OS SURPREENDENTES CONCEITOS DE INFINITO
NA GEOMETRIA, EM CONJUNTOS DE NÚMEROS
E NO MUNDO FÍSICO
AVALIAÇÕES DE PARTICIPANTES
Valdemar W. Setzer
Departamento de Ciência da Computação, IME-USP
www.ime.usp.br/~vwsetzer
– esta versão: 30/10/24
Nesta página encontram-se todas transcrições de avaliações de participantes
desta palestra, conforme escreveram no One-minute paper ou no
formulário on-line: [1] Coisa mais importante aprendida;
[2] Quais as maiores dúvidas que ficaram; [3] Comentários.
Os originais estão à disposição para exame. Note-se que nem todos os participantes
entregam as avaliações. Ver o
resumo da palestra, a apresentação
em ppt e o livro
(em minha home page). As avaliações feitas por formulário
eletrônico foram copiadas e coladas, tais como estão. As
feitas em papel no fim da palestra foram digitadas como foram escritas.
17. 26/10/24 palestra presencial dentro do programa "USP 60+"
promovido pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP
no Auditório Jacy Monteiro do IME-USP, Cidade Universitária,
São Paulo, também dentro do programa Embaixadores da Matemática
do IME-USP. Info: Rosemeire Aparecida Alves ratudojuntoao aaa ime pt usp
pt br
- [1] Que o conhecimento é infinito e nossas capacidades
são finitas. [2] Telepatia pode ser um tipo de correspondência
biunívoca? [3] Estou digerindo o conteúdo. Conclusão,
o universo é Shakespeariano: há mais coisa entre o céu
e a Terra do que podemos imaginar. RESP.: Nossas capacidades
físicas são limitadas, mas nosso pensamento não
é limitado. Kant formulou que nosso pensamento é limitado,
o que foi um terrível erro, tendo influenciado a filosofia e
a ciência até hoje. Ele admitia a existência de algo
não físico no universo, mas achava que nosso pensamento
era mecânico e não podia chegar ao que não era físico.
A matemática já mostra o erro, pois ela não se
relaciona diretamente com o mundo fisico, a não ser em contagens.
O fenômeno da telepatia pode ser entendido, mas não vou
tratar disso aqui. Apenas dizer que o receptor não capta precisamente
o que o emissor está pensando, mas uma "sombra" disso.
Pode haver um emissor e vários receptores. No antigo livro Psi
(não sei se foi traduzido) há um relato de uma experiência
feita na União Soviética (que estava muito interessada
em fenômenos de telepatia, para fins militares) de se ter levado
filhotes de uma coelha para um submarino, e em horas precisas foram
matando um por um. A cada morte havia uma alteração no
eletroencefalograma da coelha. A frase de Shakespeare é "há
mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar sua vã
filosofia", está no drama Hamlet.
- [1] Que o infinito existe para "dentro" e para "fora"
e não é localizado. [2] A matéria existe?
[3] Um profundo sentimento de gratidão. E torcida para
que tenham outras. RESP.: Não sei o que você quis
dizer com "dentro" e "fora". Quando pensamos na
ideia de infinito, estamos trazendo essa ideia, que está no mundo
platônico das ideias, portanto "fora" de nós,
para nosso pensamento, isto é, para "dentro" de nós.
Sim, a matéria existe, mas é uma condensação
de algo imaterial. Nos seres vivos, as formas da matéria são
controladas pelo que chamo de "modelo", algo não físico,
da natureza de nosso pensamento (por isso reconhecemos com ele as formas
típicas de uma espécie); esse modelo interage com o corpo
físico (tenho uma teoria sobre isso). Veja a apresentação
de minha palestra "O pensamento é gerado pelo cérebro?
Implicações na 'inteligência' artificial" em
www.ime.usp.br/~vwsetzer/apresentacoes/pensamento-IA.ppsx
Quanto a outras palestras, fique de olho na lista das programadas em
www.ime.usp.br/~vwsetzer/pals/pals-cursos.html
Se você não veio na palestra do dia 5/10, venha na do dia
6/1/25.
- [1] Aprendi muitas coisas importantes, impossível escolher
uma só. [2] As dúvidas ... formam um conjunto impressionante.
E isto é ótimo. [3] Agradeço com ênfase.
RESP.: Que bom que minha palestra despertou dúvidas -
isso indica um aspecto de uma boa palestra.
- [1] Os diferentes tipos de infinitos. Aa diferenciar a verdade.
Não existe infinito menor ou maior, apenas infinitos. [2]
Pontos de perspectiva a nível arquitetônico. Estudei. arquitetura,
bom para mim. [3] Física. Relação de átomos
e real. RESP.: Eu mostrei (veja a apresentação)
que o Cantor provou que o conjunto das partes de um conjunto C é
sempre maior (isto é, tem mais elementos) do que C (a menos C
ser vazio), inclusive se C for infinito. Baixe a apresentação
e recorde o capítulo sobre a perspectiva. Introduzi-a, pois é
uma maneira de representarmos finitamente o infinito. Eu quis chamar
a atenção para o fato de normalmente nos prendermos ao
que vemos (as paralelas se encontrando), e não à realidade
(elas só se encontram no infinito, que não vemos). Isso
significa que nossos sentidos muitas vezes nos transmitem uma ilusão.
Com o pensamento, somos capazes de transcender essa ilusão, isto
é, ver as paralelas se encontrando (por exemplo, numa rua ou
numa estrada) mas imaginar que na realidade não se encontram.
Com o pensamento podemos chegar à realidade das coisas. Tendo
capacidade de observar a realidade transcendente ao mundo físico,
os antigos hindus chamavam o mundo físico de "maia",
uma ilusão; para eles, muito mais real era o mundo espiritual.
Não é difícil compreender isso: ao vermos uma planta,
vemos parcialmente (por exemplo, de um só lado) o que ela é
naquele instante. Mas ela não é só isso, ela já
contém seu desenvolvimento, como foi magistralmente apontado
por Goethe. Sobre a ciência dele, veja, por exemplo, meu artigo
www.ime.usp.br/~vwsetzer/Goethe-vs-Newton.pdf
A humanidade perdeu a capacidade de observar o mundo espiritual, a não
ser que se desenvolva órgãos não físicos
para isso (que os hindus chamavam de "chacras"). Eu acho que
no nível atômico a realidade não é mais só
física. Idem para os limites do universo, como mostrei na palestra.
- [1] Expandir a percepção da realidade em que
vivemos. [2] Não tive dúvidas e sim a necessidade
de aperfeiçoar o exercício mental! [3] Muito boa
aula, ajudando a expandir nossa mente. RESP.: Sim, acho fundamental
fazer-se diariamente pelo menos um pouco de exercícios de concentração
mental ou de meditação (esta já exige uma concentração
mental). Acho também importante fazer-se o exercício de
a todo momento pensar que há algo não físico subjacente
a qualquer objeto físico, em particular aos seres vivos.
- [1] O mais importante foi a desconstrução do
conceito de infinito ligado ao físico. Exercício de sair
do físico e imaginar o infinito. [2] As dúvidas
são infinitas... Sempre buscando uma nova maneira de pensar no
infinito. [3] Pode fazer outras palestras tão dinâmicas
assim. Conhecimento incrível. Tema que acho legal é a
modelagem matemática. RESP.: Fique de olho na programação
de minhas palestras em
www.ime.usp.br/~vwsetzer/pals/pals-cursos.html
Quanto à modelagem matemática, é fundamental não
confundir o modelo matemático com a realidade. A frase do Galileu
parece ter sido: "A matemática é a linguagem com
a qual Deus escreveu o universo". Como eu disse, ele não
falou que a matemática é o universo. Não se deve
extrapolar o significado de um modelo matemático, que nunca é
a própria natureza. Obrigado pelas últimas palavras em
russo. Gostaria de ter escrito algo para você nessa língua,
mas pelo visto eu teria que definir que todo o texto, e não parte
dele, está em caracteres cirílicos.
16. 24/10/24, palestra presencial para alunos da 3ª seríe
do ensino médio do Colégio Uirapuru, Sorocaba, dentro do
programa Embaixadores da Matemática do IME-USP. Info: Prof. Eric
P. M. Bernardo eric.bertudojuntonardo no colegiouirapuru dot com pt br
- [1] O ponto pode ser qualquer coisa, dependendo da escala.
As retas se encontram no infinito. Infinito não deve ser baseado
nas percepções sensoriais. Não é possível
representar um átomo. A luz é invisível. [2]
Como que duas retas paralelas se encontram no infinito? É pela
perspectiva? [3] Obrigada pela aula. RESP.: Podemos imaginar
qualquer coisa reduzida a algo infinitamente pequeno, e isso é
um ponto. A luz torna-se visível quando interage com a matéria.
Mostrei que é razoável imaginar-se que duas paralelas
se encontram no infinito, se imaginarmos uma delas rodando com um ponto
fixo, e imaginarmos que ela assume posições contínuas,
o que é impossível representar graficamente. Com a rotação
de uma delas, o ponto de intersecção vai se afastando;
podemos supor que um pouco "antes" de elas ficaram paralelas,
o ponto de intersecção estava muito distante, ao ficarem
paralelas ele está mais distante ainda, infinitamente distante.
Fiz ainda uma ilustração usando circunferências
de raio crescente, até ele atingir o infinito. A perspectiva
é a representação do infinito trazida para o finito
(obviamente, não é a mesma coisa).
- [1] Refletir sobre a realidade, o que é real e o que
é imaginação. [2] Como é possível
distinguir o real do imaginário? [3] Palestra didática,
envolvente e que traz reflexão. Refletir = aprender. Interessante
palestra, inesquecível. Obrigada pelo seu tempo (outro tema interessante
para refletir, ha há há!)! RESP.: Cuidado com o
que você chama de imaginário. Podemos pensar em um ponto
ideal, geométrico - e ele é objetivo e universal (todas
as pessoas pensam na mesma ideia de ponto). Portanto, podemos imaginar
"coisas" reais que não existem fisicamente; chamei
esse "espaço" de Mundo Platônico das Ideias",
que não é físico. Nesse sentido é preciso
distinguir o "real" físico do "real" imaginário.
Toda a matemática é um real imaginário, mental.
É normal uma pessoa distinguir o que pensa, uma ideia, do que
ela percebe sensorialmente. Se ela não consegue distinguir o
que existe no mundo físico do que ela pensa, ela tem um problema
psíquico; é um dos sintomas da esquizofrenia.
- [1] Ao analisar o infinito, não se pode usar o raciocínio
intuitivo e "físico" do finito (percepções
sensoriais). Exemplo, figuras geométricas, conjuntos numéricos,
o universo etc. Puro pensamento. [2] Como 2 retas se encontram
no mesmo infinito, se o plano é infinitamente grande, tanto para
a esquerda quanto para a direita? Eles se encontram como uma esfera?
[3] Adorei a aula, muito obrigado. RESP:. Eu sugeri que vocês
imaginassem a folha de papel plana crescendo até que atingisse
o infinito (que não pode ser representado graficamente como espaço).
O segmento de reta que estava indo até as bordas da folha transforma-se
numa reta de comprimento infinito. Ainda estamos sempre no plano, não
numa esfera, que é tridimensional.
- [1] Não se pode representar um ponto fisicamente. Imaginação
= ∞. Ponto é o limite de qualquer figura geométrica.
Meditação não é algo físico ∞
concentração mental. Plano projetivo = até o infinito.
Soma de infinitos 0's é indeterminada. Retas encontram-se no
mesmo infinito. Pensando no ∞, não se pode usar as "ideais"
sensoriais. Ninguém sabe verdadeiramente o que é um elétron,
sem que seja modificado. O nosso tempo, não é o tempo
da física. [2] {Vazio}. [3] Para mim, a palestra
foi extremamente prazerosa e enriquecedora, pois pude abrir mais pensamentos
para conceitos que para mim já eram fixos e enraizados. RESP.:
Você pode imaginar algo que não tem tamanho infinito, por
exemplo um círculo colorido. Um excelente exercício de
meditação é imaginar esse círculo alternando
a sua cor, depois imaginar que ele vai crescendo até se transformar
em um plano infinito com a última cor, depois fazer o círculo
surgir novamente e chegar ao tamanho original. Depois imaginar que ele
está diminuindo de tamanho, até se tornar um ponto colorido,
depois voltar ao círculo original. Experimente! O importante
é não pensar em absolutamente mais nada, senão
você perdeu a concentração (e capacidade de se concentrar
é essencial para estudar! A propósito, use o celular somente
para o que é absolutamente essencial, pois ele foi feito para
distrair, o que prejudica a capacidade de se concentrar. Sim, pensando
no infinito não se pode usar ideias baseadas no mundo sensorial.
Aliás, toda a matemática e a geometria ideal não
têm nada de físico! Elas mostram que podemos pensar em
"coisas" que não são físicas. Estou preparando
uma palestra sobre o tempo, a pedido de um professor da Escola Politécnica
da USP.
- [1] As diferenças nas formas de analisar questões
da realidade finita sei infinitas. => E os" problemas"/desafios
da ciência. [2] Infinitamente grande é igual a infinito
ou diferente do infinito? Por que se criou esse termo? [3] Gostei
muito do paradoxo da soma dos comprimentos dos lados de um triângulo
=> a < b + c; a = b + c. Observei, durante a palestra, a opinião
do palestrante em diversos momentos sobre nossas noções
sobre a ciência, algo com que considerei importantíssimo.
RESP.: Imaginar algo infinitamente grande, por exemplo um lápis
e uma porta, levam a imagens de infinito que preservam sua forma; é
uma questão de escala. O infinito que podemos imaginar de uma
reta é diferente de imaginar um lápis ou uma porta infinitamente
grandes. Os antigos gregos já quebraram a cabeça pensando
no infinito, inicialmente tinham horror dele. Até que Euclides
provou de maneira extremamente simples que havia infinitos números
primos, e com isso acabou o tal horror. O símbolo ∞ foi
introduzido em 1655 por John Wallis. Eu costume abordar questões
filosóficas em todas as minhas palestras. As vezes é só
sobre filosofia...
- [1] O ponto pode ser representante de qualquer coisa; o pensamento
deve ser diferente ao considerar o finito e infinito; os reais não
são numeráveis (infinito maior que os dos naturais). A
matemática, a linguagem da natureza, não a natureza em
si. [2] Como se dá diferença entre o nosso tempo
e o físico? Os cientistas têm chance de adequar-se o suficiente
para descobrir o que são partículas subatômicas.
[3] Gostei muito de pensar além do senso comum. Abri um
pouco do meu horizonte acerca da realidade. RESP.: Diz-se "enumeráveis".
O fato de não se poder enumerar os reais mostra que o infinito
deles é diferente do infinito dos naturais. Cantor provou que
qualquer conjunto das partes de um conjunto é maior (tem mais
elementos) que o primeiro. Ele quis provar que conjunto das partes do
conjunto dos naturais era o conjunto dos reais, mas não conseguiu
isso, o que contribuiu para sua depressão. Mais recentemente
foi provado que se trata de um problema indecidível, esse fato
não pode ser provado.
- [1] O ponto é infinitamente pequeno. A reta só tem
comprimento. O lado maior de um triângulo é menor do que
os outros 2 juntos. Uma reta divide um plano infinito em. Uma parte.
2 retas paralelas se encontram no infinito. [2] Nada. [3]
Nada. RESP.: Na verdade, cometi um erro: não precisa ser
o lado maior.. Qualquer comprimento de um lado de um triângulo
com ângulos diferentes de 0 (se forem 0 o triângulo reduz-se
a um segmento de reta) é menor do que a soma dos comprimentos
dos dois outros lados.
- [1] O que eu aprendi de mais importante não dá
para colocar em palavras, é ser flexível, é pensar
de maneira diferente, é tudo!.[2] A mesma coisa, tudo,
mas eu entendi também, pois eu aprendi infinitamente. Não
tem como escrever isso. [3] Nenhum, estou sem palavras. Mas isso
já é um comentário, então?... É difícil.
RESP.: às vezes é necessário "digerir"
um conteúdo para comentar sobre ele.
- [1] A palestra me fez refletir e desmistificar a ideia de
infinito. Tinha muitas ideias equivocadas. Por exemplo, que há
mais números naturais do que pares, por exemplo, que em um segmento
de medida 0-1 tem a mesma quantidade de pontos de uma reta. [2]
Sobre alguns conceitos físicos. [3] Muito obrigada por
apresentar conceitos tão profundos de forma tão simples
e esclarecedora. Foi enriquecedor aprender com o senhor, mestre. RESP.:
O que provei é que há o mesmo número infinito de
pontos em um segmento de reta do que em um quadrado de lado de mesmo
tamanho que o segmento (decomposição da distância
da abcissa e da ordenada de um ponto à origem).
- [1] Apreendi que as áreas de conhecimento têm
limitações, o pensamento humano busca respostas para o
desconhecido e que, nem as ciências humanas ou as ciências
exatas podem responder a tudo. [2] A maior dúvida é
sobre a aplicação concreta dos conhecimentos matemáticos
no âmbito escolar, por que somos tão pouco concretos e
a tanta dificuldade na abstração? [3] O flerte
com a filosofia durante a palestra foi muito bom! Principalmente para
os de humanas, como eu! RESP.: Atenção, na verdade
existe apenas uma ciência exata, é a matemática.
A física experimental e a teórica baseada nela, a biologia,
a astronomia etc. são ciências aproximadas, pois baseiam-se
em medidas feitas por instrumentos, que são sempre aproximadas
e nunca exatas. Quanto aos aspectos filosóficos e históricos,
sempre tento incluí-los pois tocam mais as pessoas do que as
teorias abstratas ou formais.
- [3] Muito incrível., nos fez pensar bastante e ir além
do que é pensado normalmente. Foram feitas reflexões valorosas
que farão com que eu pense até o ∞. Sugestão.
Tentar trazer as exemplificações matemáticas de
forma didática. [2] {Vazio} [3] Obrigado. RESP.:
Tentei ser bastante didático, não sei se conseguiria ser
ainda mais.
- [1] Penso, como todos os temas igualmente importantes, pois
todos me auxiliaram em diferentes aspectos, alguns me ajudando a organizar,
relembrar e aprender sobre diversas coisas. [2] Como a palestra
estava muito bem explicada, quase não apresentei dúvidas,
exceto com relação a alguns conceitos que não agregavam
com os demais. [3] Considerei muito importante porque ela me
ajudou a organizar as ideias. Eu já conhecia diversos conceitos,
mas não me lembrava mais. Amei a sua palestra, que sem dúvidas
me auxiliou muito. Obrigado por isso.
- [1] O mais importante foi que para criar um ambiente reflexivo
e criativo precisamos mudar quase tudo e na nossa formação,
estudar muito, pensar muito e também fazer perguntas para nós
mesmos. Muitas rupturas. [2, 3] {Vazios}. RESP.: para
desenvolver a imaginação, faça uma atividade artística
e leia pelo menos um bom romance por mês.
- [1] Que a grande parte dos conceitos que aprendemos está
no pensamento/imaginação e não podem ser representadas
fisicamente, inclusive o infinito. [2] Como é possível
que retas paralelas se encontrem? [3] Parabéns pela aula,
foi espetacular em conteúdo e estilo. Adorei as reflexões
além do previsto. RESP.: Mostrei que por continuidade
imaginada, a intersecção de duas retas pode ser levada
até o infinito; podemos então imaginar que essa intersecção
está no infinito.
- [1] Não tem como desenhar um ponto (graficamente).
O ponto existe no mundo platônico." Achei muito interessante
a divisão da folha pelos segmentos de reta. A arte na idade média
não utilizava o estudo de perspectiva. Conjuntos numéricos
dos inteiros e naturais: estabelecer uma ordenação dos
números inteiros. Televisão, abafa o pensamento =>
"Leia um livro!" "O conjunto dos racionais, ordenados,
são o mesmo dos naturais." "Não dá para
ordenar os reais." 'Infinito no mundo físico: ~> infinitesimal
=> nível atômico ~> Infinito =>limites do universo.
