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Re: [ABE-L]: Olimpíadas de Probabilidade e Estatísitica



Tendo estudado desde os 11 anos na ENCE (Ginasio, Tecnico e Graduacao) nao estarei falando em causa propria. Acho que estatistica nao e matematica (mas precisa muito da mesma) , estatistica é metodologia de pesquisa. Estatistica e muito mais dificil, ja que alem de conhecer - la bem , é preciso saber onde usa-la isto e ter experiencia. E isso nao e possivel no ensino medio. O maximo e desejavel a fazer é ensinar o que os ingleses chamam de NUMERACY , saber interpretar numeros( porcentagens , taxas , indices , enfim coisas do dia a dia) e graficos , mas isso nao é estatística. Alem disso e preciso lembrar : EXPERIENCIA NAO SE APRENDE , SE ADQUIRE , e isso leva tempo e precisa de maturidade
Nao creio que isso seja possivel no ensino básico.
Até hoje nos cursos de servico (estatistica para economia , administracao , medicina etc o que eu vejo fazerem e ensinar mecanicamente sem pensar o que significa o que se esta ensinando. Principalmente porque estatistica e ensinada nos primenros anos destes cursos. Por acaso cursos de metodologia de pesquisa sao ensinados nos primeiros anos das graduacoes??? Basilio

Cláudio Tadeu Cristino Escreveu:
Prezados Colegas, Sou professor do Depto de Estatística e Informática da UFRPE e também orientador do programa de Iniciação Científica das Olimpíadas Brasileiras de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). As Olimpíadas de Matemática são sem dúvida um projeto de grande sucesso, que dá oportunidade a vários talentos a fazerem parte de mais um mecanismo de inclusão através da Educação e da Ciência. O Prof. Pledson Guedes, bem intencionadamente, sugere a criação das Olimpíadas de Probabilidade e Estatística. Acho, porém, que seria dividir mais ainda os esforços de incentivo à Ciência. Vejam, nos programas da OBMEP já aparacem tópicos de Probabilidade. Um ou outro conceito estatístico também é trabalhado. O que ocorre é que os jovens não têm contato com a Ciência Estatística nos níveis fundamental e médio. Não há uma formação adequada de professores para isso. Neste caso uma minoria de garotos e garotas estariam aptos a trabalhar em competições sobre estes tópicos. Para a minoria, não se justificaria um projeto destes. Minha sugestão é que a ABE e os departamentos de estatística começassem a apoiar as Olimpíadas de Matemática (Gerais e das Escolas Públicas) a fim de se incentivar a professores e alunos a iniciar no estudo mais concreto da Estatística e de Probabilidade. Um país sempre será feito de Homens, Livros e uma boa dose de Incentivo. Abraços a todos.
--
Cláudio Tadeu Cristino
Professor Adjunto
DEINFO - UFRPE



Basilio de Bragança Pereira
*Titular Professor of  Bioestatistics and of Applied Statistics
*FM-School of Medicine and COPPE-Posgraduate School of Engineering and
HUCFF-University Hospital Clementino Fraga Filho.
*UFRJ-Federal University of Rio de Janeiro
*Tel: (55 21) 2562-2594 or /2558/7045
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