correlação positiva

[Carlos Alberto de Braganca Pereira <cpereira@ime.usp.br>]

A discussão aqui na lista parece ser muito interessante e relevante.

No entanto pode ser que o pesquisador tenha feito toda a continha corretamente.
Contudo, talvez o engano seja a consideração da população de onde a amostra foi
retirada.

Ao analisar uma amostra retirada de universidades de qualidade, a tendência pode
ficar muito aparente, pois essa amostra certamente não é uma amostra da
população geral.  Um pobre inteligente não vai tentar se preparar para mudar de
classe em uma universidade.  Primeiro talvez, ele tente usar suas habilidades
para mudar de classe desde jovem e não tem tempo a perder com a pretensa cultura
ortodoxa que a sociedade pode oferecer.  Acho que o engano do pesquisador pode
ser devido às corretas definições de unidade amostral e populacional.  

O que talvez fosse adequado seria conseguir amostras retiradas de populações de
origem na classe alta e amostras retiradas de populações de origem de classe
baixa.  Nas unidades amostrais da primeira população podemos ter indivíduos de
classe baixa, mas de origem na classe alta e na outra amostra indivíduos de
classe alta, mas de origem na classe pobre.  Desta forma, o estudo pudesse ser
mais abrangente e direcionado ao possível preconceito do pesquisador.  Creio que
ele teria dificuldades em provar correta sua afirmação.

Saudações

Carlinhos


Carlos Alberto de Braganca Pereira <cpereira@ime.usp.br>