Não se sabe o que é um elétron ~> incompreensível.
Física: medidas c/ instrumentos c/ quantidades ~> tudo quantitativo.
Luz não é uma onda ~> depois de interagir com as fendas,
mostram uma natureza de onda. Infinito físico, não é
possível compreender o finito do universo. [2] Como se
imagina um ponto se eu nunca, definitivamente, vi um? Como os segmentos
de retas se encontram no infinito se são paralelas? A expansão
do universo teria "força maior" do que a aceleração
gravitacional. [3] A palestra do professor Setzer mostrou um
lado da matemática muito diferente do que normalmente é
proposto. A matemática, que usualmente é apresentada no
sistema escolar como algo tão sucinto, sólido, foi apresentada
pelo professor como algo para se refletir e analisar. Antes, a matemática
não me interessava tanto. Mas quando entrei no Uirapuru, isso
mudou bastante principalmente com o professor Eric e agora,
após a palestra, mais ainda. Aliás, o projeto das palestras
nas escolas é muito interessante e essencial para estabelecermos
visões diferentes do que estamos direcionados. Além disso,
o professor Setzer nos mostrou diversas aberturas para reflexão,
além de "refutar", várias coisas que vemos com
tanta rigidez no espaço escolar como, por exemplo, a teoria
da gravitação de Newton (F = g m1 m2
/ d2/), cujo ignora a existência de outros corpos celestes.
A frase "o infinito da matemática pode ser conceituado e
compreendido, pois ele é puro pensamento, não tem nada
de Físico" me marcou, e baseou o meu comentário inteiro.
Foi, de verdade, muito importante para nós. Muito obrigada pelas
palavras e pelo conhecimento transmitido! RESP.: Excelente sinopse
da palestra! Sim, ninguém jamais viu um ponto ideal (geométrico),
uma reta ideal, uma circunferência ideal etc. No entanto, todos
pensamos a mesma coisa. Isso se deve ao fato de que com o pensamento
podemos "perceber" o mundo das ideias, que não é
físico. Aproveitando, isso mostra que nosso pensamento não
é físico (a ciência não sabe o que é
pensar.) Sobre as retas paralelas, veja a avaliação anterior.
- [1] O infinito é do mundo dos pensamentos. [2]
E os números complexos? [3] Muito interessante, aprendi
muito. RESP.: Não abordei os complexos, já havia
assunto demais. É necessário examinar a parte e real e
a imaginária dos complexos. Se ambas forem números naturais,
então a cardinalidade do conjunto desses complexos é a
mesma que a dos naturais - pode-se construir uma matriz como Cantor
fez com os racionais. Se as partes são racionais, pode-se construir
duas matrizes, ordenando um elemento de uma, depois um da outra, depois
voltando para um novo elemento na primeira etc. Ou então usar
a mesma construção que mostrei para o segmento de reta
e um quadrado. Portanto complexos com partes racionais têm a mesma
cardinalidade dos naturais. Complexos com partes reais funcionam exatamente
como no caso do segmento de reta tendo a mesma cardinalidade que um
quadrado, isto é, a cardinalidade dos reais. No cap. 11 do livro
sobre o infinito eu trato dos complexos.
- [1] Que o pensamento não é fixo, mas deve ser
flexível. A ciência não condiz. Realidade, mas à
medidas. [2] Para o senhor, Deus é realidade.?
[3] Adorei sua palestra, adoraria ter uma conversa longa com
o senhor. RESP.: Sim, infelizmente a educação escolar
tende a enrijecer os pensamentos, o que em um extremo pode levar a fanatismos.
Se você examinar todos meus artigos, eu não menciono Deus,
pois essa entidade virou mera abstração. Há um
artigo recente em que eu menciono Deus, pois comentei o ateísmo
de Leandro Karnal, mostrando que "ateu" não é
uma boa denominação, veja em
www.ime.usp.br/~vwsetzer/Karnal-ateismo.pdf
Adianto que não sou adepto de nenhuma religião, mas tenho
interesse em conhecer todas, para compreender como muitas pessoas sentem
e pensam. Não sou adepto de nenhuma religião, mas tenho
religiosidade, isto é, não sou materialista, como caracterizei
no artigo citado acima. Estou à disposição para
conversarmos, pessoalmente com você ou com um grupo de seus colegas
e amigos você viu que eu tenho muita coisa para contar
(vivi muito...)! Escreva-me um e-mail (endereço no topo
de minha home page) para combinarmos, posso agendar uma sessão
remota pelo Zoom.
- Resposta informal, com respeito:
[1] Matemática é coisa de maluco. Há há
há. [2] Como a mente humana consegue chegar tão
longe? [3] Simplesmente maravilhoso (você e a palestra).
Resposta. Formal:
[1] matemática pode ser facilmente manipulada, porém
a tapa etapa mais difícil avaliar o avanço dessa manipulação.
[2] Como posso manipular os números e conceitos matemáticos
com maior facilidade? [3] Como posso encontrar artigos matemáticos
com mais facilidade? RESP.: A mente humana não tem limites;
pode chegar muito longe pois tem acesso ao mundo das ideias.
- [1] Arte da idade média é sem perspectiva. O
elétron pela matemática é uma onda de possibilidades.
Podemos pensar em coisas que não conseguimos representar. A TV
tem efeito de sonolência, abafa o pensamento, sem atenção
mental. Cantor diz que o conjunto dos racionais é = aos naturais.
A física é a medida de instrumentos. A luz é invisível.
Estrelas fixas de Aristóteles. Problema dos 3 corpos. Nosso tempo
não é o tempo da física. Existe apenas um infinito.
[2] Como as retas paralelas encontram? O ponto tem tamanho zero,
então como ele existe? [3] A palestra do professor Setzer
nos mostrou que um ponto vai muito além do que imaginamos. A
matemática vai muito além da sala de aula, que temos que
refletir sobre tudo aquilo que aprendemos. E acho muito essencial o
projeto de palestras nas escolas muito interessante. RESP.: Ótimo
você ter achado importantes tantos tópicos! Não
existe apenas um infinito. Examinamos dois nos conjuntos de números:
a cardinalidade do conjunto dos naturais e a dos reais. Cantor mostrou
que existem infinitos infinitos; pulei essa parte da apresentação,
baixe-a e a examine. Sobre o encontro das paralelas, veja a avaliação
1. Um ponto ideal não existe fisicamente (e nenhuma outra figura
geométrica ideal), mas podemos atingir a ideia de ponto, e trabalhar
com ela.
- [1] O ponto não é visível. (tamanho zero)
[2] Como descobrimos que existem coisas invisíveis? [3]
Nenhum. RESP.: Há muuuuitas coisas invisíveis,
inclusive físicas, como a irradiação ultravioleta,
a eletromagnética, a força da gravidade etc. Mas há
coisas invisíveis que não são físicas, mas
todos vivenciam, como o pensar, o sentir e o querer.
- [1] O infinito é um conceito muito mais presente em
nossas vidas do que pensava. Pensar sobre isso me faz pensar sobre o
quão pequeno somos. [2] Existem infinitos maiores que
outros. [3] Não posso chamar esta palestra de palestra.
Pois foi um show, do começo ao fim. Valdemar, só tenho
a te parabenizar por sua de didaticidade e molejo em apresentar os assuntos.
RESP.: Não somos pequenos! Nosso pensamento chega até
o infinito! Tentei interessar vocês por alguns tópicos
de matemática e da vida diária.
- [1] Eu aprendi de mais importante que há uma correspondência
biunívoca entre o conjunto natural e o dos pares. [2]
Foram em relação às retas infinitas do quadrado.
[3] Essa palestra mudou todo o meu ponto de vista matemático.
RESP.: Não entendi o que você quis dizer com as
retas infinitas do quadrado. Talvez era o número infinito de
pontos de um quadrado, que é o mesmo que o número de pontos
de um segmento de reta?
- [1] Suposição ? realidade. [2] Função
bijetora. [3] Gostei. Professor, você deve conhecer meu
professor de química Sérgio Horci [?], é você
"..." [Ilegível] químico. RESP.: Quando
falei de correspondência biunívoca entre os elementos de
dois conjuntos, eu poderia ter mencionado as funções bijetoras,
mas não quis sobrecarregar com mais conceitos. Não conheço
o Sérgio Horsi.
- [1] O mundo é algo incompreensível, devemos
pensar "fora da caixa". [2] O que é um ponto?
(Contém ironia). [3] É interessante saber de tantas
coisas, vejo uma inspiração futura, saber de tudo um pouco.
RESP.: Eu mencionei a definição dada por Euclides:
"Ponto é o que não pode ser dividido em partes."
Não se deve ficar no "pouco" de cada coisa, deve-se
sempre tentar aprofundar-se. Cuidado: um telespectador ou usuário
de internet é uma pessoa que sabe cada vez menos sobre cada vez
mais, até não saber nada sobre tudo...
- [1] Ponto é o infinitésimo de qualquer objeto
físico. Conjuntos de mesma cardinalidade são equivalentes
no infinito. O infinito é o único [fez o desenho das circunferências
de raios crescentes, percorridas no sentido anti-horário. O problema
do universo: expande aceleradamente: energia e matéria escura;
finito ou infinito? Existem ideias universais que são compreendidas
por todos, mas não podem ser demonstradas na realidade. [2]
Se IR = Q + I, irracionais são enumeráveis? Se não,
eles têm mesma cardinalidade dos reais? Reais e irracionais são
biunívocos? [3] Maravilhosa palestra, didática
impecável. RESP.: Os irracionais não são
enumeráveis, como Cantor mostrou com a diagonialização
(a matriz de frações com o mesmo denominador em cada linha,
e o mesmo denominador em cada coluna. Os reais contêm os racionais;
os irracionais não contêm os racionais.
- [1] Sobre as retas e os pontos infinitos. [2] Foram
em relação às retas infinitas no quadrado. [3]
Gostei muito da sua palestra, meus parabéns! RESP.: Sobre
as tais retas infinitas no quadrado, veja a avaliação
21.
- [1] Um ponto pode representar qualquer coisa com tamanho zero.
[2] Sem dúvidas. [3] Achei que destoou um pouco
algumas vezes, mas foi uma ótima aula e me apresentou diversas
perspectivas. RESP.: às vezes saí, propositalmente,
do assunto principal.
- [1] Biunívoco. Só existe um infinito. [2]
Vazio. [3] Boa explicação. Senso de humor. RESP.:
Não existe só um infinito. Eu mostrei que a cardinalidade
do conjunto dos reais é diferente da cardinalidade do conjunto
dos naturais. Cada feixe de paralelas faz com que elas se encontrem
em outro infinito.
- [1] A abrangência do conceito de limites, tanto no quesito
matemático quanto físico. [2] A relação
do volume de uma esfera. [3] Palestra excepcional. RESP.:
Relação com o que? Podemos imaginar uma esfera com raio
infinito.
- [1] O conceito, as aplicações e explicações
acerca do infinito e do plano projetivo. [2] Senti que ainda
preciso me aprofundar nas teorias sobre conjuntos numéricos.
[3] Achei a sua aula muito didática, interessante, inspiradora,
realmente impressionante! Muito obrigada, Valdemar. RESP.: Há
muita coisa fascinante na matemática. Espere até eu dar
a palestra sobre Fibonacci, as espirais e a razão áurea
(se eu for convidado...).
15. 6/5/23, palestra presencial dentro do projeto "Comunidade
60+" (mas aberta a qualquer interessada/o), promovido pela Pró-Reitoria
de Cultura e Extensão da USP, no Auditório Jacy Monteiro
do Bloco B do IME-USP, Av. Prof. Luciano Gualberto 1171, Cidade Universitária,
dentro do programa Embaixadores da Matemática do IME-USP. Info:
Prof. Eduardo Colli cotudojuntolli no ime ponto usp dot br. Avalições
feitas por escrito.
- [1] A universalidade dos conceitos, que podem ser objetivados
da mesma forma por diferentes indivíduos. O infinito como conceito
que não encontra representação no mundo físico.
Entrei com dúvidas básicas e saí com dúvidas
mais elevadas. [2] Preciso pensar, e muito. [3] Maior
divulgação. RESP.: Os conceitos são diferentes
do que sua representação no mundo físico. Tomemos
o exemplo do conceito "porta". Aquela porta que mostrei é
uma possível representação desse conceito, não
é o próprio conceito. Isso é devido ao fato de
que os conceitos não são físicos. Veja o meu artigo
www.ime.usp.br/~vwsetzer/conceito-cerebro.pdf
onde eu descrevo o que apresentei a vocês como as representações
e o conceito do numeral 2, mostrando que o que há de comum entre
todas as representações do 2 não é nenhuma
delas, é o conceito puro do 2, com o qual trabalhamos. Tanto
faz escrever 2+3=5 como "dois mais três igual a cinco",
o que pensamos é sobe os conceitos de 2, de +, de 3 etc. Que
bom que deixei dúvidas! Sim, houve um grande problema de divulgação.
Havia muitos pais acompanhando filhos em outras atividades, se houvesse
cartazes alguns poderiam ter assisitido a palestra. Foi um grande esforço
de minha parte, que poderia ter sido aproveitado por mais gente.
- [1] Aprendi a questionar dogmas científicos, filosóficos,
e tecnológicos e não aceitar tudo como verdades definitivas.
[2] Tornaram minhas dúvidas mais conscientes e estimulantes.
[3] Sutilezas nas verdades! RESP.: Sim. E um dos "dogmas"
mais comuns é a teoria darwiniana da evolução.
Um outro é que o sangue circula porque é bombeado pelo
coração. E há muitos outros. Estou seguro de que
muitos cientistas sabem que essas são meras teorias, não
são fatos científicos. O problema é que elas são
popularizadas como verdades, como fatos. Por exemplo, ninguém
estava nos tempos primordiais para investigar a evolução,
e não se sabe por que há certa mutação hoje
em dia para levar à seleção natural (por exemplo,
das bactérias e vírus; já se comprovou na alteração
de pássaros que migraram de uma ilha para outra). Eu estendo
a teoria darwiniana assumindo que nem todas as mutações
e nem todos os encontros entre casais são aleatórios.
O sangue é um fluido muito viscoso, é há, se não
me engano, milhares de quilômetros de vasos sanguíneos
no corpo humano, a maior parte capilares, de modo que a tal bomba do
coração deveria ter uma potência descomunal. O coração
comporta-se como uma bomba ao dar um pulso de pressão que é
detectado pelo corpo, produzindo a circulação sanguínea.
Experimente tomar sua pressão sanguínea perto do coração
e longe dele, e verá que a pressão aumenta, o que contradiz
a ideia de que o sangue flui por ser bombeado pelo coração.
- [1] Libertação da intuição no mundo
físico. [2] Quanto às dúvidas, preciso refletir
mais e talvez depois eu possa esclarecê-las. [3] Palestra
excelente para "demolir" conceitos arraigados ao longo do
tempo. RESP.: Sim, chamei a atenção para o fato
de que a educação escolar favorece o raciocínio
lógico, em lugar de também, ou talvez primordialmente,
incentivar a intuição, e só depois dela usar o
raciocínio lógico. Alunas/os são induzidos a perguntar
e responder apenas coisas corretas, e ficam inibidos, com medo de errar.
- [1] A aplicabilidade do conceito de infinito. Antes era um
conceito bastante limitado e subjetivo, algo fora de alcance. [2]
Não sei dizer. Recebi muitas informações. Talvez
após "digerir" melhor o assunto. Vou ver o ppt. [3]
Adorei!!! Estou há décadas longe da escola, foi ótimo!!!
RESP.: O importante é que, ao se lidar com o infinito,
é necessário abandonar nossa maneira de pensar, baseada
na nossa percepção do mundo físico finito. Coloco
aqui o endereço do ppt.
https://www.ime.usp.br/~vwsetzer/apresentacoes/infinito.ppsx
- [1] Conceitos não estão no cérebro. São
universais. Não são construídos socialmente. Também
aprendi que é preciso "sair do quadrado", pensar, refletir,
intuir para além do lugar comum. [2] Sinceramente, eu
tive dificuldade de compreender muita coisa, pois a minha área
de conhecimento e ativação profissional é a psicologia.
[3] Para mim foi muito bom, pois contribuiu para aumentar a minha
perspectiva e desejar ampliar ainda mais. Obrigada, professor! RESP.:
Pena que você não fez perguntas para eu esclarecer o que
você não estava entendendo. Mas certamente você deve
ter ficado com uma impressão geral (como por exemplo "conceitos
não estão no cérebro), e talvez tenha aprendido
alguns resultados sem ter compreendido as deduções. Parabéns
por ter vindo assistir uma aula de matemática, seu interesse
por essa matéria é um grande exemplo. A matemática
é importante pois com ela exercitamos um pensamento absolutamente
claro e fora do mundo físico, ao qual ficamos presos, pelos sentidos
sensoriais, logo que despertamos do sono. É preciso fazer um
esforço mental para nos afastarmos do mundo físico, para
nos libertarmos da prisão que ele representa, e penetrarmos conscientemente
no que me referi como "o mundo platônicos das ideias".
Lembre-se como eu comecei: nunca ninguém viu um ponto geométrico,
ideal; no entanto, trabalhamos mentalmente com ele na matemática.
- [1] O universo não é finito nem infinito. [2]
A matemática é uma criação ou uma descoberta?
É somente uma linguagem? [3] Interessante! Gostei. Boas
surpresas. RESP.: Sim, se for finito, deve-se perguntar, como
eu mostrei: o que há além dele? O nada? O que é
nada? Até onde vai o nada? Isso não faz sentido físico.
Se ele for infinito, estamos usando um conceito que não tem representação
física. Em ambos os casos, chego pessoalmente à conclusão
de que nas fronteiras do universo a matéria física desaparece.
O mesmo quando se trata das partículas atômicas, que são
incompreensíveis. Quando se lida com a matéria infinitamente
pequena, ela desaparece. Ela se torna física quando é
agregada, por exemplo em moléculas., ou quando é tirada
de seu estado natural, como nos aceleradores de partículas. Não
se sabe o que é a matéria no infinitamente pequeno e no
infinitamente grande. Pode-se conjeturar que ela deixa de ser um fenômeno
físico. Quanto a matemática ser uma criação
humana ou uma descoberta, essa é uma questão milenar.
Minha tendência é achar que os seres humanos são
capazes de introduzir novas ideias no mundo platônico das ideais,
que não é físico. Por exemplo, parece-me que o
zíper é uma dessas ideias que não provêm
do exemplo da natureza. Os computadores também. Na matemática,
depois que uma pessoa pensou em algo que não existia antes, como
a teoria dos conjuntos de Cantor, como eu mostrei, esse pensamento passa
a fazer parte do mundo das ideias, e daí para diante pode ser
usado por outras pessoas. Se outra que não conhecia a novidade
chegar aos mesmos pensamentos, terá feito uma descoberta. Mas
minha tendência é achar que Cantor criou a sua teoria.
14. 30/9/22 palestra presencial (e remota pelo canal
do youtube do IME, onde ela está gravada) na 25ª Edição
da Semana de Arte e Cultura da USP, no auditório Jacy Monteiro
do IME-USP, Cidade Universitária, São
Paulo, dentro do projeto Embaixadores
da Matemática do IME-USP. Info: Prof. Eduardo Colli
cotudojuntolli no ime ponto usp dot br. Graus de satisfação
1 - muito insatisfeita/o; 5 - muito satisfeita/o: 100%. Aprendeu
coisas novas: 100%.
- [1] Infinito em geometria. [2, 3] {Vazios}.
