem"
coisas absurdas, como as que mostrei "faladas" pelo Sophia;
isso é uma enganação e degrada a imagem que o ser
humano faz de si próprio.
6. 27/5/19, na Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de
Fiscalização, São Paulo, SP. dentro do projeto Embaixadores
da Matemática do IME; info: Luiz Felipe Carvalho, felipepontopps-at-gmail
- [1] Visões bonitas do ramo da ciência da computação,
não só no campo da matemática mas também
na vida, o grande mistério que se revela em tudo. [2] Cérebro
não tem código: seria algo como ordem cérebro
' caos? RESP.: As minhas concepções de mundo e
da constituição do ser humano levaram-me a concluir que
o cérebro não usa um código, como é o caso
de qualquer computador ou máquina digital. Mas essa é
uma conjetura, não é uma certeza. Eu diria que mente (e
não o cérebro!) é capaz de reconhecer ordens, seja
na natureza, seja na matemática. De fato, ordem e caos são
polaridades. Mas no meio eu colocaria o ritmo, e não o cérebro.
Quando há ritmo não há uma ordem rígida,
pois há movimento. Duas ondas diferentes (como as da água)
podem ocupar o mesmo lugar no espaço, o que não ocorre
com corpos sólidos. Talvez eu não tenha salientado: o
código da Máquina de Turing (MT) é a quíntupla
ordenada descrevendo uma transição entre estados, que
faz o papel de uma instrução.
- [1] Pensar a influência da MT/computadores/máquinas no
ser humano, na atualidade. [2] Até onde esta interferência
vai levar, o que mudou, muda e vai mudar? [3] O que pode superar o conhecimento,
o "saber" humano, que projeta a máquina?!?!? RESP.:
Está havendo uma brutal aceleração da penetração
das máquinas na vida humana. Não tenho esperança
na massa da humanidade, acho que ela vai se entregar cada vez mais às
máquinas e ser cada vez menos humana. Mas tenho esperança
em indivíduos; acho que alguns irão reconhecer os problemas
profundos causados pelas máquinas e vão colocá-las
no seu devido lugar, isto é, usá-las apenas beneficamente,
por isso dou minhas palestras. A perda da concentração
mental que citei foi apenas um dos problemas causados pelas máquinas
(especialmente TV, video games, computador e Internet). A destruição
da natureza é outro exemplo.
- [1] Difícil destacar algum ponto. Só posso parabenizar
a riqueza do conhecimento do Mestre e a facilidade de transmitir. [2]
Sempre ouvia os termos Inteligência Artificial, coisas do tipo.
Com a brilhante exposição pudemos retroceder às
raízes da computação e pensar que a inteligência
continua do domínio do homem. [3] Parabéns. RESP.:
O grande problema é delegar às máquinas decisões
que deveriam ser tomadas por seres humanos, especialmente decisões
sociais. Quando máquinas controlam máquinas, como no caso
dos carros autônomos, quase não há problemas (eles
vão diminuir drasticamente os acidentes de tráfego, pois
a maior parte deles são causados por falhas humanas).
- [1] Aprendi que precisamos restringir o uso de Internet, aplicativos
e TV para reaprender a se concentrar a fim de resolver problemas cotidianos.
[2] A maior dúvida seria como conhecer as forças não
deterministas que controlam a natureza humana! RESP.: É
possível conhecer essas forças transcendentes. Elas já
foram descritas. Entre em contato pessoal comigo para mais detalhes.
Meu endereço de e-mail está no topo de minha home page.
- [1] Da impossibilidade de a máquina alcançar o homem.
[2] O livre arbítrio é possível? Tudo é
determinado? [3] O curso é interessante pois demonstra a importância
da filosofia mesmo num assunto tão "matemático"
como o computador. RESP.: Minha concepção de mundo,
baseada em estudos e observações próprias, leva-me
a adotar a hipótese de trabalho de que o ser humano tem livre
arbítrio, como mostrei a vocês por meio do exercício
de concentração mental. Se somos capazes de determinar
nosso próximo pensamento, e nos concentrarmos nele, isso significa
que temos livre arbítrio. Essa é uma vivência que
cada um tem que fazer por si próprio, por isso eu dei o exercício.
Mas o livre arbítrio não está no pensamento: ele
é apenas um instrumento mental para vivenciarmos o primeiro.
O livre arbítrio, como o nome diz, está na vontade, no
querer: a ação de concentrar o pensamento e de decidir
o que se vai pensar.
- [1] Que sem a filosofia, não se pode entender/explicar bem
o que são as máquinas computacionais. [2] As quebras de
paradigmas e de conceitos... Ex.: O que é inteligência?
O que é pensamento? (Desconstrução de conceitos
aceitos como certos.) [3] No espiritismo, se diz que a regeneração
de algum membro obedeceria aos limites do "perespírito".
RESP.: Parece-me que a explicação de como funcionam
as máquinas digitais, do ponto de vista lógico, e não
do ponto de vista eletrônico, requer apenas um pensamento matemático,
mais precisamente lógico-simbólico, e não filosofia.
Sim, tento quebrar alguns paradigmas, principalmente os que levam pessoas
a acreditarem em certas explicações pseudo-científicas.
Quanto à inteligência, podemos caracterizá-la mostrando
como ela se revela. Por exemplo, a inteligência inter-pessoal
(cf. Howard Gardner) ou emocional (cf. Daniel Goleman) é a capacidade
de se relacionar socialmente, de resolver conflitos sociais, de liderar
grupos, de trabalhar em equipe, etc. Quanto mais uma pessoa tem essas
capacidades, mas socialmente inteligente ela é. Quanto ao pensamento,
caracterizei-o por meio de várias de suas ações,
como a reflexão sobre si mesmo (pensar sobre o pensar), associar
uma percepção sensorial a um conceito, associar conceitos
e, principalmente, a possibilidade de pensar com absoluta clareza, como
é o caso da matemática e da filosofia. Ao contrário,
os sentimentos e a vontade não são claros, a vontade muito
mais ainda que os sentimentos. Quanto ao espiritismo, estudei Kardec.
Não consegui compreender o que ele denomina de perespírito.
A ideia de que ele é uma matéria mais sutil não
faz sentido; ou é material ou não é. As plantas
têm perespírito? Elas têm vida, e isso já
mostra que há algo de não físico atuando nelas.
Em minha opinião, o espiritismo tem dois problemas principais:
a tentativa de trazer algo de não físico para o mundo
físico (pois eles são totalmente diferentes) e o mediunismo
(pois a observação não é consciente, é
forçada sobre o médium).
- [1] Iniciação à informática. [2] O ser
humano é muito mais do que matéria? [3] O início
do curso me causou sonolência, talvez pelo enfoque, depois tornou-se
dinâmico. RESP.: Na minha concepção de mundo,
o ser humano é muito mais do que a sua matéria. Aliás,
por detrás de qualquer coisa material existe uma essência
que não é material; entramos em contato com ela por meio
de nosso pensamento. Nesse sentido, não é lógico
visitar-se um falecido no cemitério: a sua essência não
está lá! Veja a seção Espiritualidade em
meu site. Quanto à sonolência, quem sabe você
está mais para filósofo do que matemático ou computata...
- [1] Há um arquétipo da vida. [3] Os seres vivos, em
especial o humano, devem ser contemplados, admirados. RESP.:
Sim, é preciso desenvolver uma admiração, uma veneração,
por todos os seres vivos, o que não faz sentido do ponto de vista
material. Como se pode amar uma matéria? Se houvesse admiração
e veneração pela natureza, não a estaríamos
destruindo.
- [1] As delimitações da máquina, e a certeza que
a máquina não será como um ser humano e vice-versa.
[2] Não ficaram dúvidas e sim reflexões. [3] Gostei
muito do exercícios de focalizar o pensamento.
- [1] O ser humano é extremamente complexo e perfeito. E as máquinas
nunca o superarão. [2] Podemos racionalmente concluir sobre a
existência do espírito como um ser sutil e invisível
que existe em cada um de nós? [3] Palestra extremamente estimulante.
Gostei muito. RESP.: Na concepção que adoto, o
ser humano tem vários membros que não são físicos,
responsáveis (1) pelas manifestações vitais (o
que as plantas também têm), (2) pela consciência
e sentimentos (que os animais também têm); (3) pela autoconsciência
e pensar consciente (que só o ser humano tem).
- [1] Que o ser humano não é uma máquina. [2] O
"modelo" da natureza. [3] Existe transcendência independentemente
do nome que se dê. RESP.: Chamei de "modelo"
para simplificar, e por podermos reconhecer formas em nosso corpo.
- [1] Não há livre arbítrio na matéria.
RESP. Sim, a matéria está inexoravelmente sujeita
às "leis" e condições físicas,
de modo que o livre arbítrio não pode advir dela. Com
a minha teoria das transições não deterministas,
pode-se compreender como algo não físico pode atuar fisicamente
sem violar as leis físicas (decidindo por uma dentre possíveis
transições fisicamente não deterministas).
- [1] Que o ser humano não é uma máquina. Esta
é a certeza que levo comigo. RESP.: Os nazistas trataram
seres humanos como animais. Pode-se ter dó dos animais, pois
eles têm dor como nós, e é por isso que existem
sociedades protetoras dos animais. Mas não faz sentido ter dó
de uma máquina. Tratando-se os seres humanos como máquinas,
o resultado será muito pior do que no nazismo.
- [1] Aprendi várias coisas MT, filosofia etc. [2] Como é
tratada ambiguidade? RESP.: Depende da ambiguidade. De certo
modo, ela tem algo a ver com não determinismo: uma frase ambígua
pode ser interpretada de duas ou mais maneiras diferentes.
- [1] Funcionamento da MT. [2] Didaticamente, qual a relação
entre a indecidibilidade de Turing e a incompletude de Gödel? [3]
Muito interessante e informativo. Grato. RESP.: O primeiro teorema
da incompletude de Gödel trata da impossibilidade de se provar
todos os teoremas de uma teoria matemática a partir de axiomas
enumeráveis. A indecibilidade do Turing mostra que existem problemas
matemáticos para os quais não se sabe se existe ou não
uma solução. São coisas diferentes.
- [1] Aprendi a meditar sobre as diferenças entre homem e computador,
de um outro ângulo. Minha formação e vida acadêmica
no Direito, me fez vê-lo como uma ciência que nos "esgota",
pois é sujeita ao erro humano, já que o Direito é
produzido por linguagem, que é feita por humanos. Já a
Biologia, a Física, a Química são ciências
que não mudam cada vez que mudam os homens, por que estudam as
leis naturais, que são imutáveis (Deus). Com a palestra
do professor, vi que as máquinas de processamento também
padecerão sempre dos mesmos problemas que o Direito, pois embora
sejam modelos matemáticos, são feitas pelo homem, portanto,
são também sujeitas às suas limitações,
imperfeições, e variações (diferentemente
dos seres vivos, que seguem as leis naturais - Deus). [2] Será
que há uma lei natural única que seja a regente de todas
as outras, ou seja, será que existe um modelo em que todas as
leis naturais interagem e coexistem? RESP.: Na verdade, as ciências
aplicadas mudam. A teoria da gravitação de Newton foi
suplantada pela de Einstein. Elas mudam, ou são aperfeiçoadas,
não com os seres humanos, mas com o conhecimento. Só para
complicar: existem dúvidas se há "leis" na natureza.
Quanto a Deus, jamais menciono essa entidade, pois virou mera abstração.
Acho muito mais importante e útil tratar do que o ser humano
tem de transcendental à matéria, pois isso pode ser vivenciado,
como por exemplo o pensamento. Leia meus artigos sobre espiritualidade
em meu site.
5. 23/5/19, para alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro
Universitário FIAM-FAAM, São Paulo, SP. dentro do projeto
Embaixadores da Matemática
do IME; info: prof. Ennio Possebon, ennio-semhifem-possebon@gmail.com
- [1] É extremamente interessante a forma como as máquinas
decodificam códigos. Aprendi a entender códigos binários,
informar se são ímpares ou pares, o que depende do último
número. Os computadores, diferentemente dos seres humanos não
pensam, apenas entendem e dicifram símbolos. [2] Nenhuma. [3]
Palestra incrível, cativante e muito bem estruturada. RESP.:
Atenção, os computadores não entendem absolutamente
nada. Somente seguem regras fixas. São máquinas sintáticas,
e não semânticas. Não existem máquinas semânticas,
com compreensão.
- [1] que o ser humano é genuino, graças a individualidade,
a forma única que toda pessoa tem de pensar, graças a
isso Alan Turing pensou de uma forma diferente de Leibniz, e dessa forma
surgiu a máquina de turing, e as futuras gerações
de máquina. [2] Como funciona o processo de funcionamento da
Maquina de Turing. [3] Uma palestra com muito aprendizado sábio,
importantes para evoluir, mostrando a importância da concentração
e foco mas também não esquecendo da saúde mental.
Referente a lógica da maquina de Turing, não consegui
entender completamente. RESP.: Se você não
compreendeu bem como funciona a Máquina de Turing, baixe a apresentação
e siga-a com cuidado.
