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Reportagem da VEJA



Caros Redistas,


Quase todo sábado, entre 1967 e 1969, eu jantava na Cantina Star na Av. Conde da Boa Vista,

em Recife, que tinha uma das melhores macarronadas da cidade. Sempre encontrava

reunidos em alguma mesa de lá, os três mais atuantes políticos pernambucanos do

antigo MDB: Marcos Freire, Cristina Tavares e Jarbas Vasconcelos.

Conhecia apenas o primeiro, pois o pai dele Luiz Freire, era físico e amigo do meu pai.

Àquela época, o MDB era um partido político forte e íntegro que lutava contra a ditadura e

abrigava nomes de respeito importantes, tais como, Ulysses Guimarães, Tancredo Neves,

Teotônio Vilela, Pedro Simon, Mário Covas, dentre tantos outros.

A VEJA desta semana (25/2) revela, após as denúncias da entrevista do senador

Jarbas Vasconcelos, os desmandos com o dinheiro publico desse partido (atual PMDB)

que controlará em 2009 um  orçamento de cerca de 13% do PIB brasileiro, mais do que o

triplo do orçamento da Argentina.

VEJA mostra como alguns dos seus caciques atuais enriqueceram com desvios do dinheiro público.

Em pouco tempo, juntaram (em milhões de reais): Renan Calheiros 10, Jader Barbalho 30,

José Sarney 125 e Joaquim Roriz 200. O Newton Cardoso parece imbatível com mais

de 3 bilhões de reais.

Enquanto isso, recentemente, o MCT reduziu verbas para a pesquisa, as bolsas de mestrado e

doutorado continuam insuficientes para atender a demanda qualificada e têm valores reduzidos,

está cada vez mais difícil fazer ciência no Brasil face aos parcos recursos do CNPq e da FINEP

e os hospitais públicos continuam verdadeiramente sucateados.

Até quando esssa quadrinha irá continuar lesando nossa pátria?

 

Bom carnaval para todos,


Gauss Cordeiro

 

"O amigo tem que ser como o dinheiro, que antes de necessitá-lo, sabe-se o valor que têm." (Sócrates)