- [1] Que às vezes as coisas que parecem intuitivas no
mundo físico não se comportam da mesma forma que as generalizações
matemáticas. [2] Como a união infinita de pontos (dimensão
0) formam uma reta (dimensão 1)? [3] {Vazio}. RESP.: Como
eu mostrei, a soma de infinitos zeros é indeterminada. Portanto,
a distância composta por infinitos pontos geométricos pode
ser qualquer linha finita, em particular com um segmento de reta que
tem certa distância.
- [1] A noção de infinito, que se fecha sobre si
mesmo, não há lateralidade. [2] Muitas!! Mas valeram a
pena, pois um aprendizado real baseia-se sobre dúvidas. Os números
irracionais são difíceis para minha compreensão.
{Vazio}. RESP.: Interessante sua observação de
que o infinito na matemática fecha-se sobre si mesmo. No sentido
de uma reta ou plano infinitos, isso se aplica muito bem. Mas não
se aplica em feixes de paralelas, no sentido em que cada feixe tem seu
infinito próprio. Já nos conjuntos de números,
como qualquer subconjunto infinito dos naturais ou dos racionais tem
a mesma cardinalidade que o conjunto dos naturais, eu diria que ele
é "invariante". Quanto aos irracionais, veja a demonstração
que coloquei na apresentação em ppt. Como exercício,
substitua a raiz quadrada de 2 pela raiz quadrada de m natural.
13. 21/9/22, com adição de considerações
sobre "matemática e espiritualidade", palestra remota
para a série Momentos de Antroposofia, organizada pela Sociedade
Antroposófica em Portugal. Info: Arq Fritz fritzjuntoarq attt sapo
ponto pt
- [1] Que a cardinalidade do conjunto dos números irracionais
é diferente ao dos números naturais; isto é, que
há infinitos maiores do que outros. É como a diferencia
entre uma reta infinita e um plano infinito, o segundo é mais
infinito do que a primeira. Que o desenho de perspetiva e o ponto de
fuga é outra maneira de ver o infinito. [2, 3]{Vazios}. RESP.:
Como eu mostrei que um segmento de reta tem o mesmo número infinito
de pontos que um quadrado, teoricamente isso pode ser estendido para
uma reta infinita e um plano infinito, que têm o mesmo número
infinito de pontos.
- [1] "Reforço" de conhecimentos que já
tinha, da geometria projectiva. [2] Não consegui compreender
a 100% a parte sobre números, talvez também devido ao
cansaço no final do dia. [3] Achei excelente a didática
e todo o ambiente que o palestrante soube criar. RESP.: Estude
a apresentação em ppt, provavelmente vai compreender tudo,
pois não é complicado.
12. 29/10/21 palestra remota nos Seminários de Estudos em Epistemologia
e Didática (SEED)/Seminários de Ensino de Matemática
(SEMA) da Faculdade de Educação da USP (FEUSP). Questões
adicionais: [4] Grau de satisfação com a palestra: (1 -
muito insatisfeito a 5 muito satisfeito) 100% de 5; [5] Aprendeu coisas
novas (100% de SI Sim) [6] Área - 100%
de CE Ciências exatas e engenharia.
- [1] Sobre os vários pontos de fuga - não tive
geometria projetiva em meus cursos. [2] A divisão do plano
infinito. [3] Muito boa abordagem sobre os vários infinitos.
[4] 1. [5] SI. [6] CE. RESP.: Quando se
pensa sobre o plano infinito, não se pode usar imagens baseadas
no mundo físico.
11. 26/10/21 palestra remota para alunos, professores, e interessados,
organizada pela Escola Waldorf Veredas de Campinas. Questões adicionais:
[4] Grau de satisfação com a palestra: (1 - muito insatisfeito
a 5 muito satisfeito) 100% de 4; [5] Aluna/o do ensino fundamental (33,3%
de EF ensino fundamental , 66,7% PR professor); [6] Aprendeu
coisas novas: 100% de SI sim, interessantes.
- [1] Acho que o mais importante que eu aprendi foi a entender
melhor os conceitos de infinito dentro da matemática e da física,
junto com suas relações e semelhanças. [2]
Acho que por eu ainda estar no nono ano, que seria o último ano
do fundamental, não consegui entender direito o conceito de comparação
e relação entre dois conjuntos de números infinitos,
como por exemplo os números naturais e os números pares.
[3] Eu gostei bastante e começo cada vez mais a me interessar
pela matemática. [4] 4. [5] EF. [6] SI.
RESP.: Quem sabe se você baixar a apresentação
e estudá-la calmamente você vai entender. Gostaria de saber
o resultado disso! Ou, melhor ainda, leia o livro. O importante é
compreender a associação biunívoca que construí.
Que ótimo que você está começando a se interessar
pela matemática, ela tem as pectos fascinantes e é fundamental
para se desenvolver um raciocínio claro e ordenado e concentrado.
- [1] Que o tema dos números infinitos é muito
interessante e, às vezes, contraria nossa intuição.
[2] Sobre a teoria Big Bang, os paradoxos e modelos usados para
lidar com os mesmos. [4] Achei o tema e abordagem muito interessante,
mas o conteúdo muito longo para uma única palestra. No
formato virtual é bastante extenuante tanto tempo de atenção
a este conteúdo. No fim, alguns conteúdos precisaram ser
desenvolvidos de forma rápida, portanto superficial. Minha percepção
é que a abrangência do conteúdo seria adequada a
um minicurso e seria interessante adequar a quantidade de informações
e questionamentos para uma palestra de 1h, especialmente se for no formato
virtual. [4] 4. [5] PR. [6] SI. RESP.: Contraria
a nossa intuição baseada em nossas experiências
sensoriais. É preciso desenvolver também uma intuição
que não é baseada no mundo físico que percebemos.
É minha opinião pessoal que o Big Bang não é
uma teoria satisfatórica. Uma das evidências para ele é
a irradiação de fundo, mas ela poderia ter outras causas.
A expansão do universo não é um bom argumento,
pois ela deveria desacelerar, em lugar de aparentemente estar acelerando.
Parece-me que a teoria do Big Bang é devida a um raciocínio
baseado na percepção sensorial, mas a origem da matéria
e da energia escapa a esse tipo de pensamento. Sim, o ideal é
que tudo fosse desenvolvido muito mais devagar, em várias aulas.
Infelizmente foi necessário comprimir tudo e ir muito rápido.
Achei que era importante abordar todos os tópicos abrangidos.
- [1] Maneiras diversas de bordar e explorar o infinito com os
alunos e alguns aspectos históricos bastante interessantes. [2]
{Vazio} [3] São abordados muitos conceitos e maneiras
diferentes sobre como pensar sobre o infinito. Para os alunos que nunca
tiveram contato com isso, talvez fique muito abstrato e não haja
um tempo para uma reflexão e uma exploração da
imaginação (especialmente nas ideias que se referem à
geometria projetiva). Refletir sobre o infinito requer capacidade imaginativa
e um "abandono" da representação física.
Pensando nos alunos, fiquei com a pergunta se a palestra não
fica muito densa e se eles de fato conseguem manter a concentração
por tanto tempo e com assuntos tão profundos. Foi uma palestra
muito interessante e motivadora! Gratidão! [4] 4. PR. [5]
SI. RESP.: Infelizmente a palestra não pode ser feita
com mais lentidão, devido ao tempo. De qualquer modo, a apresentação
em ppt é suficientemente detalhada para os alunos poderem estudá-la.
10. 30/9/21 palestra remota retransmitida pelo youtube
e gravada nele, para professores de matemática e ciências
da natureza, e interessados, organizada pelo Núcleo Pedagógico
da Diretoria de Ensino, Carapicuiba, SP, dentro do projeto Embaixadores
da Matemática do IME. Info: Profa. Antonia Zulmira da Silva proftudojuntoantoniazs
attt gmail pt com. Perguntas do formulário
de avaliação e estatísticas: [1] Grau
de satisfação (1 - muito insatisfeito a 5 muito satisfeito)
25% de3, 40% de 4, 35% de 5; [2] O que aprendeu de mais
importante? [3] Quais as maiores dúvidas que ficaram? [4]
Comentários; [5] Aprendeu coisas novas (SI - sim, interessantes
89,5%, SN - sim, não interessantes, N - não 10,5%);
[6] Uso do assunto (PU - professor/a e vai poder usar em
aulas 73,7%, PN - profesor/a, não vai pode usar em aulas
21,1%, NP - não é professor/a 5,2%); [7]
Área (M - matemática 50%, CN - ciências da
natureza 35%, CH - ciências humanas 15%, LCT - linguagens,
artes etc., OU - outra).
- [1] 5 [2-4] {Vazios} [5] SI [6] PU [7]
M. RESP.: Pena que essa e outras pessoas deixaram itens vazios!
Assim não me ajuda e as outras pessoas também.
- [1] 5 [2] Abordagem sobre conceitos, diagrama de Venn
o subconjuntos de infinitos impares [3] nenhuma gostei bastante
[4] muito boa a formação [5] SI [6]
PU [7] CN. RESP.: Não abordei o diagrama de Venn
pois ele ilustra os conceitos de intersecção, união,
subconjunto, e complemento de conjuntos, e não eram tópicos
da palestra. Talvez fosse interessante abordar o diagrama em relação
a conjuntos infinitos, por exemplo a interseção do conjunto
dos naturais ímpares com o conjunto dos naturais múltiplos
de três; ela também é infinita. Mas os diagramas
de Venn não ajudam a se tirar conclusões sobre as cardinalidades
dos conjuntos. Infelizmente a palestra já está longa demais.
Talvez para uma nova edição do livro... Agradeço
a sugestão.
- [1] 3 [2] Sou da área de ciências da natureza.
Então achei bem produtivo o que foi apresentando [3, 4] {Vazios}
[5] SI [6] PN [7] CN. RESP.: Interessante
você ser da área de CN e ter aproveitado. Obviamente, eu
esperava um maior aproveitamento pelos professores de matemática,
com sugestões para suas aulas. Mas a palestra foi idealizada
para um público geral, como conhecimento adicional, e pela abordagem
das questões filosóficas, que considero muito importantes
para que se veja a possibilidade e importância de se mudar a maneira
de pensar.
- [1] 4 [2] aprofundamento da relação música/arte
e matematica [3] cardinalidade [4] {Vazio} [5] SI [6]
PU [7] CH. RESP.: Tanto no ensino médio quanto
no fundamental a matemática devia ser sempre apresentada esteticamente,
e isso deve ser feito com a geometria; os alunos deviam ser incentivados
a fazer bonitos desenhos coloridos. Aliás, aproveito para dar
uma sugestão didática: incentivem seus alunos a decorarem
seus cadernos de anotações, pelo menos colorindo as margens.
Com isso eles terão muito mais prazer em estudá-los! Quanto
à cardinalidade, reveja a apresentação e talvez
o livro. É um conceito muito simples. Já não o
é para conjuntos infinitos, mas acho que dá para compreender.
- [1] 3 [2-4] {Vazios} [5] N [6] PN [7]
M. RESP.: Interessante que essa pessoa, que colocou uma avaliação
indiferente para o grau de (in)satisfação, disse que não
aprendeu nada de novo. Será possível? A organização
de minha palestra foi totalmente original; essa pessoa poderia ter reconhecido
que aprendeu uma maneira nova de apresentar esses assuntos. Além
disso, é muito difícil que ela tenha lido ou ouvido antes
as considerações filosóficas que eu fiz - a abordagem
também foi original. Então não aprendeu nada de
novo? E os exercícios meditativos que eu sugeri, não foram
uma novidade? Pena - e interessante - que essa pessoa não colocou
seu endereço de e-mail, pois eu teria escrito tudo isso
para ela (não sei se verá essa síntese das avaliações).
- [1] 4 [2] Aumentar minha perspectiva é capacidade
de abstração [3] Como fazer o aluno se interessar
e focar no assunto o suficiente para ter algum aprendizado significativo.
[4] A defasagem em Matemática está realmente chegando
ao extremo do aluno não saber "quanto é 2 + 2"!
[5] SI [6] PU [7] CN. RESP.: Interessante
você ter escrito que a palestra serviu para aumentar a sua capacidade
de abstração. Cuidado, não se trata de uma abstração
sem realidade. Chamei várias vezes a atenção para
o fato de que os conceitos existem no mundo platônico das ideias,
que não é físico. Ela é tão objetivo
e universal quando os objetos do mundo físico! Quanto a interessar
o alunos, posso resumir alguns pontos: dar aulas com entusiasmo pela
matéria - isso irradia para os alunos, que também se entusiasmam;
apresentar sempre dados biográficos e históricos ligados
ao que é ensinado, pois assim introduz-se uma realidade nos assuntos,
pois foram coisas que aconteceram; na matemática, sempre introduzir
os tópicos por meio da geometria, pois ela apresenta um elemento
estético, que vai tocar os sentimentos, não ficando apenas
nos pensamentos abstratos. E assim por diante; na matemática,
começar qualquer tópico novo com aplicações
práticas, para depois introduzir a teoria; aí a teoria
adquire sentido. Veja os últimos capítulos de meu livro
A matemática pode ser interessante... e linda! - detalhes
na minha home page. Quanto à "defasagem" da
matemática, acho que isso é um problema da maneira como
ela é ensinada, em geral muito abstrata.
- [1] 5 [2-4] {Vazios} [5] SI [6] NP [7]
CH.
- [1] 4 [2] [3] Conceitos Básicos para o
Ensino Fundamental [4] Quero ler o Livro [5] SI [6]
PU [7] M. RESP.: Atenção: essa palestra
e os assuntos abordados não foram pensados para o ensino fundamental.
Mas a perspectiva poderia ser introduzida na 8ª série, como
é feita com sucesso no 7° ano da Pedagogia Waldorf (uma de
minhas grandes fontes de inspiração). Ótimo querer
ler o livro, foi a única avaliação nesse sentido.
Por favor, depois de ter lido uma boa parte, preencha o formulário
de avaliação com link no meu site, ao lado
do livro.
- [1] 4 [2] Uma outra forma de aplicar os temas abordados
[3] Aprofundar e praticar os temas [4] Muito bom! Mas na prática
do dia a dia [5] SI [6] PU [7] M. RESP.:
Obrigado por ter reconhecido que apresentei os tópicos de uma
forma original. Pena que a pessoa que fez a avaliação
N° 5 não conversou com você! Quanto à prática
do dia a dia no ensino, acho que dei várias sugestões
de didática; se você é professor/a de ensino médio,
acho que vários dos tópicos podem ser abordados. Não
é necessário seguir o currículo padrão,
se se reconhece que há tópicos importantes para a formação
da/o aluna/o. Quanto à prática do dia a dia na vida comum,
penso que as indicações que dei sobre a natureza de nosso
pensamento são muito importantes, como por exemplo reconhecer
que com o pensamento estamos sempre completando a percepção
com o conceito dos objetos, e que esses conceitos são realidades
objetivas e universais no mundo platônico das ideias, que não
é físico.
- [1] 5 [2] Números irracionais [3] A que
nível aplicar [4] Estado contratar palestrante para forma [5]
SI [6] PN [7] CN. RESP.: Sobre os irracionais,
reveja a apresentação ou leia o livro. Especialmente,
estude e compreenda a demonstração de que a raiz quadrada
de 2 não é racional. Quanto ao nível, a palestra
foi pensada para alunos dos últimos anos do ensino médio
e para público com pelo menos esse nível. Mas veja a avaliação
N° 8 para a questão da perspectiva. Obrigado, não
quero ser contratado por nenhum Estado e nenhuma empresa. Tenho muitas
coisas a fazer - mas poderia dar alguns conselhos...
- [1] 4 [2] A importância da aula de Matemática
diversificada na vida dos educando do Ensino Médio. A necessidade
de uma linguagem mais acessível e práticas dos conteúdos
ministrados. [3] Gostaria de saber mais sobre atividades diversificadas
para alunos do ensino médio. [4] Palestra de excelente qualidade
e um palestrante que está a altura do desafio de ensinar. [5]
SI [6] PU [7] M. RESP.: Sim, sempre que
possível, uma aula deveria abordar vários tópicos.
Veja a avaliação N° 6. Não sei se você
reconheceu que eu tentei introduzir os tópicos de uma maneira
bem simples e acessível. Tenho outras palestras para ensino médio,
mas várias são presenciais e algumas não estão
listadas no site dos Embaixadores da Matemática, pois
não têm nada de matemático ou computacional. Obrigado
pela "excelente qualidade", espero ter servido de um bom exemplo.
- [1] 3 [2] O olhar do educador ao se deparar com temas
de complexos e qual melhor abordagem [3] Até que ponto
podemos escolher falar o real entendimento da matéria? Pois acredito
que a visualização de um sistema mais simples configura
o primeiro passo para o entendimento, na sequencia essa ideia pode ir
evoluindo, como exemplo a natureza atômica [4] A palestra poderia
ser dividida em mais tópicos e discorrido pontualmente, em novos
ATPCs acabou ficando uma palestra muito pesada de conteúdo complexo.
[5] SI [6] PU [7] CN. RESP.: Acho
que a melhor abordagem é a que é bem simples, partindo
de exemplos práticos etc. (Veja a avaliação N°
6.) Não entendi a dúvida [3]. Talvez como saber
se os alunos estão entendendo a matéria? Para isso, recomendo
fazer-se perguntas constantes para os alunos. Como eu disse na palestra,
aprender o nome da/o aluna/o quando se faz uma pergunta a ela/e - isso
produz um contato pessoal. Além disso, incentivar a que faça
uma pergunta/comentário qualquer, pois se for errada/o será
uma grande ajuda para mostrar que as coisas não são daquele
jeito. O processo educacional padrão massacra a criatividade
e a liberdade das/os alunas/os! Elas/es ficam até sem coragem
de pensar, de medo de errar!!! Isso é um crime educacional. Finalmente,
fazer avaliações em cada aula com as 3 perguntas principais
desta avaliação, na aula seguinte comentar algumas avaliações
- assim se faz um gancho entre uma aula e outra, partindo do que as/os
próprias/os estudantes expressaram.
- [1] 4 [2] Achei tudo importante [3] Foi tranquilo
[4] Boa palestra [5] N [6] PU [7] M
- [1] 4 [2] Sobre o infinito que converge a um ponto.
[3] Alguns detalhes ligados a física e também ficou
muito complexo para passar a alunos do EF [4] A visão geral da
geometria é maravilhosa desde que a aplicaçao seja visível.
[5] SI [6] PU [7] M RESP.: Sim, pensei nessa
palestra, e a tenho dado, para alunos das 2ª e 3ª séries
do médio. Sobre o uso no fundamental, veja a avaliação
Nº 8. Infelizmente o infinito não em uma aplicação
prática, além de desenvolver um pensamento matemático.
Mas quem sabe os aspectos surpreendentes façam as/os alunas/os
se interessarem.
- [1] 3 [2] O infinito é uma criação
humana [3] Fazer com que os alunos entendam um conceito tão
abstrato. [4] O conceito de infinito exige dos alunos uma abstração
que muitos ainda não tem. Talvez por falta de aquisição
de alguns conceitos matemáticos, deixados par trás ao
longo dos anos, e também pela falta de maturidade das crianças.
[5] SI [6] PU [7] M. RESP.: A matemática
existe no mundo platônico das ideias e é só descoberta,
ou é inventada, isto é, novas ideias matemáticas
são introduzidas naquele mundo? Sim, o infinito exige um bocado
de abstração, mas talvez sirva para desenvolvê-la.
Por exemplo, acho que o caso dos infinitos da reta pode ser compreendido
com uma certa facilidade, assim como a cardinalidade infinita dos subconjuntos
dos naturais ser igual à de seus subconjuntos, e também
a dos racionais.
