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comentários finais



Caros Redistas,

Permitam-me expressar alguns poucos pontos finais
sobre o assunto em tela. Concordo com o que o Renato
bem enfatizou na rede. Agora, não podemos comparar
a produtividade científica em Estatística no Brasil
com países como Estados Unidos, Inglaterra e Canadá.

O 1o doutorado em Estatística (do IME/USP) no País
foi realmente consolidado na 1a metade dos anos 90.
Os demais (criados a partir do final dos anos 90)
estão ainda em processo de consolidação.

Sabemos que a intensidade das publicações
internacionais está intimamente correlacionada
aos alunos de doutorado. Não é difícil continuar
ativo por décadas, sendo um pesquisador numa
universidade de algum dos países acima com a parceria
contínua de 5 a 8 alunos de doutorado/ano. Entretanto,
como o Jorge bem frisou, não é nada fácil continuar
ativo em Estatística por décadas num país terceiro-mundista
(como o nosso) publicando continuamente e graças aos
esforços própios e sem estar vinculado diretamente
a programas de doutorado.

Também, não é nada fácil criar áreas de concentração
outrora inexistentes (também, como bem colocou o
Jorge) e continuar liderando elas. Apenas para
dar um bom exemplo: como estaria a área de séries
temporais no Brasil se não fosse o trabalho desenvolvido
pelo Morettin ao longo de mais de três décadas?

Convém citar aqui que quando o BJPS foi criado (em 1986),
o apoio dos órgãos de fomento CNPq/FINEP foi fundamental
para alavancá-lo. Os três editores da época fizeram
alguns pedidos a esses órgãos que foram aprovados.
O acordo internacional conseguido pelos editores presentes
é importante por questões de logística e para dar maior visibilidade científica internacional ao BJPS.

Finalmente, como o Renato bem citou, a derivada da
Estatística nacional está positiva. Para estimá-la,
basta consultar o site do SINAPE, verificar o número
de artigos que será apresentado, e comparar com eventos
passados. Aqueles "velhos" (termo do Jorge) recordem
como o livro vermelho dos trabalhos completos do
SINAPE de 78 (30 anos atrás) era fininho!

Cordiais Saudações,

Gauss Cordeiro

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Gauss Cordeiro
(http://www.pgbiom.ufrpe.br/docentes/~gauss/)
PhD em Estatística, Imperial College
(1982), MSc em Pesquisa Operacional, UFRJ (1976), Engenheiro
Civil, UFPE (1974) e Bacharel e Licenciado em Matemática, UNICAP (1973)