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Re: [ABE-L]: Deu no Estadão



Tambem não concordo em parte , mas acho que outros itens alem de publicação poderiam ser incluidos para avaliação. Novamente volto a mencionar o pioneirismo da COPPE (desde 1976) na avaliação de seus docentes.
Vale conferir o site
http://www.coppe.ufrj.br/ensino/cad.htm
Alem disso , quantificar leva a minha mensagem anterior na lista e que repito abaixo Artigo gerado automaticamente aceito no IEEE
Um grupo do MIT mantém um software que gera "artigos científicos".
Alguns artigos tinham sido aceitos em conferências menos cotadas, mas
agora eles conseguiram um artigo aceito em uma conferência IEEE, de
alta reputação (e está publicado no site da IEEE). http://entertainment.slashdot.org/article.pl?sid=08%2F12%2F23%2F2321242&from =rss Basilio


Francisco Cribari Escreveu:
Não concordo, mas divido com os colegas...

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20081226/not_imp299073,0.php O ESTADO DE SÃO PAULO Sexta-Feira, 26 de Dezembro de 2008 | Versão Impressa
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Cientistas pedem fim de ''oligarquia''
Em manifesto, pesquisadores reclamam de descaso do CNPq com as necessidades
das pequenas instituições
Herton Escobar
   *Um manifesto assinado por mais de 180 cientistas, alunos e professores
de pequenas instituições de ensino e pesquisa do País acusa o Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) de funcionar
como uma "oligarquia", ignorando as necessidades de pesquisadores fora da
"elite" acadêmica das grandes universidades. A carta foi enviada no início
do mês a várias lideranças políticas do setor em Brasília, incluindo o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
*
O Estado procurou o CNPq durante mais de uma semana para a reportagem, mas o
presidente do conselho, Marco Antônio Zago, não estava disponível para
entrevistas.
No manifesto, os autores pedem uma revisão das regras para concessão de
bolsas e financiamento de projetos - normas que, segundo eles, não dão
chances aos pesquisadores de pequenas instituições. O CNPq, órgão do
Ministério da Ciência e Tecnologia, é a principal agência de fomento à
ciência e à formação de pesquisadores no País.
A principal crítica é em relação ao uso do número de trabalhos publicados
como principal (e às vezes único) critério de avaliação de mérito do
cientista. "O que o CNPq faz é uma comparação quantitativa dos
pesquisadores, com base no número de publicações", diz o matemático e
engenheiro de computação Otávio Carpinteiro, da Universidade Federal de
Itajubá (Unifei), em Minas Gerais, que ajudou a organizar o manifesto. "Ora,
para fazer uma comparação quantitativa é preciso que haja condições iguais.
Não dá para comparar um corredor de pista com alguém que corre na areia."
O documento chama a atenção para o fato de que as condições de trabalho não
são iguais entre as instituições e que, portanto, os critérios de avaliação
deveriam ser diferenciados. As grandes universidades, por exemplo, já
possuem grupos de pesquisa bem consolidados, apoiados em programas de
mestrado e doutorado com décadas de experiência, o que permite aos
pesquisadores desenvolver projetos e publicar trabalhos com mais agilidade.
"Nos pequenos centros (...) os pesquisadores não só não possuem estas
condições como ainda têm de dedicar grande parte de seu tempo à criação
destas condições", diz o manifesto. "É, portanto, incorreto julgar, por um
critério igual, pesquisadores que possuem condições de pesquisa desiguais.
Esta prática amplifica as desigualdades e é injusta, pois não premia
necessariamente os melhores pesquisadores, mas sim os que têm as melhores
condições de pesquisa."
Cria-se um círculo vicioso: o pesquisador de uma pequena instituição tem
mais dificuldade para publicar trabalhos, por isso consegue menos recursos,
o que dificulta ainda mais a publicação de novos trabalhos e assim por
diante. Carpinteiro, que fez pós-graduação na Inglaterra e na Alemanha,
conta que passou nos concursos da Universidade Federal do Rio de Janeiro e
da Unifei, mas preferiu Itajubá por causa da qualidade de vida e por sentir
que seu trabalho era "mais necessário" por lá. "Muitos amigos disseram que
eu era louco, mas não me arrependo", conta.
São poucos, porém, os que aceitam esse desafio: segundo Carpinteiro, é
difícil atrair professores e recém-doutores para a instituição. "O CNPq está
destruindo a sobrevivência desses pequenos centros", diz. *BOLSAS*
O manifesto pede também a extinção da Bolsa de Produtividade em Pesquisa,
uma categoria que premia os cientistas que publicam mais trabalhos - e que é
tida como símbolo de "status" na comunidade. "Este critério de produtividade
e a existência da categoria de Bolsista de Produtividade em Pesquisa, com
bolsas concedidas como premiação a poucos, introduziram no CNPq um regime
oligárquico constituído por uma bem questionável elite", diz o documento.
"Como em toda oligarquia, só esta elite (a minoria) tem opinião, voto e
representação nos órgãos de consulta e julgamento do CNPq. Assim, é natural
que as políticas do CNPq sejam voltadas para o benefício de sua oligarquia e
não para o bem comum."
"Sou contra essa bolsa e abriria mão dela numa boa se fosse para melhorar a
ciência no País", diz a pesquisadora Eliana Cancello, do Museu de Zoologia
da Universidade de São Paulo, que também ajudou a organizar o manifesto.
Segundo ela, os conceitos de produtividade do CNPq ignoram o valor de outras
atividades essenciais da academia, como o ensino, a divulgação e até as
funções administrativas. Isso fica evidente dentro de um museu (mesmo um
museu da USP), onde a curadoria de coleções e a organização de exposições
são atividades cruciais, mas que não resultam em publicações. "Fala-se muito
no tripé das universidades - ensino, pesquisa e extensão -, mas a única
coisa que é valorizada é a publicação", afirma Eliana.

--
Francisco Cribari-Neto, cribari@gmail.com,
http://sites.google.com/site/cribari



Basilio de Bragança Pereira
*Titular Professor of  Bioestatistics and of Applied Statistics
*FM-Faculty of Medicine and COPPE-Posgraduate School of Engineering and
HUCFF-University Hospital Clementino Fraga Filho.
*UFRJ-Federal University of Rio de Janeiro
*Tel: (55 21) 2562-2594 or /2558/7045
www.po.ufrj.br/basilio/
*MailAddress:
COPPE/UFRJ
Caixa Postal 68507
CEP 21941-972 Rio de Janeiro,RJ
Brasil