- [1] 5 [2] Muitos saberes......mas "perspectivas"
surpreendentes! [3] Incomensurabilidade... [4] Outras palestras,
outros temas... [5] SI [6] PU [7] CN. RESP.:
Que bom que você reconheceu que eu apresentei coisas surpreendentes
- foi a única avaliação com isso! Eu achava que
era tão óbvio... Acho que a noção de incomensurabilidade
é fundamental. Será que daria para ilustrar no quadro-negro
com a diagonal do quadrado e medindo em cm com uma régua? Por
exemplo, com um lado de 20 cm a diagonal vai ter quase 28,3 cm; talvez
os 0,3 cm fiquem bem claros mostrando que o tamanho da diagonal não
dá um número inteiro de cm.
- [1] 4 [2] Foi importante o entendimento dos conceitos
e diferentes formas. [3, 4] {Vazios} [5] SI [6] PN [7]
CH
- [1] 5 [2] As diferentes formas de tratar do assunto.
[3, 4] {Vazios} [5] SI [6] PU [7] CH
- [1] 3 [2] Que a matemática é uma ciência
a qual se divide em dois mundos; O mundo da matemática pura,
que é perfeito e o mundo real em que aplicamos a matemática
onde as vezes não é tão perfeita e exata assim.
[3] Não ficou dúvidas, o assunto apresentado gera
mais perguntas e questionamentos em relação ao assunto
infinito, o que é bom ao meu ver. O tema demostrado pelos matemáticos
e pelo professor, do ponto de vista matemático, são sempre
axiomas (peço que acredite) pois, não temos como mensurar
ou demostrar o infinito, visto que até aqui, não se demostrou
ou provou o infinito de uma outra forma.Fica a pergunta: Será
que é possível demostrar o infinito de outras forma já
existente??? [4] Os assuntos matemáticos são sempre interessantes,
porém precisamos observar qual o objetivo foco e público
alvo. [5,6] {Vazios} [7] M. RESP.: Sim, a matemática
pura é exata; a física experimental é sempre aproximada
(medidas são sempre aproximadas). Quando se têm objetos
claramente distintos, a contagem deles (numerais cardinais) ou a sua
ordenação (números ordinais) também é
exata. Operações aritméticas com esses números
também são exatas, e tudo isso foi aplicado a objetos
reais. O que apresentei sobre o infinito não é uma teoria
axiomática. Foram usados princípios, como o de ponto e
reta. Não é possível definir uma reta. Eu apresentei
uma forma de mostrar conceitos de infinito; deve haver outras formas;
por exemplo, no cálculo diferencial e integral também
se usa o conceito de infinitamente pequeno (ex. dx, dy). Sim, objetivo
e foco deveriam estar sempre na mente do/a professor/a, e não
simplesmente seguir um currículo. Por exemplo, ele/a deveriam
sempre se perguntar: "Por que estou dando este assunto?" "Qual
a importância dele e da maneira como é apresentado?"
- [1] 5. [2] Tudo que foi passado da para adaptar.os a
sala de aula e enriquecer os conhecimentos dos alunos. Ideias si.es
que podem fazer a diferença. [3] A linguagem utilizada
foi de fácil compreensão [4] Precisamos desse apoio [5]
SI. [6] PU. [7] M. RESP.: Ótimo que você
achou que dava para aproveitar em sala de aula. Acho importante abordar
um pouco o conceito de infinifo na matemática, e mostrar que
ele não tem nada a ver com nossos pensamentos baseados no mundo
físico. Talvez a propriedades surpreendentes dele ajudem a despertar
o interesse dos alunos.
9. 21/9/21 palestra remota no seminário do "Grupo de estudos
sobre a abordagem da natureza pela complexidade", Info: Info:
profs. Carlos I. Z. Mammana cizmmaisnada arr uol pt com ponto br, Alaide
Pellegrini Mammana alaidepontomammana idem. Graus de satisfação
(1 - muito insatisfeita/o; 5 - muito satisfeita/o): 20% de 2,
20% de 3, 60% de 5. Questão 5 "Aprendi coisas novas":
SI (sim, interessantes) 100%; SNI (sim, não interessantes;
N (Não) . Questão 6 "Sou da área de":
CE "Ciências exatas/engenharia) 80%; CB (biomédicas);
CH (humanas); 20% AR (artes); OU (outra).
- [1] É importante ter perspectiva histórica. [2,
3] [Vazios] [5] S [6] CH. RESP.: A história
e as biografias deviam ser usadas em todas as matérias, em todos
os níveis, pois contém algo de real e faz uma ligação
do presente com o passado. Afinal, não chegamos aqui caídos
do céu... [É interessante notar que essa pessoa foi a
única da área de ciências humanas, e a que classificou
o índice de satisfação como 2. Pensei que minha
palestra fosse acessível a pessoas de qualquer formação,
pelo menos uma boa parte dela, quem sabe excluindo algo da parte de
conjuntos de números]
- [1] O infinito é ouro [outro?] pensamento e não
é físico! [2] Eu me senti de volta ao passado!
[3] Penso que precisa ter maturidade para estes aprofundamentos.
[5] S [6] CE. RESP.: Em minha concepção
do ser humano e do mundo, opensamento não é físico;
as atividades cerebrais ligadas a ele são uma consequência,
e não uma causa; o cérebro é necessário
pois reflete (refletir = pensar!!!) o pensamento para a consciência.
Há muitas evidências nesse sentido, mas têm que ser
vivenciadas por cada pessoa. Por exemplo, o fato de se poder escolher
o próximo pensamento e se concentrar o pensamento em um tema.
Se o pensamento fosse gerado pelo cérebro, ele iria pipocar aleatoriamente,
seria imposível concentrá-lo.
- [1] O infinito do mundo físico. [2] A questão
dos números transfinitos. Existem só o aleph0 e aleph1
? Ou existem outros ? Quas seriam os outros ? Seriam enumeráveis
ou finitos? [3] Sou Engenheiro Eletricista, e portanto muitos
dos conceitos apresentados eu já tinha visto na minha graduação.
Só a parte final da apresentação é que trouxe
algumas novidades. [5] S [6] CE. RESP.: Não,
existem infinitos alefs. Como mostrei, o alef0 é a cartinalidade
dos naturais; o alef1 a cardinalidade do conjunto potência (de
todas as partes ou subconjuntos) dos naturais. O alef2 seria o conjunto
das partes do alef1 e assim por diante. Sim, como conjuntos, eles são
enumenráveis (os índices dos alefs já mostram isso),
mas a partir do alef1 não é possível enumerar os
seus elementos, como é também o caso do conjunto dos reais.
Você aprendeu na faculdade algo sobre o plano projetivo? Provavelmente
não. Imagino que por "parte final" você se referiu
aos conjuntos de números e ao mundo físico.
- [1] Que pensar é livre, ilimitado e infinito [2]
Como aplicar o infinito na matemática para auxiliar o crescimento
individual e da humanidade ? [3] Muito obrigado por alimentar
minha mente [5] S [6] CE. RESP.: Sim, temos liberdade
total, livre arbítrio, no pensamento. Mas, cuidado, a liberdade
está na decisão do que pensar e na decisão de concentrar
o pensamento, e não no pensamento em si. Isto é, temos
liberdade no querer, na vontade. O pensamento é apenas o instrumento
usado no exercício do livre arbítrio. A causa do livre
arbítrio, como o nome muito bem o diz, está no querer.
Para completar, também não tempos liberdade nos sentimentos.
Se você tem uma sensação (por exemplo, do gosto
de algo que está comendo) e se gosta ou não dessa sensação
são reações incontroláveis. Os sentimentos
podem ser educados, mas leva tempo. Mais tempo ainda os impulsos de
vontade. Que bom que alimentei sua mente, isto é, fiz você
pensar, e certamente de uma maneira não usual.
- [1] Conceitos abstratos expandem sua propria compreensão
e visão de mundo. Sendo um exercício deve ser praticado
sempre. [2] São duvidas que já existiam antes,
como o conceito de universo seu inicio e fim. O infinito é uma
abstração, uma realidade ou os dois? Ao meditar sobre
a ciência o que nos faz mais racionais que aqueles que, por conceitos
que advêm de convicções, nem sempre o são?
Não me considero iluminado, talvez privilegiado. Mas será?
[3] Tenho fascinação por perguntas que me fazem
parar para pensar. A história da humanidade é mais que
fascinante. A educação deveria ser uma busca de vida de
todas a pessoas. [5] S [6] CE. RESP.: Cuidado,
não fique apenas nos pensamentos abstratos! Vivenciar e pensar
sobre a relidade física é fundamental, pois isso nos faz
ficar com o "pé no chão", e não começar
a voar em abstrações, perdendo o senso da realidade. Quanto
ao universo, acho fundamental saber-se que o início físico
dele não faz sentido físico, isto é, essa origem
não é física como, aliás, mostram profundamente
as imagens da Gênese bíblica, e todos os mitos da criação.
O infinito é uma realidade no mundo platônico das ideias,
que podemos observar com nosso pensamento. Além disso, é
uma realidade objetiva pois podemos trabalhar com ele matematicamente.
Se eu fiz você pensar, fico imensamente contente! Mas, cuidado,
não pare, exercite um pensamento dinâmico, como os que
exemplifiquei (por exemplo, imaginando uma figura diminuindo de tamanho
até tornar-se um ponto, depois a expandindo novamente e assim
por diante. Podem-se ter convicções, mas elas devem ser
hipóteses de trabalho, sempre sujeitas a revisão e comprovação.
Na minha opinião, ter crenças é voltar ao passado,
o que não é sadio. O ser humano moderno deveria ter hipóteses
de trabalho e sempre querer compreender.
8. 4/9/21 palestra remota organizada pelo Instituto Rudolf Steiner
e o Ramo Sofia da Sociedade Antroposófica no Brasil, ambos de Curitiba.
Info: Kátia Sequeira katiamariatudojuntosequeira arr gmail ponto
com, Zuleika Hauszler zuleikatudojuntohauszler at hotmail dot com. Graus
de satisfação (1 - muito insatisfeita/o; 5 - muito satisfeita/o):
12,5% de 2, 12,5% de 3, 25% de 4 e 50% de
5. Questão 5 "Aprendi coisas novas": SI (sim, interessantes)
87,5%; SNI (sim, não interessantes. N (Não) 12,5%.
Questão 6 - EM (ensino médio); ES (ensino superior/pós)
37,5%; OU (outro) 62,5%. Questão 7 - estudo/formação/atuação
em: CE (ciências exatas/engenharia) 57,1%; CB (biomédicas);
28,6% CH (humanas); 14,3% AR (artes); OU (outra). Questão
8 - Antroposofia: M (membro da Sociedade Antroposófica no Brasil)
12,5%; NM (Não é membro, mas conhece a antroposofia
razoavelmente) 87,5%; NC (Não conhece ou conhece muito pouco
a antroposofia). Houve 29 participantes.
- [1] Revi diversos conceitos, sob novas óticas. São
sempre novas óticas, e isso é aprender. [2] [Vazio].
[3] [Vazio]. [5] NM. [6] OU. [7] [Vazio]
[8] NC.
- [1] Que o conceito de infinito é mais ideal que material
e portanto se relaciona com o suprassensível, com o espiritual.
[2] A ideia do Universo curvo x o infinito. [3] O Prof.
Valdemar, com seu entusiasmo, é muito inspirador. [5]
SI. [6] ES. [7] CH. [8] M. RESP.: Sim, o conceito
de infinito da matemática não tem nada a ver com o mundo
físico. Como eu disse na palestra, a ideia do universo curvo
não refresca nada; se ele é curvo, deve haver algo fora
dele. O que é? O nada? Até onde vai o nada? Por isso fiz
a conjectura que nos limites do universo a matéria desaparece,
resta o que é espiritual.
- [1] A lógica com que pensamos o infinito é diferente
daquela que tratamos o mundo físico. [2] Seria mais próximo
de um pensamento espiritual? [3] O conteúdo é muito
extenso. Não é possível acompanhar com qualidade
as falas. Me senti meio atolada em informações que gostaria
de refletir melhor. [5] SI. [6] OU. [7] CE. [8]
NC. RESP.: Sim, deve-se usar uma lógica que não
é baseada na nossa percepção do mundo físico.
Sim, o conteúdo é extenso, mas você pode baixar
a apresentação e ler o livro e estudá-los calmamente.
Infelizmente, é preciso dar tudo de uma vez em uma única
palestra.
- [1] A visão dos infinitos. [2] O infinito e a
divisão em partes. [3] Conteúdo interessante na
medida que pode trazer novas vivências para a sala de aula. [5]
SI. [6] ES. [7] CE. [8] NC. RESP.: Sim, acho importante
que os alunos do ensino médio ouçam algo sobre o infinito,
afinal ele é muito mencionado, assim como, por exemplo, "probabilidade",
"média móvel"... Espero ter mostrado como ele
pode ser abordado. Nas escolas Waldorf ensina-se perspectiva; é
uma ocasião para se falar do infnito!
- [1] Será que podemos dizer que somos co-criadores nesse
universo que estamos? [2] Não saberia colocar agora. Não
sou matemática. Sou apenas curiosa! [3] Sou espectadora
dos assuntos da Antroposofia! Sempre aprendo!.[5] SI. [6]
OU. [7] CE. [8] NM. RESP.: Sim, somos criadores. Quem
é que está mudando a Terra do ponto de vista físico?
São os seres humanos, infelizmente em geral para pior. Adquirimos
liberdade mas não desenvolvemos o conhecimento e a consciência
para usá-la exclusivamente para o bem.
- [1] Sobre como que a espiritualidade está ligada às
questões matemáticas e como é interessante trabalhar
com isso na educação. [2] Algumas poucas questões
de conceitos matemáticos, pois não sou da área,
mas isso não interferiu no aproveitamento da palestra. [3]
Deu vontade de retomar os estudos de matemática. [5] SI.
[6] OU. [7] CH. [8] NM
- [1] Aprendi o que é Espiritualidade, graças à
visão de conjunto das relações conceituais: matemáticas,
geométricas, históricas e filosóficas. [2]
São dos seguintes itens: - 5. O conjunto de números racionais;
- 6. O Conjunto de números reais. [3] [Vou numerar as
várias partes para ficar claro, posteriormente, o que estou comentando.]
{1} Na realidade, a primeira parte da palestra, dos itens 1 ao 4, foi
extremamente gratificante. Pois, pela primeira vez entendi o que é
Espiritualidade...foi como ter epifania...Já a segunda parte,
do item 5 ao 6, apesar da excelente didática do professor, não
consegui acompanhar, devido ao alto nível de abstração
matemática dos números racionais e reais. {2} Esta palestra
acentuou uma pergunta que sempre me faço, com base na assertiva
de Rudolf Steiner, a seguir: Podemos retirar conceitos de uma
realidade observada, como retiramos água de um copo...
Percebemos, na evolução da palestra, que através
dos conceitos matemáticos, geométricos, históricos
e filosóficos, pudemos entender de forma simples um conceito
altamente complexo - a Espiritualidade. {3} Portanto, analogamente,
ao observarmos um quadro, ou um terreno, para interpretá-los
de forma objetiva e intuitiva, as leituras individuais dos observadores
podem convergir para uma interpretação única, pois,
a ideia geradora do quadro ou do terreno é una, como a semente
de uma árvore que contém a árvore toda. Perguntas:
- {4} Cada observador tem sua própria interpretação
de um quadro, ou de um terreno? - As diferentes interpretações
de um quadro, ou de um terreno, podem ser complementares? Quando digo
- foi como ter epifania - quero dizer que a palestra do Professor Valdemar
foi gratificante ao me revelar o que é Espiritualidade. {5} Contudo,
a terceira parte - 8. O infinito no mundo físico - poderia ter
coroado as revelações tão importantes, se não
fosse o exíguo tempo restante. [5] SI. [6] OU.
[7] AR (arquiteto). [8] NM. RESP.: {1} Tenho a impressão
que a prova de que o conjunto dos racionais tem a mesma cardinalidade
que o dos naturais é muito simples; basta entender como a matriz
dos racionais é construída, e como ordenar seus elementos.
Já para os reais a diagonalização de Cantor é
um pouco mais complexa, mas acho que dá para ser compreendida
por quem não é matemático. . Reveja a apresentação
ou estude o livro; se ainda tiver problemas, por favor me comunique.
{2} Não conheço a frase de Steiner, gostaria de saber
a origem dela. "Retirar" não é uma boa expressão
(talvez haja aí um problema de tradução). Não
se "retira" um conceito do mundo platônico das ideias,
mas se o "percebe". É uma percepção diferente
da sensorial, mas pode ser tão objetiva quando esta. Por exemplo,
olhando para a entrada de sua sala ou quarto, você dirá
que há uma "porta". E todas as pessoas com mente e
visão sadias dirão que é uma "porta".
Só que "porta" é um conceito, que se aplica
a todas as portas. É a essência do objeto que você
está olhando. Chegamos ao conceito por meio do pensar, e como
ele é o mesmo para todas as pessoas, é objetivo e universal,
isto é, não depende do julgamento de cada um. Estude o
livro "A filosofia da liberdade", mas aguarde a nova edição,
que será muito melhor do que as duas traduções
anteriores. Acho que sairá no próximo semestre (eu e minha
esposa estamos terminando ocotejo extremamente cuidadoso, de uma nova
tradução com o original, ). {3} Para mim, uma concepção
de mundo espiritualista é muito simples: trata-se de admitir,
idealmente por hipótese de trabalho e não por crença,
de que existem "substâncias", seres e fenômenos
que não são físicos. Nessa palestra, tentei mostrar
que podemos trabalhar mentalmente com conceitos claros e objetivos (no
caso, os vários infinitos) que não têm nenhuma correspondência
física e são, portanto, uma prova da existência
de um mundo espiritual. {4} Sim, desde que se entre em contato com a
essência real do quadro (o que estava na mente do pintor) ou do
conceito que o arquiteto teve (no caso de ele observar um terreno e
imaginar algo sobre ele - o que é materializado pela planta que
ele desenha, sobre algo que pretende construir no terreno). {5} Sim,
mas uma só interpretação será a verdadeira,
isto é, captando a ideia do pintor (que pode ter sido inconsciente)
ou do arquiteto. Talvez várias interpretações possam
ajudar a se chegar à que realmente inspirou o quadro ou a planta.
Em alguns casos, isso é relativamente simples, como o quadro
"O grito" do Edvard Munch, que está na capa do meu
livro sobre "Inteligência" Artificial (ver em minha
home page; o quadro, expressionista, claramente quer mostra o
medo, o pavor que uma pessoa pode sentir. {6} Se a palestra contribuiu
para você ter uma revelação do que é pelo
menos um aspecto do mundo espiritual, o mundo dos conceitos, fico muito
satisfeito com o resultado, obrigado. {8} Sim, eu poderia ter ido muito
mais devagar e entrado em mais detalhes, mas infelizmente o tempo era
curto para tudo o que eu gostaria de ter dito... Agradeço a extensa
avaliação, uma raridade total nesta nossa época
em que as pessoas têm dificuldade de ter ideias e de se expressar,
além de acharem que tudo deve ser telegráfico.