- [1] Achei super interessante a palestra, o que o eu mais gostei foi
ouvir sobre a diferença entre a maquina de Turing e humanos,
mesmo sabendo a diferença foi super util saber. [2] A maior duvida
foi entender as transições porém com o tempo fui
conseguindo entender, mais é bem complicada. [3] Achei a palestra
super de boa, exemplos que deixaram fácil a compreensão
do que estava sendo dito, e a interação com os alunos
foi boa, principalmente na parte de relaxar, trouxe uma leveza e nos
deixou mais confortaveis. RESP.: Talvez você soubesse aquela
diferença intuitivamente. Eu expliquei racionalmente. O funcionamento
da Máquina de Turing é muito simples, dê uma estudada
na apresentação em ppt.
- [1] O que aprendi de mais importante foi como é feita a máquina
de Turim, como multiplico números binários por [2] [3]
Assunto interessante, diferente do que estamos acostumados. Bem interativo.
Me fez olhar por outro ângulo algumas coisas.
- [1] Como foi criada a maquina de Turing e que um computador nuca vai
poder substituir o humano. [2] Eu gostaria de saber por que o computador
trabalha apena com símbolos e não comando por escrito.
[3] Muito interessante, aprendi coisas que eu não sabia e me
fez pensar em coisas que eu nuca tinha parado para me questionar. RESP.:
O programador pode escrever seu programa em um papel. Quando insere
no computador, precisa digitá-lo em um teclado.
- [1] Maquina - objetivo e universal. Ser humano - subjetivo e individual.
[2] Simbolos e sistemas. [3] A aula foi muito produtiva, e nós
ofereceu bastante conhecimento e não deu a oportunidade de pensar
doq ouvimos dizer e oque a mídia diz sobre os robos e programas
de computador.
- [1] Aprendi muito sobre a maquina Turing, sua instrução,
ela grava, o cabeçote se desloca para esquerda e direita. Após
a "#" o cabeçote vai para a direita até a última
"#" gravando todos os números que aparecem (um de cada
vez), voltando após a última "# para identificar
se é par ou ímpar. Como multiplicar o binário por
[2] Somar dois números unários. Se o ser humano é
uma máquina. [2] A dúvida que realmente ficou foi como
Valdemar consegue ser tão inteligente e prender os alunos em
sua palestra (muito interessante. [3] Palestra incrível, onde
foi possível absorver muito conhecimento. RESP.: Eu uso
várias técnicas nas minhas palestras, a fim de interessar
os ouvintes, como por exemplo mostrar um genuíno entusiasmo pela
matéria, interagir com os ouvintes, não usar uma voz monótona,
olhar para os ouvintes e não para a tela ou quadro negro, verificar
se os ouvintes estão acompanhando etc. Qualquer professor pode
usar as mesmas técnicas.
- [1] Vulnerabilidade da matemática. [2] Nenhuma. [3] Excelente
didática e organização.
- [1] A palestra me fez refletir sobre a nossa existência e a
pensar um pouco mais sobre nossa individualidade e relação
com a tecnologia. [3] Adorei a palestra, muito dinâmica e o prof.
Valdemar trás exemplo do nosso cotidiano. Muito empenhado em
ensinar. Obrigada.
- [1] Como funciona a programação da maquina de turing.
[2] maquina de turing com múltiplas fitas. [3] Uma palestra muito
informativa, e interessante, com aprendizado muito sabio e lógico
que leva a considerações filosóficas essenciais.
RESP.: Uma Máquina de Turing com várias fitas precisa
ter um cabeçote por fita, e cada transição deve
especificar de que fita está tratando; é preciso estender
as 5-plas ordenadas das transições para conter mais um
símbolo especificando a fita. Mas o mais importante é
que essa e outras extensões não aumentam a potência
da MT, pois é possível demonstra que uma MT padrão
pode simular qualquer outra com alguma extensão.
- [1] Aprendi sobre a maquina de turing e mais sobre os computadores.
[2] Sobre como ela funciona direito, e por que não da para construí-la.
RESP.: Não dá para construir uma Máquina
de Turing pois a fita deve ser infinita.
- [1] A palestra foi bastante esclarecedora sobre a maquina de turing
e sua especificação e particularidades, com as várias
etapas foi possível ter outras perspectivas de seu funcionamento
e compreender seu contexto e impacto histórico. [2] O funcionamento
é de forma básica porém mesmo assim tende a ser
um tanto complexo de se compreender, foi uma dúvida inicial porém
com o passar da palestra esclarecida.
- [1] O computador não tem as mesmas capacidades de um ser humano.
Como funciona a maquina de TURING (M.T.). O ser Humano não é
uma máquina. [2] Qual o objetivo da palestra? [3] Acho que a
palestra não tem a ver com a matéria. RESP.: Atenção,
na minha concepção o ser humano não é uma
máquina, mas não posso provar isso. Usei o fato, por exemplo,
de sensações e sentimentos serem absolutamente subjetivos
e individuais, e as máquinas são objetivas e universais
(pelo menos em seu projeto e construção). Mas alguém
poderia contestar dizendo que não sabemos o que é fisicamente
ter sensações e sentimentos, e que um dia será
possível mostrar que é tudo físico e quantitativo.
- [1] Inteligência á algo amplo. [2] Nenhuma. [3] Palestra
muito bem articulada, descontraída e o mais importante, informações
sobre um assunto pouco discutido em meu círculo social.
- [1] Que aprender conhecer novos assuntos que não são
da "minha área" é sempre bom. E que as máquinas
não são "maiores" que os humanos. [2] Como realmente
funciona a máquina Turing. [3] Mesmo não entendendo muito
sobre o assunto da palestra, gostei muito do senhor, e gostaria muito
de ter aula com o senhor. Obrigada. RESP.: Reveja a apresentação
para compreender melhor a MT.
- [1] A "inteligência" humana é um conceito muito
profundo e relativo. Com isso, não podemos afirmar
que máquinas possuem as mesmas capacidades de nós seres
humanos, e que um dia iram nos substituir. Nós reagimos a estímulos
do meio no qual estamos inseridos, de acordo com nossas vivências
anteriores; já as máquinas por sua vez apenas manipulam
e reconhecem símbolos. [2] Tive um pouco de dificuldade em entender
o funcionamento da máquina de Turin com base nos diagramas apresentados.
[3] Gratidão por o senhor compartilhar seus conhecimentos conosco.
O senhor desmistifica muitos conceitos pré-estabelecidos e muitas
vezes usados de maneira incorreta. Mudou minha visão sobre muitos
assuntos. RESP.: O ser humano pode ser criativo; criar algo sem
que isso seja consequência de vivências anteriores ou de
percepção do meio ambiente. Para entender melhor o funcionamento
da MT, reveja a apresentação.
- [1] O que aprendi de mais importante foi em relação
a como é feita a máquina de Turin. [2] O que eu tive mais
dúvida foi na multiplicação de números binários.
[3] Achei muito interessante esse conhecimento passado para nós,
acredito que ele amplia nosso conhecimento de uma forma ampla e nos
faz enxergar as coisas de forma diferente. RESP.: Eu mostrei
a multiplicação de um número binário por
2, e não a multiplicação geral de 2 números
binários quaisquer, mas esta última é muito mais
simples do que a multiplicação de 2 números decimais.
- [1] O funcionamento de uma maquina de turing, e como "fazer"
o funcionamento de uma. Sobre os números também binários.
[2] Nenhuma. [3] Palestrante bem animado, com ótimo conteúdo
para explicação aos alunos, com um bom gingado para explicação.
- [1] Sobre a maquina de turing, como movimenta suas etapas, como numeros
binarios e outras formas, e que a inteligência artificial não
é superior a inteligência humano. Em questão ao
calculos, é mais rapido do que um humano, mas humano tem uma
inteligência mais ampla. [2] Simbolos de turing fiquei com algumas
duvidas. [3] Muito boa palestra, muito inteligente, acrescentou no meu
ensino. RESP.: reveja a apresentação.
- [1] A MT Ñ calcula, nem copia, manipula simbolos matemáticos.
Maquina é universal; tudo se resume à numeros. [2] Nenhuma.
[3] Boa abordagem do palestrante, forma verbal bem expressada, com alto
nível de entendimento. Forma bem humorada e descontraida. Boa
absorção do conteúdo. OBS: Maquina é algo
produzido pelo homem, planejado.
- [1] Que é muito importante a consentração e também
aprender novas linguas, para obter maior rendimento e rendimentos academicos
e na vida. [2] Gostaria de saber em qual momento vamos usar (a maquina
de turing) na na nossa carrera? Ou no nosso cotidiano? RESP.:
Foi seu professor que escolheu a palestra; eu tenho outra que, em minha
opinião, traria impulsos para sua carreira de arquiteta. Mas
a palestra não teve esse intenção, e sim transmitir
conhecimentos que acho fundamentais, como a diferença entre seres
humanos e computadores.
4. 18/9/18, no Instituto de Ciências Exatas da Universidade
Federal de Juiz de Fora, São Pedro, Juiz de Fora, MG. dentro do
projeto Embaixadores da Matemática
do IME; info: prof. Heder Soares Bernardino heder.arr ice.ufjf.br (as
avaliações a partir da 18ª inclusive, foram inseridas
em 26/11/18).
- [1] Além do conhecimento sobre Alan Turing e sua máquina,
as partes mais importantes para mim foram as reflexões existencialistas
sobre a natureza do próprio ser humano, ao confrontar as capacidades
do mesmo com as máquinas cada vez mais desenvolvidas atualmente.
Em resumo, eu aprendi que eu sou muito mais interessante e complexo
do que o meu celular. [2] A minha maior dúvida foi a existência
de um modelo metafísico que descreva todas as coisas e se, um
dia poderemos prová-lo. [3] Professor, eu poderia passar mais
algumas horas ouvindo e discutindo suas ideias, algumas fazem muito
sentido em particular. Adorei sua apresentação, o Sr.
é um professor incrível. RESP.: O modelo a que
me referi é mental, da natureza de nosso pensamento, por isso
podemos captá-lo com nosso pensar. Não é possível
provar fisicamente algo que transcende a matéria física,
que é metafísico. Mas pode-se achar evidências de
sua atuação, por exemplo na simetria das mãos e
das orelhas. O próprio pensar é, para mim, uma das evidências
mais fortes, pois tenho a vivência (e certamente todas as pessoas
podem ter a mesma vivência) de poder determinar o próximo
pensamento. Se ele fosse físico, isso não seria possível,
ele seria determinado pelo cérebro e não pelo meu "Eu".
- [1] O ser humano é uma "coisa" muito complexa e nós
não nos entendemos completamente para poder nos "transformar"
em códigos computacionais. [2] Se os computadores jamais simularão
o cérebro humano, as redes neurais, o "machine learning"
e todos os outros métodos que tentam simular o cérebro
humano estão fadados ao fracasso? Faço essa pergunta pois
penso em trabalhar nessa área. [3] A palestra foi ótima,
me senti bastante enriquecido. RESP.: O que os computadores fazem
é simular os resultados de certos tipos de pensamento, como por
exemplo fazer um cálculo aritmético. Aliás, a esse
respeito há uma "lei" de Setzer:
https://www.ime.usp.br/~vwsetzer/jokes/leis.html
"Um programa que simula algum comportamento humano demonstra uma
maneira como o ser humano não 'funciona'"
Eu conjeturei que o objetivo de fazer os computadores pensarem e sentirem
como os seres humanos está fadado ao insucesso. Mas isso não
significa que o computador não pode ultrapassar, até com
vantagem, a capacidade humana em determinados processos, como por exemplo
fazer cálculos aritméticos e escolhas lógicas.
(O ser humano toma decisões, o computador faz escolhas lógicas,
o que é bem diferente.) A maior parte dos acidentes de trânsito
são devidos a falhas humanas; se carros totalmente autônomos
causarem menos acidentes, eles terão ultrapassado a capacidade
humana de dirigir.
- [1] O funcionamento da máquina de Turing. [2] Se um dia, apesar
do que o Sr. falou, a máquina consiga ter a mesma Inteligência
que nós, humanos. [3] Um palestra muito boa, mas bem longa (minha
opinião). RESP.: Minha conjetura é que as máquinas
jamais terão a inteligência humana. Mas, como mostrei,
isso depende do que se entende por inteligência. Em meu artigo
sobre I.A.
https://www.ime.usp.br/~vwsetzer/IAtrad.html
eu caracterizei dois tipos de inteligência: a incorporada e a
criativa, e disse que máquinas, plantas, animais e até
a Terra têm inteligências incorporadas. Mas só os
seres humanos têm inteligência criativa. Essa jamais será
ultrapassada pelas máquinas.
- [1] Funcionamento da máquina de Turing. As besteiras que estão
sendo ditas sobre inteligência artificial. [2] Gostaria de saber
um pouco mais sobre essa máquina: por exemplo, qual a similaridade
com a máquina do filme "Jogo da Imitação".
[3] Gostei muito. Parabéns, professor. RESP.: Como eu
citei na palestra, a máquina do filme era a que decodificava
as mensagens da máquina Enigma dos nazistas, e que foi desenvolvida
por Turing e sua equipe. Não há nada em comum entre as
duas. Curiosamente, como eu citei, o "jogo da imitação",
usado por Turing para seu famoso teste sobre a capacidade dos computadores
imitarem os seres humanos, não tem nada a ver com a máquina
Enigma. O filme não trata do "jogo da imitação"
(teste de Turing); o nome do filme está errado.
