Carlinhos,
Caros redistas:
> Usar a vida de alguém para desmerecer suas opiniões é coisa do passado.
Um argumento AD RES concerne a materia em tela, sua analyse critica.
Um argumento AD HOMINEM ataca a pessoa com quem se discute.
Arthur Schopenhauer, no seu manual de rethorica "A arte de sempre ter razao"
aconselha o uso de argumentos ad Hominem em desespero de causa,
quando ja se da por perdida a batalha intelectual.
Se a plateia for suficientemente inculta, ensina Schopenhauer,
um argumento ad hominem pode funcionar muito bem.
Assim, nao eh surpreendente que, hodiernamente, debates politicos
mais parecam um filme dos 3 papetas, onde todo mundo tentanta
arremessar uma torta na cara do adversario.
As primarias do Partido Republicano (EUA) estao divertidissimas.
Meu favorito eh o Newt Gingrich:
Intelectualmente, eh uma anta,
mas sabe arremessar uma torta como ninguem!
Saudacoes zombeteiras,
---Julio Stern
PS: Quanto a direitos de aposentadoria:
Quando tinha 17 anos, estava na duvida entre ser mais pragmatico
e fazer engenharia do ITA ou ir para o Instituto de Fisica na USP,
seguir minha paixao.
Um dos argumentos que me foram apresentados no ITA foi o seguinte:
Aqui, voce serah aluno do CPOR da Aeronautica. O salario eh pifio, mas
estes 5 anos irao contar no seu tempo de contribuicao para aposentadoria.
Acabei indo para a Fisica, e nao me arrependo.
Todavia, se tivesse ido para o ITA, eu iria fazer a mais absoluta questao
de gozar plenamente meus direitos trabalhistas, incluindo o direito de
me aposentar e arrumar um segundo emprego (publico ou privado).
Se a legislacao Brasileira nao me permitisse gozar da aposentadoria ainda
estando no mercado de trabalho (ex. Franca e Alemanha) eu iria trabalhar
em no exterior (como fazem muitos Franceses e Alemaes).
Date: Fri, 9 Mar 2012 10:24:57 -0300
From:
vermelho2@gmail.comTo:
cpereira@ime.usp.brCC:
abe-l@ime.usp.br
Subject: Re: [ABE-L]: liberdade de expressão
Viva!
Alguém que pensa e deixa pensar.
Parabéns!
Que nossa lista esteja aberta a quaisquer assuntos e que as discussões ocorram no campo das ideias (aliás, que acham de ideia sem acento? Essa reforma ortográfica!!!!).
Abs,
Em 8 de março de 2012 20:35,
<cpereira@ime.usp.br> escreveu:
Liberdade de expressão:
A vantagem de ser professor é justamente o fato de poder ter e dar opiniões. Claro que opiniões são muitas vezes discordantes. É justamente o conflito que nos faz crescer os quais nos fazem muitas vezes mudar de opinião por achar enganada àquela anterior. No lugar de as pessoas atacarem a vida pessoal ou o histórico de uma pessoa deviam sim discutir com garra as contra-opiniões.
Não gostei do que vi nos comentários do meu querido irmão e do Gauss a quem admiro muito. Usar a vida de alguém para desmerecer suas opiniões é coisa do passado. O Luis Paulo ter ganhado legalmente algo na universidade para mim é equivalente à legalidade de duas aposentadorias, no mesmo local de trabalho. Perdoem-me, mas nunca discuti isso, por este aspecto, por me considerar um privilegiado em ser professor da USP. E, claro, também não tenho a oportunidade de ter duas aposentadorias. Só poderia dar minha opinião caso eu tivesse a chance de duas aposentadorias e não ter aceitado a condição de duo-aposentado. Como disse em uma mensagem anterior a legalidade não se discute: se aceita.
Eu diria aos meus colegas amigos e irmão que nem todos concordam com nossas ?brilhantes? opiniões. E isso é muito bom, pois temos que aprender a nos defender e só iremos saber do que nos defender se sofremos o ataque direto. Fiquem certos que o silêncio é muito pior do que alguém que tenta mostra o que pode estar errado com nossas escolhas. Muitas pessoas pensam como o Luis e não dão suas opiniões em público, por razões pessoais e de escolha.
Temos todos que saber que nenhum de nós é unanimidade em nossa comunidade. Temos amigos, temos adversários, temos admiradores e críticos severos na comunidade acadêmica. Tem gente de valor em todos os lados, assim como os de pouco valor. Só peço que tentem nunca desmerecer a opinião, o trabalho e a vida de alguém, pois estas coisas são as únicas que nos restam. Têm um imenso valor para o nosso eu!
Carlos Alberto de Braganca Pereira <cpereira@ime.usp.br>
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Vermelho
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