- [1 - 2] [Vazios]. [3] Esperava uma abordagem maior da parte
da espiritualidade. Vejo que a palavra "espiritualidade" foi
colocada considerando o público da palestra, mas a palestra em
si não mal tocou nessa abordagem. Me senti desconfortável
com algumas grosserias com a organizadora. [5] N. [6]
ES. [7] CE. [8] NM. RESP.: Curiosamente, essa pessoa foi
a única que colocou o grau 2 para a satisfação
(não houve nenhum 1). Acho que toquei bastante em espiritualidade,
como outras/os avaliaram. O essencial foi que ao se trabalhar com o
infnito não se está mais no mundo físico e nem
no que nosso pensar baseado nele pode fornecer. Tudo isso, que foi enfatizado,
é espiritualidade. Na apresentação em ppt não
aparece a palavra "espiritualidade" pois, como mencionei,
ela é dirigida a um público geral e não necessariamente
espiritualista. Curiosa a afirmação de que eu tratei a
organizadora com "algumas grosserias"; deve ter havido um
mal entendido, pois a tratei com carinho; talvez esse mal entendido
foi devido a algumas brincadeiras que fiz com ela. Finalmente, a menos
que a avaliadora esteja cursando um bacharelado em matemática,
a questão dos planos projetivos (infinitos) e dos conjuntos infinitos
de números deve em geral ter sido total novidade. Certamente,
como essa pessoa indicou que conhece a antroposofia razoavelmente, a
ligação que eu fiz dos assuntos com o pensar extra-físico
deve ter sido também total novidade. No entanto, ela colocou
no item [5] que não aprendeu nada de novo. Aliás,
as estatísticas de 12,5% foram unicamente devidas a ela.
7. 3/9/21, palestra remota com transmissão
pelo youtube, para alunos, professores, e interessdos, organizada
pelo Núcleo Pedagógico da Diretoria de Ensino, Carapicuiba,
SP, dentro do projeto
Embaixadores
da Matemática do IME. Info: Profa. Antonia Zulmira da
Silva proftudojuntoantoniazs attt gmail pt com. Graus de satisfação
da palestra; 1 - muito insatisfeita/o a 5 - muito satisfeito - 4,5%
de 1; 6,8% de 2; 25% de 3; 25% de 4; 38,6%
de 5. Item [5]: Aluna/o de EF - Ensino fundamental (11,4%);
EM - ensino médio (77,3%); SU - superior e pós-graduação;
OU - outro (11,4%). Item [6]: No caso de OU, a área
de estudo ou atuação. Total de participatnes segundo
o NPDE: 435, sendo 80 on-line.
- [1] Nada de interessante nenhuma até agora nenhuma.
[2] Nenhuma. [3] Aula até que interessante a aula.
[5] EM.
- [1], [2], [3] [Vazios]. [5] EM.
- [1] infinitos. [2] 0. [3] [Vazio]. [5]
EM.
- [1] A física se relaciona com tudo ao nosso redor,
desde a arte até a matemática. [2] Nenhuma. [3]
Estudem sobre a inquisição além do que diz nos
livros de história. [5] EM. RESP.: Curiosíssimo
que você chamou atenção sobre a Inquisição,
pois foi minha tia Anita Novinsky que introduziu o estudo dela no Brasil
e publicou muitos artigos e vários livros sobre o assunto (o
último será póstumo, sobre o Pe. Antônio
Vieira)
- [1] tudo. [2] nada. [3] muito legal. [5]
EM.
- [1] sobre os atomos. [2] nenhuma. [3] palestra
muito boa. [5] EM.
- [1] sobre física. [2] todas. [3] [Vazio].
[5] EM.
- [1] muitas informações que irei usar para estudar
no futuro. [2], [3] [Vazios]. [5] EM. RESP.:
Comece revendo minha apresentação.
- [1] Várias coisas. [2] Nenhuma, consegui esclarecer.
[3] [Vazio]. [5] EM.
- [1] nem tudo e o que parece ser. [2] o medelo atomico
de dalton. [3] ele falou mt rapido, n entendi mt coisa, mais
foi interessante. [5] EM. RESP.: Gostei de sua observação
de que "nem tudo e[é] o que parece ser." É muito
importante saber que o que os sentidos nos revelam é uma parte
muito pequena do universo. Veja você própria/o: o que as
pessoas veem em você é praticamente zero perto de tudo
o que você já vivenciou (e gravamos todas as nossas vivências,
quase tudo no insconsciente) suas lembranças, seus desejos e
ideias, suas ideias etc. etc. Mesmo se você examinar uma pedra,
mesmo abrindo-a, não saberá nada da riquíssima
história dela. Curioso que você e outros chamaram a atenção
para o John Dalton, pois não o mencionei. No início do
séc. XIX, ele propôs um modelo do átomo como se
ele fosse maciço e indivisível, que se denominou "modelo
da bola de bilhar". Isso foi um século antes do modelo planetário
de Rutherford. Dalton fez a primeira teoria científica sobre
o átomo. Desculpe ter falado muito rápido, mas eu estava
preocupado com o tempo. Na verdade, esses assuntos deveria ser abordado
com muito vagar e com discussões. Mas espero ter deixado uma
impressão sobre eles e despertado o interesse, além de
ter mostrado que a matemática tem muito mais coisas do que vocês
estão aprendendo, e interessantes.
- [1], [2], [3] [Vazio]. [5] EM.
- [1] várias coisas. [2] nenhuma. [3] [Vazio].
[5] EM.
- [1] sobre as retas. eos números reais e maior que os
naturais. [2] sobre o mundo físico. [3] estão
de parabéns. [5] Prof. de matemática. RESP.:
Exprimindo mais precisamente: A cardinalidade do conjunto dos números
reais é maior do que a cardinalidade do conjunto dos naturais,
são infinitos diferentes.
- [1] Aprendi a questão de conceitos e representações
sobre o infinito. [2] Aulas como essa deveriam ser mais recorrentes
na rede. É sempre muito proveitoso ouvir outros profissionais
de cada área para auxiliar os professores e alunos.. [3]
. [5] OU [6] Prof. área de humanas.
- [1] a mistura da matematica com a arte. [2] metade
da palestra. [3] [Vazio]. [5] EM. RESP.: A matemática
desperta sentimentos estéticos quando é expressa por meio
da geometria. Fórmulas não podem ser lindas; desenhos
bem coloridos podem ser!
- [1] os conceitos da geometria, números naturais e muito
mais. [2] foram todas resolvidas na video aula. [3] adorei
o professor e a plataforma, excelente aula e gostaria de parabenizar
o professor Dr. Valdemar. [5] EM. RESP.: Obrigado.
- [1] As retas infinitas. [2] O tempo e linear. [3]
Muito boa palestra parabéns. [5] EM. RESP.: Eu
não disse que o tempo é linear. O que eu falei sobre o
tempo é que ele tem que ser vivenciado, não pode ser observado
como o espaço. Vivenciamos o tempo quando observamos uma mudança
no espaço. Uma observação: a medida do tempo (segundos,
minutos, horas, dias etc.) é uma abstração arbitrária,
não é o tempo propriamente dito!
- [1] Que o infinito da matemática é diferente
do da física. [2] [Vazio]. [3] Super boa a palestra.
[5] EM.
- [1] A relação da matemática com outras
disciplinas. [2] Algumas. [3] Muito boa a aula. [5]
EM.
- [1] Aprendi bastante sobre a geometria. [2] Nenhuma.
[3] Aula muito boa gostei muito!. [5] EM.
- [1] A relação da matemática com Outras
matérias. Principalmente a arte, que é algo que eu gosto
muito. [2] Não tive dúvidas. [3] Gostei
que fossem feitas mais lives assim, só que de outras matérias
também. [5] EM. RESP.: Que ótimo que você
gosta de arte, espero que pratique alguma ou várias! A arte envolve
pensamentos de outra natureza do que os pensamentos abstratos.
- [1] Um pouco mais sobre geometria. [2], [3]
[Vazios]. [5] EM.
- [1] as atividades foram meio que difíceis. [2]
nenhuma. [3] foi meio que que difícil pra mim. [5]
EM. RESP.: Sugira ao seu professor de matemática para
ver minha apresentação em ppt e depois explicar os tópicos
para a classe.
- [1] A junção com as demais disciplinas. [2]
[Vazio]. [3] Agradeço o conteúdo explicativo e
conhecimentos que aprimoraram as aulas que trabalho em sala de aula.
[5] OU. [6] Prof. [não colocou a área].
RESP.: Acho importante sair do currículo padrão
e mostrar outros aspectos da matemática. Veja meu livro, em meu
site, A matemática pode ser interessante... e linda!
para vários tópicos que você pode usar em suas aulas.
- [1] Geométrica. [2] [Vazio]. [3] Geométrica.
[5] EM.
- [1] Não conseguir entender muito. [2] Várias.
[3] [Vazio]. [5] EM.
- [1] sobres os pontos. [2] apenas sobre daltôn.
[3] Amei. [5] EF. RESP.: Sobre o Dalton, veja a
avaliação N° 10.
- [1] Os pontos que são infinitamente pequenos e o conceito
dos pontos. [2] {Vazio]. [3] Infelizmente não consegui
acompanhar por inteiro, pois foi, de certa forma, rápido de mais,
vou procurar ler o livro e me aprofundar, pois gosto muito do tema..
[5] EF. RESP.: Comece estudando a apresentação
em ppt.
- [1] Nada. [2] Nenhuma. [3] Nenhum. [5]
EF.
- [1] Sobre os infinitos. [2] Quase a maioria. [3]
{Vazio]. [5] EM.
- [1] Que a matemática é os números nos
rodeiam. [2] Sobre os números racionais e irracionais.
[3] [Vazio]. [5] EM.
- [1] Não sei direito, teve muita informação,
e as vezes aqui caia a conexão. [2] Nenhuma. [3]
Foi satisfatório.. [5] EM.
- [1] Aprendi um pouco mais sobre a física sem ser só
os calculos e formas. [2] Tudo de física se torna complicado
como material de estudo, pois necessito de mais do básico para
o entendimento mutuo. [3] Nada a comentar. [5] EM.
- [1] A palestra ajudou na parte de matemática em alguns
temas. [2] Acho que nenhuma. [3] Aula boa todo mundo participando.
[5] EM.
- [1] Ampliar a visão quanto ao conteúdo e metodologia.
[2] Grande oportunidade de ampliação e compreensão
do tema. [3] . [5] OU [6] Diretor/a de E.E.
- [1] Que matematica e muito interessante quando vc se aprofunda.
[2] Acho que nenhuma deu pra entender bem. [3] Professor
esplica muito bem. [5] EF.
- [1] Conceitos dos quais eu não possuía conhecimento,
como cardinalidade, geometria analítica, a diferença entre
reta e segmento de reta, como compreender o conceito de infinito na
matemática etc. [2] Em relação à
Física, e as grandezas infinitas envolvidas. [3] Eu gostei
muito da aula, porque acredito que apenas nessa aula, aprendi muito
mais do que nesse ano até o presente momento. Isto é principalmente
influenciado pela pandemia que nos afastou das escola, obrigando-nos
a se adaptar a um novo modelo de ensino ao qual não estávamos
preparados. Vale ressaltar que, com o tempo a educação
regrediu muito, principalmente na matemática, e eu consigo perceber
isso com uma observação simples: eu sou uma aluna de escola
pública, e sou a melhor da minha sala em matemática, e
ainda tenho muito o que aprender e não sei como fazer isso, porque
durante todos esses anos, minha única base de aprendizagem foi
a escola, mas agora eu compreendo que para ter o mínimo de conhecimento,
necessito ir muito além do que a escola me estabelece. Só
assim poderei adquirir conhecimento de forma independente e completa.
Para finalizar, gostaria de agradecer por essa oportunidade de aprofundar
o estudo da matemática - que aliás é minha disciplina
favorita - e desejar que futuramente tenhamos mais experiências
como está. Atenciosamente, [Assin]. [5] EM. RESP.:
Compre ou empreste livros de matemática - pegue um livro correspondente
à sua série, mas depois passe para séries mais
avançadas. Você verá que conseguirá estudar
sozinha, e quando tiver dúvidas, pergunte ao seu professor. Aposto
que ela/e ficará encantada/o com o seu interesse pela matéria!
Quando eu tinha 12 anos, fiquei com febre reumática, de cama
por um mês. Meu pai me deu um livro de matemática em francês
(naquela época 6 anos de francês eram obrigatórios
para todos os alunos), estudei o livro todo e fiquei com o conhecimento
de todo o ensino fundamental e grande parte do médio. Coragem!
- [1] Sobre finito e infinito. [2] Sobre os átomos.
[3] Nenhum. [5] EM.
- [1] Sobre os pontos e as linhas. [2] Nem uma. [3]
Aula foi boa , mais foi falada muito rápida ficou um pouco abstrata.
[5] EM. RESP.: De fato, mas não foi somente a fala;
tudo deveria ter sido muito mais vagaroso, mas infelizmente o tempo
era curto.
- [1-3] {Vazios}[5] EM
- [1] Que o ponto contém todas as formas. [2] A
teoria dos infinitos universos. [3 [Vazio]. [5] EM.
- [1] O infinito pode ser compreendido como conceito matemático,
embora não seja algo físico. Praticamente tudo que vi
nessa palestra é novo. Mas esse detalhe é realmente intrigante.
[2] Em todas as demonstrações de divisão
do plano, considerando-o infinito, a ideia de que um infinito encontra-se
com outro é muito interessante. Poderia-se dizer que quando dois
infinitos se encontram fecham um ciclo? [3] Esse tema deveria
ser mais explorado nas aulas de matemática, pois ele nos aponta
mais que uma visão da geometria, da matemática... tocando
em questões filosóficas profundas, belas e intrigantes.
Para nós que não teremos mais essas oportunidades em sala
de aula, ver palestras assim é privilégio. Certamente
vou ler o livro. [5] OU. [6] Artes visuais. RESP.:
Todos os conceitos matemáticos não são físicos.
Até mesmo o conceito de um número como o 2. Esse conceito
é o que há de comum entre todas as representações
simbólicas do 2, como II, ii, dois, two etc. Esse conceito puro
do 2 não tem representação simbólica, mas
é com ele que trabalhamos, pois tanto faz qual a representação
que se usa, o resultado é o mesmo, por exemplo dois mais três
é igual a cinco. Se um conceito puro não tem representação
simbólica não pode estar no nosso cérebro! Está
no que mencionei como o mundo platônico das ideias. Não
sei o que você quer dizer com "ciclo". Num plano infinito,
os infinitos estão nesse plano. Caminhando-se imaginativamente
numa reta do plano numa certa direção, chegando-se ao
infinito volta-se pelo outro lado. Se isso é o que você
chamou de ciclo, que seja...
- [1] Não entendi nada. [2] Muitas. [3]
[Vazio.] [5] EF. RESP.: Essa palestra é dirigida
a alunos do ensino médio, principalmente dos 2° e 3°
anos. Mas acho que, com boa vontade, até mesmo alunos do ensino
fundamental, talvez dos 8° e 9° anos, podem aproveitar algo
veja a avaliação N° 36.
- [1] Que qualquer imagem ou forma são infinitos pontos
e que pontos não podem ser divididos. [2] Por que vou
precisar saber disso? [5] EM. RESP.: Você já
tinha ouvido falar em infinito, não é? Pois se prestou
atenção, e estudar a apresentação ou o livro,
vai ter uma ideia do que é o infinito na metamática, e
que para se lidar com ele não é possível usar o
pensamento baseado no mundo físico. É muito importante
estudar e exercitar matemática pois ela ajuda a pensar claramente
e requer concentração mental. Isso é importantíssimo
para a vida em geral. Mas foi interessante sua pergunta: "Para
que serve?" De fato, no ensino médio tudo deveria ser dado
com aplicações práticas. Os jovens hoje não
querem ficar apenas em pensamentos. Nas próximas palestras desse
assunto vou começar com essa questão, obrigado!
6. 1/3/21, palestra presencial na Lapinha, Lapa, PR, acrescentando
os aspectos de espiritualidade.
- [1] O infinito é extremamente brincalhão com
a intuição. [2] Aonde todas as dúvidas sobre
o infinito nos levarão. [3] Lamento ter chegado tão
tarde para tentar entender esse tema que tanto me interessa. RESP.:
Veja a apresentação em ppt.
- [1] É impossível representar um ponto, não
conseguimos dimensionar, infinitamente pequeno. O ponto é subjetivo,
está no mundo espiritual. A matemática nos ajuda ajuda
a ter contato com o mundo espiritual. [3] Mudar o pensamento
para "enxergar" o infinito". Somos ilimitantes! RESP.:
O conceito de ponto gométrico, infinitamente pequeno, sem dimensões,
não é subjetivo, pois todas as pessoas captam o mesmo
conceito. Sim, a matemática pode nos ajudar a treinar a "observar",
com nosso pensamento, o mundo espiritual, pois fora a contagem de objetos,
ela não tem nada de físico.
- [1] Pensar no infinito é espiritualidade.
- [1] Que o ponto não pode ser dividido.
5. 16/10/20, palestra remota pelo Zoom para interessados, professores,
pais e alunos de várias unidades do Colégio Porto Seguro.
Info: Prof. Osmar Mantovani omantojuntovani arr portoseguro dot org pt
br, dentro do projeto Embaixadores
da Matemática do IME; Na avaliação remota, graus
de satisfação 1: muito insatisfeito a 5: muito satisfeito.
Com a palestra: 92,3% de 5 e 7,7% de 4. Com a transmissão remota:
69,2% de 5 e 38,8% de 4. Alunas/os do colégio: 8; professoras/os:
4; outro 1: Houve um pico de 66 participantes.
- [1] o infinito matemático é na verdade algo que
não se pode compreender com uma perspectiva física. [2]
Onde acaba o universo. [3] Admiração enorme pelo
professor valdemar. RESP.: Tentei mostrar que os limites do universo
físico não fazem sentido físico, ou melhor, não
podem ser compreendidos fisicamente. Assim como, admitindo-se a teoria
do Big Bang, não é possível compreender fisicamente
como a matéria e a energia original apareceram.
- [Sem respostas]
- [Professor/a] [Sem respostas]
- [1] achei tudo importante, sendo que quase tudo foi novo. [2]
alguns conceitos estavam meio confusos. [3] achei excelente!
RESP.: Infelizmente houve necessidade de correr um pouco, devido
ao tempo; alguns assuntos deveriam ter sido dados com mais vagar, como
a diagonalização de Cantor. Os assuntos poderiam ser abordados
melhor em várias aulas.
- [1] Infinito é completamente compreensivel matematicamente
porém fisicamente não pode ser entendido como algo além
do abstrato. Além disso, infinitos que podem parecer "diferentes"
são iguais. [2] Não ficaram dúvidas além
daquilo que foge à compreensão humana. RESP.: Acho
importante reconhecer-se que podemos compreender o infinito na matemática,
isto é, suas propriedades e como trabalhar com ele.
- [Professor] [1] As diversas formas de mostrar que um infinito
não é maior que outro infinito. [2] Que os números
reais tem um infinito "maior" que os demais conjuntos numéricos.
[3] O nível da palestra é muito elevado para alunos
de ensino médio. RESP.: O conjunto dos números
reais é "maior" do que o conjunto dos naturais. Há
outros "maiores" do que conjunto dos reais. Em minha opinião,
esses assuntos deveriam ser abordados no ensino médio, pois mostram
aspectos importantes da matemática; com mais tempo, certamente
as/os alunas/os poderão compreender tudo.
- [1] Que há muita coisa presente na vida real, mas é
que não é possível visualizar fisicamente e nem
tocá-la. [2] Como é possível definir algo
relacionado a algo que não se sabe exatamente como é,
sem fazer experimentos e, consequentemente, sem observar a reação
de tal corpo que não se sabe exatamente como é? [3]
O conceito de infinito na física explodiu a minha mente. Muita
coisa nova, principalmente na área da física, que eu não
sabia que acabou me deixando perdido e confuso, mas não que a
explicação tenha sido ruim. Foi muita coisa nova em um
tempo curto, isso que me deixou confuso. Mas me deixou mais interessado
ainda pela física!!!! RESP.: Sim, começando pelo
seu pensamento! Você vivencia seu pensamento com ele próprio
e não com os seus sentidos físicos. Os experimentos matemáticos
são feitos com o pensamento. Um aspecto importante é você
compreender que a física não explica e jamais explicará
todo o mundo físico.
- [Engenheiro/a] [1] conceituação revisitada do
infinito. [2] nada digno de nota. [3] boa palestra.
- [1] Não pensar apenas no espaço físico.
