De: Elias T. Krainski <eliaskrainski@yahoo.com.br>
Para: abe <abe-l@ime.usp.br>; Roger William Câmara Silva <rogerwcs@yahoo.com.br>
Enviadas: Terça-feira, 5 de Maio de 2009 9:04:55
Assunto: [ABE-L]: Re: A Estatística brasileira exige muito respeito!
Olá Roger,
Nada melhor que avaliar para melhorar. Mas nesse caso parece que há uma influência do fato de que o desempenho dos alunos nas disciplinas ou qualificação não é do interesse da Capes, pois a avaliação das pós-graduações não considera isso. Talvez isso seja lamentável, pois alunos mais preparados (a qualificação estimula isso) podem escrever artigos mais rapidamente e com melhor conteúdo. Eu não sou um aluno tão preparado teóricamente como você
e sinto isso "na pele".
Graduação: Há ENADE para o curso de estatística este ano. Finalmente.
aT+,
Elias T. Krainski
http://geocities.yahoo.com.br/eliaskrainski--- Em seg, 4/5/09, Roger William Câmara Silva <
rogerwcs@yahoo.com.br> escreveu:
> De: Roger William Câmara Silva <
rogerwcs@yahoo.com.br>
> Assunto: Res: [ABE-L]: A Estatística brasileira exige muito respeito!
> Para: "abe" <
abe-l@ime.usp.br>
> Data: Segunda-feira, 4 de Maio de 2009, 22:07
> Concordo principalmente com a realização de exames de
> qualificação
> em
Probabilidade e Inferência. Não entendo porque em
> algumas
> instituições isto não é feito. Na minha modesta
> opinião, acredito
> que isto até mesmo deprecia as mesmas.
>
> Será que os exames não são feitos por receio de perder
> alunos?
>
> Fica a pergunta.
> Roger William
>
>
>
>
> ________________________________
> De: "
gauss@deinfo.ufrpe.br"
> <
gauss@deinfo.ufrpe.br>
> Para:
abe-l@ime.usp.br> Enviadas: Segunda-feira, 4 de Maio de 2009 19:32:09
> Assunto: [ABE-L]: A Estatística brasileira exige muito
> respeito!
>
>
> Caros Redistas,
>
> Aquelas duas condições que coloquei na rede para os
> membros
> de uma banca examinadora podem ser melhoradas ouvindo os
> coordenadores dos cursos de pós-graduação em
> estatística
> e áreas afins e mesmo através de uma ampla discussão
> inicial na rede.
>
> Meu ponto principal é que várias dissertações de
> programas
> em estatística, sobretudo aplicados, são feitas a partir
> de cópias escancaradas de livros canônicos do tema da
> dissertação, sem qualquer contribuição teórica a
> partir de
> algum paper, nem que seja uma demonstração de um teorema
> com
> alguma novidade adicional. Muitos demonstram até as
> trivialidades, pensando que estão contribuindo com alguma
> novidade à estatística. É como se aqueles que aplicam o
> teorema de Pitágoras, precisasse antes
demonstrá-lo!
>
> Quando ocorrem aplicações existe um outro desastre com o
> uso de programas triviais escritos por conta das
> facilidades inerentes ao SAS, R ou Ox e com
> interpretações dos resultados imprecisas e/ou
> equivocadas.
>
> Algumas dissertações têm o conteúdo equivalente a
> simples monografias
> de final de curso além de serem mal feitas.
>
> Isso, ocorre, muitas vezes, pela baixa qualidade
> científica dos
> orientadores, alguns sem o doutorado em estatística ou
> área afim,
> outras vezes por conta do corporativismo existente nos
> cursos
> e/ou "banca formada por conveniência" e/ou
> decisões pautadas no
> famigerado paternalismo. Com esses fatos acontecendo, esses
> cursos só poderão formar alunos medíocres em
> estatística.
>
> Eu entendo que deveria haver um exame de
qualificação em
> probabilidade e inferência, antes de qualquer defesa de
> dissertação ou tese, pois assim eliminaríamos alguns
> aventureiros de antemão.
>
> Observem no site do IME/USP que os alunos que defenderam
> as primeiras dissertações de mestrado em estatística
> (lá no início dos anos 70) se tornaram professores
> importantes em estatística. Nada de mediocridade!.
>
> O mesmo ocorria na pesquisa operacional da COPPE nos
> anos 70. Em 1975, os seus alunos contavam com professores
> do gabarito de Nelson Maculan, Alexandre Arduino, João
> Saboia,
> Fernando Chyoshi, José Manoel Carvalho de Melo, João
> Lizardo,
> Paulo Boaventura, a grande maioria com doutorado no
> exterior.
> O corpo docente influi, fortemente, na formação do aluno.
>
> Tudos os fatos negativos citados acim vêm se constituíndo
>
num grande desserviço à estatística. Se o Brasil
> atingiu,
> atualmente, um nível razoável na pesquisa científica em
> estatística em alguns poucos centros, isso, certamente,
> deve-se ao trabalho árduo de pesquisadores idôneos que
> exigiram muito trabalho e dedicação total à pesquisa dos
> seus orientandos.
>
> A ciência deve ser pautada no rigor e precisão do
> conhecimento.
> Qualquer tentativa em contrário, no meu entender, deve ser
> repudiada fortemente.
>
> A Estatística brasileira exige muito respeito!
>
> Cordiais Saudações,
>
> Gauss Cordeiro
>
>
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