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Re: [ABE-L]: qualis




Caros colegas,

ApÃs a classificaÃÃo anunciada do novo Qualis, eu mantenho a minha preocupaÃÃo que tinha anteriormente se esse instrumento irà promover o desenvolvimento das Ãreas da EstatÃstica, como um todo. Cite o exemplo da Ãrea em que estou interessado, que à Amostragem. Hoje os principais avanÃos nesta Ãrea estÃo sendo publicados, como regra, em periÃdicos como o Survey Methodology (SM) e o Journal of Official Statistics (JOS). O corpo editorial desses periÃdicos tem mantido ativos e com contribuiÃÃes importantes na Ãrea ao longo dos anos. Contudo, o SM foi classificado como B3 e o JOS como B4, pelo Qualis. à bem verdade que bons artigos em amostragem podem ser publicados em muitos dos periÃdicos A1 e A2. Contudo, vejam como a situaÃÃo à delicada. Para isso, cito um artigo do Prof. Wayne Fuller que foi submetido para o JASA. O artigo foi rejeitado com o parecer que o trabalho era muito especÃfico de amostragem e ele deveria ser encaminhado para uma revista da Ãrea. No final das contas, o trabalho foi muito bem aceito pelo Survey Methodology. à inegÃvel a qualidade da pesquisa que o Dr. Fuller faz e sÃo inÃmeras as contribuiÃÃes dele nÃo sà para a amostragem, mas para outras Ãreas da EstatÃstica. Eu tive um artigo com parecer nÃo muito diferente (do Scandinavian Journal of Statistics) e fiquei com a impressÃo que faltou honestidade dos avaliadores em revelar que eles nÃo tinham competÃncia na Ãrea de amostragem, pois nenhum problema tÃcnico foi levantado. A situaÃÃo ficou ainda pior. Na classificaÃÃo antiga, o SM nÃo estava listado na nossa Ãrea, mas era "A" no comità de PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL / DEMOGRAFIA. Agora, neste comitÃ, o SM passou a ser B4. Portanto, se antes havia a alternativa de uma mudanÃa de comità e de perfil do pesquisador para trabalhos multidisciplinares, percebo que agora, parece-me que seria melhor pesquisar em Ãreas com maior valorizaÃÃo nos periÃdicos A1 e A2.

Portanto, se o que levantei aqui à relevante, a questÃo se torna em como corrigir essas distorÃÃes? Acredito que a Ãnica forma à refletir se os critÃrios adotados sÃo suficientes. Falo tudo isso nÃo apenas advocando em causa prÃpria. Mas, penso que a pesquisa em Amostragem merece continuar sendo valorizado dentro do nosso comitÃ. Serà que hà problemas similares em outras Ãreas?

Um abraÃo a todos...

DamiÃo.







gausscordeiro escreveu:

Caros Redistas,

Eu estou com pouca energia para comentar a extrema complexidade do qualis

e acho melhor me dedicar mais a minhas duas netas. Entretanto, acho

que a classificaÃÃo antiga (trÃs nÃveis)  da CAPES era bem mais simples

e menos sujeita Ãs injustiÃas do que a atual (sete nÃveis) em algumas

Ãreas como a nossa. Eu acho que jà disse isso ao Marcelo e ao Francisco Cribari.

Claro que eles seguiram normas da CAPES na elaboraÃÃo da lista.

Eu gosto muito do modelo da FGV em que as publicaÃÃes tÃm um valor

monetÃrio associado, dependendo do periÃdico. No CNPq, todos nÃs sabemos,

algumas Ãreas tÃm pesquisadores nÃvel 1 que nunca publicaram em periÃdicos

internacionais, enquanto isso inexiste em estatÃstica.

Minha sugestÃo: o valor da bolsa do triÃnio deveria ser uma funÃÃo linear

da produtividade do triÃnio anterior, levando-se em consideraÃÃo o valor

monetÃrio agregado ao periÃdico cientÃfico. Se a FGV e algumas instituiÃÃes

do exteior fazem isso, o CNPq poderia, no meu entender, poderia fazÃ-lo.

Entretanto, acho que a maioria dos pesquisadores nÃo gostariam da idÃia.

Finalmente, apenas para comparar valores, uma eficiente instrumentadora

cirÃrgica em SÃo Paulo ganha num cirurgia de duas horas, mais do que eu

ganho num mÃs como bolsista de produtividade do CNPq. Talvez ela seja

realmente bem mais importante do que eu.

Cordiais SaudaÃÃes,

Gauss Cordeiro

"O Ãnico lugar no mundo onde o sucesso vem antes do trabalho à no dicionÃrio" (Vidal Sasson)



<http://www.frasesfamosas.com.br/de/winston-churchill.html>



Em 09/03/2009 12:19, *Fabio Prates Machado * escreveu:




    Caros

    Ha muitas criticas fortes em relaÃÃo a nova sistemÃtica
    de avaliaÃÃo. Algumas sÃo exageradas, certamente, mas acho que
    ha algum esforÃo das comissÃes que ajudam a manter estas crÃticas
    ecoando.

    Olhando a lista das revistas A2 encontramos

    Journal of Vascular Surgery
    Stochastic Processes and their Applications

    La no B3 (4 nÃveis abaixo) esta:

    Electronic Journal of Probability

    Ha alguem na comunidade de pesquisadores da Ãrea de probabilidade
    e estatistica que possa apresentar um argumento para estas
    classificaÃÃes?
    Duvido.

    NÃo à difÃcil apresentar outros exemplos de bizarrices como estas.

    SaudaÃoes

    FÃbio


    Fabio Prates Machado

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