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Re: [ABE-L]: Re:[ABE-L]: para reflexão



Renato e Carlinhos,

As discussões têm sido bem animadas e interessantes.
Cabe a nós fazermos propaganda da lista da ABE e incentivarmos
outras pessoas a se inscreverem, eu sempre faço
isso.

Um abraço
Lúcia

Quoting Renato Martins Assuncao <assuncao@est.ufmg.br>:

> Oi Lucia,
> obrigado pela informacao.
> Sinceramente, eu achava que tinha menos inscritos.
> Fico super feliz. Nao existem 350 pesquisadores em estatistica no Brasil.
> Enato estamos alcancando mais gente. Excelente. 
> Quem sabe com esta discussao as pesoas nao ficam curiosas e 
> juntam-se a lista, hem?
> Um abraco e obrigado por se dar ao trabalho de buscar
> os dados. Para um estatistico, eles fazem um grande diferenca....
> 
> Renato
> 
> -----Lucia Pereira Barroso <lbarroso@ime.usp.br> escreveu: -----
> 
> Para: Renato Martins Assuncao <assuncao@est.ufmg.br>
> De: Lucia Pereira Barroso <lbarroso@ime.usp.br>
> Data: 17/09/2007 1.41
> cc: abe-l@ime.usp.br
> Assunto: Re: [ABE-L]: Re:[ABE-L]: para reflexão
> 
> 
> Renato,
> 
> Segundo informações do Antonio Carlos, a lista abe-l está com 387 e-mails 
> cadastrados. O número de assinantes é menor porque algumas pessoas têm 
> mais do que um e-mail cadastrado.
> 
> Abraços
> Lúcia
> 
> 
> Quoting Renato Martins Assuncao :
> 
> > Oi Gauss e colegas,
> > 
> > afinal que este quebra-quebra meio diabolico serviu para animar a ABE-L.
> > Que mais mensagens sobre historia, dicas, informacoes sobre assuntos 
> > relacionados mas nao mainstream circulem pra valer na lsita. Assim, ela
> > fica mais interessante (lembrando sempre que ninguem e' obrigado
> > a ler todas as mensagens que circulam). 
> > 
> > Sobre a postagem na lista, escrevi antes, e me sinto na obrigacao
> > constrangida e desagradavel de opinar de novo. 
> > Acho que nao podemos deixar intimidacoes ocorrerem mas, igualmente 
> > importante, ninguem precisa de um curriculo LATTES bem vestido para 
> > escrever na ABE-L. As mensagens devem ser consideradas pelo seu 
> > conteudo, pelos argumentos, e nao por quem as envia. Nao e' preciso
> > credencial. Existe uma falacia de raciocinio logica bem conhecida chamada 
> > de Ad Hominem ofensivo:  Atacar um oponente numa discussao de foram 
> > pessoal e injuriosa ao inves de responder ao argumento. 
> > 
> > Um colega no meu depto era diretor da Uniao Municipal de Estudantes
> > Secoundaristas, 
> > em tempos heroicos e historicos de movimento estudantil (eu tambem nao
> > esperei muito
> > para comecar a cometer meus pecados...),
> > foi imprensado por um diretor de escola de ensino medio na frente dos
> demais
> > alunos
> > daquela escola: "Mas voce nao faz parte dessa escola" E ele respondeu
> "Entao
> > voce 
> > nao tem resposta para meu argumentos". O diretor retirou-se furioso e a
> > escola 
> > ovacionou meu colega, um menino de 16 anos na epoca. 
> > 
> > A melhor maneira de responder a um ataque Ad Hominem ofensivo na minha
> > opiniao
> > e' nao responder da mesma forma. A tentacao e' imensa mas essa resposta nao
> > ajuda
> > a adensar o debate. Nesses casos, e' melhor fechar o butequim pelo dia. 
> > 
> > Eu soube ontem que um colega, um dos pesquisadores mais ativos em nossa
> > comunidade,
> > nao faz parte da ABE-L. Fiquei sinceramente surpreso. E estamos preocupados
> > com
> > estudantes na ABE=L. Quantos assintantes ativos existem? Lucia, existe este
> > numero?
> > Sera' que somos apenas um bando de professores gatos-pingados escrevendo
> > entre si?
> > Talvez se fomentarmos mais o debate intelectual, a troca de 
> > informacoes,  este colega venha a se juntar a ABE-L.
> > 
> > Por falar nisso, so hoje tive tempo de ver a segunda apresentacao de 
> > Hans Roslings, o diretor do Karolisnka Institute da Suecia, um show
> > inacreditavel
> > de visualizacao de dados. Eu andei divulganfdo a apresentacaode 2006 dele.
> > Esta e' de 2007 e o site abaixo possui outras. 
> > Estou em contato com eles para fazer a traducao 