- [1] O conceito da máquina de Turing e de que qualquer outro
problema matemático resolvível por um computador pode
ser estruturado como um algoritmo que resolva o problema na máquina
de Turing. [2] Minha dúvida é se de fato uma experiência
de um pensamento não pode ser sentida por outra pessoa, pois
é facilmente observado que o ser humano consegue, sim, ter a
experiência do que a outra pessoa pode estar sentindo naquele
momento (de forma reduzia), isso mostra que apesar dos pensamentos serem
individuais, as sensações podem, sim, serem compartilhadas
e vivenciadas por outros organismos. RESP.: Sim, uma pessoa pode
pensar em algo, transmiti-lo a outra e ela pensar exatamente a mesma
coisa, por exemplo algum ente ou dedução matemáticos.
Os pensamentos podem ser universais, não dependerem, da pessoa
que pensa. Isso não se passa com os sentimentos. Como eu citei,
se você comer um caqui, só você estará sentindo
o gosto do caqui, de sua maneira. Uma outra pessoa que comer o mesmo
caqui sentirá o gosto de sua maneira. Da próxima vez que
você encontrar um marciano recém chegado, supondo que em
Marte não há caquizeiros, experimente descrever a ele
como é um gosto de caqui: isso é impossível. Cada
pessoa tem que vivenciar esse e outros gostos por si própria.
Essas são sensações. O que se pode reconhecer em
outra pessoa não são suas sensações, mas
seus sentimentos. Por exemplo, imagine que o caqui esteja verde, cheio
de tanino. Se você o comer, fará uma careta, e outra pessoa
poderá garantir que você não gostou do caqui, mas
jamais poderá sentir o seu sentimento de repulsa pelo gosto do
caqui. Assim, pode-se por exemplo reconhecer que uma pessoa está
alegre ou triste, mas não se pode sentir a alegria ou a tristeza
dela. Por isso eu diss que sensações e sentimentos são
absolutamente subjetivos e individuais. Como os computadores são
objetivos e universais, como mostrei, minha conclusão é
que jamais terão as sensações e sentimentos humanos.
- [1] Como funciona de forma básica a máquina de Turing.
[2] De onde veio esse "modelo" a que você se refere?
A conjetura de que há processos não físicos baseada
na sua afirmação de que não sabemos o que é
matéria é realmente um argumento a ser considerado? Já
que o modo de pensar materialista nos levou até o estado em que
estamos hoje. A sua base para esse argumento (o pensamento etc.) passa
fortemente pela sua visão enviesada e, perdão, pela falta
de conhecimento biológico e a vontade de que sua ideia esteja
correta, e por isso pode estar errada. A discussão passa pela
filosofia fortemente, e muitas vezes devemos distinguir um "experimento
mental" da realidade. Um processo não físico, não
pode, por definição ser demonstrado. Talvez por isso fiquei
conhecendo suas ideias, ou melhor a primeira vez que conheço
ideia semelhante a essa, é com o Sr. e não por uma notícia
ou algo "escandaloso", em uma revista científica por
exemplo. Acho que é um argumento muito frágil, e apesar
de nãos ser impossível, não merece ser levado em
consideração, pelo menos no mesmo nível de teorias
já comprovadas. De onde veio esse modelo? Qual a alternativa
para ela [ilegível]? A resposta para essas perguntas baseada
em evidências amplamente aceitas seria interessante. [3] Ponto
de vista interessante. RESP.: O que eu disse é que um
materialista ou fisicalista é uma pessoa como que mora e trabalha
em um edifício em que não há o andar térreo.
Ela nega a existência qualquer coisa ou processo que não
seja físico, material, mas não sabe o que é matéria
(os físicos não sabem). Sim, minha concepção
de mundo é bem caracterizada, mas é conceitual e posso
descrevê-la sem usar sentimentos, como se passa com os que se
dizem religiosos. Sim, um processo que não é físico,
como por exemplo, na minha hipótese de trabalho (não é
crença!), os pensamentos e sentimentos, não podem ser
demonstrados fisicamente. Mas todos os vivenciamos! Isto é, todos
somos ocultistas, temos a certeza de que pensamentos e sentimentos existem
mas não podemos demonstrá-los fisicamente. Não
se tem a mínima ideia como é o processo físico
de termos a sensação do gosto de um caqui que comemos.
Isso me permite conjeturar que no processo há algo não
físico se passando. Sobre levar em consideração,
isso depende de cada um. Se uma pessoa se sentir tocada pelos meus argumentos
em prol da existência de processos não físicos,
deveria aprofundar-se nessa teoria. Uma atitude científica básica
é não ter preconceitos. Infelizmente a concepção
de mundo que adoto não é amplamente aceita, pois em geral
os intelectuais são materialistas e preconceituosos em relação
a qualquer coisa que não siga esse ponto de vista. Mas tenho
muitas evidências para mostrar que o mundo não é
só material. Cito apenas duas: a origem da matéria e da
energia físicas e os limites do universo. Ambos não fazem
sentido físico.
- [1] Funcionamento da M.T. Teste de Turing. [2] Um pouco parcial a
respeito de alguns assuntos e não explicou/embasou esta parcialidade.
Não falou sobre "o quarto chinês". RESP.:
Infelizmente tive que ser breve. Você poderia exemplificar algo
que eu devia ter embasado mais? Não tive tempo de abordar o "Quarto
Chinês" de John Searle, veja-o em
https://pt.wikipedia.org/wiki/Quarto_chin%C3%AAs
Só que Searle parte da "compreensão", mas não
diz o que é compreender. Eu caracterizo o que significa compreender.
Além disso, o teste de Searle é linguístico, e
não comportamental, como o Teste de Turing.
- [1] Sobre a definição formal de uma máquina
de Turing. [2] O Problema da Parada. Não entendi absolutamente
nada, me desculpe. RESP.: Reveja a apresentação,
e tente acompanhar o raciocínio calmamente. Ele é um pouco
sutil. Note que eu coloquei a demonstração gráfica
mas há também uma descrição em forma de
texto, que não usei na palestra, pois falei tudo aquilo.
- [1] Além dos conhecimentos sobre a máquina de Turing,
e as hipóteses advindas dessa, foi o conhecimento filosófico
contido na palestra. [2] Se deve existir um modelo não físico
que descreve e se impõe sobre as coisas como por exemplo o crescimento
simétrico das folhas, como esse modelo interagiria de forma não
física? RESP.: Eu tenho uma teoria que talvez resolva
esse problema milenar: se algo não é físico, como
pode interagir com o mundo físico? Ela usa transições
não deterministas, como descrevi na palestra, introduzindo-as
com a máquina de Turing. Veja o cap. 6 de
https://www.ime.usp.br/~vwsetzer/espiritualista.html
- [1] Aprendi sobre o funcionamento da Turing machine. [2] Se a gente
não sabe como se dá o processamento humano, como pode
afirmar que está certo ou errado a comparação com
máquinas? [3] Talvez seja uma boa ideia dar referências
nos slides para perder a tendência de cair no achismo. As afirmações
feitas nas outras áreas de conhecimento podem ser revistas pois
não estão corretas. RESP.: Justamente por não
se saber como funcionamos, não se pode dizer que uma máquina
processa algo como o fazemos. Os resultados podem ser os mesmos, por
exemplo em um cálculo aritmético, mas não se pode
dizer que a máquina seguiu todos os nossos processos.
- [1] Questões filosóficas sobre a própria vida,
ser humano etc., por ser capaz de pensar de uma maneira diferente. [2]
A maior dúvida que ficou foi: uma memória física
não pode ser ilimitada? Por que? RESP.: Para nós,
não existe o infinito. Se há uma implementação
física, ela tem que ser limitada. A propósito, as noções
matemáticas e físicas do infinito são interessantíssimas
e em geral contra-intuitivas. Posso dar uma palestra sobre isso (estou
bolando uma).
- [1] A "simplicidade" e "eficiência" de uma
máquina de Turing. [2] Sobre seu questionamento em relação
à paleontologia. [3] Não é porque, hoje, não
sabemos (a ciência) a explicar determinadas perguntas que não
tenham explicação (sobre simetria e outras "evidências")
ou seja, talvez apenas o "meio material" (físico) seja
o suficiente para explicar a razão das "evidências"
apresentadas pelo Sr. e só não toma o conhecimento suficiente
(ainda!). RESP.: Não lembro de ter abordado a paleontologia,
mas minha crítica é que a partir de seus ossos não
se pode inferir a vida de uma pessoa. Aliás, está havendo
uma grande controvérsia sobre a origem do homo sapiens, se ele
se misturou com outras espécies de homo ou não, de quando
e de onde é sua origem etc. A meu ver, um dos grandes problemas
é se achar que o ser humano sempre foi do mesmo jeito, sempre
sentia e pensava como nós etc. Por isso a interpretação
marxista da história é a mais chata possível: sempre
foi tudo luta de classes, até nas cavernas. Sobre a falta de
conhecimento "ainda", essa é uma desculpa padrão
dos cientistas: se não conhecemos hoje, algum dia conheceremos.
Tome nota: tenho uma conjetura de que jamais conheceremos o código
usado pelo cérebro, pois ele não existe. Outra: não
vai se achar evidência de vida inteligente fora da Terra, pois
ou ela não existe ou é incomunicável, e tenho um
raciocínio puramente lógico aristotélico para mostrar
isso.
- [1] Utilizar lógica de computação para analisar
problemas de biologia e outras áreas. Máquina de Turing
como arquétipo. As verdadeiras funções realizadas
por um computador, como usos errados de termos como "memória",
e "leitura". [2] Qual seria uma ideia para a teoria da evolução
(pré-DNA). Como seriam os processos não físicos,
e se poderiam ser estudados fora do campo teórico. RESP.:
Minha concepção para a origem da vida é que ela
não foi aleatória. Sim, os processos não físicos
podem ser estudados, e muitos deles o foram. Só que o método
que deve ser usado é uma extensão do método científico
usual. Já existe uma ampla teoria sobre aqueles processos. Eu
não a mencionei pois não quis fazer proselitismo. Quem
se interessar, pode escrever-me. Eu apenas quis mostrar que se pode
pensar de uma maneira conceitual que não é a usual. Quem
não se satisfaz com a maneira usual, que procure algo diferente.
Posso garantir que existe, mas para isso é preciso não
ter preconceitos.
- [1] Como a máquina de Turing funciona e sua importância.
[2] Se existem modelos não físicos agendo sobre o mundo
físico, é possível para o ser humano ser capaz
de "detectar" ou "manipular" esses modelos não
físicos, mesmo estando no mundo físico? RESP.:
Sim, pois temos processos que não são físicos dentro
de nós, como o pensar, o sentir e o querer.
- [1] O professor nos mostra uma outra maneira de interpretar os fenômenos
da vida, desconstruindo a ideologia materialista que a sociedade e a
ciência nos impõe. [2] Como reconstruir a ciência
com essa ideologia "mentalista" mostrada pelo professor. RESP.:
Ver respostas anteriores. Mas, atenção, eu não
quis desconstruir a ideologia materialista, pois isso é impossível:
não é possível mostrar fisicamente que há
algo não físico no universo. O que eu quis é mostrar
que existe a possibilidade de se estender toda a ideologia materialista,
sem negar nenhum fato científico - mas eventualmente pode-se
negar algum julgamento científico, como a teoria da evolução
neo-darwinista, que é uma mera teoria: ninguém observou
a evolução nas eras geológicas.
- [1] Sobre o fator transcendente e não materialista do ser humano.
[2] Como podemos definir "criatividade" e qual seria a extensão
dessa ideia aplicada às máquinas? A partir da conjectura
de que os computadores jamais pensarão e sentirão como
os humanos, então qual é o parâmetro básico
para definir pensamentos e emoções? Poderíamos
assumir que a subjetividade sensual e pensativa seguem "passos"
bem definidos em si, processos computáveis e distintos, mas que
seguem uma sequenciação coerente e ordenada? E assumindo
isso positivamente, é positivo achar um padrão que é
uma convergência de todos os outros padrões? RESP.:
Segundo o sociólogo do lazer, Domenico de Masi, criatividade
= fantasia + concretividade; fantasia é ter ideias novas, concretividade
é fazer algo de útil para si ou para o mundo. Pensamentos
e emoções não podem ser definidos. São vivências
interiores. No caso dos pensamentos, se são conceituais e universais
podem ser externalizados. Acho que na palestra eu mencionei uma teoria
minha: se você tomar qualquer processo interior de um ser vivo
(como por exemplo o crescimento de um ser vivo ou um movimento de um
braço) e for procurar a causa física dele, e a causa da
causa, e a causa da causa da causa etc., sempre chegará a um
beco sem saída: não há a convergência que
você citou.
- [1] A incoerência sobre a realidade de conceitos computacionais.
[2] Se um dia será possível compreender completamente
o funcionamento do universo e da vida. [3] Palestra interessante que
prende a atenção. RESP.: Na minha concepção
de mundo, jamais será possível compreender completamente
o funcionamento do universo considerando apenas processos físicos.
