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mais lenha no fogo



Caros

Nao sei se fui muito claro na minha mensagem anterior. Partindo de um modelo (que pode ser bastante questionavel) podemos sim obter intervalos de confianca (ou de credibilidade, se utilizarmos inferencia bayesiana) que coincida com o intervalo de confianca para amostragem estratificada probabilistica cada em cada "estrato"  e assumindo normalidade. Portanto a questao nao e que nao podemos estimar o erro amostral, mas sim o modelo de permutabilidade e "muito irrealista" ?

Ok, alguem pode questionar o modelo de permutabilidade para amostragem por cotas, mas se tomarmos algum cuidado na construcao dos pos-estratos e na selecao da amostra pode nao ser alguma coisa muito longe da realidade. Afinal  ja fazemos muito disso quando postulamos um modelo no contexto usual da inferencia estatistica, "amostra aleatoria da distribuicao X"  e ninguem se incomoda com isso.

E claro que ha sempre a possibilidade de melhoramento dos nossos modelos, no contexto de previsao para populacao finita ou nao.    

Fernando Moura

On Thu, 23 Oct 2008 09:39:50 -0200, Neale El-Dash wrote
> Sempre me preocupou a maneira como tratam amostragem por cotas como uma coisa única, totalmente homogênea, como se do termo sozinho fosse possível entender qual tipo de amostragem foi realmente realizada.
>
>  Aproveitando uma frase dos autores da referência que o Renato Assunção  passou  ( Sampling Opinions by Frederick F. Stephan and Philip J. McCarthy):
>
> "Não é suficiente apenas dizer que foi utilizada amostragem
> por cotas em uma pesquisa e esperar que alguém tenha
> mais do apenas uma vaga idéia de como a amostra foi
> obtida."
>
> Outra pensamento: se é impossível obter estimativas da variância de uma pesquisa com Cotas (seja lá o que isso quer dizer....) como o C. Ferraz mencionou, porém a legislação do TSE obriga a apresentação dessas estimativas, quer dizer então que amostragem por Cotas é ilegal? Me parece um pouco exagerado....
>
> Abraços
>
> 2008/10/22 Carlos Alberto de Braganca Pereira <cpereira@ime.usp.br>
>

Imaginem os colegas que o ibope, ou outro instituto renomado da sociedade, tenha
> coletado uma amostra de 1000 pessoas para serem entrevistas.  Fizeram a seleção
> por cotas (ou quotas?) ou outro método mais barato ainda (como alguem já sugeriu
> sobre as razões das cotas).
>
> Um estatístico mais tradicional iria selecionar por processos mais elaborados e
> aleatoriamente dentro de seus extratos, por exemplo.
>
> Imaginem que "azar"! Os dois processos selecionaram os mesmos entrevistados.
>
> As informações obtidas pelos dois processos são iguais?  Isto é, as informações
> contidas nas amostras são iguais? Digo informação sobre o parâmetro de interesse
> e desconhecido (valor invisível para todos no dia de hoje): A proporção de votos
> que a Marta vai obter no segundo turno.
>
> Quisera pudéssemos saber se a nossa amostra é boa!
> Certamente nossa amostra seria ótima se a proporção amostral fosse igual à
> populacional, isto é a proporção que será obtida no dia da eleição.
>
> Alguem vai dizer que a chance de obterem a mesma amostra é pouco provável ou
> mesmo impossível.  Mas também era impossível meu vizinho ganhar na mega sena.
> Protegido dos deuses ele, não?  Minha amostra também.
>
> Carlos Alberto de Braganca Pereira <cpereira@ime.usp.br>
>

>

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> -----------------------------------------------
> While the individual man is an insoluble puzzle, in the aggregate he becomes a mathematical certainty.   You can, for example, never foretell what any one man will be up to, but you can say with precision what an average number will be up to.  Individuals vary, but percentages remain constant.  So says the statistician.  ~Arthur Conan Doyle
> -----------------------------------------------
> Neale Ahmed El-Dash
> Doutorando em Estatística
> Celular: (11) 96545833
> Email: neale.eldash@gmail.com


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