Projeto foca no desenvolvimento de sistemas inteligentes que promovam princípios éticos, unindo inteligência artificial, design e interdisciplinaridade

Foto: Jornal da USP
Flávio Soares Corrêa da Silva, docente do Departamento de Ciência da Computação do Instituto de Matemática e Estatística (IME-USP), foi selecionado pelo Conselho Deliberativo do IEA (Instituto de Estudos Avançados) juntamente com outros docentes de diferentes unidades da USP para participar do Programa Ano Sabático 2025, com início em março. Os projetos aprovados tratam de temas como ética e tecnologia, economia circular, inteligência artificial aplicada às ciências da vida, ciências matemáticas e biomimética.
O projeto de Silva, intitulado “Créditos Éticos em Sistemas Inteligentes”, será desenvolvido com base no avanço e nos impactos da tecnologia e inteligência artificial. A pesquisa será sobre o estudo do design desses sistemas inteligentes e das considerações éticas relacionadas à área, que, segundo o pesquisador, estão apoiadas principalmente “em perspectivas extrínsecas e, quase exclusivamente, em prevenção e mitigação de potenciais ameaças a princípios éticos”.
O projeto busca complementar as considerações éticas que já estão em andamento, com mecanismos técnicos e princípios de designs capazes de garantir o desenvolvimento de sistemas inteligentes que promovem e preservam a ética. Ele explica que o desenvolvimento de protótipos desses sistemas ocorrerá após a revisão de resultados existentes, integração entre conceitos multidisciplinares e formulação de métodos e técnicas.
Com estudos focados na área de Metodologia e Técnicas da Computação e inteligência artificial, Silva é professor do Departamento de Ciência da Computação do IME-USP e Research Fellow (Honorário) da Universidade de Aberdeen, na Escócia.
Programa Ano Sabático
Resultado da parceria entre o IEA e a Pró-Reitoria de Pesquisa, o programa foi criado em 2015 para “fomentar um ambiente adequado à reflexão, na medida em que libera os docentes da USP de seus encargos didáticos e administrativos para que possam participar integralmente de pesquisas individuais e interdisciplinares”. A permanência pode variar de 6 meses a 1 ano.
Para participar, é necessário ter no mínimo sete anos de trabalho no Regime de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa (RDIDP). Durante o período da pesquisa, os docentes são dispensados, sem prejuízo de vencimentos, do exercício de suas atividades, inclusive as didáticas, junto à unidade de origem.
Texto por Lívia Uchoa do Instituto de Estudos Avançados | Adaptado por Camila Bernardes | Serviço de Apoio Institucional