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RE: [ABE-L]: Mensagem do Dani



Moretin,

To escrevendo pessoalmente a vc, pois creio que não devemos ficar criando
ransos na Categoria. Hoje a visão de muitos Estatísticos é a de que um
Mestre ou doutor em Estatística é tão Estatístico quanto um Estatístico com
Graduação em Estatística. O problema é que nos CONRE e CONFE existem algumas
pessoas que não pensam assim. MAS, não é ignorando essas pessoas que iremos
conseguir nosso intuito de unir a categoria, tem que se existir uma força
que venha de dentro do próprio CONRE/CONFE e da própria ABE no sentido de
que estes representem melhor a classe, não só uma meia duzia de
profissionais que estão próximos da aposentadoria e que veem apenas os seus
interesses pessoais. Sou da opinião de que: SE eu sou contra algo, eu devo
ter argumentos para tal e também ser capaz de propor soluções também para
isso DENTRO das esferas cabíveis, não ficar fazendo jogo contra, pois assim
eu trabalho contra minha profissão e em favor dos interesses dos poucos que
ganham com essa história de Pseudo-regulamentação.

Como Estatísticos que somos, sabemos que, com um pouco de boa vontade de
ambas as partes, pode ser criado um sistema de certificação que garanta o
exercicio profissional do Estatistico que não Detem a graduação em
Estatística.

Não estou aqui para discutir legislação, mas pelo pouco que aprendi, não é
ficando contra a lei que estaremos resolvendo a situação. Se a Lei Existe,
de duas uma, ou a seguimos, ou bataslhamos para a mesma ser mudada. Só
citando o caso dos Atuários, eles são em um numero bastante menor que o
nosso e conseguem, unidos, muitas coisas que duvidamos ser possível.

Sei q a ABE é uma entidade mais voltada à divulgação Científica e, como vc
falou, também congrega profissionais ligados a Estatística. Então, creio que
esta tem toda a legitimidade em se reunir e propor modificações na
legislação, basta ter vontade política. Mas, para isso, precisamos estar
unidos, não dando tiros para tudo que é lado e reclamando do que existe e o
q existe é ruim. SE o que existe é ruim, porque então não prpopor soluções
para que o RUIM se torne BOM para a maioria?

Temos que pensar NA profissão, Não em nossos interesses, pois, com uma
profissão que tenha credibilidade, quem ganha somos nós. Hoje, com certeza,
apezar de algumas pessoas estatrem pensando que a situação atual é comoda,
com certeza esta situação seja comoda apenas para esta pessoa, mas será que
é comoda para a classe?

Pense nisso

Leonarde Assis
Estatistico



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-----Original Message-----
From: Pedro Morettin [mailto:pam@ime.usp.br] 
Sent: Monday, September 08, 2003 6:11 PM
To: djalma@ibge.gov.br
Cc: abe-l@ime.usp.br
Subject: Re: [ABE-L]: Mensagem do Dani



Caros:


1) Eu fui um daqueles citados pelo Djalma que
tentaram fazer com que a SBE  fosse mais representativa
do que era. Como disse o Djalma, os dirigentes da SBE,
que ainda sao os mesmos, nao se interessaram e a ABE foi fundada.

Como existe uma Sociedade Brasileira de Econometria, cuja
sigla tambem e' SBE, estas duas sociedades devem ver o que fazer sob o
aspecto juridico.

Logo, nao ha', como nao havia antes, o que fazer, a nao
ser ignorar estas pessoas, ja' que elas querem nos ignorar. Pelo que entendi
na epoca, ha' um grupo de pessoas no RJ, ligados tambem a area atuarial, que
querem manter o seu espaco 
profissional. Mas isto esta' mudando e o Congresso realizado
em Ubatuba na semana passada foi um passo importante.

2) Sobre o e-mail do Leonard: A ABE e' uma sociedade
cientifico-profissional, que congrega estatisticos da area academica, de
orgaos do governo , de industria, bancos, etc.  O Conre e Confe sao orgaos
reguladores da  profissao de estatistico (como o CREA, para engenheiros e
arquitetos), logo alem de pagar a anuidade, nao vejo o que podemos fazer com
eles, 
a nao ser ficar atentos para que nao cometam excessos. Para tanto, os
estatisticos profissionais deveriam participar mais desses orgaos, o que nao
e' uma tarefa agradavel.

 Na minha opiniao a regulamentacao da profissao de estatistico e' um erro(um
doutor em estatistica nao pode trabalhar como 
estatistico; so' um bacharel), mas, de novo, nao ha' muito o que fazer.
Vivemos num pais cartorial, e os espertos (do Conre, etc) podem se
aproveitar desse excesso de regulamentacoes.

Cordialmente,

Pedro Morettin













Citando djalma@ibge.gov.br:

> Colegas,
> Gostaria de contribuir com um pouco de história. A SBE (Sociedade
> Brasileira de Estatística) foi criada há
> mais de 60 anos. Por muito tempo foi responsável ( no nome) pela Revista 
> Brasileira de Estatística  (RBEs) mantida pelo IBGE. Quando fui convidado 
> pelo IBGE para ser editor da RBEs, coloquei como  condição para aceitação
> a desvinculação da revista da SBE. 
> A SBE sempre  esteve mais ligada aos estatísticos registrados nos 
> conselhos e pouco interessada em atividades acadêmicas. 
> Antes de criar a  ABE vários colegas foram de opinião de  que valia a pena

> tentar antes modificar a orientação da SBE, fazendo-a se interessar também

> por atividades acadêmicas. Fui contrário a essa opinião ( milagres como o 
> de Lázaro só acontecem uma vez), mas resolvemos dar um prazo para que 
> alguns colegas participassem da SBE e tentassem modificá-la. 
> Posteriormente, estes colegas depois de tal tentativa reconheceram o 
> insucesso do esforço.  Assim foi criada a ABE depois de se  perder algum 
> tempo tentando fortalecer a SBE. 
> As pessoas liderando a SBE parecem ser as mesmas daquela época. Sou 
> pessimista em relação a qualquer tentativa de aproximá-la da ABE, pois sua

> liderança só reconhece como estatístico quem tem carterinha. Assunto que 
> deixamos de discutir há muito.
> Djalma Pessoa

Pedro Morettin <pam@ime.usp.br>