Aliás, o átomo é incompreensível! Em minha
concepção, no infinitamente pequeno e no infinitamente
grande a matéria física desaparece.
- [1] Aprendi de mais importante que todos os conhecimentos que a humanidade
adquiriu e acumulou durante sua existência são na verdade
uma parcela minúscula do que realmente é a escênsia
da natureza e do universo que nos cerca. [2] A maior dúvida é
de natureza metafísica, mas que não há respostas
para as perguntas, com relação à transcendência
humana e a razão para a existência do livre arbítrio
e do pensamento. [3] Ótimo tema para reflexão sobre o
que realmente somos e qual o objetivo da ciência moderna em todas
as suas áreas. RESP.: Em minha concepção
de mundo, uma das grandes missões da humanidade é o desenvolvimento
do livre arbítrio. É mesmo possível traçar
esse desenvolvimento ao longo da história. A pertir do livre
arbítrio, a missão seguinte é o desenvolvimento
do amor altruísta (que não é altruísta se
não for exercido livremente). A ciência moderna deu uma
contribuição filosófica muito importante: mostrou
que o ser humano pode ser objetivo e expressar seus pensamentos conceitualmente
de maneira clara, dirigida à compreensão e não
à fé ou aos sentimentos. Infelizmente, ela enveredou por
um caminho extremamente parcial. Deveria haver 3 ciências distintas:
a que lida com o que inorgânico, a que lida com os seres orgânicos
e a que lida com os seres humanos. Ocorre que ela está usando
apenas o primeiro enfoque, aplicando-o a tudo. Com isso, a ciência
tornou-se desumana.
- [1] Os conceitos envolvidos na maquina de Turing e os abusos de linguagem
envolvendo computação. [2] Como descrever o processo humano
sem questionar a existência de uma divindade. RESP.: Minha
preocupação com o antropomorfismo das nomenclaturas da
computação, como 'memória', 'processamento de informações'
e 'informática' (computadores e suas redes processam dados, e
não informações; a informação exige
compreensão por parte do receptor, e computadores não
têm com preensão (e conjeturo que jamais terão compreensão
verdadeira), 'inteligência artificial', 'aprendizado de máquina'
etc. Em minha opinião essas denominações erradas
(pois não sabemos o que é memória, inteligência,
aprender etc.) degradam o ser humano ao nível subnatural das
máquinas, e elevam as máquinas ao nível humano.
Não sou contra o uso delas, mas gostaria que as pessoas que as
usam tivessem consciência de que o computador não é
nada disso, e o ser humano é muito mais.
- [1] Aprendi que muitas questões filosóficas humanas
se misturam com muitos conceitos da computação e qual
o poder da computação para entende-las. [3] Achei interessante
pois contesta algumas teorias em alta atualmente e forneceu uma hipótese
nova a considerar, além disso as questões filosóficas
abordadas na palestra foram bastante interessante. RESP.: Cuidado.
Em minha concepção de mundo, jamais se entenderá
o ser humano tendo como ponto de partida o computador, como muitos cientistas
da assim chamada Inteligência Artificial queriam (é a chamada
"hard I.A.").
- [1] Alguns temas podem ser mais complexos do que parecem. [2] Como
se definiria algo não físico? [3] A explicação
sobre maquinas de Turing foi muito boa. Assista "Serial experiments
Lain", é parecido com a palestra. RESP.: Eu tenho
dificuldades de falar e escrever sobre temas que envolvem algo que não
é físico, pois teria que apresentar uma teoria muito extensa.
Estou ciente de que não se pode definir algo por exclusão.
No fundo, eu quis me referir ao fato de que, na minha concepção
de mundo, há processos e substâncias que não podem
ser reduzidos a processos e substâncias físicos. Por exemplo,
o que dá vida aos seres vivos não pode ser reduzido a
fenômenos físicos, é um membro que eles têm,
de uma 'substância' que não é física. Note
que a ciência não sabe o que é a vida! Assisti a
primeira pare do "Serial experiments". Tenho uma grande objeção
aos desenhos animados: todos eles são caricaturas da natureza
e dos seres humanos. Esse parece ser um desenho sobre o sobrenatural
mas, como acontece quase sempre, o sobrenatural é apresentado
de maneira material, o que é um engano muito grande.
- [1] A diferença entre humanos e computadores, além,
de falácias e ideias errôneas atuais na computação.
[2] Como pode algo tão desordenado como o ser humano funcionar?
RESP.: O ser humano não é desordenado. Se o fosse,
estaríamos constantemente doentes, pois germes não faltam
em todo lugar. Se ele fosse um ser puramente físico, aí
sim, seria totalmente desordenado. Não são as forças
físicas que estabelecem sua estrutura física. Se assim
fosse, os seres vivos seriam ou amorfos ou cristalinos, sujeitos apenas
a transformações devidas a fatores externos.
- [1] Questionamentos são sempre construtivos independente da
natureza deles. [2] Qual é a sua teoria evolutiva (pois disse
que a vigente não satisfaz totalmente). [3] Achei que em determinados
momentos você força que o ouvinte chegue a mesma conclusão
que você, e que vc utiliza do apela a ignorancia muitas vezes.
RESP.: Minha teoria da evolução é que nem
todas as mutações e nem todos os encontros levando a alguma
seleção são casuais. Eu tento não acreditar
em nada, e ter apenas hipóteses de trabalho, sempre sujeitas
a comprovação e a revisão. Uma das primeiras coisas
em que não acredito é justamente no acaso. Eu apelei para
a compreensão de vocês, e o faço em todas as palestras;
transmiti apenas conceitos (mas reconheço que muitas vezes coloco
entusiasmo em meu tom de voz). Com isso, tento preservar a liberdade
de quem está me ouvido.
- [1] O pensamento humano não pode ser reproduzir por computadores
(máquinas) por possuir componentes, características não
físicas, materiais. [2] As máquinas seriam capazes de
simular o pensamento humano de modo que não se consiga distinguir
de um funcionamento de uma máquina? [3] A palestra conseguiu
lidar com a matemática por trás da computação
e suas consequências filosóficas de forma clara e objetiva.
RESP.: Sim, as evidências são muitas e fortes para
se concluir que o pensamento não é um processo puramente
físico. Por exemplo, se o fosse, não poderíamos
concentrá-lo; não conseguiríamos nem mesmo efetuar
uma soma armada. Não me parece que as máquinas serão
capazes de simular o pensamento humano de modo que elas se tornem indistinguíveis
deles, de um ponto de vista comportamental linguístico. Isto
é, acho que jamais as máquinas passarão realmente
o teste de Turing, se quem fizer o teste tiver uma boa inteligência
e cultura. Por exemplo, todos os sistemas de I.A., como por exemplo
os de 'deep learning' são especializados em pouquíssimas
funções. O ser humano é um generalista.
- [1] Aprendi como funciona a Máquina de Turing e afirmei, através
dela, que a forma como eu penso é semelhante em relação
aos computadores e inteligência artificial. [2] As minhas dúvidas
foram solucionadas durante a palestra. [3] A palestra é muito
interessante e informativa. Vejo que as ideias que há em relação
à IA estão sendo passadas à população
estão incorretas, mas vi na palestra os fundamentos para comprovar
isto. RESP.: Não, a maneira como você pensa não
é semelhante à maneira como os computadores processam
dados. Para começar, não se sabe como o ser humano pensa.
- [1] Aprendi que nossa compreensão do universo é sempre
limitada, porque sempre haverá algo que a gente não sabe.
E nos comentários finais percebi que não devo ter a mente
"presa" em nada. [2] A maior dúvida que ficou é
quando definir uma aproximação boa o suficiente do que
eu sei pra fazer algo. Porque analiticamente é "fácil",
mas e pro resto? [3] Eu me interesso por essa área de "IA"
e o que eu tenho ideia de pesquisa acaba entrando em filosofia, por
isso as minhas perguntas foram meio "peculiares". RESP.:
Cuidado, é o método científico atual que produz
limitações no conhecimento, como já foi exposto
por Kant. Mas ele não imaginava que poderia existir outros métodos
mais amplos, sem limitações. Note que você tem a
intuição de que algo que sabe está correto. Se
duvidássemos de tudo o que percebemos e pensamos, seríamos
esquizofrênicos, pelo menos esquizoides.
3. 9/5/18, na Semana de Eventos IDEAR da Universidade São Judas,
campus UNIMONTE, Santos, SP, dentro do projeto Embaixadores
da Matemática do IME; info: Debora Agraz Cutino Nogueira debora.nogueira.arro.ba
unimonte.br
- [1] O funcionamento do acionamento de uma máquina. [2] Não
entendi como o professor fez a soma dos números binários
e depois elevou ao quadrado. [3] Adorei a palestra, professor bem interativo,
tira bastante dúvida, aponta os erros e corrige, bem comunicativo
e objetivo. RESP.: Cuidado, vimos a essência das máquinas
digitais, e não de todas as máquinas. Vimos um como seria
o algoritmo de uma soma de números unários, e não
binários. Não houve exemplo de elevar ao quadrado.
- [1] A diferença entre o pensamento humano e o funcionamento
das maquinas. [2] O problema da parada. [3] Gostei muito da abordagem
filosófica. RESP.: Cuidado, conhecemos perfeitamente o
funcionamento lógico das máquinas digitais, não
conhecemos o funcionamento do pensamento. Veja a apresentação
em ppt e estude o problema da parada, usando a representação
gráfica e a textual que vem logo em seguida.
- [1] Dispositivo teórico elaborado por Alan Turing tem uma fita
e cada celula contem alfabeto finito. Um cabeçote, registrador
de estados e uma tabela de ação. [2] Duvida pessoal foi
como um matematico chegou a elaborar a maquina/raciocínio Como
provou que a matematica não consiste em resolução
de todos os problemas. [3] Conteudo coplexo porem passado de forma simples
e unica que torna não tão complexo de entender. Didatica
muito boa. RESP.: Cuidado, cada célula da fita de entrada
ou saída contém apenas um símbolo de um alfabeto,
que é sempre um conjunto finito. O que você chamou de "ação"
é o conjunto de transições que, de fato, como você
diz, pode ser representado como uma tabela. O que Turing provou é
que existe problemas matematicamente bem definidos para os quais não
se sabe se têm solução ou não.
- [1] Que os computadores são limitados a aquilo que nós
o ensinamos pois mais magnifico que possa parecer, tudo é apenas
uma programação ordenada. [2] Em alguma fase da vida podemos
ser comparados a um M.T, levando em contas que também aprendemos
até nos tornamos um ser individual. RESP.: Cuidado, não
"ensinamos" um computador; fornecemos dados e ele calcula
parâmetros e armazena dados e resultados. Se fazemos cálculos
e manipulamos símbolos, podemos ser comparados, do ponto de vista
do resultado, a uma M.T. ou a um computador. Aliás, os computadores
ganham de longe... Mas temos ações mentais que não
podem ser simuladas por um computador - por exemplo, gostar de algo,
pois o sentimentos são absolutamente subjetivos e individuais,
como mostrei.
- [1] Máquina de Turing. É uma máquina abstrata
matemática. Turing fez um teste para definir a inteligência
artificial. As máquinas não leem, reconhecem símbolos.
Como a MT funciona. Seus (os) Estados. Diagrama de Estados. A única
coisa que ela faz é escolher uma transição baseada
no símbolo de entrada. Um máquina discreta. É o
arquétipo de todas as máquinas digitais. Com a MT, Turing
provou que nem todos os problemas matemáticos podem ser resolvidos.
Turing foi essencial na derrota contra a Alemanha na 2ª Guerra
Mundial. Quebra o código da Máquina alemã. [3]
Professor, gostei muito de sua explicação sobre o por
que somos livres, caso pudesse me mandar em suas palavras via e-mail
ficaria grata! (quero mandar para minha antiga professora de filosofia).
Obrigada pela oportunidade de uma palestra maravilhosa dessas que o
senhor teve o prazer de nos proporcionar. RESP.: Parabéns
por ter anotado tantos tópicos abordados! Não expliquei
como somos livres, ninguém pode provar isso. Fiz vocês
terem a vivência do livre arbítrio no exercício
mental de rodar o antebraço na horizontal. Quem sabe vou escrever
a você pessoalmente sobre minhas evidências para se vivenciar
individualmente o livre arbítrio.
- [1] Que a complexidade do raciocinio humano não pode ser exemplificada
racionalmente por uma máquina, mas sim apresentada matematica
utilizando quaisquer algoritmo finito. [2] Até onde a máquina
é capaz de processar, ou melhor, seria capaz de simular uma personalidade
humana e tomadas de decisões lógicas complexas como o
ser humano? [3] O grafeno poderia contribuir para um melhor desenvolvimento
de inteligências artificiais mais rápidas e menores? RESP.:
Não se sabe como o ser humano toma decisões, portanto
isso não pode ser introduzido em uma máquina. Pode-se
simular nela uma tomada de decisão, mas terá que ser reduzida
a uma escolha lógica. O grafeno permite construir condutores
com certas vantagens (poder ser enrolado, por exemplo). No máximo,
aumentará a velocidade os computadores.
