IME-USP

Estudantes recebem medalhas da OBMEP na USP

A entrega das medalhas foi realizada no Centro de Difusão e Inovação da USP, na presença de representantes das instituições apoiadoras e familiares dos estudantes

No último dia 30 de junho, a Universidade de São Paulo sediou o encontro regional de medalhistas da OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas) que premiou mais de 300 estudantes, professores e escolas da cidade de São Paulo pelo desempenho na 17ª edição da olimpíada, ocorrida no ano de 2022. 

Imagens: Marcelo Modesto e Nathalie Rodrigues

No encontro, que aconteceu no Centro de Difusão e Inovação da USP, foram premiados 350 estudantes medalhistas de ouro, prata e bronze, 30 professores e 15 escolas pelo desempenho na 17ª edição da olimpíada, ocorrida no ano de 2022. Os premiados receberam as homenagens dos professores Dra. Marli Quadros Leite,  Pró-Reitora de Cultura e Extensão da USP; Prof. Dr. Aluisio Augusto Cotrim Segurado, Pró-Reitor de Graduação da USP; Prof. Dr. Ronaldo Fumio Hashimoto, Vice- Diretor do IME-USP; Prof. Dr. Paolo Piccione, Presidente da Sociedade Brasileira de Matemática; Prof. Isaac Cei Dias, representante da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo; Prof. Humberto Luiz de Jesus, representante da Secretaria Municipal da Educação do município de São Paulo; Prof. Dra. Ana Catarina Pontone Hellmeister, Coordenadora da  7ª Regional da OBMEP da cidade de São Paulo; e Prof. Dra. Maria Elise Esteves Lopes Galvão, Subcoordenadora  da  7ª Regional da OBMEP da cidade de São Paulo.

As autoridades presentes discursaram brevemente sobre a importância do reconhecimento que a olimpíada representa e dedicaram suas palavras ao encorajamento dos alunos, a cada ano mais diversificado. Em seu discurso, o professor Ronaldo Fumio Hashimoto, Vice-diretor do IME-USP, enfatiza que “OBMEP não é apenas uma olimpíada é muito mais do que isso” e se dirige diretamente aos estudantes:

É uma honra e é uma alegria estar aqui com vocês para celebrar as suas conquistas e reconhecer todo esforço, dedicação e talento que demonstraram ao longo dessa jornada tão desafiadora. Os prêmios aqui recebidos não são apenas símbolos de uma conquista individual, mas também representam a capacidade de superar desafios. Esses prêmios são testemunho do seu trabalho, inteligência e dedicação, vocês provaram que a excelência não é o destino distante, mas um objetivo alcançado com dedicação e paixão. Lembre-se que o sucesso não é apenas o resultado de uma competição, mas uma jornada contínua.  Continuem a nutrir a sua paixão pela matemática e nunca deixem de sonhar grande, os obstáculos que podem surgir no caminho,  podem surgir! Mas tenham a certeza de que vocês, com determinação, irão superá-los. O IME deseja para vocês uma linda jornada e um futuro repleto de realizações.

A professora Ana Catarina Pontone Hellmeister, Coordenadora Regional da OBMEP da Cidade de São Paulo, dedicou sua fala à agradecimentos aos apoios que tornam as Olimpíadas possíveis e cedeu espaço para o atual aluno da Escola Politécnica da USP, Ricardo Lago, premiado em sete edições da OBMEP e ex-participante do Programa de Iniciação Científica (PIC) e do Programa de Iniciação Científica de Mestrado (PIC-ME).

Ricardo Lago, aluno da Escola Politécnica da USP
Imagem: Nathalie Rodrigues

A minha primeira medalha eu ganhei quando eu estava no sexto ano e foi de prata. Eu lembro que simplesmente botaram todo mundo na sala para fazer uma prova e depois trouxeram notícia de que eu tinha passado para a segunda fase. Então consegui minha primeira medalha, aí fiz o PIC. Consegui  mais uma e fiz o PIC de novo. Veio mais uma e assim por diante – acho que vocês entenderam o ciclo. No ensino médio consegui uma bolsa numa escola particular e daí em diante deslanchei. Prestei muitas outras Olimpíadas, ganhei medalha [na Olimpíada] de física, consegui ouro na [Olimpíada] Nacional de Química. Mas, até hoje, [continuo] estudando aqui na Engenharia Elétrica da USP e tentando conseguir algum dinheiro para tirar o duplo diploma na França. Eu ainda respondo em todas as minhas entrevistas que a medalha mais importante para mim foi aquela prata de 2013.