[2] Nenhuma dúvida sobre a palestra, mas muitas novas
dúvidas sobre o universo. [3] Muito interessante a palestra
e o tema escolhido. Uma nova forma de pensar sobre coisas que eu acreditava
que sabia. RESP.: Sim, eu insisti muito que devemos aprender
a pensar sem que o pensamento esteja ligado ao mundo físico.
Você não percebe, mas faz isso constantemente. Por exemplo,
quando usa sua memória ou pensa em uma sensação
como a alegria, ou um sentimento como gostar de alguma coisa. Você
não consegue fazer outra pessoa ter uma sensação
ou um sentimento que você tem, pois eles são subjetivos
e absolutamente individuais. Quando você vê algo, imediatamente
associa a imagem interior, a representação mental, ao
conceito desse algo, como no caso de reconhecer que uma planta pertence
a uma certa espécie ou reconhecer que um objeto é porta,
como exemplifiquei na palestra.
- [Professor/a] [1] Como o infinito pode dar um nó no
cérebro! [2] O infinito. RESP.: Eu diria "na
mente", que para mim é mais do que o cérebro. Qual
seria a dúvida que ficou em relação ao infinito
na matemática e na física? (Escreva-me, se quiser esclarecer
isso.)
- [1] Sobre os conceitos de infinito e planos. [3] Amei!
Palestrante muito simpático e com muitas informações
novas! RESP.: Sim, os conteúdos não são
em geral abordados no ensino médio, mas acho que deviam, no 3º
ano, para mostrar certos aspectos importantes da matemática.
Acho que com mais vagar tudo poderia ser bem compreendido pelos alunos.
- [Sem respostas]
- [Professor(?)] [1] A divisão do plano por duas retas
paralelas distintas, por exemplo. Acho que nunca pensei sobre isso.
[2] Não tenho tanta facilidade com física. A parte
final foi mais difícil para mim. [3] A linha de raciocínio
sobre o encontro das paralelas (incluindo as figuras com pontos de fuga!)
é realmente interessante! RESP.: Sobre a física,
um dos grandes problemas é que ela é ensinada como se
fosse uma coleção de fórmulas matemáticas,
em lugar de ser inicialmente introduzida, em cada área, de um
ponto de vista fenomenológico, qualitativo. Foi o que fiz fiz
no capítulo 22 "Por que um avião voa" de meu
novo livro "A matemática pode ser interessante...
e linda!" Ver detalhes sobre o livro em
www.blucher.com.br/livro/detalhes/a-matematica-pode-ser-interessante-e-linda-1645
4. 8/7/20 palestra remota pelo google meet com transmissão pelo
yutube, para professores, alunos de licenciatura, e interessados, promovida
pelo Centro de Aperfeiçoamento do Ensino de Matemática (CAEM)
do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP, dentro
do projeto Embaixadores da Matemática
do IME; info: profa. Ana Paula Jahn anap junto jahn no gmail. Na avaliação
remota, graus de satisfação 1: muito insatisfeito a 4: muito
satisfeito. Com a palestra: 91,2% de 4 e 8,8% de 3. Com a transmissão
remota: 85,3% de 4 e 14,7% de 3. Alunas/os de curso superior: 13; professoras/es
de ensino básico: 9; professoras/es de ensino superior 3; formado
em curso superior: 7; aluna/o de ensino médio: 1; outra atuação:
1. Houve um pico de 182 participantes.
- [1] (Sem respostas além das de múltipla escolha.)
RESP.: O pintor cujo nome eu tinha esquecido, que fez a demonstração
pública da perspectiva foi o famoso arquiteto e pintor Brunelleschi,
em alguma data entre 1412 e 1425, mostrando a praça e a catedral
de Santa Maria del Fiore em Florença pintadas no verso de um
quadro, e montando atrás dele um anteparo que deixava ver a praça
e depois tapava parte dela. Girando o anteparo, aparecia um espelho
que refletia o quadro, que completava a parte tapada pelo anteparo.
Como o quadro tinha sido pintado em perspectiva, o espelho completava
a praça direitinho, para surpresa de todo o público, que
não estava acostumado a quadros em perspectiva.
- [1] Tudo foi de estrema importância. [2] Não,
tudo foi bem explicado. [3] Muito boa, tudo foi bem explicado.
- [1] A representação projetiva do infinito. [3]
Ótimo, apenas ficou confuso quando aos links que precisaríamos
acessar. Seria interessante deixar os links na descrição
do vídeo. RESP.: Os links estão em minha
home page e também no formulário de avaliação
que você preencheu, além de estarem nesta página
com a síntese das avaliações
- [1] Muito interessante a análise de perspectiva. [3]
Ocorreu tudo bem.
- [1] Perspectiva. [2] Nenhuma. [3] Professor excelente.
- [1] Todo conteúdo abordado foi de extrema relevância.
[3] Excelente!
- [1] Gostei muito da parte da mesma cardinalidade de conjuntos
diferentes. [2] A parte que a reta cortava o plano, mas acho
que entendi. RESP.: Mostrei que, exlcuindo-se os pontos de uma
reta, ela não dividia o plano em duas partes; se ela é
horizontal, a parte "de cima" vai para o infinito e continua
"em baixo", isto é, é a mesma parte.
- [1] Mais sobre o infinito na geometria e como trabalhar isso
com meus alunos, perspectiva para trabalhar o conceito das retas paralelas
no infinito e poder relembrar geometria projetiva (que faz tempo que
não dou aula). [2] Conseguir entender melhor a divisão
do plano pela reta. [3] A palestra foi maravilhosa; por ser on-line,
permitiu que eu pudesse participar pois, se fosse presencial, não
poderia. RESP.: Vou propor que minhas futuras palestras presenciais
no IME sejam simultaneamente transmitidas pela internet.
- [1] É incrível como um ponto ou uma reta, podem
ser tão complexos. A apresentação é realmente
interessante. [2] O infinito na Física. RESP.:
Talvez eu devesse ter chamado de "o infinito no mundo físico",
mas eu quis fazer, no título, uma contraposição
à matemática.
- [1] Quando se trata de infinito não se pode usar o raciocínio
com base nas percepções sensoriais. [2] Se não
faz sentido falar em matéria no nível atômico (microcosmo)
também não faz sentido no macrocosmo? A matéria
então é uma ilusão dos sentidos ? [3] A
palestra do Professor Setzer foi excelente para despertar reflexões
sobre a finitude do mundo sensível. RESP.: No fundo, qualquer
elemento geométrico ideal não existe fisicamente. No caso
do infinito, isso fica patente, mas acho importante que se tenha consciência
que jamais vimos um ponto geométrico, um segmento de reta, uma
circunferência etc.. O que vemos são representações
dos conceitos, que não existem fisicamente e são objetivos
e universais. Acho importante explicar isso para os alunos, chamando
a atenção para o fato de que nosso pensamento é
capaz de captar realidades que, na minha opinião, não
são físicas. Sim, na minha concepção tanto
no micro quanto no macrocosmo a matéria como a vivenciamos desaparece.
A própria física reconhece isso, ao estabelecer que há
correspondência entre energia e matéria. Mas eu vou mais
longe: na minha hipótese de trabalho, tanto a matéria
quanto a energia são condensações de algo que não
é físico por isso não conseguimos compreender
o micro ou macrocosmo com umpensamento baseado em nossas vivências
físicas sensoriais. Porém, a matemática mostra
que podemos pensar não sensorialmente. Não, a matéria
não é uma ilusão dos sentidos (os antigos hindus
achavam que era, e a chamavam de "maia"), mas é fundamental
ter consciência de que existe uma realidade subjacente a qualquer
objeto, que é a sua essência, seu conceito (os antigos
hindus davam mais realidade a essa essência, que eles percebiam,
do que ao seu aspecto material, daí a "maia"). O mundo
sensível não é finito, ele tem infinitas nuances;
por exemplo, uma árvore já mostra isso; idem para uma
orquídea em flor.
- [1] Noções de infinito. Fiquei maravilhado. [2]
Quando imagino o infinito em minha cabeça e eles se encontram,
uma figura que eu imagino é uma esfera. Mas isso é loucura!!
Pois o infinito não tem fim. Então, não se encontram.
Mas o senhor falou que se encontram. Estou confuso. Rsrs. [3]
Muito bem executada. Parabéns! RESP.: Em primeiro lugar,
suas imaginações passam-se na sua mente, e não
na sua cabeça; se o cérebro excretasse os pensamentos
não poderíamos concentrá-los segundo nossa vontade.
Em segundo lugar, vamos pegar a reta, para simplificar. Realmente não
conseguimos imaginar, como nosso pensamento comum, que as extremidades
de uma reta horizontal prolongada para a direita e para a esquerda acabam
se encontrando. É preciso fazer um esforço mental para
captar esse conceito. Experimente fazer um exercício de concentração
mental, imaginando as duas maneiras que eu usei para demonstrar que
o infinito é o mesmo: a rotação da reta em torno
de um ponto e os percursos nas circunferências de raio cada vez
maior. Aliás, essa técnica de percorrer figuras geométricas
foi muito usada em demonstrações na antiguidade. Sim,
você pode usar uma esfera, mas aí, em lugar de uma reta,
use um plano e esferas que o tangenciam num mesmo ponto, com os raios
aumentando gradativamente.
- [1] A aplicação de raciocínio mental aliada
à matemática e a ideia de infinito aliado aos conceitos
da física, pois como matemática só penso mentalmente.
[2] Gostaria que o professor divulgasse o canal para os congressos
religiosos da matemática, pois me interessei em conhecer mais.
[3] A palestra foi ótima, me interessei do inicio ao fim.
Gostaria de ter outra. RESP.: A física teórica
também tornou-se algo puramente mental. Não conheço
congressos religiosos sobre matemática. O que eu citei foi que
já dei essa palestra para grupos de estudo espiritualistas, quando
salientei muito mais o fato de que na matemática usamos um pensamento
cujo conteúdo não é físico, isto é,
é espiritual. Quanto a eu dar outra palestra, é só
organizar um bom grupo, em qualquer ambiente e me convidar. Veja as
palestras que tenho dado ultimamente em
www.ime.usp.br/~vwsetzer/pals/pals-cursos.html
- [1] Como abordar assuntos com alunos do ensino fundamental
de forma diferente. [2] Sobre incomensurabilidade. [3]
Adorei a palestra, achei os exemplos bem didáticos e mostra outras
formas de abordarmos esses temas com alunos do ensino fundamental, além
de mostrar como a matemática é mágica e cativante.
O Professor Valdemar transborda essa paixão pela matemática
e nos entusiasma. Sou formada em Lic. Matematica (UEPG), em Lic. Interdisciplinar
em Ciências Naturais (UTFPR), mestranda do PPGECT - UTFPR e professora
do ensino fundamental e médio. RESP.: Atenção:
em minha opinião os conceitos que abordei não devem ser
expostos no ensino fundamental, são abstratos demais para essa
idade. É muito prejudicial aos jovens serem forçados a
pensar abstratamente, o que infelizmente é o padrão do
ensino. Por exemplo, veja como se define o que é uma ilha (mais
ou menos aos 8 anos de idade?), "um pedaço de terra cercado
de água por todos os lados." Essa é uma ilha absolutamente
morta, abstrata, sem vida, sem árvores e bichos, sem ondas batendo
nas praias em em pedras etc. Sobre a incomensurabilidade, usei como
exemplo a diagonal de um quadrado. Por exemplo, seja um quadrado com
lado de 10 cm; a diagonal terá o tamanho da raiz quadrada de
200 cm. É impossível achar uma unidade de medida dos lados,
como por exemplo o milímetro, isto é, cada lado tendo
100 mm, dando um número inteiro de milímetros para a diagonal,
pois a raiz quadrada de 200 é um número irracional; é
impossível medi-la com um número finito de milímetros
(ou qualquer unidade que dê um número inteiro dela para
os lados).
- [1] As ideias de infinitos geométricos. [2] A
relação de cardinalidade do quadrado com a reta. [3]
Foi excelente. RESP.: Na realidade, foi a relação
do número infinito de pontos de um quadrado (cardinalidade infinita)
com o número infinito de pontos de um segmento de reta. Eu mostrei
que se pode construir uma correspondência biunívoca entre
um ponto qualquer de um quadrado de lado 1, com algum ponto do segmento
de tamanho 1, e vice-versa. Pode-se associar cada ponto do quadrado
com as coordenadas, digamos, (a,b), sendo a nas
abcissas e b nas ordenadas. Aí se constrói um ponto
do segmento, com a distância à origem igual a um número
formado pelos algarismos de ordem ímpar usando os algarismos
extraídos consecutivamente de a, alternando com os de
ordem par extraídos de b. E vice-versa para associar cada
ponto do segmento com um ponto do quadrado. A existência da correspondência
biunívoca mostra que a cardinalidade do conjunto de pontos do
quadrado é a mesma que a do conjunto de pontos do segmento, isto
é, o número infinito de pontos do quadrado é o
mesmo que o do segmento. Veja a apresentação em ppt para
compreender melhor o que acabei de escrever.
- [1] A questão do infinito em relação às
retas e planos e como se dá a separação. [2]
Como apresentar essas questões na escola e em qual momento seria
o melhor para isso. [3] Podem pensar em usar o Zoom para essa
transmissão porque é possível ter perguntas em
tempo real. RESP.: ATENÇÃO: Quando eu disse que
esses conteúdos deveriam ser abordados no ensino médio
(talvez no 3° ano, pois exigem maturidade), eu esqueci de dizer
que isso deveria ser feito em várias aulas, e não numa
só como tive que fazer. Seria interessante dar mais exemplos
e dialogar com os alunos. Quanto ao Zoom, é a plataforma com
a qual tenho mais experiência de dar palestras, e a acho muito
melhor do que o google meet. Infelizmente o IME não tem o Zoom
contratado, e sem contrato o limite é de 100 pessoas e de 40
minutos por sessão. No entanto, se a palestra é retransmitida
pelo youtube, acaba havendo a separação entre o palestrante
e os participantes, o que não acho ideal; isso ocorreria da mesma
forma com o Zoom. Infelizemente não me ocorreu usar um segundo
micro, ou um tablet ou um celular, para ter ao lado o que estava sendo
transmitido pelo youtube.
- [1] Da questão da perspectiva de que a reta não
divide o plano em duas partes. [2] Como definimos o ponto de
fuga de uma perspectiva. RESP.: Tome duas retas paralelas, por
exemplo as guias de uma rua bem comprida, encontrando-se em um ponto,
como você as vê. Esse ponto, que deveria estar na altura
de seus olhos em relação às figuras representadas,
será o ponto de fuga de todas as outras paralelas às duas
primeiras. Vou salientar isso nas próximas palestras, obrigado!
- [1] Noção de infinito na matemática, principalmente.
[2] Nenhuma grande dúvida. [3] Excelente palestra!
Ótima didática do professor e transmissão fluindo
muito bem! RESP.: Que bom que tudo correu bem! Foi a primeira
vez que dei uma palestra com conteúdo matemático por vídeo
conferência. É bom saber que consigo fazer isso de maneira
a interessar os participantes (como é o caso de minhas palestras
presenciais).
- [1] Sobre "mostrações" de enumerabilidade,
que podem ser apresentadas na educação básica.
[2] Sobre enumerabilidade em geral. RESP.: Acho que os
conceitos de enumerabilidade e de inumerabilidade podem ser apresentados
aos alunos de maneira bem simples. Por exemplo, o fato de se poder contar
quantos eles são na classe (faça um deles contar). Em
seguida, mencione, por exemplo, o número de salas da escola.
Depois, coloque alguns conjuntos no quadro negro e peça para
os alunos contarem os elementos de cada um. Em seguida, coloque os primeiros
números naturais, e mostre que podem ser contados idefinidamente.
Daí, mecione algo da natureza que não se pode contar,
como por exemplo as moléculas de água em um lago. Finalmente,
trace um segmento de reta e peça para um dos alunos vir à
frente e contar quantos pontos há no segmento. Aí passe
para os reais. Veja aqui um exemplo de didática: sempre começar
com algo que diz respeito aos próprios alunos. Assim eles podem
identificar-se com o assunto, que deixa de ser puramente abstrato!
- [1] Foi muito interessante repensar os conceitos básicos
da geometria, afinal não é todo dia que olhamos para um
ponto e nos perguntamos se ele é um ponto geométrico!
Também foi legal abrir a mente para as retas paralelas que se
encontram no infinito, o conceito de ponto de fuga e a sua presença
nas artes. Gostei de rever os conceitos de análise real, como
a enumerabilidade. [2] Sem dúvidas. [3] A palestra
foi incrível, o professor é excelente, eu assistiria uma
palestra sua que durasse até 5 ou 6 horas! A transmissão
foi muito boa, uma plataforma acessível, conexão estável,
parabéns aos envolvidos pelo trabalho bem elaborado. RESP.:
Ótimo eu ter passado a mensagem de que devemos encarar figuras
geométricas como representando conceitos que não vemos.
Quanto à falta de dúvidas, que péssima palestra
(he he he)! Uma aula ou palestra sempre deveria deixar dúvidas
no ar... Mas às vezes as pessoas não conseguem exprimir
suas dúvidas.
- [1] Ampliou minha ideia de infinito! [2] A matemática
é desafiante para mim, mas consegui captar a mensagem no plano
geral.[3] Foi excelente a transmissão, fiquei maravilhada
com o palestrante, sua sabedoria, sua clareza, sua disposição
e talento para ensinar essa matéria tão complexa! Minha
formação acadêmica é psicologia, mas gosto
de ampliar, estudando antroposofia, cosmologia, o ser humano em sua
totalidade e avançar no infinito. RESP.: Obrigado pela
avaliação, especialmente interessante por vir de uma pessoa
da área de humanas. Gostaria de chamar a atenção
para a importância de se praticar a matemática, pois ela
treina um pensamento claro, sintético e coerente, que é
necessário poder exercitar além do pensar intuitivo não
formal (eles se completam!).
- [1] Cardinalidade entre conjuntos fiquei encantada . [2]
Sobre o tempo gostaria de maiores informações, tenho também
que me aprofundar. [3] Aprendizado de alto grau, uma tarde onde
tive o prazer de ter explicações claras e fundamentadas
de cada tema. Um mestre com louvor . Sou professora de Matemática
do Ensino Médio na escola E.E.Dr.Aureliano Leite - em Osasco-SP.
RESP.: Vários filósofos abordaram a questão
do tempo, como Kant, Bergson e mais recentemente Heidegger. É
importante não confundir a medida do tempo, a cronometria, como
o tempo em si. Um excelente artigo sobre o tempo é o
https://en.wikipedia.org/wiki/Time
Chamei a atenção para o fato de que observamos o espaço,
mas o tempo em si não pode ser observado, deve ser vivenciado;
nesse sentido, para nós ele é real, contrariamente ao
que dizem certos filósofos . É importante salientar que
o tempo na física não é o nosso tempo; por exemplo,
a menos do crescimento da entropia, nas equações da física
a "flecha do tempo" pode ser revertida. Já que você
é professora de ensino médio, não quer me convidar
para dar palestras para seus alunos? A única palestra que dei
em Osasco foi para alunos da FITO em 2003. Veja meu endereço
de e-mail no topo de minha home page.
- [1] (Sem respostas além das de múltipla escolha..)
- [1] Uma reta não divide o plano em nenhuma parte. [3]
Acredito que a palestra conseguiu cumprir sua função mesmo
de maneira remota, muito boa e com bastante conteúdo pertinente.
- [1] Comparar cardinalidade dos elementos e o encontro dos infinitos.
[2] Ainda não compreendi muito porque a quantidade de
pontos no quadrado são iguais à quantidade de pontos em
uma reta. RESP.: Veja a resposta à avaliação
13 acima.
