Pedro Morettin <pam@ime.usp.br> Caros leitores: Gostaria de parabenizar o José Carvalho e Cristiano Ferraz pelo excelente artigo. Sugiro que eles o enviem para o editor do Boletim da ABE para ser publicado lá, além da sugestão do Gauss. Quero, também, chamar a atenção para um excelente "livrinho" do Alan Stuart, "The Ideas of Sampling", Mc Millan, 1984. Inclui, anexo, uma seção sobre amostragem por quotas, que ilustra de maneira bem simples todos os pontos levantados: problema da não-resposta, viés de seleção e inviabilidade de se calcular erros padrões na amostragem por quotas. Um diretor do Ibope foi, há algum tempo, convidado a fazer uma palestra no IME. Indagado por um aluno como eles calculavam a tal "margem de erro", ele disse: " só Deus sabe..". Claro que nem Deus sabe..., mas ele também disse que sabiam que há uma "margem de erro para cada candidato", mas que "era complicado dizer isso ao público".Também não disse como escolhiam uma margem de erro, dentre as de todos os candidatos. Creio que seria interessante chamar a atenção sobre esse problema quando se ministra alguma disciplina básica, quando se fala na parte de distribuições amostrais e estimadores, especialmente em épocas de eleições. Costumo fazer isso e um exercício interessante para eles seria pedir para calcular a tal margem como se tivessemos amostra aleatória simples(é a que ensinamos a eles...) e comparar com os valores divulgados pelas pesquisas. Cordialmente, Pedro Morettin
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