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Re: [ABE-L]: Nosso ensino...



Assim como ISI não é IMS, Luiz Paulo Veiga não é Luis Paulo Vieira Braga, 
perceba ainda que minha crítica não é à decisão  da ABE, mas à ausência de 
recursos públicos para sustentarem esforços nacionais de produção e 
distribuição de periódicos científicos. O esforço do IMS é supostamente 
meritório, pois, a princípio, vai contra a mercantilização das publicações 
científicas. Fica evidente nos objetivos do programa de apoio a periódicos 
do IMS(relacionado a seguir) que ele existe exatamente para ajudar 
sociedades a sobreviverem diante da concorrência das editoras comerciais. 
Daí o meu comentário - o único periódico brasileiro de nível internacional 
voltado para estatística e probabilidade para se desenvolver e consolidar 
não encontrou no Brasil uma alternativa de apoio à sua produção e 
distribuição. O mesmo está acontecendo com outros periódicos brasileiros em 
outras áreas de interesse.

GOALS OF IMS SUPPORT
To encourage non-profit and/or societal journals to remain fully non-profit 
and autonomous. 
To assist such journals to raise their technical standard of production and 
distribution 
To support the organizations which produce these journals 
To provide a unified approach to resist the current trend toward 
commercialization of scholarly communication. 
To allow the IMS and other non-profit/societal journals to compete with 
commercial journals by provision of joint marketing opportunities. 


On Wed, 16 Jul 2008 21:34:56 -0300, Nancy Garcia wrote
> Prezados colegas:
> 
> Luiz Paulo Veiga escreveu:
> 
>  A recente encampação do BJPS pelo ISI deve deixar os pesquisadores 
> dos EUA e Europa intrigados sobre como um país tão rico não consegue 
> sustentar um periódico científico de estatística e probabilidade.
> 
> Gostaria de corrigir esta afirmacao. O BJPS não foi encampado pelo ISI.
> O BJPS esta sendo publicado pelo IMS (Institute of Mathematical 
> Statistics). Nosso periodico ainda é totalmente sustentado pela ABE 
> e tem completa autonomia pelo BJPS. O IMS publica o BJPS a um preço 
> mais razoável do que as editoras comercias como Springer, Elsevier,
>  etc. para que organizações sem fins lucrativos como nossa 
> associação possa continuar editando periódicos.
> 
> Nancy  Garcia
> 
> Luis Paulo Vieira Braga wrote:
> > Há algum tempo circulou na rede do IM-UFRJ um comentário do prof. Paulo 
> > Cordaro de que os pesquisadores matemáticos brasileiros estavam aptos 
> > trabalhar em qualquer instituto de renome no exterior. Na mesma ocasião 
um 
> > levantamento situava os estudantes secundários brasileiros muito abaixo 
na 
> > escala mundial em termos de conhecimento matemático. Não sei ainda o que 
> > mais é necessário para se entender o óbvio: Os poucos recursos e o 
> > reconhecimento se concentram num segmento somente, o da pesquisa dita de 
> > alto nível. Digo poucos porque até neste nível o Brasil não fica bem no 
> > retrato. A recente encampação do BJPS pelo ISI deve deixar os 
pesquisadores 
> > dos EUA e Europa intrigados sobre como um país tão rico não consegue 
> > sustentar um periódico científico de estatística e probabilidade.
> >
> > Se até na universidade as atividades de ensino de graduação são 
relegadas a 
> > um patamar inferior que não conta pontos para progressão horizontal (nas 
> > IFES) e em particular no meu departamento não conta pontos para a 
alocação 
> > de discuplinas, imaginem no nível do ensino básico e médio. Recentemente 
na 
> > Congregação da minha unidade um professor titular declarou que a 
categoria 
> > de professor associado deveria ser exclusiva de pesquisadores. Tentando 
> > tapar o sol com a peneira e ao mesmo tempo garantir mais verbas que 
serão 
> > concentradas pelos mesmos grupos que hoje detem o poder nas IFES, 
aprovou-se 
> > o REUNI que vai abrir as portas das IFES a alunos mal formados que 
optarão 
> > por cursos genéricos - os bacharelados interdisciplinares.
> >
> > No futuro as estatísticas sobre os estudantes de nível superior baterão 
> > também recordes de incapacidade. Novas lágrimas serão vertidas pelas 
nossas 
> > elites intelectuais do alto de suas consultorias bem instaladas ou de 
seus 
> > gabinetes em universidades no exterior, tudo isso pago pelo dinheiro dos 
> > impostos...
> >
> > Qual é o prestígio de um professor na sociedade hoje ? 
> >
> >
> >
> >
> > On Wed, 16 Jul 2008 10:21:56 -0300, Jose Carvalho wrote
> >   
> >> Só para se constatar (mais uma vez) a péssima qualidade de nosso 
> >> ensino, vale a pena ler, do mesmo Iochspe, a  elegia ao ensino de 
> >> Cuba.
> >>
> >> http://veja.abril.uol.com.br/gustavo_ioschpe/index_190208.shtml
> >>
> >> No artigo, contrastam-se os números, brasileiros, cubanos e outros, 
> >> de avaliações feitas pela UNESCO. Estamos bem mal!
> >>
> >> (Já começo a ter vergonha de dizer que fui (e sou, se me permitem 
> >> dizer) professor. Quanto da culpa me cabe?)
> >>
> >> Abs
> >>
> >> Zé C.
> >> -- 
> >> José F. de Carvalho, PhD
> >> Statistika Consultoria
> >> +55-19-3236-7537
> >>     
> >
> >
> > Prof. Luis Paulo
> > C.P. 2386
> > 20001-970 Rio de Janeiro, RJ
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