Professora Ana Catarina Hellmeister

Imagem: Nathalie Rodrigues

Coordenadora da 7ª Regional da OBMEP da cidade de São Paulo desde 2008, por convite da então presidente da Sociedade Brasileira de Matemática, Profª Suely Druck. 

Nos três anos iniciais do projeto – 2005, 2006 e 2007 –  essa coordenação estava alocada em um colégio privado da cidade e eu acreditava (e acredito) que a OBMEP deveria ser sediada em uma instituição pública. Sendo assim, eu trouxe essa coordenação para o IME-USP, com apoio do Diretor do Instituto na época.

As provas da OBMEP são elaboradas de modo a identificar alunos interessados em matemática. São questões desafiantes que motivam o raciocínio lógico dedutivo dos alunos e também a sua prontidão frente a situações diferentes das normalmente colocadas em salas habituais de aulas de matemática. Os alunos que se envolvem com a OBMEP têm a oportunidade de crescer intelectualmente em todas as áreas do conhecimento. Como coordenadora regional, organizo toda a logística de aplicação das provas da primeira e segunda fases, o retorno dessas provas e, em seguida, a correção das provas da segunda fase. A correção das provas da primeira fase (múltipla escolha) é feita nas escolas que, em seguida, classificam, para a segunda fase, 5% dos alunos participantes na primeira fase . A logística para a aplicação da segunda fase envolve contatos com as 26 Diretorias de Ensino do município de São Paulo (são 13 de escolas municipais e mais 13 de escolas estaduais) que nos ajudaram e ajudam na determinação das escolas que serão centros de aplicação da prova. 

A OBMEP convida anualmente os 6 mil alunos medalhistas (de todo o país)  do ano anterior para participarem do PIC – Programa de Iniciação Científica. Esse programa tem duração de 10 meses e é composto de encontros presenciais (ou virtuais, caso o aluno esteja distante de um polo presencial) quinzenais, nos quais é desenvolvido um programa especialmente elaborado pela OBMEP. Há polos do PIC em todo o país, sendo um deles aqui no IME. Os alunos participantes são motivados a estudar mais profundamente vários conteúdos de Matemática, mesmo os que não são do currículo formal de ensino.

Fazendo cursos do IME (e em outras unidades da USP), vários alunos que foram premiados na OBMEP, muitas vezes carentes e que não teriam a oportunidade de estudar na USP – nem mesmo conheciam o ambiente universitário – tiveram esse caminho aberto pela OBMEP, por meio do PIC.

Participação do IME

O IME-USP, como um dos apoiadores da OBMEP, participa ativamente ao longo de seu desenvolvimento. O instituto disponibiliza sua infraestrutura aos sábados para os encontros presenciais do PIC para cerca de 300 alunos, além de, atualmente, contar com cerca de 15 professores que participam da correção regional de provas da segunda fase das olimpíadas. Na coordenação regional estão as professoras Ana Catarina Hellmeister, como Coordenadora, Maria Elisa como Subcoordenadora, e  Cristina Cerri como Coordenadora do PIC, do  polo IME.

Toda a parte administrativa da aplicação da prova – logística, contratação de coordenadores e fiscais de sala, correção das provas é feita no IME, que nos fornece sala para sediar a coordenação da OBMEP. O IME também nos oferece linha telefônica, mobiliário, etc”. Destaca a Professora Ana Catarina Hellmeister. “Além disso, nos dá espaço para a realização da correção das provas e computadores necessários para  digitação de notas e dados dos alunos participantes. Anualmente corrigimos por volta de 14 mil provas, sendo a correção coordenada por mim e feita por docentes e alunos de mestrado e doutorado do IME”.

Sobre a OBMEP

Criada e realizada pelo IMPA (Instituto de Matemática Pura e Aplicada), com apoio da SBM (Sociedade Brasileira de Matemática), a competição é promovida com recursos do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). 

Destinada a estudantes do 6º ano do Fundamental ao 3º ano do Médio, a OBMEP contribui para estimular o estudo da Matemática e identificar jovens talentos da disciplina. Outros objetivos da iniciativa são promover a inclusão social por meio da difusão do conhecimento e contribuir para a melhoria da qualidade da educação básica, permitindo que um maior número de alunos brasileiros acesse material didático de qualidade.

Confira os principais momentos deste evento no canal do IME no Youtube:

Cerimônia de Premiação da 17ª OBMEP – Imagem: Sarah Peretta

Por Nathalie Rodrigues | Serviço de Apoio Institucional

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