> > das apresentacaoes. Estas conferencias desse cara podem fazer pelo ensino 
> > da estatistica o que nenhum de nos e' capaz de fazer. Vejam pra crer:
> > 
> >
> http://www.gapminder.org/video/talks/ted-2007---the-seemingly-impossible-is-
> possible.html
> > 
> > Voce e seus alunos nunca mais verao os dados da mesma forma depois 
> > dessa conferencia. Uma experiencia unica.
> > 
> > Ah, parece que esse cara, Hans Roslings, esteve no Brasil numa conferencia 
> > patrocinada pelo IBGE no Rio. Alguem tem mais informacao sobre isso? So'
> > lamento
> > muitissimo nao ter estado presente. Algume esteve la'? Ele fez tambem o
> show 
> > de engolir espada??
> > 
> > Renato 
> > PS: a mensagem do Carlinhos sobre o fato de que ensinamos o que acreditamos
> 
> > e que quem decide o que ensinar somos nos foi um primor, hem? Fiquei
> perplexo
> > em 
> > ver que concordava inteiramente com ele.
> > 
> > -----"gausscordeiro"  escreveu: -----
> > 
> > Para: "abe-l" 
> > De: "gausscordeiro" 
> > Data: 15/09/2007 10.46
> > Assunto: [ABE-L]: para reflexão
> > 
> > Caros,
> > 
> > O mundo acadêmico das áreas de exatas antes dos anos 70 
> > era predominantemente dominado, em primeiro lugar, 
> > pelos matemáticos e físicos e, depois, pelos químicos. 
> > 
> > Com o retorno ao Brasil dos primeiros doutores em 
> > estatística formados exterior e a criação de alguns 
> > Departamentos de Estatística nos anos 70, o cenário em 
> > prol da nossa área no País começou a se configurar. 
> > Se existiram doutores em estatística no País formados no exterior antes dos
> > anos 70, acredito que eles foram de 
> > menor monta para dar um impulso significativo à nossa área.
> > 
> > O grande impulso da estatística no Brasil se deu ? no meu entender ? na
> > década de 80 -, e a criação da ABE com seus efeitos multiplicativos foi
> > primordial para esse processo evolutivo. A consolidação da estatística
> > certamente
> > ocorreu nos anos 90 com a ampliação dos cursos de mestrado 
> > e doutorado. 
> > 
> > Não tenho receio de errar ao dizer que, atualmente, as atividades de
> pesquisa
> > em estatística (incluo aqui 
> > obviamente probabilidade, pois não faço distinção entre 
> > estas áreas de concentração) no Brasil competem em qualidade 
> > com a física, matemática, química e computação (que cresceu 
> > a passos largos nos anos 90), perdendo tão somente em 
> > quantidade face ao menor capital humano.  
> > 
> > Como me julgo (sem cabotinismo), entre tantos outros, 
> > parte integrante desse processo de crescimento, acredito 
> > que discussões na lista eletrônica são importantes para 
> > mostrar aos jovens estudantes o poder  da estatística, 
> > que HOJE NÃO É MAIS o patinho feio das ciências exatas 
> > como acontecia na década de 70.
> > 
> > No meu entender, todas as áreas da estatística são 
> > importantes desde a teoria da medida e a teoria assintótica 
> > aos métodos MCMC Bayesiano, passando pelas técnicas 
> > intensivas como bootstrap, computação neural e a 
> > grande variedade dos métodos estatísticos aplicados. 
> > Ademais, com o crescimento das técnicas computacionais, 
> > a cada dia surgem novas áreas de interesse como, por exemplo, 
> > a teoria assintótica acoplada com a computação simbólica 
> > que só tenderá a crescer nos próximos anos. 
> > 
> > Claro que todos nós temos nossas próprias preferências 
> > e investimos nelas para termos um lugar ao sol no cenário internacional.
> Mas
> > negar a importância de qualquer uma 
> > dessas áreas representa UM ERRO MUITO GRAVE e só colabora
> > para desprestigiar a estatística e o trabalho dedicado
> > de pessoas que têm produzido o melhor para a pesquisa
> > cinetífica na sua área de atuação.
> > 
> > Sinto pela mensagem longa, mas nos últimos tempos a praia 
> > não tem me fascinado. Um bom final de semana para todos.
> > 
> > Cordiais saudações,
> > Gauss Cordeiro 
> > 
> >   
> > 
> > 
> > 
> > 
> > 
> > 
> 
> Lucia Pereira Barroso 
> 
> 
> 
> 

Lucia Pereira Barroso <lbarroso@ime.usp.br>