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Re: [ABE-L]: Exemplo e contra-exemplo



Caros Redistas,

Os comentÃrios do Prof. BasÃlio estÃo por deveras corretos. Muitas vezes,

os estatÃsticos (verdadeiramente comprometidos com a ciÃncia

no sentido amplo do termo) tÃm muito mais liberdade para trabalhar e produzir

em outros departamentos do que naqueles prÃprios cursos de graduaÃÃo

e pÃs-graduaÃÃo de estatÃustica.

Eu tenho um grande compromisso com a ciÃncia, pois trabalho muito em prol do

desenvolvimento das Ãreas que atuo (estatÃstica e probabilidade aplicada) e acredito

que faÃo isso com grande entusiasmo. Entretanto, em algumas pÃs-graduaÃÃes, existe

um corporativismo perverso que sà visa a mediocridade e o faz de conta.

Se eu desejasse que na minha vida nÃo existisse o rigor acadÃmico, eu teria sido

vendedor ou polÃtico e nÃo professor e pesquisador.

Me desliguei de uma dessas pÃs, exatamente por ter sido boicotado

quando queria apenas direcionar o curso (onde trabalhei com afinco por seis anos)

rumo à meritocracia. Là atà professor fazia (no sentido amplo do termo)

ou ainda faz a dissertaÃÃo pelo aluno.

Finalizando, Hannah Arendt afirmava "que existem trÃs tipos de verdade: a verdade factual,

cujo contrÃrio à a mentira; a verdade cientÃfica, cujo contrÃrio à o erro;

e a verdade filosÃfica, cujo contrÃrio à a ilusÃo". No figurino de suas palavras, negar

que muitas pÃs-graduaÃÃes no PaÃs estÃo inseridas num grande faz

de conta, Ã mentir. Negar que este faz de conta seja devido em grande parte

à mà qualificaÃÃo cientÃfica do corpo docente e ao corporativismo reinante à um erro.

E defender, um modelo de pÃs, dissociado da pesquisa cientÃfica de bom nÃvel

à uma grande ilusÃo.

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Cordiais SaudaÃÃes,

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Gauss Cordeiro

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"O Ãnico lugar no mundo onde o sucesso vem antes do trabalho à no dicionÃrio" (Vidal Sasson)

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Em 05/03/2009 10:42, BraganÃa Pereira escreveu:


Em continuaÃÃo ao comentario sobre a formaÃÃo posgraduada de membros de
departamento de estatistica e unidades de pesquisa na area:
Como mau exemplo cito uma universidade estadual no Rio de janeiro no qual
pesquisadores com pos graduaÃao em estatistica sao minorias, discriminados
na sua administraÃao e ate tendo que pedir transferencia para outras
unidades.Nenhum dos restantes membros tem posgraduaÃao em estatistica ,
embora ate sejam bons profissionais em outras areas. E uma lastima por ser
uma das pioneiras no ensino da estatistica ja no seculo 19 (ver Historia da
Estatistica na HP da ABE)
Por outro lado nao posso deixar de citar que fiquei invejoso ao visitar a
unidade de Pesquisa Clinica em Ribeirao Preto onde diversos pesquisadores (
acho que uns 10 ou mais )sao pos graduados em Estatistica ou cursa ndo
posgraduaÃao em Estatistica em Campinas ou IME/USP. GraÃas ao trabalho do
Edison Martinez e seus colegas Glaici, Jorginho etc. Parabens a eles por
valorizar a profissao.
Basilio


Basilio de BraganÃa Pereira
*Titular Professor of Bioestatistics and of Applied Statistics
*FM-Faculty of Medicine and COPPE-Posgraduate School of Engineering and
HUCFF-University Hospital Clementino Fraga Filho.
*UFRJ-Federal University of Rio de Janeiro
*Tel: (55 21) 2562-2594 or /2558/7045
www.po.ufrj.br/basilio/

*MailAddress:
COPPE/UFRJ
Caixa Postal 68507
CEP 21941-972 Rio de Janeiro,RJ
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