O mundo vive hoje a era da informação, a
sociedade do conhecimento. Uma sociedade que, graças à revolução digital e de
telecomunicações, pôs a informação em primeiro lugar.
A informação tornou-se vital, a comunicação
instantânea e o volume de dados
enorme.
Mas o que nós , op países do terceiro mundo,
devemos fazer? A sociedade da informação será uma evolução natural ou
fabricaremos uma falsa mudança ignorando nossos problemas urgentes?
O que é preciso para construir num país a
sociedade da informação?
A pedra fundamental de tal sociedade é a
tecnologia. O grande problema é que tecnologia não brota em árvores. Tecnologia
é o produto de anos de pesquisa, em países que tem por tradição dedicar parcelas
significativas de seu PIB para tal fim ou então uma aquisição, feita a custo de
pesados recursos de países pobres, desse produto dos países
desenvolvidos.
Para se implantar a sociedade da informação
precisamos da informação propriamente dita: o conteúdo, dos meios de
comunicação: as telecomunicações e de algo capaz de processar e armazenar tal
informação: a informática.
A implantação de sistemas de telecomunicação,
armazenamento e processamento de dados é a tecnologia de que já falamos e requer grande
investimento.
Esse investimento deve ser financiado por quem
nos países pobres? O capital privado ‘;e suficiente ou se faz necessário o
capital estatal?
A sociedade da comunicação é uma idéia
relativamente nova, e idéias novas têm um alto índice de riscos. Dessa forma, o
capital estatal precisa alavancar o processo.
Quais as Conseqüências da Implantação da Sociedade da Informação
Conforme o que já dissemos, o investimento de
implantação da sociedade da informação é muito elevado. Mas e o retorno do
investimento? Ele virá cedo? Ele virá?
Ë importante lembrarmos que, da mesma forma que
não resolvemos os nossos problemas de transporte apenas comprando um carro
esquecendo gastos com combustível e manutenções periódicas, é preciso atualizar
o hardware e o software usados na implantação, uma vez que em três anos grande
parte do equipamento torna-se obsoleto.
O cidadão comum será beneficiado com a
sociedade da informação? Que investimentos terão que partir do indivíduo?
Supondo que um computador custe algo em torno de 500 dólares e levando em conta
a renda da população em países pobres, com quem ficam os
bits?
A mão-de-obra em países pobres é, em sua
maioria, de baixa qualificação. O desemprego já é realidade há muito tempo.
Ironicamente, os empregos que tendem a desaparecer com o surgimento da sociedade
da informação são exatamente esses de baixa qualificação. Em contrapartida, a
nova sociedade cria empregos qualificados. Teremos escassez de mão de obra num
país de desempregados. E qual problema faz mais sentido atacar primeiro: o da
implantação da nova sociedade ou o da criação de um sistema de educação
eficiente?
A educação à distância pode ser usada pra
amenizar o problema da qualificação profissional? O professor pode ser
substituído por hipertexto num país com alto índice de
analfabetos?
A concorrência sempre foi fator determinante do
preço de um produto, excluindo-se a formação de cartéis. O comércio eletrônico,
característica marcante da sociedade da informação, torna possível a venda de
produtos à uma grande distância. Haverá então um aumento significativo da
concorrência. Os mercados locais conseguirão sobreviver?
Não é preciso ser um grande observador para
perceber que os produtos das metrópoles, com mais tecnologia embutida, estão em
todos os lugares: automóveis, maquinas de precisão, compuutadores, telefones
celulares, etc. Os produtos do terceiro mundo, no entanto, normalmente não
passam das cozinhas. A economia dos países pobres é essencialmente
agrícola.
A sociedade da informação pode impulsionar a
economia de um país agrícola? Ao que parece, a economia que mais se beneficia da
sociedade da informação é a baseada em tecnologia.
Quais os Interesses que Países Ricos tem na
Implantação da Sociedade da Informação em Países Pobres?
Os países desenvolvidos têm, nos últimos anos,
demonstrado um enorme interesse em difundir a sociedade da informação em países
pobres.
O principal argumento usado é o fim da
desigualdade digital, da desigualdade entre países ricos em informações e países
pobres em informação.Será que o interesse é esse apenas? É possível fazermos uma
comparação com as vendas de ferrovias feitas há cerca de 100 anos atrás para
alguns países pobres, sob o mote “Onde chega a ferrovia chega o
progresso”?
A tentativa de implantar a sociedade da
informação no Brasil criou o projeto SocInfo, que apresenta similaridade com o
projeto europeu para o mesmo fim.
Faz sentido adotar uma estratégia européia no
Brasil?
A sociedade da informação na
Europa
http://europa.eu.int/comm/dgs/information_society/index_en.htm
A sociedade da informação brasileira citada na
Alemanha:
http://www.topicos.de/pdfs/2000/3/Buchbesprehung%20German.pdf
Brasil: samba e sociedade da informação:
http://www.dcc.ufmg.br/~virgilio/artigos/art21.html
O projeto europeu
http://europa.eu.int/comm/dg10/publications/brochures/move/infoeduc/infso/txt_pt.html
A sociedade do
desconhecimento
http://www.campus-oei.org/revistactsi/numero1/plonski.htm
Erros da revolução industrial que podem ser
evitados:
http://www.nova-e.inf.br/bitniks/susana.htm
Interesse do g8 no fim da desigualdade
digital:
http://www.ig.com.br/paginas/ig.com/colunistas/troyjo/2000_12_11.html
Etatisticas e SocInfo:
http://www.rnp.br/newsgen/0101/e-gov.shtml
Infoexclusao:
http://www.ibict.br/cionline/290200/29020003.pdf
Socinfo:
http://www.ibict.br/cionline/290300/2930003.pdf