Os números de capítulos, seções, teoremas e exercícios se referem ao livro de Diestel, 2a edição.
O foco deste capítulo é o
Graph Minor Theorem de Robertson e Seymour.
O teorema afirma que todo conjunto infinito de grafos,
algum grafo é máinor de outro.
Uma consequência importante:
todo conjunto de grafos fechado sob isomorfismo e sob
máinors
tem um conjunto finito de máinors proibidos
.
Exemplo: A relação é-máinor-de entre grafos é uma ordem parcial e portanto uma quase-ordem.
(Por razões técnicas, convém desviar a atenção dos conjuntos infinitos, como os que são mencionados no enunciado do teorema de Robertson e Seymour, e concentrá-la sobre as sequências infinitas.)
Consequência da Proposição 12.1.1: Suponha que nossa quase-ordem não tem sequências infinitas estritamente decrescentes (como acontece com a relação é-máinor-de). Então não existe anticadeia infinita se e só se toda sequência infinita é boa.
Em particular, a relação é-máinor-de entre árvores não tem anticadeias infinitas.
(Em termos bem mais vagos e informais: não existe uma variedade infinita de árvores.)
Como sempre, y está entre x e z
significa que y está no caminho
de x a z em T.
Algumas pessoas gostam de dizer que cada
Vt
é uma sacola
ou bag.
Lema 12.3.2: Seja H um subgrafo de G e Wt o conjunto Vt ∩ V(H) para cada t. Então (T, W) é uma decomposição arbórea de H.
Lema 12.3.3: Seja H uma contração de G. (Portanto, o conjunto de vértices de H é uma partição de V(G). Seja Wt o conjunto das partes de V(H) que intersectam Vt. Então (T, W) é uma decomposição arbórea de H.
Lema 12.3.5 (corolário de 12.3.4): Todo subgrafo completo de G é parte de algum Vt .
Sejam X e Y dois conjuntos de vértices; dizemos que X e Y se tocam (= touch) se X intersecta Y ou há uma aresta ligando X a Y. Um bramble é um conjunto de partes conexas de V(G) que se tocam duas a duas.
Uma cobertura de um bramble B é um conjunto de vértices que intersecta cada elemento de B. A ordem de B é a cardinalidade da menor cobertura de B.
Exemplo:
Digamos que G é uma grade
k×k, isto é,
os vértices de G são todos os
pares da forma (i, j) com
i e j em {1, … , k}
e as arestas são os pares {(i, j), (p, q)}
com |i−p| + |j−q| = 1.
Uma cruz
(i, j)
é o conjunto de todos os vértices da forma
(i, l) mais todos os vértices da forma
(l, j).
O conjunto de todas as cruzes é um bramble de ordem k.
Para todo grafo G existe k tal que tw(G) < k. Logo, o Teorema 12.3.7 mostra que o conjunto de todos os grafos não tem anticadeia infinita sob é-máinor-de. O raciocínio está certo?
(Pelo Lema 12.3.1, Vy separa Vx de Vz.)
Uma decomposição simplicial é particularmente simples se G[Vt] é um grafo completo para todo t. Grafos com essa propriedade são conhecidos como triangulados ou cordias (= chordal).
sobrepondosubgrafos completos. Mostre que G tem uma decomposição simplicial (T, V) tal que cada G[Vt] está em H.
Exemplos: De acordo com o teorema de Kuratowski-Wagner, Forb(K5, K3,3) é o conjunto dos grafos planares. De acordo com a conjectura de Hadwiger, chi(G) < k para todo G em Forb(Kk).
propriedade da largura arbórea limitada: dado k, tome o conjunto dos grafos G tais que tw(G) < k. Quando k = 2, essa propriedade é Forb(K3). Quando k = 3, essa propriedade é Forb(K4).
Teorema 12.4.3 (Robertson & Seymour): Para todo grafo planar H, os grafos em Forb(H) têm largura arbórea limitada.
Esse teorema segue do seguinte Teorema 12.4.4 (Robertson & Seymour): Para todo r, existe k tal que todo grafo G com tw(G) ≥ k tem um máinor que é uma grade r×r.
(É oportuno lembrar que todo grafo pode ser imerso em alguma superfície.)
Veja a resenha de Bruce Reed. Veja também Graphs on Surfaces de Mohar e Thomassen.