- [1] Aprimorei meus conhecimentos sobre cardinalidade entre
conjuntos. [2] Quais são as geometrias em que as retas
paralelas se cruzam no infinito. RESP.: Certamente na geometria
euclidiana. Mas se você tomar uma não euclidiana, como
a esférica, isso é algo óbvio. Pegue dois meridianos
da Terra saindo do equador. Eles são paralelos no equador, e
se encontram nos polos. Aliás, os ângulos do triângulo
esférico assim formado somam mais do que 180°! E se os meridiando
forem opostos, o triângulo terá 360°.
- [1] Os diferentes conceitos do infinito. [2] Qual será
a próxima palestra do Mestre. [3] Excelente palestra e
uso da transmissão remota. RESP.: Tenho apenas uma palestra
agendada, uma 2ª parte de outra que já dei, sobre filosofia..
Estou aguardando convites! Para seguir minhas palestras programadas,
veja em
www.ime.usp.br/~vwsetzer/pals/pals-cursos.html
- [1] Conceitos de infinito na geometria, em conjuntos de números
e na física. [2] Parte de infinito. [3] Excelente.
- [1] Sobre os vários conceitos do infinito e a incapacidade
de nossos sentidos físicos para percebê-lo. [3]
Excelente palestra, muito esclarecedora. RESP.: Depende. Veja
o caso das nuvens: para o nosso sistema óptico, elas estão
no infinito. Os eixos de nossos dois olhos ficam paralelos quando observamos
as nuvens, devido à grande distância em que elas estão,
isto é, nosso sistema estereoscópico não distingue
as diferentes distâncias formadas pelos contornos das nuvens,
é como se todas estivessem no infinito. Idem para a adaptação
do cristalino quando se percorre as nuvens. Você poderia perguntar:
mas como percebemos os volumes delas? Isso é devido a efeitos
de luz e sombra! Observe bem as nuvens, e admire as formas de volume
que elas assumem devido aos efeitos de luz e sombra. Ou as diferentes
cores no nascer e pôr do Sol. Um exercício mental muito
bom é olhar para as nuvens, fechar os olhos e tentar formar a
imagem delas, a representação mental, pela lembrança
inclusive notando como nossa memória é muito mais
imprecisa do que a percepção visual direta.
- [1] Novas abordagens para discutir a ideia de infinito. [3]
Bem planejada e executada. RESP.: Aproveite meus enfoques, expanda-os,
aperfeiçoe-os e leve as ideias de infinito para seus alunos!
Como você é professor/a de ensino superior, se for de matemática
certamente trabalha com a noção de infinito no cálculo
diferencial e integral e nos limites. Mas aí o infinito reduz-se
a um mero símbolo com sua própria álgebra, como
por exemplo infinito+1=infinito.
- [1] Bom, como eu sou estudante de matemática, eu considerei
mais importante, os conceitos de infinito na física, mas aprendi
muitas coisas que não sabia nos conceitos matemáticos,
como por exemplo: o conceito de cardinalidade entre os conjuntos (as
demonstrações). [2] Não ficou dúvida,
foi tudo compreensível. [3] Palestra muito boa, com certeza
eu consegui expandir meus conhecimentos, otímo professor, e a
transmissão estava perfeita. RESP.: Mais correto teria
sido eu dizer "o infinito no mundo físico".
- [1] Acho que pude ampliar um pouco mais minha percepção
ou capacidade de abstração de certos conceitos. Busco
entender a natureza mais profunda do universo, e acho que a matemática
pode ser uma linguagem importante nesse sentido. [2] Não
sei expressar uma dúvida específica. Quando ultrapassou
a primeira parte, sobre perspectiva e com referências do universo
da arte, e entrou em explanações e terminologias um pouco
mais elaboradas (para meu entendimento particular), me perdi em alguns
momentos. Ainda assim, acredito que consegui acompanhar, em geral. [3]
Ótima palestra! Aprecio também o esforço em tornar
o tema acessível para leigos, como é meu caso, como designer.
RESP.: A matemática tem aplicações práticas,
mas também serve para se admirar a natureza, ao mostrar que ela
segue certas regularidades que podem ser expressas matematicamente.
Abordo isso no meu livro, que está para sair, "A matemática
pode ser interessante... e linda!" Veja a capa em
www.ime.usp.br/~vwsetzer/Fibo-capa-definitiva.pdf
(Aumente a imagem para ler o sumário e o texto da 4ª capa.)
Ótimo que você busca entender natureza mais profunda. Em
minha concepção de mundo, para isso é necessário
sair do âmbito puramente físico, material. Jamais vai se
entender profundamente uma árvore examinando apenas seus aspecitos
físicos. É como se se quisesse examiná-la usando
apenas sua sombra... Note que ciência não sabe o que é
vida; as plantas são a manifestação mais pura da
vida. Goethe, que foi um grande cientista, afirmou que as plantas se
esgotam na sua forma, o que não se passa com os animais, muito
menos com o ser humano (que eu não classifico como animal, senão
teria que classificar os animais como plantas móveis).
- [1] A diferença conceitual da ideia 'infinito"
para a Geometria, e do conceito "infinito" na Física.
[2] Sobre o infinito, na Física. [3] Muito instigante
o conceito de cardinalidade. E a elegante demonstração
de Cantor da cardinalidade dos racionais. RESP.: Atenção,
o que apresentei sobre o infinito no mundo físico são
ideias minhas (fora a historinha do Giordano Bruno). A diagonalização
do Cantor mostrou que é possível fazer uma ordenação,
isto é, uma enumeração, dos números racionais.
A cardinalidade deles é obviamente infinita.
- [1] Uma nova visão (controversa) de infinito: +infinito
= -infinito = infinito. [3] Acho fundamental a produção
de videoaulas. Entendo que elas não substituem 100% as aulas
presenciais, mas pelo menos é mais uma fonte. A USP devia incentivar
os professores a gravarem as suas aulas e as disponibilizarem na internet.
A USP deve aproveitar os seus talentos e disseminar de forma gratuíta
o máximo possível de informações, não
apenas aos alunos matriculados, mas a toda população,
que também paga impostos, paga a USP e os salários dos
professores. RESP.: No caso da reta atingindo o mesmo infinito
em ambos os sentidos de percurso, eu não associei os seus pontos
com números reais. Seria possível marcar uma origem na
reta e considerar pontos de um lado da origem com coordenadas positivas
e, do lado oposto da origem, com coordenadas negativas. Nesse caso +infinito
= -infinito. Seria impossível gravar todas as aulas da USP no
sistema presencial, pois cada uma necessitaria de um operador da câmera,
e são centenas que se passam simultaneamente. Muitas aulas estão
sendo gravadas nesta época de isolamento; a disponibilidade delas
depende de cada unidade. Mas pelo menos palestras presenciais deveriam
ser transmitidas; o IME já faz isso.
- [1] Relembrei a necessidade de trazer a matemática para
o dia a dia, ampliar a visão, de deixá-la próxima
da nossa realidade. [2] Apenas que gostaria de assistir a mais
palestras! [3] Transmissão foi perfeita, sem falhas e
o conteúdo fluiu como em uma palestra presencial, mas com o conforto
de estar em casa. Sou Engenheira Civil e terapeuta complementar. Atuo
em ambas as áreas. RESP.: Acho que essa palestra deve
interessar particularmente às/aos engenheiras/os, pois em geral
os assuntos não são abordados nas aulas de matemática,
e todas/os elas/os têm afinidade com ela. Para você, como
engenheira civil, a parte de perspectiva certamente não trouxe
nada de novo, a não ser a maneira como abordei o tema. Mmmm,
quem sabe vou oferecer ao Instituto de Engenharia...
3. 9/3/20 palestra para um grupo de estudos inter-religiosos, São
Paulo; info: Newton Zimerman newton ponto zimerman no uol#pt@com#@br.
Nesta palestra, o título acima foi precedido por "Matemática
e espiritualidade".
- [1] A matemática e a luz não são físicas.
[2] Visualizar a geometria. [3] Aula encantadora! Nos
faz pensar, viajar e sonhar. RESP.: A geometria é a parte
da matemática que pode ser visualizada! Além disso, pode
ter estética, que falta à álgebra.
- [1] A medição dos spins. Relação
do físico e do espiritual. [3] Achei a parte da física
muito interessante. RESP.: Por detrás de qualquer coisa
há um conceito, que não é físico. Lembre-se
do que falei: o spin das partículas atômicas não
tem limite clássico, portanto não pode ser compreendido.
- [1] Consegui ter uma visão dos números que eu
nem lembrava. Compreender a questão dos infinitos. [2]
A questão das novas descobertas da física. As que desconstroem
os conceitos e teorias já propagados. [3] Adorei, embora
estivesse bem cansada para aproveitar mais. RESP.: Quanto mais
a física e a astrofísica avançam, mais paradoxos
aparecem em suas teorias.
- [1] Achei interessante a relação entre a matemática
e a espiritualidade. [3] Se usa o pensamento para chegar ao mundo
espiritual. Pensamento é espiritual. RESP.: O fato de
conseguirmos captar conceitos, que não são físicos,
mostra que nosso pensamento deve ter algo da mesma natureza deles (cf.
a citação de Spinoza que eu fiz), isto é, algo
não físico. Uma outra evidência é o fato
de termos a capacidade de concentrar o pensamento em algum tema por
alguns instantes. Essa liberdade no pensamento não pode advir
da matéria, pois ela segue inexoravelmente as leis físicas.
- [1] A visão dos números infinitos é uma
visão espiritualista, pois as dimensões em 3D pela nossa
vivência é diferente da de 2D espiritual. [2] Como
as linhas em um triângulo também são infinitas e
elas voltam, então não deveriam se encontrar? [3]
A minha vivência carnal, faz com que meu pensamento conflita com
essa razão. RESP.: A visão mais baixa do mundo
espiritual é em forma de imagens em 2D. Os sonhos são
uma evidência disso, pois em geral são imagens. Quanto
às retas onde estão os lados de um triângulo, sim,
se percorridas elas passam pelo infinito e "voltam", cada
uma das 3 se encontrando de novo nos lados do triângulo. Quanto
à sua vivência física, sim, quando se adentra o
mundo espiritual com o pensamento, por exemplo na matemática
(que não tem nada de físico, a menos de contagens), é
necessário deixar de pensar fisicamente, isto é, com pensamentos
baseados em nossas vivências com os sentidos físicos.
- [1] Os conceitos mais profundos da matemática, física
e geometria são contra-intuitivos, só existem enquanto
conceitos não materiais. [2] Compreensão vs. existência.
[3] Algumas conclusões poderiam ser mais abertas, por
exemplo, a conclusão da inexistência da matéria;
existe essa hipótese como a simples incompreensão. RESP.:
Você quer dizer que algo que não compreendemos poderá
ser compreendido posteriormente, com o avanço do conhecimento.
Sim, mas está mais do que na hora de reconhecer que, usando o
paradigma científico atual )à la Popper), jamais saberemos
e compreenderemos certos fenômenos. Eu citei que, em minha opinião,
dessa maneira jamais compreenderemos o átomo, bem como a origem
e os limites do universo
- [1] Provocou uma percepção de como meu entendimento
é limitado. [2] Há uma diferença entre físico
e infinito. Impossível saber o que não sei? [3]
Gostaria de ira além para ver como tudo isto contribui para minha
vida. RESP.: Não há limites ao conhecimento, se
ele não se restringir ao conhecimento físico.
- [1] Aprendi que as ciências exatas nos dão base
até certo ponto, mas não esgotam as possibilidades, havendo
espaço para as teorias espirituais. [2] Ter a clareza
das correlações das várias espécies de números
para melhor compreender as correlações entre esses números
e o infinito. [3] Adorei aprender sobre a influência do
mundo espiritual sobre o mundo da matéria, em especial no mundo
das exatas.
- [1] O mais importante foi ver a beleza e a dimensão
que se pode alcançar com a matemática. [2] As dúvidas
só surgiram a partir do momento que eu já não conseguia
acompanhar. [3] Gostei muito da palestra... Acho que deve ser
dada durante o dia... À noite houve um momento no qual eu já
não acompanhava.
- [1] Que os infinitos podem ter [??] provas[??]. [2]
Ainda falta muito para aprender. [3] Preciso quebrar a resistência
com os números. RESP.: Infelizmente, algumas palavras
estavam ilegíveis. Leia meu próximo livro sendo editado
pela Ed. Edgard Blücher, A matemática pode ser interessante
... e linda - quem sabe a sua resistência vai diminuir...
E já estou escrevendo o próximo, um livro sobre o infinito,
baseado na palestra (mas ainda não sei se vou incluir questões
de espiritualidade, para não assutar uns e outros).
2 .4/3/20 palestra no Espaço Cultural Rudolf Steiner da Sociedade
Antroposófica no Brasil, R. da Fraternidade 156, Alto da Boa Vista,
Santo Amaro, São Paulo; info: Derblai Sebben drderblai_at-arro.ba
gmail.com. Nesta palestra, o título acima foi precedido por "Matemática
e espiritualidade".
- [1] A matemática ajuda a compreender a completa diferença
entre o mundo físico e o mundo espiritual. [2] Talvez
não a maior dúvida, mas a maior curiosidade: como foi
o "despertar" do uso/conhecimento matemático relacionado
ao mundo espiritual. [3] Aula incrível pela didática
e conhecimentos multidisciplinares. RESP.: Na antiguidade, a
matemática era associada com o mundo espiritual. Segundo Rudolf
Steiner, no volume GA 105, diz que a matemática era algo vivo;
para Pitágoras, era algo sagrado, continha uma sabedoria religiosa.
Acrescento que a materialização do ser humano fez com
que ele perdesse essa noção, mas podemos reconquistá-la,
reconhecendo que com a matemática pode-se entrar em contato com
realidades espirituais, que não têm nada de físico.
- [1] Essencialmente, sinto que aprendi como provar e apresentar
de maneira clara e lógica a existência de elementos que
fogem do aspecto físico (intuitivo) e devem ser interpretados
e analisados de um ponto de vista espiritual (contra-intuitivo). Achei
interessante que o mais importante para uma correta interpretação,
nos é exigida a disposição de se pensar de maneira
diferente da habitual e aceitarmos um olhar que transcende o aspecto
sensorial do nosso eu físico. [2] Me perdi na parte da
comparação entre o infinito dos números naturais
e inteiros ser diferente do infinito dos números reais. [3]
Gostei bastante da palestra, que mostrou de maneira tão didática
que estamos repletos e cercados de circunstâncias em que nos deparamos
com o aspecto espiritual em nosso próprio cotidiano e, muitas
vezes, nem percebemos. Gostei da explicação dos diferentes
infinitos e a divisão do plano pelas retas. RESP.: Não
é possível achar uma correspondência biunívoca
entre os reais e os naturais ou os inteiros, pois há infinitos
reais que não são inteiros. portanto, os infinitos são
diferentes. Como os inteiros estão contidos nos reais, o infinito
desses últimos deve ser maior.
- [1] O que achai mais importante é o fato de que a matemática
é uma ferramenta para se entender melhor a respeito do mundo
espiritual. [2] Há muitas evidências a respeito
da existência do mundo espiritual. Mas como é exatamente
a vida no mundo espiritual. [3] Achei fascinante todo esse conteúdo,
muitas coisas que devemos aprender e ainda desconhecemos. Quero aprofundar
todos esses conteúdos. RESP.: Para as características
do mundo espiritual, leia as obras de Steiner, começando com
as obras básicas (A ciência oculta o titulo
deveria ser A ciência do oculto e Teosofia,
mas antes leia o Noções básicas de antroposofia,
de Rudlf Lanz, que está disponível na Internet, e meu
artigo
Uma introdução
antroposófica à constituição humana
De qualquer modo, não se deve associar o que pode ser observado
no mundo físico com o mundo espiritual.
- [1] Que minha visão é puramente materialista.
[2] Só sei que nada sei. [3] Fantástico.
RESP.: Você sabe que existe, sabe o que os seus sentidos
revelam, e confia neles; se não fosse assim, seria pelo menos
esquizoide.
- [1] Que cada reta não divide o plano e que a matemática,
considerando a espiritualidade não é visível com
a nossa parte sensorial. [2] Muitas, é um conceito diferente
do que aprendi até então.
- [1] A matemática nos ajuda a superar o pensamento suprassensível.
[2] Afinal, quantos infinitos? [3] Compartilhe conosco
a lista de conferências em R. Steiner menciona a matemática.
RESP.: Nos conjuntos de números mostrei dois: o dos naturais
e inteiros, e o dos reais. Mas há outros, por exemplo os dos
números complexos, com uma parte denominada de imaginária,
que é 'maior" do que o conjunto dos reais, pois qualquer
real é também complexo, mas há uma infinidade de
números complexos, com a parte imaginária, que não
são reais. Quanto às palestras do Steiner em que ele menciona
a matemática, veja a resposta seguinte.
- [1] A matemática é do âmbito inspirativo.
[2] Quais as 19 palestras de R. Steiner em que ele fala sobre
matemática. RESP.: Eram 19 ciclos. GAs 52 palestras de
16/3/04, 30/3/04, 27/11/03; 59 10/3/10; 84 20/4/23; 99; 101 15/9/07;
102 1/6/08; 105; 129; 131; 136; 150 5/5/13; 151; 167; 181 1/4/18; 201
14/5/20; 266b 15/3/11; 293 23/8/19; 323 9/1/21; 324 16/3/21; 324a 22/10/08,
22/4/09, 24/3/05, 7/11/05, 2/9/06, 28/6/08, 22/4/09, 13/2/13 (quem sabe
algum dia eu complete as datas faltantes)
- [1] Aprendi que a medida que exercitamos a consciência,
nosso repertório nos permite compreender o mundo físico
em reflexão ao mundo espiritual. [2] Carmicamente, como
percorreremos o caminho rumo à ampla consciência? Há
uma consciência infinita? Seria o "Eu"? [3] Participar
de uma palestra do Prof. V.W.Setzer é sempre enriquecedor
ao espírito. Gratidão ao mestre! Continue convidando-se
para dar palestras à comunidade. Estaremos sempre juntos! RESP.:
O carma nos coloca em situações em que podemos progredir.
Mas, atenção, progredir significa desenvolver a liberdade
e, a partir dela, o amor altruísta.
- [1] Essência espiritual da matemática. Racionalidade
da espiritualidade. [2] Infinito, lemniscata, conexões,
conceitos... [3] Sugiro aprofundar mais no conceito de espiritualidade
para ajudar a criar mais conexões com as demonstrações
matemáticas. Muito obrigado! RESP.: Infelizmente, havia
limitações de tempo.
- [1] Provar o conceito de infinito através do movimento.
Pensar fora da caixa, extrassensorialmente. [2] Como é
um átomo? Como o Universo está em expansão acelerada?
[3] Maravilhoso! Muito bem estruturado! Parabéns, professor.
Muito grata. RESP.: Sim, precisamos desenvolver o pensar independente
do mundo físico. Ninguém sabe como é um átomo.
Os modelos matemáticos são incompreensíveis. Por
exemplo, todas as partículas atômicas têm um spin.
Mas ele não é uma rotação usual, pois tudo
se passa como se a partícula girasse em todas as direções
ao mesmo tempo, o que é impossível de ser imaginado fisicamente.
Ao se medir uma dessas rotações, na interpretação
de Kopenhagen há um 'colapsamento' e o resultado é uma
rotação em uma só direção. O spin
das fórmulas da física quântica não tem
limite clássico, por isso é incompreensível. Não
se sabe por que o universo está em expansão acelerada
(supõe-se uma energia repulsiva desconhecida, a 'energia escura').