- [1] Pensamos, logo somos. [2] Com cheguei ao final da palestra, não
há espaço suficiente para as dúvidas. [3] Assunto
fascinante! Vou pesquisar no site. Parabéns. RESP.: Em
minha concepção de mundo e do ser humano, pensamos portanto
não somos seres puramente físicos.
- [1] Aprendi o funcionamento básico das maquinas, e gostei principalmente
de como o professor desenvolveu ideias filosóficas de inteligência
e liberdade. [2] Dúvida referente ao que foi passado, eu não
tive, só tenho que procurar aprimorar o conhecimento obtido.
[3] Ótima forma de ensinar, me deu uma nova concepção/um
novo jeito de olhar as coisas "simples". É genial a
forma como o professor demonstra que o ensino é materialista
e que nós temos que enxergar o mundo por outros ângulos.
RESP.: Cuidado, vimos o funcionamento básico das máquinas
digitais. Deve-se ter abertura a falta de preconceito para examinar
qualquer concepção de mundo; essa é uma atitude
científica. O ensino normalmente induz o materialismo; é
preciso um esforço para se entrar em contato com concepções
racionais não materialistas.
- [1] O que mais achei interessante para meu aprendizado foi que a computação
das operações de leitura, iscrita e exclusão de
símbolos binarios poderiam ser satisfeitas por uma maquina que
continha uma fita de comprimento ilimitado. [2] Qual a logica que Turing
teve para ter essa ideia. [3] Uma palestra muito interessante, absorvi
novos conhecimentos!!! RESP.: qualquer processamento simbólico
discreto pode ser feito por uma M.T. Acho que o Turing estava à
frente de seu tempo; naquela época não se pensava tanto
em máquinas, muito menos digitais.
- [1] Que o computador não calcula, ele combina símbolos
e que todo problema matemático tem solução. [2]
Não entendi como se multiplica um número binário
por [2] [3] Achei interessante saber que Não há máquina
digital abstrata mais potente do que a máquina de turing. RESP.:
Eu mostrei como o Turing provou que nem todo problema matemático
tem solução (era a conjetura de Hilbert): não se
pode construir uma M.T. universal que examina qualquer M.T. e prova
que ela para ou não para quaisquer dados de entrada (Problema
da Parada).
2. 9/3/18, palestra na disciplina MAC-0119 "Introdução
à Programação" para alunos do Instituto de Ciências
Biomédicas (ICB) da USP, no Instituto de Matemática e Estatística,
Cidade Universitária, São Paulo; info: prof. Roberto Marcondes
Cesar Junior rmcesar at#arroba usp.br
- [1] Aprendi que, ao contrário da crença popular, os
computadores modernos jamais alcançarão a complexidade
da mente humana (ao menos até ser definida a concepção
de mente e inteligência). Honestamente, imaginei que sairia da
sua palestra mais fascinada por matemática do que quando entrei
(o que não está errado, sua palestra realmente me deixou
impressionada sobre a Máquina de Turing e com altas expectativas
para as aulas de programação), mas ainda eu redescobri
meu fascínio pelo corpo humano e os mistérios que ele
abriga, o que me trouxe inicialmente para o curso de biomedicina. [2]
Por enquanto não tive tempo de digerir todas as informações,
mas tenho certeza que assim que absorvê-las as dúvidas
surgirão aos baldes. [3] Sua aula excedeu em níveis absurdos
todas as expectativas que eu tinha sobre a primeira aula de programação.
Fico profundamente agradecida ao senhor. RESP.: Em minha concepção
de mundo, jamais teremos uma definição de mente e inteligência,
elas não são definíveis. Só podemos vivenciar
e caracterizar os seus efeitos.
- [1] Aprendi que a inteligência é algo além do
que compreendemos o raciocínio lógico e
que máquinas são somente ferramentas que identificam códigos
que damos a elas. [2] A maior dúvida que ficou foi o que difere
os seres humanos das máquinas. O que nos torna não puramente
físicos? [3] A teoria sobre Máquina de Turing foi maravilhosa,
mas o incentivo ao pensamento sobre nossa essência, o que difere
nós de máquinas e como sabemos pouco sobre a natureza
foi maravilhosamente engrandecedora. Obrigada! RESP.: As máquinas
digitais interpretam códigos. No caso da MT, a "máquina"
interpreta os símbolos de entrada e saída de uma trasição
(ou quíntupla ordenada), bem como o "movimento" do
cabeçote efetivando-o, e produz a mudança de estado pois
interpreta o nome do estado seguinte ao atual, e torna-o o novo atual.
É importante compreender que um computador não executa
um programa (a extensão .exe do Windows está errada!);
ele interpreta o código do programa, e executa cada instrução
dele em seus circuitos, que poderiam ser programas, usando circuitos
mais básicos! Por exemplo, uma soma poderia ser feita por instruções
de um programa, em lugar de ser feita por meio de circuitos eletrônicos.
- [1] O mais importante que aprendi seria a compreensão do ser
humano como um ser diferente de um sistema maquinário. Entender
que o funcionamento do computador não depende da máquina,
mas sim do homem é importante para a visão de mundo. [2]
A maior dúvida seria como os espaços nas Máquinas
de Turing são programados previamente. [3] A aula foi muito boa
e importante tanto no conhecimento para programação quanto
para a vida. O que eu recomendaria acrescentar seria um ensino da leitura
de binários. RESP.: Tentei mostrar algumas evidências
que me levam a uma concepção de mundo permitindo admitir,
por hipótese de trabalho, que o ser humano transcende a natureza
física. Tenho muitas outras evidências. Mas não
é só o ser humano, também o resto da natureza e
mesmo o universo. Em termos deste último, só como exemplo,
obviamente a origem da matéria e da energia não pode ser
física, e os limites do universo não fazem sentido. Quanto
aos "espaços" da MT, quem sabe você está
se referindo ao programa do Controle Finito, que representei como diagrama
de estados. Na aula, dei um exemplo completo (deduzir se um número
binário é par ou ímpar). Programar uma MT pode
ser considerado com desenhar o seu diagrama de estados. A importância
para a vida é o reconhecimento de que é possível
admitir que o ser humano não é somente físico,
baseado em evidências - eu usei o pensar, o sentir e as formas
de seres vivos, como por exemplo o fato de que no crescimento mantemos
as mãos com muita simetria.
- [1] A compreensão sobre como a Máquina de Turing funciona,
e os princípios dos pensamentos lógicos na programação.
Além disso, as limitações dos sistemas. [2] No
"Problema da Parada" o primeiro exemplo em que T1
é gerado por T3, ocorre o mesmo problema de parada
que no exemplo em que T3 gera o próprio T3?
Como resolver o problema da parada? [3] Foi muito construtivo tudo o
que foi dito na palestra, inclusive as dicas, e as hipóteses
que nos fazem pensar e questionar o que somos ao redor dos conceitos
de limitações das máquinas em relação
ao que somos essencialmente. RESP.: No Problema da Parada, no
primeiro exemplo não ocorre o segundo problema ao qual você
se referiu. No primeiro caso, não há contradição.
Tente estudar calmamente o Problema da Parada usando minha apresentação.
Introdizi uma mudança em um slide mostrando como seria o caso
de duas MTs usando uma só fica, de modo que T3 pode
ativar T[2]
- [1] Inteligência social é essencial. [2] Como sai da
Máquina de Turing para computadores modernos. [3] O professor
precisa atualizar seus conhecimentos biológicos para o final
da palestra. RESP.: Atenção, não existe
só inteligência lógico-matemática e social.
Existem inteligências intrapessoal (p. ex. conhecer os próprios
limites), musical, espacial, cinestésica etc. Quanto aos computadores
(não só os modernos, mas desde os primeiros!), uma das
diferenças básicas é que tanto os programas (o
diagrama de estados na MT) como os dados que eles processam estão
gravados na "memória", sendo normalmente indistinguíveis.
Pergunte ao prof. Roberto como o computador distingue dados de instruções.
Em respeito aos meus conhecimento biológicos, realmente são
parcos. Mas a esse respeito eu disse algo que não é verdade?
- [1] Aprendi que o ser humano e os computadores são muito diferentes
apesar da ciência atual tentar aproximá-los e sobrepô-los,
até, em alguns casos, tenta colocar a máquina como superior
aos seres humanos. No entanto, a máquina não possui sentimentos
ou sensações próximas, nem mesmo consegue chegar
a uma resposta sem ter sido programada anteriormente, ou possui livre
arbítrio. [2] Não entendi muito bem como ocorre a transcrição
na fita da Máquina de Turing. RESP.: Em várias
funções, as máquinas são superiores aos
seres humano, como tratores, aviões e computadores no que concerne
velocidade e menos falhas em cálculos e manipulação
de símbolos. Computadores também não têm
compreensão. De fato, um programa é um conjunto de regras
que o computador interpreta para executar alguma manipulação
simbólica. Nesse sentido, computadores são máquinas
puramente sintáticas. Nós temos semântica, compreensão.
Na minha concepção, no pensamento podemos não seguir
regra alguma, isto é, temos livre arbítrio. Por exemplo,
podemos nos impor nosso próximo pensamento e concentrarmo-nos
nele.
- [1] Aprendi que uma máquina nem sempre é mais inteligente
que o ser humano, por que existem diversos tipos de inteligência.
[2] Tive dúvida na Teoria da Indecisão. [3] Professor
muito simpático, adorei o fato de ele falar alemão por
que é uma língua fantástica. Adorei o termo "besteirol".
RESP.: Um computador pode executar melhor tarefas às quais
associamos inteligência, como por exemplo fazer contas. No meu
artigo www.ime.usp.br/~vwsetzer/IAtrad.html
eu caracterizei "inteligência incorporada", que todas
as máquinas e seres vivos têm, e "inteligência
criativa", que só o ser humano tem. Quanto ao Problema da
Decisão de Hilbert, ele tratava de algo relativamente simples
de ser exposto: "Qualquer problema matemático bem formulado
tem solução". Mostrei que, com o Problema da Parada,
Turing mostrou que isso não era verdade, isto é, há
problemas matemáticos indecidíveis.
- [1] Aprendi que deve ser possuir senso crítico e se manter
firme nas propostas, de forma coerente, mesmo que contra o senso comum.
[2] Nenhuma. [3] Palestra muito interessante, informativa, mas um pouco
desfocada da proposta em certos momentos. RESP.: Sim, eu tenho
toneladas de coisas para contar, e aproveito as palestras para abordar
rapidinho umas e outras fora do assunto em pauta.
- [1] Eu aprendi a construir um diagrama para transitar de um estado
para outro por meio de comandos baseados nas quíntuplas ordenadas,
além de aprender sobre o que os computadores podem ou não
fazer e o que os distinguem dos seres humanos. [2] A maior dúvida
que ficou foi como somar dois números unários. [3] A aula
foi muito proveitosa pois permitiu a interdisciplinaridade com diferentes
assuntos, bem como uma ampla interação entre aluno e docente.
RESP.: Experimente fazer algumas somas unárias. Por exemplo,
101 (5) + 110 (6). Talvez sua dificuldade esteja na representação
binária. 110 = 0x1 + 1x2
+ 1x4. Cada posição corresponde
a uma potência de 2, da direita para a esquerda 1, 2, 4, 8, 16
etc.
- [1] O processo de "ler" e "gravar" dígitos
ocorre em 5 passos (quíntupla ordenada). A Máquina de
Turing realiza apenas um tipo de instrução (a quíntupla
ordenada). [2] Como um computador entende uma instrução
simples e muda seu estado? Ocorre um processo físico e mudança
física para isso ocorrer? [3] Sendo que não conhecemos
como funciona processos como inteligência geral, sensações
e percepções subjetivas, que talvez são apenas
um efeito colateral do grande número de neurônios e conexões
cerebrais, não há como afirmar
que um computador é incapaz
de sentir e de possuir
uma consciência, ou que nunca terá livre arbítrio.
Nosso conhecimento sobre consciência é simplesmente muito
limitado. RESP.: Como já respondi acima, o correto é
dizer que a MT interpreta as quíntuplas ordenadas. Um
computador não entende nada; simplesmente interpreta as instruções
que estão em "linguagem de máquina", gravadas
na "memória" central, junto com os dados que elas têm
que processar. Sim, isso é feito por meio de circuitos eletrônicos,
que produzem mudanças físicas, ao contrário da
MT que é puramente abstrata, mental. Quanto a nossas ações
subjetivas, justamente por serem subjetivas e individuais conjeturo
que jamais serão feitas por máquinas, que são objetivas
e universais. Isso não depende do conhecimento que ser tem. Quanto
à consciência, ela é considerada na ciência
um problema hard, difícil. Minha conjetura é que
com o método científico atual jamais vai se compreender
o que ela é, como também não vai se compreender
o que é vida, memória, sono, sonho, pensar, sentir e querer,
pois pela minha concepção de mundo a origem deles não
é física.
- [1] Aprendi os mecanismos lógicos da Máquina de Turing,
o que possibilitou compreender superficialmente as relações
destes com os processos básicos dos computadores atuais. [2]
Como ocorre a colocação de uma Máquina de Turing
como um símbolo de entrada de outra? [3] Gostei de como o professor
instiga o pensamento crítico e nossa expressão individual
como ser pensante. RESP.: Mudei um slide de minha apresentação,
mostrando como duas MTs podem usar a mesma fita. Mas a quíntupla
ordenada deve ser estendida com mais um símbolo indicando que
a outra MT (ou melhor o outro controle finito) deve ser ativada, assumindo
o controle, passando a executar seu programa. Eu coloquei dois cabeçotes
de leitura, mas agora ocorre-me que poderia haver apenas um, simplificando
o processo.
