Reconstrução de
Imagens Biológicas Produzidas pela Técnica de Microscopia
de Força Atômicas
Geraldo Antônio G. Cidade Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho
Resumo A técnica de Microscopia de Força Atômica (AFM)
consiste, basicamente, na obtenção de imagens de estruturas
de reduzidas dimensões, permitindo mapear e caracterizar superfícies
dos mais diferentes tipos, possibilitando aumentos da ordem de 109. O emprego
da técnica de AFM em biologia possibilita, com vantagem, a caracterização
de estruturas mantidas vivas, enriquecendo a compreensão dos fenômenos
bio-físico-químicos envolvidos, constituindo-se de mais uma
poderosa ferramenta auxiliar de análise, de incontestável
confiabilidade. Com relação às limitações
do emprego da técnica em materiais biológicos, as imagens
produzidas caracterizam-se pela não-estacionariedade das estruturas
que compõem a amostra, dificultando, assim, a precisão dos
resultados. Métodos tradicionais de pós-processamento no
domínio da freqüência não são muito indicados
para tratarem sinais desta natureza. Além do mais, dependendo das
dimensões da imagem, efeitos degenerativos, do tipo: (i) borramento,
devido à geometria da ponteira de medição, e (ii)
ruído aditivo, dificultam a correta análise das imagens obtidas.
O tratamento de sinais desta natureza requer uma ação local
(domínio do espaço), a partir da minimização
de um funcional capaz de descrever o comportamento da interação
entre a ponteira de medição e a superfície da
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