- [1] Aprendi que não sabemos nada da verdade absoluta,
mas fiquei mais apaixonada pela Matemática e Física. Quanto
aos temas abordados, consegui melhorar a compreensão sobre os
infinitos. [2] Como é possível chegar mais perto
da verdade, embora acredite que seja impossível por ter dimensão
infinita. Outra dúvida: como poderia me dedicar a essa pesquisa
espiritual. [3] Sua palestra foi sentida na alma e externada
emocionalmente (não estou puxando saco, sou realmente apaixonada
por Matemática e Física). RESP.: Você é
uma verdade! As verdades matemáticas são puramente objetivas,
universais. Estude a antroposofia.
- [1] Sobre a evolução da consciência e o
desenvolvimento da física etc. [2] Por que os dois infinitos
são diferentes e não um só infinito que engloba
tudo. [3] Gostei muito da palestra, me fez ter mais carinho e
interesse na matemática. Na geometria, por exemplo, cada reta
vai para um infinito diferente de outras retas que não sejam
paralelas a ela. Nos conjuntos de números, mostrei que o numero
infinito de números naturais é diferente do número
infinito de números reais.
- [1] Só sabemos que nada sabemos. [2] "Necessitamos
buscar perguntas novas a partir de respostas antigas, ao invés
de apenas respostas novas para perguntas antigas." [3] Parabéns
pela palestra! Aguardando o livro... RESP.: Você sabe que
você existe... E confia em seus sentidos, que lhe transmitem várias
coisas que existem. Sim, tentei mostrar coisas que vocês provavelmente
não conheciam.
- [1] Sobre as quebras de paradigmas tão necessárias
para "entender" o mundo ou a infinitude deste nosso mundo.
[2] Como trazer mais pessoas para esta visão (essa que
pressupõe a quebra de paradigmas). [3] Adorei sua didática
e vivacidade. Virei fã. Quem sabe um dia consigo participar de
algum curso contigo e ter mais oportunidade de aprender. PS.: Meu negócio
chama-se Geometria do Ser. RESP.: A primeira coisa é cada
pessoa decidir ser espiritualista, isto é, reconhecer que há
algo mais no universo e no ser humano do que matéria, energia
e processos físicos.
- [1] Duas retas paralelas se encontram! E o sensorial nos dá
visão completamente diferente. [2] Infinitas! Rs. Plantou
semente de querer saber mais. [3] Obrigada! Sabedoria transmitida
com amor.
- [1] Que existe um mundo espiritual, que vai além do
físico e isso pode ser provado pela matemática. [2]
O mundo físico está contido no espiritual? Eles se encontram?
[3] Adorei! Parabéns! Leve, profundo interessante e cheio
de conteúdo. RESP.: Acho que pela matemática pode-se
reconhecer que há conceitos, que podemos captar, que são
universais, objetivos, não são físicos e que nosso
pensamento tem algo em comum com eles.
- [1] Perceber que ainda há coisas a serem exploradas
e entendidas tanto no universo quanto em nossas vidas. [2] Se
os números imaginários também poderiam ser vistos
como algo espiritual e meditativo. [3] Ótima palestra,
super-envolvente, por te fazer pensar, e ótima didática.
RESP.: Não falei dos números complexos, pois certamente
muitas pessoas teriam dificuldades com a raiz quadrada de -1. Mas eles
constituem um infinito 'maior" do que o dos reais.
- [1] O conceito de infinito é um portal de acesso para
uma espiritualidade não mística. [2] Clareou minha
compreensão sobre as categorias dos números. [3]
Obrigado!
- [1] Movimentação dos elétrons com perda
de energia. Teoria de Bohr. [2] Duas retas perpendiculares não
dividem o plano, porém duas retas diagonais dividem em duas partes.
O que o ângulo tem de especial. RESP.: Usei uma perpendicular
simplesmente para mostrar que uma reta não divide um plano em
duas partes. Usei as duas retas em diagonais, cruzando-se, para mostrar
que elas dividem o plano em apenas duas partes. Poderia ter usado duas
retas ortogonais para isso.
- [1] O mundo espiritual <u>não pode</u> ser
compreendido sensorialmente. Na Matemática e na Física
podemos chegar a essa fronteira. Logo, nos preparam para lidar com o
mundo do espírito. [2] Não fiquei com dúvidas.
Tenho vivenciado muito disso como meus alunos. [3] Parabéns.
Estou ansioso para ler seu livro.
- [1] Que 2 paralelas encontram-se no infinito. [2] Não
entendi como há 2 infinitos. Ou até mais do que 2. [3]
Obrigada! Interessada pelo livro lindo! RESP.: Na geometria,
cada retas que não são paralelas passam por um infinito
diferente. Na teoria dos números, os número infinito de
reais é diferente (e "menor") do que o número
infinito de naturais. Não pode haver uma correspondência
biunívoca entre eles pois os reais não são numeráveis,
como os naturais.
- [1] Os conceitos sobre infinito e sua relação
com a espiritualidade. [2] Não ficou claro para mim o
que está chamando de espiritualidade. Entendo que chegamos a
um conceito distante do mundo físico, mas não ficou claro
a relação com o espírito. [3] Excelentes
provocações e reflexões. RESP.: Uma pessoa
é espiritualista se admite, idealmente por hipótese de
trabalho, que existem fenômenos no ser humano, animais, plantas
e no universo, que não são redutíveis a fenômenos
físicos. Isto é, que tudo isso não é somente
composto de matéria e energia física. Denomino de "Hipótese
Existencial Fundamental" a decisão que cada um tem que fazer,
se adota a hipótese materialista de que só há matéria
e energia física no universo, ou adota a hipótese espiritualista.
A vida coerente deveria orientar-se pela escolha de uma ou outra hipótese.
Na palestra, tentei mostrar que podemos trabalhar com conceitos matemáticos
que não têm nada a ver com o mundo físico. Como
fazemos isso com nosso pensamento, isso significa que ele tem algo em
comum com o mundo platônico, não físico, das ideias.
- [1] O infinito é provado pela continuidade utilizando
a geometria e a mecânica. [3] [É interessante saber
que se pode provar que as perspectivas são infinitas. RESP.:
Talvez você quis escrever algo diferente de "perspectivas",
já que eu falei da perspectiva linear.
- [1] Que a nossa intuição é baseada nos
nossos sentidos (representação de realidade), e não
na realidade. [2] Alguns raciocínios mais específicos
como o dos números racionais e naturais. Já não
conseguia mais raciocinar. RESP.: Cuidado, quando eu usei a palavra
"intuição" eu quis me referir à intuição
baseada nas nossas experiências sensoriais. Na verdade, a intuição
é ter uma ideia, e é um fenômeno anti-científico,
pois de onde ela vem?
- [1] Que a matemática é muito interessante e
desconhecida. [2] A dúvida sempre está presente
em tudo. [3] Gostaria de ouvi-lo mais vezes, os números
me encantam. Grata. RESP.: Você não duvida de sua
existência. Não duvida que, ao olhar para a entrada da
sala onde está, está vendo uma porta. Se tivesse essas
e muitas outras dúvidas, seria pelo menos esquizoide. É
interessante notar que, às vezes, sua consciência lhe dá
certeza absoluta de alguma ideia.
- [1] A matemática e geometria como instrumento de meditação.
[2] Muitas informações em pouco tempo. [3]
Excelente exposição. Parabéns!!! RESP.:
Infelizmente, o tempo era curto. Talvez eu devesse transformar essa
palestra em um curso de umas 4 horas. Mas é mais fácil
organizar uma palestra do que um curso.
- [1] O mundo espiritual é objetivo. [2]
O espírito é infinito? (Acho que sim!) O exato é
poético! O poético é exato? RESP.: No mundo
espiritual não há espaço, de modo que se poderia
considerar que o espírito é infinito. O exato não
é poético, mas pode-se fazer poesia sobre ele... A poesia
não pode ser exata, senão vira matemática.
- [1] Como quando criamos e usamos matemática para "figurar"
o nosso espiritual de infinitas formas, e não trazê-la
apenas para a situação física, 3D, mas que ela
pode ser de grande utilidade para representação espiritual.
- [1] Aprendi que o espírito está em tudo e por
trás de nossos sentidos está uma força divina.
[2] Nossa capacidade limitada de compreensão. RESP.:
Cuidado, eu não falei da divindade.
- [1] Sob a perspectiva do infinito, não se acha correspondência
perceptível a nossos sentidos terrenos (inferiores). A linguagem
do infinito é outra que só a matemática e a poesia
podem, talvez aproximarem-se da sua tradução.
- [1] Uma linha reta não divide o espaço. [2]
O espírito não é compreensível nem perceptível.
A alma da consciência é um instrumento de percepção
dele? [3] Muito legal! Parabéns. RESP.: O espírito
não é compreensível fisicamente!
- [1] Uma forma de ver o mundo espiritual através da
matemática. [2] O mistério, continua sendo o êxtase.
- [1] A importância de separar os domínios sensorial
do espiritual, a fim de obter maior compreensão da realidade.
[2] Provar que os números reais não possuem correspondência
biunívoca com os naturais. [3] Me ajudou a compreender
melhor o livro ("O mistério do Aleph") do Amir Aczel.
RESP.: Entre dois naturais, sempre há um número
finito de outros naturais. Entre dois reais, há um número
infinito de reais. Além disso, os reais não são
numeráveis. Não conheço o livro do Aczel, vou procurar.
- [1] Que a física quântica e atômica é
na verdade uma forma de noética metafísica. [2]
Como tal fé se estrutura como epistemologia fenomênica,
da ontologia da metodologia científica. [3] Como Steiner
passou da fenomenologia ecológica de Goethe para esta tal cosmologia
diádica. RESP.: Depende a que forma de noética
você se refere. Ela pode ser materialista, e aí a metafísica
vira mera abstração. Não usei absolutamente nada
de fé na minha palestra. Não tratei de epistemologia fenomênica,
pois foi tudo matemática. E não tratei de ontologias;
a matemática é puramente sintática. Significados
que podemos dar a ela são associações com nossas
vivência físicas, que não têm nada a ver com
ela. Só tratei da metodologia científica quando discorri
sobre o infinito na física.
- [1] Aprendi que o infinito, creio que disto posso inferir que
o universo também, são curvos! (estou errado?). Entendi
que dividir o infinito por 2 por exemplo resulta em infinito. Aprendi
que o ponto é infinitesimal e irrepresentável no papel
sozinho. [2] Minha maior dúvida é se o homem algum
dia vai expulsar para o infinito a idéia de deus, ou seja chegar
no conhecimento do infinito, visto que a ciência empurra deus
cada vez para mais longe. O método científico não
é isto? Sempre empurrando os limites do saber... Será
que a inteligência artificial nos dominará nos fazendo
artificialmente burros? Ou será que a dominaremos nos fazendo
artificialmente deuses? [3] Gosto do livre pensar, diferentemente
de Steiner, talvez eu possa me permitir ser um diletante. RESP.:
Talvez você esteja se referindo à minha demonstração
de que uma reta vai para o mesmo infinito dos dois lados, quando empreguei
uma circunferência aumentando de raio até que ele seja
infinito. Note que isso não tem nada com o universo, trata-se
do puro conceito de reta. Há uma teoria de que o universo é
curvo; isso não resolve o problema de se saber o que há
do outro lado da curva. Sim, dividindo o infinito numérico por
2 continua-se com o infinito. Sim, qualquer representação
gráfica de um ponto não é um ponto ideal, que só
existe no mundo conceitual. Infelizmente a ciência corrente é
puramente materialista, não reconhece a existência de algo
transcendente aos fenômenos puramente físicos. Mas as evidências
em contrário são muito grandes. A ciência não
empurra Deus para longe, simplesmente não admite a existência
de nenhum ser divino, isto é, sem corpo físico. Sim, o
método científico está sempre empurrando os limites
do saber, mas de maneira unilateral, somente do ponto de vista físico.
Com isso, coloca limites em si próprio - até na matemática.
Existem problemas matemáticos bem definidos que não se
sabem se têm solução, são os "problemas
indecidíveis". Não, não é a "Inteligência"
Artificial que poderá nos dominar, mas seu uso indevido por seres
humanos. Sim, o seu mau uso poderá deixar as pessoas burras.
Mas a TV já faz isso... Steiner foi um ardoroso defensor do livre
pensar, veja seu livro A Filosofia da Liberdade. Qualquer opinião
em contrário é fruto de um desconhecimento de quem ele
foi e de sua obra.
1. 27/11/18 20h30, para participantes do Ramo Rudolf Steiner da Sociedade
Antroposófica no Brasil e interessados, na biblioteca da Escola
Waldorf Rudolf Steiner, R. Job Lane 900, Sto. Amaro, São Paulo,
SP; info: Sonia Setzer sosetzer_arrb.gmail.com33.
- [1] Minibiografia de Cantor e os desafios para a aceitação
de sua teoria pelos matemáticos da época. [2] Diagonalização,
no início da explicação, logo depois foi esclarecida.
[3] Ótima relação entre a atividade matemática
como um exercício de meditação espiritual. RESP.:
De fato Georg Cantor, que introduziu a teoria dos conjuntos, os números
transfinitos e a correspondência um-para-um (bijeção)
entre conjuntos, foi desprezado por vários matemáticos
famosos (mas não todos!),. Ele tinha uma cátedra na Universidade
de Halle e queria assumir uma na Universidade de Berlin, que tinha mais
prestígio, mas nunca conseguiu isso pois professores de lá
achavam que suas teorias eram contra-intuitivas (o que realmente são!)
e mesmo chocantes. No entanto, hoje elas fazem parte de qualquer conhecimento
matemático superior. A diagonalização, que vimos
na palestra, foi uma ferramenta mental desenvolvida por Cantor para
mostrar, usando a bijeção de um conjunto para um outro,
que o número infinito dos números racionais é igual
ao número infinito dos números naturais.
- [1] A espiritualidade do mundo infinito. [2]
Se tudo se transforma em um ponto, como posso ter dois planos separados
por retas? [3] Necessário trabalhar mais a pergunta 2
e racionalizar a mesma. As provas de infinito e ponto não me
trouxeram tranquilidade. RESP.: Cuidado, tratamos apenas do infinito
na geometria e nos conjuntos de números; não tive tempo
de abordar o infinito na física. Qualquer objeto que se represente
mentalmente pode ser reduzido mentalmente em escala até se converter
em um ponto; como eu disse no começo, um ponto ideal pode ser
encarado como a representação mental de qualquer objeto
(uma circunferência, uma esfera, um cubo, uma cadeira e assim
por diante) com escala reduzida ao infinitamente pequeno. Um plano ideal
pode ser dividido em duas partes se se traçar nele duas retas
convergentes, como mostrei. Experimente fazer a meditação
de reduzir uma figura geométrica a um ponto, e os dois exercícios
que usei para mostrar que uma reta vai para o infinito de
um lado e volta do mesmo infinito do outro lado. Quem sabe
familiarizando-se com essas ideias você poderá encará-las
com tranquilidade.
- [1] Aprendi que meu conhecimento é (infinitamente) limitado!!!
[3] O que foi apresentado é excelente para a interiorização
(meditação). Obrigado! A apresentação demostra
domínio do conhecimento da matemática. RESP.: O
conhecimento é limitado se baseado exclusivamente no mundo físico.
No mundo das ideias ele não tem limites!
- [1] A possibilidade que a matemática nos permite pensar
no irracional (espiritual) de forma objetiva. [2]
Como aplicar isso na prática? [3] Gratidão pelo
compartilhamento! RESP.: Cuidado com a palavra irracional:
ela é usada na matemática para indicar números
que não podem ser reduzidos à razão de dois inteiros.
A matemática é toda objetiva, pois quem tem domínio
sobre ela entende perfeitamente o que ela é, independente, por
exemplo, se gosta dela ou não, o que envolveria subjetividade
(cada pessoa tem sentimentos absolutamente individuais).
- [1] Que a matemática me dá a universalidade.
[3] A todo momento da palestra me vinha à memória
o fato de Rudolf Steiner ter iniciado sua vida acadêmica pelas
ciências exatas. Não será o primeiro caminho iniciático
dele? RESP.: Sim, os conceitos matemáticos são
universais, não dependem de quem os está observando com
o pensamento. Rudolf Steiner disse várias vezes que a ciência
física é essencial para se desenvolver um pensar objetivo
e exprimi-lo conceitualmente, para a compreensão objetiva e não
para os sentimentos, que são subjetivos, já que o mundo
físico, se observado sadiamente, é objetivo. Além
disso, as leis que regem o mundo físico são ideias, elas
não estão nos objetos. Nós as reconhecemos pois
com o pensar observamos o mundo platônico das ideias.
- [1] Sobre os pontos, retas, dos dois lados infinitos... [2]
Tudo é novidade, nunca foi meu forte a matemática. [3]
Valeu a curiosidade. RESP.: Qualquer pessoa pode compreender
a matemática elementar. Pegue um livro-texto de matemática
escolar e siga tudo, você verá que poderá desenvolver
um raciocínio matemático.
- [1] Aprendi o conceito de infinito. [2] O conceito de
diagonalidade. [3] Interessante perceber que a maior parte do
tempo fazemos contas e não ficamos no conceito. RESP.:
A construção da tabela dos números racionais, e
o percurso sistemático deles na tabela, associando-se cada um
com um número racional ordinal (que indica uma ordem de disposição
desses números) foi uma construção genial do Cantor
e de extrema simplicidade. Sim, o uso mais comum da matemática
é o de fazer contas. Os conceitos de infinitamente grande e pequeno
na matemática transcendem as contas; trata de algo qualitativo
objetivamente!
- [1] Que os infinitos se encontram tanto nos círculos
progressivos como na reta. [2] Várias dúvidas.
Falta-me conhecimento matemático. [3] Deu vontade de estudar
matemática. RESP.: Tentei mostrar que os conceitos matemáticos
que abordei podem ser compreendidos sem conhecimento matemático
prévio.
- [1] Que os infinitos são iguais. [3] Pode-se
chegar a conclusões com simplicidade. RESP.: Mostrei que
em alguns casos o o número de elementos de um conjunto e o de
outro que é um subconjunto do primeiro é o mesmo infinito,
como é caso dos números naturais e dos números
pares, o que é supreendente pois claramente o segundo é
um subconjunto próprio do primeiro. Mas também mostrei
que o número infinito de números naturais é menor
do que o número infinito dos números reais (os que englobam
os números racionais e os irracionais).
- [1] A importância de tentarmos compreender a realidade
do pensamento matemático, embora surpreendente. [3] Foi
um bom exercício. RESP.: Para mim, o mais importante no
assunto é compreender que conceitos matemáticos objetivos
transcendem as representações mentais baseadas no mundo
físico.
- [1] O conceito de infinito não é exatamente o
que pensamos, sempre levamos relação com o mundo físico.
[2] Não é bem uma dúvida, mas uma curiosidade
para seguir na pesquisa do assunto. [3] Citando o músico
Renato Russo Realmente o infinito é um dos deuses mais
lindos. RESP.: De fato, o infinito na matemática
não é um conceito baseado no mundo físico, portanto
está no mundo divino.
- [1] A palestra é muito interessante porque demonstra
como exercitar o pensar a partir de realidades objetivas que não
se fundamentam na realidade física. Nos indica que podemos desenvolver
o mesmo caminho com conteúdos espirituais, ou seja, que não
se podem reconhecer pelo sentidos.
- [1] Não conhecia os transfinitos. Que um infinito pode
ser maior do que outro infinito... E que há infinitos infinitos!
[2] Como mostrar que há infinitos números transfinitos?
[3] Gostaria de assistir à palestra sobre ф. RESP.:
Fique de olho nas minhas palestras programadas, em
www.ime.usp.br/~vwsetzer/pals/pals-cursos.html
A palestra que trata em detalhe da razão áurea é
a "A sequência e a espiral de Fibonacci, a razão e
a espiral áureas e suas ocorrências na natureza".
Ver o resumo,
as avaliações
de participantes, e a apresentação
com as ilustrações. Venha assistir a próxima!
|