- [1] O ser humano PODE ser composto de algo imaterial. [2] O que é
esse algo imaterial? [3] Aula boa, professor único! RESP.:
Veja meu texto www.ime.usp.br/~vwsetzer/const[1]htm
- [1] Que eu não sei de praticamente NADA. [2] A maior dúvida
foi a MT Universal. Teve também o Problema da Parada. [3] Gostei
do entusiasmo e ter sido solícito. RESP.: Você certamente
sabe uma infinidade de coisas. Mas à medida que estiver sempre
procurando aprender (quem para de aprender começa a se comportar
como um animal), você saberá cada vez mais coisas! Estude
o Problema da Parada na apresentação em ppt.
- [1] Aprendi que há muitas diferenças entre o homem e
a máquina, e que não é apenas o físico que
conta. Além disso, a lógica das máquinas não
serão sempre superior à dos adultos. [2] As somas, multiplicações,
operações em geral da MT. [3] A palestra é interessante
mas muito longa. A intersecção entre máquina e
humanidade foi fundamental para ativar a atenção, principalmente
de quem "não é de exatas". RESP.: Lógica
dos computadores: depende. Em termos de fazer cálculos e manipular
símbolos, os computadores são muito superiores aos seres
humanos. Se não me engano, 90% dos desastres de trânsito
são devidos a falhas humanas. Carros autônomos, controlados
por computadores, certamente diminuirão essa porcentagem drasticamente.
- [1] Sobre funcionamento de computadores (informações
gerais), sobre fita, cabeçote, transformação de
números binários em decimais, entre outros. [2] Sobre
como utilizar marcas em símbolos para fazer soma. RESP.:
Em uma MT, uma marca colocada na fita serve, entre outras funções,
para indicar que já se passou por aquela célula; foi assim
nos exemplos dados.
- [1] Como funciona a Máquina de Turing. [2] Como localizar a
sequência partindo de um ponto qualquer. [3] Achei interessante
ver como uma ferramenta desenvolvida a tanto tempo ainda continua eficaz.
RESP.: Os dados de entrada podem ser localizados varrendo-se
cada vez mais uma célula da fita para a esquerda e em seguida
para a direita. Para saber quais já foram varridas, pode-se usar
um símbolo diferente de branco e de todos os símbolos
dos dados, que funciona como uma marca.
- [1] Aprendi que máquinas não pensam, apenas executam
funções programadas. [2] Como funcionam os números
binários? (Ex: soma, multiplicação, etc.) [3] Adorei
a aula, deu uma ótima introdução de como pensar
como um programador e como entender o modo que as máquina trabalham.
RESP.: O tipo de pensamento é o mesmo: é preciso
usar exclusivamente os elementos simbólicos fornecidos pela máquina
ou pela linguagem de programação, e como combiná-los.
O pensamento fica "engessado" em um espaço puramente
abstrato. Por isso é muito importante compensar com o que produz
um pensamento flexível: atividades sociais e artísticas,
onde o espaço é mal definido. Cuidado, estamos falando
de máquinas digitais.
- [1] Independente da programação uma máquina jamais
terá sentimentos ou sensações, além de que
o uso de "memória" na tecnologia é totalmente
errônea, pois diminui a dimensão do ser humano. Ademais,
Turing provou que a conjectura de Hilbert estava errada, os chamados
Problemas Indecidíveis através da Máquina de Turing.
[2] Por que uma M.T. não pode se autodefinir (se para ou não
para), para isso precisaria de outra máquina (T2)
porém, ela não existe [dificil de ler], pois se a máquina
é definida como "para" ela retorna, em um ciclo. [3]
A aula foi ótima, com uma didática muito desenvolvida.
O professor é muito atencioso. RESP.: Não é
só a denominação "memória" para
o que deveria se chamar "unidade central de armazenamento";
a computação é eivada de denominações
indevidas, como o computador "ler" ("read" em linguagens
de programação, o correto deveria ser "input",
"escrever" ("write", correto seria "output"),
"inteligência artificial" e uma das mais mais terríveis,
a atual "machine learning" (máquinas não aprendem,
calculam e armazenam parâmetros; não se sabe como e porque
o ser humano aprende). Note que a T2 é geral, além
de gravar o seu controle finito (as transições, estados
inicial e final na fita comum a T3)ela pode fazer outras
operações quaisquer; se a T2 analisasse a sua
própria descrição, seria algo que valeria apenas
para a T[2] O importante é não existir uma
MT universal que receba a descrição de qualquer
MT e determine se ela para para quaisquer dados de entrada.
- [1] A importância da Máquina de Turing e suas semelhanças
com os computadores atuais. [2] Como a Máquina de Turing refutou
o "Problema da decisão" de David Hilbert. [3] A aula
tinha tudo para ser chatíssima, mas o carisma do professor não
deixou que isso acontecesse. RESP.: Bem , na verdade quem refutou
foi o Turing, usando sua máquina abstrata...
- [1] O computador é uma máquina que possui em sua essência
um nível de abstração impressionante. [2] Até
que ponto um problema matemático pode ser reduzido, em sua forma
mais abstrata. [3] Palestra bastante interessante que tornaria-se ainda
melhor com mais curiosidades da história da computação.
RESP.: Para ser processado por um computador, qualquer problema,
matemático ou não, deve ser expresso em símbolos
quantificados. Como "mundo real" não é composto
por esses símbolos (por exemplo, uma árvore), o que o
computador vai processar vai ser um modelo aproximado daquele mundo.
- [1] O funcionamento base da programação e que computadores
não são capazes de pensar/decidir, apenas seguir parâmetros
pré-definidos. [2] O funcionamento exato de uma Máquina
de Turing Universal como exatamente ela simula uma outra MT. [3] Gosto
dos pequenos comentários sobre outros assuntos, que são
feitos durante a aula, para que a mente não se canse/sature rapidamente
do conteúdo exposto. RESP.: Como expliquei, uma Máquina
de Turing pode simular outra se na fita da primeira inserir-se como
texto as quíntuplas ordenadas do controle finito da segunda,
e seus dados de entrada. Por isso as MTs são máquinas
universais; pode-se programar uma para simular qualquer outra.
- [1] Como funciona uma máquina de Turing e sua importância.
[2] O modo de pensar para se construir a máquina de Turing ainda
é usado em programas atuais? [3] Aula deveria ser mais direta,
sem digressões. RESP.: Fundamentalmente sim, mas os programas
atuais são escritos em linguagens de programação
elevando o nível de abstração. Por exemplo, uma
dessas linguagens poderia ter uma função que ordenaria
uma lista de números ou palavras. Não seria mais necessário
pensar em todos os passos para ordenar uma tal lista, é só
pensar em escrever no programa a ativação daquela função
fornecendo a lista.
- [1] A utilidade da numeração binária e a facilidade
que ela traz a computação. Além disso, como uma
máquina de apenas um "comando", a quíntupla
ordenada, pode realizar inúmeros resultados. [2] Os comandos
exatos da MT, como movimentar e substituir células na fita. Problema
da parada (loop infinito). [3] O domínio do conteúdo
que o professor V.Setzer possui é incrível. Até
para leigos como eu um assunto complicado pareceu no mínimo encantador.
A mescla de filosofia na aula otimizou o processo. RESP.: Não
são inúmeros. Pena Tese de Church-Turing, que não
pode ser provada, pode-se programar uma MT para calcular qualquer função
matemática expressa algoritmicamente. Treine programar MTs e
você compreenderá o seu funcionamento (movimentação
teórica da fita, substituição dos símbolos
dela etc.). Estude o capítulo do Problema da Parada da apresentação
em ppt. Retorne por e-mails se ainda tiver dúvida
- [1] A importância da noção de que a máquina
não é superior ao ser humano. [2] Teorema da decisão
discutido por Turing. RESP.: Não foi um teorema, foi uma
conjetura, uma tese que se revelou falsa, e que é chamada de
Problema da Decisão, isto é, é possível
decidir matematicamente se qualquer problema matemático bem definido
tem solução.
- [1] O funcionamento de uma máquina de Turing, a base do funcionamento
lógico dos computadores.
- [1] A importância das ciências exatas para nossa reflexão
e como funciona a máquina de Turing. RESP.: As ciências
deram um impulso muito importante para a humanidade: [1] Fazer experimentações
objetivas. [2] Expressar os experimentos e os resultados conceitualmente,
dirigindo-se para a compreensão, isto é, usar pensamentos
claros. [3] Exposição do método empregado, a fim
de que qualquer pessoa possa repeti-lo, desde que se desenvolva mentalmente;
no caso da ciência atual, tenha ainda os instrumentos para montar
as experiências.
- [1] De mais importante, aprendi sobre o funcionamento da Máquina
de Turing, bem como correlações entre ela e elementos
do cotidiano. As reflexões sobre inteligência humana, "inteligência
artificial", pensamento, sentimento e livre arbítrio também
foram enriquecedoras. [2] Não compreendi bem as aplicações
diretas da Máquina de Turing. Ao meu ver tudo parece muito abstrato
e torna-se difícil visualizar seu funcionamento, bem como o sentido
de sua existência. Uma máquina imaginária me parece
inútil, embora eu saiba que isto não é verdade.
[3] A palestra poderia ser mais curta, pois no fim ficou difícil
manter a atenção. Além disso, as aplicações
práticas poderiam ser melhor exploradas. RESP.: Como a
MT é abstrata, as suas aplicações são teóricas,
incluindo as filosóficas como procurei mostrar. Mas ela ajuda
a compreender certos conceitos, como o de não-determinismo, objeto
do nosso último capítulo da palestra. O mais importante
é se compreender qual é a essência dos computadores
e de conceitos de linguagem de programação, como o de
execução cíclica (loop).
- [1] O mais importante aprendido foi que o computador e outros aparelhos
tecnológicos reconhecem e manipulam dados, mas não os
leem. [2] A maior dúvida se deu na linguagem dos números
binários, tendo como sugestão para as demais palestras
envolvendo esse tema, explica-la previamente. RESP.: Sim, basicamente
somente o ser humano lê, pois na leitura ele é capaz de
associar um bocado de tinta preta sobre papel branco com conceitos,
por exemplo reconhecendo uma palavra e a compreendendo, isto é,
chegando ao seu conceito (que, obviamente, não está na
tinta...).
- [1] A exatidão e simplicidade da MT que antagoniza justamente
com a profundidade, incerteza da condição humana. [2]
Como se dá a "leitura", processamento de dados de uma
MT por outra. [3] Ótima palestra/aula, professor dotado de grande
receptividade! RESP.: Isso me faz lembrar a minha "lei":
"Desconfie de qualquer explicação simplista da natureza."
Ver ela, comentário e exemplos, bem como várias outras
"leis" em
https://www.ime.usp.br/~vwsetzer/jokes/leis.html
Tanto a "leitura" de um símbolo (ou melhor, "reconhecimento")
da fita quanto o processamento são teóricos, abstratos.
Faça o exercício que talvez compreenderá melhor.
- [1] A distinção entre computadores e humanos, com relação
ao modo de agir. [2] Exercícios de programação.
[3] Aula muito interessante que abrange desde aspectos "conteudistas"
até aspectos filosóficos.
- [1] Hoje aprendi que não há inteligência artificial.
[2] Aqueles exercícios de programação. [3] Achei
interessante a desconstrução de alguns conceitos. RESP.:
Uma máquina pode simular alguma ação que necessita
de inteligência, como jogar bem xadrez. Mas isso não significa
que a maquina é mais inteligente que um ser humano. A propósito,
uma pessoa pode ser intelectualmente insignificante e ter uma enorme
inteligência social, resolvendo conflitos, confortando pessoas
etc. Esqueci de desconstruir a imagem errada que provavelmente todos
vocês fazem de um átomo. Não é um sistema
planetário (modelo mecânico clássico de 1909 de
Rutherford, que vocês devem ter aprendido na escola como verdade):
o elétron não é uma bolinha e não gira em
torno do núcleo (senão, do ponto de vista clássico,
irradiaria energia e iria fazer uma espiral caindo no núcleo).
Não se sabe o que é um elétron; há modelos
matemáticos para o seu funcionamento, mas eles são incompreensíveis.
- [1] Uma visão bastante conceituada sobre o não-materialismo.
[2] Qual a opinião dos cientistas sobre essa visão não-materialista?
Qual seriam os seus argumentos? RESP.: A quase totalidade dos
cientistas são materialistas. Argumentos de quem, meus ou dos
materialistas? Os meus são baseados em minhas vivências
(por exemplo, como eu mostrei, o livre arbítrio no pensamento)
e em uma teoria muito abrangente e coerente envolvendo elementos e processos
não físicos. Uma grande parte dos materialistas são
preconceituosos, e não querem conhecer outros pontos de vista.
