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Re: [ABE-L]: 2400 ou 3000 ou mudar grade ? Uma Sugestão



Caros Redistas,


Concordo com a estrutura curricular geral que esta no site:
http://www.amstat.org/Education/index.cfm?pf=Curriculum_Guidelines&fuseaction=Curriculum_Guidelines

Principalmente, o último ponto, que indica que um estudante de estatística
deveria fazer algumas disciplinas da sua área de interesse. Por exemplo,
biologia geral ou ecologia podem ser disciplina relevantes para quem quer
trabalhar com biometria.

Atenciosamente,
Getúlio


Skills Needed

Effective statisticians at any level display a combination of skills that
are not exclusively mathematical. Programs should provide some background
in these areas:

    * Statistical - Graduates should have training and experience in
statistical reasoning, in designing studies (including practical
aspects), in exploratory analysis of data by graphical and other
means, and in a variety of formal inference procedures.

    * Mathematical - Undergraduate major programs should include study of
probability and statistical theory along with the prerequisite
mathematics, especially calculus and linear algebra. Programs for
non-majors may require less study of mathematics. Programs preparing
for graduate work may require additional mathematics.

    * Computational - Working with data requires more than basic computing
skills. Programs should require familiarity with a standard
statistical software package and should encourage study of data
management and algorithmic problem-solving.

    * Non-mathematical - Graduates should be expected to write clearly, to
speak fluently, and to have developed skills in collaboration and
teamwork and in organizing and managing projects. Academic programs
often fail to offer adequate preparation in these areas.

    * Substantive area - Because statistics is a methodological
discipline, statistics programs should include some depth in an area
of application.
















> Caros Redistas,
>
> Aproveitando os e-mails (muito oportunos) dos Professores Flávia Landim e
> Cristiano Ferraz sobre as dificuldades dos alunos no curso de graduação de
> Estatística
> e as altas taxas de evasão (além, suponho, da baixa demanda no vestibular)
> gostaria
> de colaborar na discussão citando três pontos:
>
> 1. No meu entender é fato preocupante a evasão continuar alta em
> alguns cursos importantes de graduação de Estatística do País, apesar de
> termos
> uma carência de capital humano nessa área. Acho que a graduação de
> Estatística
> deveria contemplar mais carga horária em bancos de dados (ORACLE, MySQL,
> FIREBIRD, ACCESS, ...), estatística computacional (C, FORTRAN, R,
> Mathematica,
> Maple, C++, CSharp, JAVA, DELPHI, VISUAL BASIC...), emprendedorismo e
> gestão econômica, administração e negócios, economia (principalmente -
> muito mais -,
> teoria econômica, macro e econometria) e finanças, mais regressão (para
> contemplar
> os avanços recentes), probabilidade, processos estocásticos  e estatística
> matemática,
> análise exploratória de dados e data mining, gestão da produção, pesquisa
> operacional e bioestatística, além de outras não mencionadas aqui, talvez
> minimizando
> alguns setores de menor importância atual.
>
> Todas as áreas citadas são muito importantes para a Estatística Aplicada e
> para
> contemplá-las adequadamente, talvez sejam realmente necessárias 3000 horas
> como,
> por exemplo, para computação e informática, e um pouco mais do que as 2400
> horas
> exigidas na Física, Química e Matemática, cujo objetivo principal é formar
> professores.
> As engenharias em geral requerem 3600 horas. Certamente, os professores
> Flávia e
> Cristiano - por trabalharem diretamente com a graduação -, podem tecer
> comentários
> mais apropriados neste sentido.
>
> 2. Algumas pessoas que desistem no início da Graduação de Estatística
> não têm em geral conhecimento das potencialidades desta área e, por conta
> disso,
> vão para outras áreas em busca de melhores horizontes.  Ledo engano! Muito
> poucas
> áreas de atuação podem propiciar mais opções de trabalho fora da academia
> do que
> a Estatística, tanto no País quanto no exterior.
>
> 3. Apenas para exemplificar a falta de capital humano em Estatística na
> própria academia,
>  quando criamos o Departamento de Estatística e Informática (DEINFO) da
> UFRPE
> (Estatística em primeiro lugar por ser mais importante) há cerca de 30
> meses,
> abrimos alguns concursos mas não conseguimos atrair pessoas com doutorado
> ou
> mestrado em Estatística, mas somente engenheiros, matemáticos, físicos e
> gente de
> computação.  O DEINFO conta hoje com 18 docentes, 14 com doutorado, mas
> somente com 6 pessoas ligadas genuinamente com a Estatística. Nestes
> termos,
> falta capital humano na nossa área tanto no Nordeste, como exemplifiquei,
> quanto
> no restante do País. Estams pensando em implementar (a curto prazo) um
> curso de
> graduação em Estatística Computacional na UFRPE satisfazendo as áreas
> descritas no
> meu primeiro ponto.
>
> Cordiais Saudações,
>
> Gauss Cordeiro.
>
>