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Re: [ABE-L]: qualis



Caros,
 
Faço minhas as palavras do colega Damião. A "sorte" talvez, de quem trabalha com a TRI no Brasil, seja a de que existem artigos nessa área que já foram publicados pro revistas que possuem um bom conceito Qualis.
 
Reitero o fato de que algumas das revistas que publicam artigos de grande impacto na TRI, nem sequer têm conceito Qualis.
 
Cordiais saudações,
 
Caio

--- Em seg, 9/3/09, damiao <damiao@ccet.ufrn.br> escreveu:
De: damiao <damiao@ccet.ufrn.br>
Assunto: Re: [ABE-L]: qualis
Para:
Cc: abe-l@ime.usp.br
Data: Segunda-feira, 9 de Março de 2009, 14:41

Caros colegas,

Após a classificação anunciada do novo Qualis, eu mantenho a minha
preocupação que tinha anteriormente se esse instrumento irá promover o
desenvolvimento das áreas da Estatística, como um todo.  Cite o exemplo da
área em que estou interessado, que é Amostragem.  Hoje os principais avanços
nesta área estão sendo  publicados, como regra, em periódicos como o Survey
Methodology (SM) e o Journal of Official Statistics (JOS).  O corpo editorial
desses periódicos tem mantido ativos e com contribuições importantes na área
ao longo dos anos.  Contudo, o SM foi classificado como B3 e o JOS como B4, pelo
Qualis. 
É bem verdade que bons artigos em amostragem podem ser publicados em muitos
dos periódicos A1 e A2.  Contudo, vejam como a situação é delicada.  Para
isso, cito um artigo do Prof. Wayne Fuller que foi submetido para o JASA.  O
artigo foi rejeitado com o parecer que o trabalho era muito específico de
amostragem e ele deveria ser encaminhado para uma revista da área.  No final
das contas, o trabalho foi muito bem aceito pelo Survey Methodology. É
inegável a qualidade da pesquisa  que o Dr. Fuller faz e são inúmeras as
contribuições dele não só para a amostragem, mas para outras áreas da
Estatística. Eu tive um artigo com parecer não muito diferente (do
Scandinavian Journal of Statistics) e fiquei com a impressão que faltou
honestidade dos avaliadores em revelar que eles não tinham competência na
área de amostragem, pois nenhum problema técnico foi levantado.  
A situação ficou ainda pior.  Na classificação antiga, o SM não estava
listado na nossa área, mas era "A" no comitê de PLANEJAMENTO URBANO
E REGIONAL / DEMOGRAFIA.  Agora, neste comitê, o SM passou a ser B4. Portanto,
se antes havia a alternativa de uma mudança de comitê e de perfil do
pesquisador para trabalhos multidisciplinares, percebo que agora, parece-me que
seria melhor pesquisar em áreas com maior valorização nos periódicos A1 e
A2.

Portanto, se o que levantei aqui é relevante, a questão se torna em como
corrigir essas distorções?  Acredito que a única forma é refletir se os
critérios adotados são suficientes.   Falo tudo isso não apenas advocando em
causa própria. Mas, penso que a pesquisa em Amostragem merece continuar sendo
valorizado dentro do nosso comitê.  Será que há problemas similares em outras
áreas?

Um abraço a todos...

Damião.







gausscordeiro escreveu:
> 
> Caros Redistas,
> 
>  
> Eu estou com pouca energia para comentar a extrema complexidade do qualis
> 
> e acho melhor me dedicar mais a minhas duas netas. Entretanto, acho
> 
> que a classificação antiga (três níveis)  da CAPES era bem mais
simples
> 
> e menos sujeita às injustiças do que a atual (sete níveis) em algumas
> 
> áreas como a nossa. Eu acho que já disse isso ao Marcelo e ao Francisco
Cribari.
> 
> Claro que eles seguiram normas da CAPES na elaboração da lista.
> 
>  
> Eu gosto muito do modelo da FGV em que as publicações têm um valor
> 
> monetário associado, dependendo do periódico. No CNPq, todos nós
sabemos,
> 
> algumas áreas têm pesquisadores nível 1 que nunca publicaram em
periódicos
> 
> internacionais, enquanto isso inexiste em estatística.
> 
>  
> Minha sugestão: o valor da bolsa do triênio deveria ser uma função
linear
> 
> da produtividade do triênio anterior, levando-se em consideração o
valor
> 
> monetário agregado ao periódico científico. Se a FGV e algumas
instituições
> 
> do exteior fazem isso, o CNPq poderia, no meu entender, poderia fazê-lo.
> 
> Entretanto, acho que a maioria dos pesquisadores não gostariam da idéia.
> 
>  
> Finalmente, apenas para comparar valores, uma eficiente instrumentadora
> 
> cirúrgica em São Paulo ganha num cirurgia de duas horas, mais do que eu
> 
> ganho num mês como bolsista de produtividade do CNPq. Talvez ela seja
> 
> realmente bem mais importante do que eu.
> 
>  
> Cordiais Saudações,
> 
>  
> Gauss Cordeiro
> 
>  
>  
> "O único lugar no mundo onde o sucesso vem antes do trabalho é no
dicionário" (Vidal Sasson)
> 
>  
> 
> 
> <http://www.frasesfamosas.com.br/de/winston-churchill.html>
> 
>  
> 
> 
> Em 09/03/2009 12:19, *Fabio Prates Machado * escreveu:
> 
> 
> 
> 
>     Caros
> 
>     Ha muitas criticas fortes em relação a nova sistemática
>     de avaliação. Algumas são exageradas, certamente, mas acho que
>     ha algum esforço das comissões que ajudam a manter estas críticas
>     ecoando.
> 
>     Olhando a lista das revistas A2 encontramos
> 
>     Journal of Vascular Surgery
>     Stochastic Processes and their Applications
> 
>     La no B3 (4 níveis abaixo) esta:
> 
>     Electronic Journal of Probability
> 
>     Ha alguem na comunidade de pesquisadores da área de probabilidade
>     e estatistica que possa apresentar um argumento para estas
>     classificações?
>     Duvido.
> 
>     Não é difícil apresentar outros exemplos de bizarrices como estas.
> 
>     Saudaçoes
> 
>     Fábio
> 
> 
>     Fabio Prates Machado
> 
> ------------------------------------------------------------------------
> 
> 
> No virus found in this incoming message.
> Checked by AVG - www.avg.com Version: 8.0.237 / Virus Database:
270.11.9/1991 - Release Date: 03/09/09 07:14:00
> 
>   


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