Isso é compreensível, pois associam o que é transcendente
com as religiões, e estas não se dirigem à compreensão,
e sim aos sentimentos, o que não mais satisfaz uma pessoa com
uma certa cultura.
- [1] Eu aprendi a importância de emuladores para o resgate de
ferramentas anteriores, o funcionamento da máquina de Turing
e sua utilidade.
- [1] A mudança de estado redundante, que permite percorrer uma
fita com um número indeterminado de 1 e 0's. RESP.: Não
é redundante, pois não se repetem os estados no controle
finito; o que é repetido é a máquina passar por
eles ciclicamente (loop). A sua solução para o
problema geométrico de traçar uma paralela por um ponto
dado não funciona...
- [1] Números binários e máquina de Turing. [2]
Como escrever programas para a máquina de Turing. [3] Exemplos
comparando a máquina de Turing e seus programas com a linguagem
que usaremos no curso seria muito bom.
- [1] O processo de funcionamento da máquina de Turing e algumas
de suas possibilidades, determinações e indeterminações.
[2] A dificuldade de entender alguns dos processos da MT, como os exercícios
sem marcadores de entrada e fim, e a prova por absurdo da impossibilidade
de uma máquina de Turing definir outra como cíclica ou
não. [3] A dinâmica e interação da aula/palestra
fazem com que o assunto se torne mais interativo do que parece num 1º
momento. No entanto, acredito que algumas partes foram passadas depressa
demais (como a prova por absurdo), dificultando a compreensão.
No geral, a aula introdutória foi excelente! RESP.: Você
quis referir-se a determinismos e indeterminismos. O princípio
de detecção de onde estão os dados em uma fita
baseia-se no fato de se poder examinar uma célula a mais de cada
vez, á direita e à esquerda, sempre substituindo o branco
por uma marca qualquer, indicando que aquela célula já
foi examinada. Procure estudar os slides do capítulo sobre
o Problema da Parada, para ver ser compreende a prova por absurdo. Quanto
ao "depressa demais", infelizmente o tempo era curto, e as
perguntas atrasaram o andamento da palestra (mas foram excelentes!).
- [1] Aprendi que não necessariamente algo que me ensinam é
uma verdade absoluta, mesmo aqui na USP. [2] Como as "inteligências
artificiais" se baseiam na M.T. RESP.: Quem sabe algo sobre
I.A. vai ser coberto no curso.
- [1] Um computador ou objetos baseados na Máquina de Turin têm
em sua essência a manipulação de símbolos,
nada mais do que isso. [2] Sendo a fita infinita, o comando final não
deveria ser um estado final s com a instrução (s, b, b,
D, s) [estou interpretando a figura desenhada], para assim o cabeçote
continuar percorrendo a fita até encontrar uma nova #? [3] Sensacional.
RESP.: E se não houver novo delimitador #? Como eu expus,
a parada se dá se em um estado não houver uma transição
com o símbolo da célula atual da fita, ou se se atingir
um estado final.
- [1] O processo do raciocínio para operar e entender a máquina
de Turing. [2] Se o ser humano não sabe o que é a consciência,
como é possível determinar ou não se uma máquina
poderia chegar ao mesmo grau de sentiência humana? [3] Legal a
sua palestra, prof.! Acho que abrir um pouco mais a discussão
sobre "inteligência artificial" seria bem interessante.
Se o que é a consciência ainda não foi determinado,
por que pode-se dizer se ela é imaterial e não somente
um elaborado código binário? RESP.: Estou à
disposição para discutirmos essa questão da I.A.
e de outros assuntos; quem sabe mais para o fim da disciplina seria
o ideal, mas se quiserem conversar comigo é só marcarmos.
A consciência é um problema muito difícil; baseio-me
numa teoria muito abrangente e coerente, com aplicações
práticas de sucesso. Aborde algo do qual temos uma vivência
mais clara, como o pensamento. Se você tem a experiência
de determinar seu próximo pensamento, como fiz vocês vivenciarem
com a experiência de imaginar o antebraço movendo-se na
horizontal, então pode haver livre arbítrio no pensamento
(na verdade, na decisão de imaginar o movimento, isto é,
na vontade ou querer), então necessariamente tem que concluir
que há algo não físico envolvido no querer e no
pensar, pois se o pensamento fosse gerado fisicamente, por exemplo pelo
cérebro, você não conseguiria determina-lo e concentrar-se
nele; pensamentos ficariam pipocando aleatoriamente - como acontece
quando você não pensa no que está pensado, isto
é, tem consciência do que está pensando - e aí
voltamos à consciência...
1. 25/10/17, palestra na disciplina MAP-2003 "Panoramas da Matemática"
do IME-USP, oferecida para alunos de toda a USP e como atividade da Semana
USP de Ciência e Tecnologia 2017, no Instituto de Matemática
e Estatística, Cidade Universitária, São Paulo; info:
prof. Eduardo Colli colli.eduardo sinal_at gmail.com
- [1] O modo de funcionamento geral da Máquina de Turing, mas
gosto também das outras considerações (filosóficas
etc.). [2] O nome do remédio (caranguejo? Coitado) para pedra
nos rins. [3] A palestra me lembrou de uma citação que
vi (não era atribuída a ninguém, não sei
o autor): "Vivemos em uma época em que devemos provar às
máquinas que não somos máquinas." (A respeito
de Captchas). Achei muito interessante a hipótese de que
o ser humano não é meramente físico, a parte sobre
a planta gostaria de estudar a matemática voltada para
a natureza, que é uma coisa fundamental mas às vezes não
vemos. Aceito sugestões de livros/material. RESP: O nome
do medicamento é Renodoron (nome fantasia), da Weleda. Sobre
matemática aplicada à natureza, venha uma vez assistir
minha palestra "A sequência e a espiral de Fibonacci, a razão
e a espiral áureas e suas ocorrências na natureza".
Sobre livro, recomendo de György Doczi O poder dos limites:
Harmonias e proporções na natureza, arte e arquitetura.
São Paulo: Publicações Mercuryo Novo Tempo, [2]01[2]
Sobre o ser humano não ser meramente físico, leia artigos
em meu site na seção "Espiritualidade, bem
como o artigo "IA
- Inteligência Artificial ou Imbecilidade Automática? As
máquinas podem pensar e sentir?"
- [1] Aprendi muito sobre a Máquina de Turing e como esta funciona,
mas acho que o mais importante é lembrar e entender que as máquinas
nunca se aproximarão dos humanos. [2] A maior dúvida foi
sobre a impossibilidade de haver uma Máquina de Turing que analise
outra. [3] Achei todos os comentários e informações
maravilhosos! RESP: a impossibilidade é de provar de uma
Máquina de Turing provar que outra pare para qualquer dado de
entrada (esse é o Problema da Parada).
- [1] Que existe uma diferença entre o pensamento humano e um
possível pensamento de uma máquina. [2] O que é
pensamento? RESP: Fantástica pergunta! Pena que você
não a fez durante a aula. Posso dar várias características
do pensamento. Por exemplo, o fato de se poder pensar sobre o pensar;
é a única atividade no universo cuja ação
(pensar) pode ser idêntico ao objeto da ação (o
pensar). Com o pensar, podemos associar uma percepção
sensorial a um conceito, e associar um conceito a outro. Pelo pensar,
podemos vivenciar o nosso livre arbítrio que, aliás, não
está no pensar, mas na decisão do que pensar. Isto é,
podemos ser livres no querer.
- [1] Aprendi sobre a Máquina de Turing muito bem, como seus
limites e aplicações. A ideia é muito boa e traz
muitas discussões, inclusive filosóficas, e são
muito interessantes. Porém, alguns tópicos que dariam
uma bela discussão são passados muito rapidamente e muitas
vezes opiniões são dadas como fatos. Apesar de ressaltos
do professor, a ideia fica como verdade. RESP: Sempre tive o
cuidado de chamar as opiniões filosóficas de hipóteses
ou conjeturas.
- [1] A Máquina de Turing fornece os elementos de lógica
e algoritmos que permitem compreender a base para o funcionamento dos
computadores. Ela também pode abrir as perspectivas para que
se tente compreender o funcionamento da mente humana, embora após
algumas reflexões, percebe-se que o cérebro humano parece,
em vários aspectos ser mais complexo e difícil de compreender.
[2] O ser humano é uma máquina? Esse é um questionamento
lançado na palestra que para mim, ficou como uma dúvida
interessante. [3] Nenhum comentário a ser feito! RESP:
Mostrei o que para mim são várias evidências de
que o ser humano não é uma máquina, isto é,
um ser puramente físico. Por exemplo, a liberdade que temos no
pensamento (na verdade, na decisão do que pensar, isto é,
na vontade), as extraordinárias simetrias apesar de crescimentos
independentes (por exemplo, das mãos e das asas das borboletas),
os sentimentos individuais subjetivos etc.
- [1] Que devo buscar desenvolver inteligência emocional, me despertou
curiosidade essa abordagem do que é "estar sendo educado"
ou "formado" e me interessei pelo livro Inteligência
Emocional. [2] Como uma máquina pode ser universal? [3] Gostei
muito da palestra e das abordagens diferentes sobre o assunto. Muito
obrigado! RESP: Uma máquina digital é universal
pois pode simular o funcionamento lógico que qualquer outra máquina
digital. Uma máquina analógica, como uma geladeira, é
universal pois o projeto e a construção são os
mesmos para quaisques delas de mesmo modelo e tipo.
- [1] O mais importante foi saber que a Máquina de Turing consegue
executar qualquer algoritmo a partir de uma só instrução.
[2] De onde o professor tira tanta convicção de suas conjecturas?
[3] Interessante a grande gama de assuntos tratados. RESP: Minha
convicção provém da concepção de
mundo que adoto, que é extremamente abrangente, coerente e com
aplicações práticas, sem contradizer nenhum fato
científico.
- [1] Acho que o mais importante nessa aula foi entender como funciona
a Máquina de Turing. Também gostei bastante de saber algumas
curiosidades, como o papel de Turing na guerra. [2] Ficaram algumas
dúvidas após a discussão dos exercícios,
mas isso pode ter acontecido por não ter muito contato com a
área de exatas. [3] Gostei da segunda parte da aula, quando foram
abordadas a Inteligência Emocional e a Singularidade. O professor
tem uma didática boa, e fica claro que tem muito conhecimento
sobre o assunto. RESP: sobre os exercícios, baixe a apresentação,
estude o exemplo da Máquina de Turing dada, e tente resolver
os exercícios.
- [1] Aprendi sobre o funcionamento de uma Máquina de Turing
e sua aplicação histórica. Essencialmente, uma
Máquina de Turing manipula apenas símbolos. [2] A maior
dúvida continua sendo: será que as máquinas são
inteligentes? Será que elas desenvolverão autonomia de
decisões (Singularidade)? [3] A palestra foi muito interessante,
tinha bastante curiosidade pelo tema, e gostei bastante da contextualização
histórica e dos questionamentos acerca do homem x máquina.
RESP: mostrei que as máquinas serem ou não inteligentes
depende da noção de inteligência. Se jogar bem xadrez
é ser inteligente, então as máquinas podem ser
inteligentes. Mas se se abranger toda a gama de inteligência humana,
minha conjectura é que jamais as máquinas serão
inteligentes. Leia meu artigo
IA - Inteligência Artificial ou Imbecilidade Automática?
As máquinas podem pensar e sentir?
- Os computadores são máquinas autônomas. Eles não
tomam decisões no sentido humano, fazem escolhas lógicas
pré-programadas ou baseadas em parâmetros calculados a
partir dos dados de entrada.
- [1] Gostei muito das reflexões sobre pensamento e tipos diferentes
de inteligência e das conjecturas sobre o que uma máquina
pode ou não fazer. [2] Assim como o computador funciona limitadamente,
seguindo uma série de regras, será que o pensamento ou
sensações humanas são limitados, porém,
por nosso corpo e órgãos e estruturas físico-químicas?
O pensamento do ser humano seria igual a outras espécies ou essas
outras espécies também não são puramente
físicas? [3] Foi uma excelente palestra que certamente me fez
pensar além da matemática, mas também sobre psicologia
e ética. RESP: Na minha conjetura, baseada em várias
evidências, o pensamento e as sensações não
são físicos. O pensamento é limitado apenas quando
pensa sobre aspectos físicos, isto é, quando ele é
mecânico, como já dizia Kant. Mas é possível
pensar de maneira não física. Por exemplo, sonhar acordado
(day dreams), ou a intuição, ou quando se tem uma
ideia que não é uma combinação de ideias
anteriores.
- [1] Novas possibilidades de refletir sobre conceitos de inteligência
e sobre relações e comparações entre cérebro
e máquina. [2] Como podemos estudar/entender aquilo que não
é físico? [3] Precisamos de professores preparados para
lidar com a inteligência emocional e preparar os alunos nesse
sentido. RESP: é só estudar o que foi transmitido
pelos grandes iniciados, como por exemplo Rudolf Steiner, que em minha
opinião foi o maior deles. Ele dirigiu-se à compreensão
moderna e não aos sentimentos, como em geral fazem todas as correntes
ligadas às religiões.
- [1] Ter conhecimento tanto da Máquina de Turing quanto das
implicações éticas e filosóficas do desenvolvimento
dos computadores. [2] Pela falta de contato com matemática, foi
relativamente difícil para mim acompanhar os exercícios
da Máquina de Turing. [3] Acho que as implicações
históricas, filosóficas e éticas foram importantes
e interessantes como uma ótica interdisciplinar. RESP:
baixe a apresentação, reveja o exemplo que dei da Máquina
de Turing e tente resolver os exercícios.
- [1] Percebi que os conceitos da Máquina de Turing são
bem atuais, Turing conseguiu prever a computação atual
à décadas atrás. Aprendi que muitos problemas atuais,
podem ser resolvidos com a Máquina de Turing. A teoria da computação
é incrível, e sinto irá revelar muitas soluções
para os problemas contemporâneos e do futuro. [2] Minha dúvida
é, a Máquina de Turing pode ser semelhante a autômatos
finitos (determinísticos ou não)? [3] Parabéns
prof. Valdemar pela palestra! RESP: Autômatos de Estados
Finitos têm uma cabeça apenas de leitura, e a fita move-se
somente num sentido, para cada símbolo "lido". Eles
são os autômatos mais limitados. A Máquina de Turing
não têm limites em termos de manipulação
simbólica.
- [1] Que computadores são burros. [2] Sequência de números
binários e também unários. [3] Um professor com
ótima didática, carisma e conhecimento inspira os alunos
a buscarem por respostas importantes de problemas complexos.
- [1] O que e uma Máquina de Turing e como ela funciona, além
de muitas outras coisas. [2] Como tal conhecimento poderia ajudar minha
carreira? [3] Apresentação excelente, continue assim.
RESP: Talvez conhecendo a essência dos computadores, você
poderá usá-los colocando-os em seu devido lugar - por
exemplo, não relegando a eles decisões sociais.
- [1] O funcionamento da Máquina de Turing além das conjecturas
interessantíssimas do professor Setzer. [2] Nenhuma dúvida.
[3] Não me ocorre nenhum comentário. Apenas que a hipótese
espiritualista parece muito razoável em relação
à visão materialista. RESP: desde que a espiritualidade
seja baseada em compreensão e não em sentimentos.
- [1] Aprendi como a Máquina de Turing resolve alguns problemas,
com números unários, por exemplo. [2] Não entendi
muito bem o problema da parada. [3] Gostei bastante dos assuntos que
"fugiram" do tema e que tinham um aspecto filosófico.
RESP: baixe a apresentação e tente seguir a explicação
em forma de texto, acompanhando a representação gráfica
que usei.
- [1] A importância de Turing na história da humanidade,
além dos exercícios de concentração. [2]
Não houve dúvida. [3] Parabéns pela palestra.
- [1] O mais importante para mim foi a constatação pessoal
do professor que as máquinas nunca ultrapassaram a "capacidade"
do ser humano. E também sobre a inteligência emocional
e ensino. [2] A minha maior dúvida foi entender direito o diagrama
de estados da Máquina de Turing, pois cheguei no meio dessa parte
da palestra. [3] Achei bem interessante a ideia de livre arbítrio
de pensamento. RESP: Baixe a apresentação e siga-a
desde o começo. RESP: Baixe a apresentação
e siga os slides sobre a Máquina de Turing. Se alguém
admite que podemos ter liberdade em nosso pensamento, não pode
ser um materialista. Da matéria não pode advir liberdade,
pois ele é inexoravelmente sujeita às leis e condições
físicas.
- [1] Máquina de Turing. Diferenças importantes homem-máquina.
[2] Qual será o próximo passo na busca pelo computador
ideal? [3] Palestra extraordinária com temas que avançam
em todas as áreas da ciência e retoma a necessidade de
discussões filosóficas importantes. RESP: Acho
que Máquina de Turing mostra que o computador, qualquer que seja
sua forma, sempre será uma máquina de manipular símbolos.
Mas manipulando símbolos você não constrói
um ser vivo. RESP: Até hoje os computadores sempre seguiram
o modelo de von Neumann, com as instruções ocupando o
mesmo espaço que os dados (na unidade central de armazenamento).
Estão havendo tentativas de mudar esse paradigma. Um, antigo,
é usar "memórias" associativas.
- [1] O "funcionamento" da Máquina de Turing. [2]
Foi quanto ao "jogo da imitação". Queria entender
melhor este teste proposto por Turing. [3] Gostei muito da parte filosófica
da palestra. RESP: Veja, por exemplo,
- https://en.wikipedia.org/wiki/Turing_test
- [1] O que ficou de mais importante foram as reflexões filosóficas
humano x máquina. [3] Adorei como você coloca reflexões
totalmente pertinentes à nossa época no meio da palestra.
RESP: se todos os professores em todas as suas aulas colocassem
um pouquinho de filosofia, de história e de fatos da atualidade,
as aulas seriam muito mais interessantes.
- [1] O funcionamento da Máquina de Turing, e as definições
de o que pode ser calculado e o que não pode. [2] Que tipos de
perguntas podem ser usadas num Teste de Turing? [3] Gostei do paralelo
feito com o pensamento humano, e também os comentários
sobre os limites das definições físicas e como
nem tudo pode ser explicado com elas. RESP: o teste de Turing
é um teste linguístico-comportamental. Quaisquer perguntas
em forma de texto podem ser feitas no teste.
- [1] Por que as máquinas são universais e por que não
têm sensações. [2] Não entendi muito bem
como funciona o Problema da Parada, e também não entendi
o resultado da questão 4 dos exercícios (tópico
5). [3] A palestra foi muito boa, não entendi muito bem algumas
coisas, pois não sou da área da matemática e nem
da área computacional. RESP: sobre o Problema da Parada,
baixe a apresentação e estude o texto do problema, acompanhando
com os gráficos seguintes, que usei na aula. Acho que a questão
4 foi a de repetir os problemas anteriores sem os delimitadores dos
dados de entrada e a cabeça da máquina poder começar
em qualquer lugar da fita. O truque é examinar uma célula
de entrada, colocar um marca (p.ex. um x) se ela contiver um branco,
aí desviar para a esquerda, colocar um x se houver um branco,
desviar para a direita todas as células com x até achar
um branco, colocando nele um x etc. até que apareça algo
que não é um branco.
- [1] O que aprendi de mais importante na aula foi sobre a importância
de Alan Turing nos avanços da tecnologia e sobre suas descobertas.
[2] A maior dúvida que ficou foi sobre a soma de números
unários. RESP: o truque essencial é examinar um
1 e colocar nele uma marca, por exemplo um x. Aí desviar para
o # à direita e substituí-lo por um 1, colocar um # na
célula à direta, e voltar para o primeiro x à esquerda,
desviar para a próxima célula à direita etc.
- [1] Como funciona a Máquina de Turing e as reflexões
sobre pensamento e máquina x ser humano. [2] A Máquina
de Turing pode resolver/ser programada para solucionar problemas mais
complexos? Pela Tese de Church-Turing, ela pode processar qualquer algoritmo.
- [1] Máquinas de Turing são máquinas abstratas.
[3] Modelos mentais trouxeram uma reflexão interessante.
- [1] Que as máquinas nunca vão chegar ao nível
dos humanos. [2] Não entendi como funciona o Teste de Turing.
[3] Tirando as partes mais teóricas, achei muito difícil,
como alguém de fora do IME, entendeu o que estava acontecendo.
RESP: Veja uma resposta a uma das dúvidas acima.
- [1] Máquina de Turing manipula símbolos matematicamente.
Tese de Church-Turing. Teste de Turing. Humano e Máquina de Turing.
[2] Parte do início, as "transformações"
dos estados. [3] Gostei a palestra, mas preciso mais tempo para entender
todos os tópicos. RESP: Não existem transformações
de estados, e sim transições entre estados. Estudo os
slides da Máquina de Turing da minha apresentação.
- [1] A capacidade dos computadores e suas limitações,
por exemplo, quando se trata de emoções e sentimentos.
[2] A minha maior dúvida ficou em saber como a Máquina
de Turing é. Faltou alguma imagem para nada disso ser tão
abstrato em nossa mente. [3] A apresentação de slides
é boa mas falta imagem para termos uma ideia menos abstrata do
que estamos falando. RESP: Eu achei que tinha introduzido a Máquina
de Turing de uma maneira bem pouco abstrata, graficamente... Veja com
calma os slides da apresentação.
- [1] Conceito de Máquina de Turing, é famoso, mas nunca
tinha ouvido uma abordagem mais aprofundada. [2] A parte de que a Máquina
de Turing é capaz de fazer várias operações.
[3] Eu gostei das discussões sobre inteligência artificial,
sobre singularidade, esse tipo de reflexão é interessante.
RESP: Ela é capaz de executar qualquer algoritmo.
- [1] Aprendi mais sobre o funcionamento dos computadores e da Máquina
de Turing. Gostei bastante da reflexão sobre capacidades e sentimentos
das máquinas em relação aos seres humanos. [2]
Não é exatamente uma dúvida, mas achei difícil
imaginar a Máquina de Turing considerando que ela é abstrata.
[3] Talvez uma atividade prática (como na aula sobre algoritmos)
ajudasse a visualizar melhor o funcionamento da Máquina de Turing.
Achei muito interessante o exemplo do jogo de xadrez. RESP: Estude
os slides da apresentação, quem sabe aí ficará
tudo mais claro.
- [1] Gostei muito de aprender como funciona a Máquina de Turing
matematicamente, já que, após ver o filme "Imitation
game" me interessei muito pelo protagonista e sua inteligência
ao tratar dos números. [2] Creio que entendi o conteúdo
da palestra, de maneira satisfatória. [3] Eu sugeriria ao prof.
Setzer um estudo mais aprofundado das teorias das ciências sociais.
Creio que o esforço de um professor da área de exatas
em dissertar acerca do pensamento social é muito válido,
porém certas assertivas são extremamente problematizáveis
do ponto de vista do estudo das ideias, ou seja, dos conceitos das ciências
sociais. RESP: Estou à disposição para você
me contar o que acha que não sei sobre sociedade. Certamente
não conheço várias teorias sociais, mas não
achava que elas me faziam falta - e tenho as minhas próprias.
- [1] Aprendi que as máquinas nunca terão sentimentos,
pois isso não pode ser inserido no código delas, sendo
algo exclusivo dos seres vivos. [2] Fiquei com um pouco de dúvida
na aplicação do Código Binário. [3] Um pouco
mais de dinamicidade/interatividade à exposição
seria benvinda. Achei muito interessante os diversos temas tratados
em sala de aula, passando por vários tópicos. RESP:
Estude algo a respeito do sistema de numeração binário.
- [1] O funcionamento da Máquina de Turing, tão importante
para o início da computação. [2] Não fiquei
com dúvidas, o funcionamento da máquina foi muito bem
ilustrado e exemplificado e também ficou mais fácil de
entender o paralelo que o professor fez entre máquinas e mentes
humanas.
- [1] Devido às diferentes faces do que chamamos de inteligência,
supõe-se que a "inteligência artificial" não
suplantará a humana, ou seja, não haverá a singularidade.
[2] Ainda me restou a dúvida se o livre arbítrio seria
realmente liberdade ou ilusão. [3] Seria interessante mais exercícios
como o de concentração que foi feito. RESP: Em
meu entender, qualquer pessoa pode vivenciar o fato de poder ter livre
arbítrio no pensamento - é só decidir qual será
o próximo pensamento. Por exemplo, quando você se concentra
em fazer à mão uma soma armada, está escolhendo
os próximos pensamentos.
- [1] O que é a Máquina de Turing, e como ela funciona.
[2] O problema da decisão. RESP: O problema da decisão
era se todo problema matemático bem formulado tem solução
ou é indecidível. Estude a apresentação
da palestra, especialmente o capítulo sobre o Problema da Parada.
- [1] Aprendi que com uma única operação posso
"replicar" outras, até mais complexas. [2] Na questão
de inteligência artificial, quando você diz que uma máquina
é capaz de sentir, o que separa os sentimentos humanos (que são,
de certa forma, respostas a estímulos externos) de decisões
que algoritmos possam tomar como resposta a estímulos? [3] Não
faça os alunos comerem banana. RESP: Não é
uma única instrução, é um único tipo
de instrução.
- [1] O funcionamento da Máquina de Turing. [2] O modelo não
determinístico da Máquina de Turing, por não usar
energia. RESP: Toda a Máquina de Turing não usa
energia, pois é abstrata, mental. O que eu disse que não
usava energia era uma escolha que um ser vivo faz de uma entre várias
transições de estado não deterministas.
- [1] Como se prova a indecibilidade de problemas pelo uso de máquinas.
[2] Algumas conjecturas pareceram mais um "achismo" sem evidências
formais. [3] Acredito que poderia abordar mais aplicações
da 2ª Guerra. RESP: Qualquer ser vivo não é
formal.
- [2] Não entendi nada do funcionamento da máquina (slide
3 - A Máquina de Turing características do controle finito).
PS: não sou da área de exatas. [3] Você poderia
explicar de forma mais calma, para pessoas burras, como eu. RESP:
Baixe a apresentação e veja se estudando-a fica tudo claro.
Infelizmente essa palestra devia tomar várias aulas. Não
tive tempo e tive que correr. Ninguém é burro.
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