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Re: [ABE-L]: Olimpíadas de Probabilidade e Estatísitica
- Subject: Re: [ABE-L]: Olimpíadas de Probabilidade e Estatísitica
- From: Basilio de Bragança Pereira <basilio@hucff.ufrj.br>
- Date: Wed, 21 Oct 2009 17:45:10 -0200
Tendo estudado desde os 11 anos na ENCE (Ginasio, Tecnico e Graduacao) nao
estarei falando em causa propria.
Acho que estatistica nao e matematica (mas precisa muito da mesma) ,
estatistica é metodologia de pesquisa.
Estatistica e muito mais dificil, ja que alem de conhecer - la bem , é
preciso saber onde usa-la isto e ter experiencia.
E isso nao e possivel no ensino medio. O maximo e desejavel a fazer é
ensinar o que os ingleses chamam de NUMERACY , saber interpretar numeros(
porcentagens , taxas , indices , enfim coisas do dia a dia) e graficos , mas
isso nao é estatística.
Alem disso e preciso lembrar : EXPERIENCIA NAO SE APRENDE , SE ADQUIRE , e
isso leva tempo e precisa de maturidade
Nao creio que isso seja possivel no ensino básico.
Até hoje nos cursos de servico (estatistica para economia , administracao ,
medicina etc o que eu vejo fazerem e ensinar mecanicamente sem pensar o que
significa o que se esta ensinando. Principalmente porque estatistica e
ensinada nos primenros anos destes cursos.
Por acaso cursos de metodologia de pesquisa sao ensinados nos primeiros anos
das graduacoes???
Basilio
Cláudio Tadeu Cristino Escreveu:
Prezados Colegas,
Sou professor do Depto de Estatística e Informática da UFRPE e também
orientador do programa de Iniciação Científica das Olimpíadas
Brasileiras de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). As Olimpíadas de
Matemática são sem dúvida um projeto de grande sucesso, que dá
oportunidade a vários talentos a fazerem parte de mais um mecanismo de
inclusão através da Educação e da Ciência.
O Prof. Pledson Guedes, bem intencionadamente, sugere a criação das
Olimpíadas de Probabilidade e Estatística. Acho, porém, que seria dividir
mais ainda os esforços de incentivo à Ciência.
Vejam, nos programas da OBMEP já aparacem tópicos de Probabilidade. Um ou
outro conceito estatístico também é trabalhado. O que ocorre é que os
jovens não têm contato com a Ciência Estatística nos níveis fundamental e
médio. Não há uma formação adequada de professores para isso. Neste caso
uma minoria de garotos e garotas estariam aptos a trabalhar em
competições sobre estes tópicos. Para a minoria, não se justificaria um
projeto destes.
Minha sugestão é que a ABE e os departamentos de estatística começassem a
apoiar as Olimpíadas de Matemática (Gerais e das Escolas Públicas) a fim
de se incentivar a professores e alunos a iniciar no estudo mais concreto
da Estatística e de Probabilidade.
Um país sempre será feito de Homens, Livros e uma boa dose de Incentivo.
Abraços a todos.
--
Cláudio Tadeu Cristino
Professor Adjunto
DEINFO - UFRPE
Basilio de Bragança Pereira
*Titular Professor of Bioestatistics and of Applied Statistics
*FM-School of Medicine and COPPE-Posgraduate School of Engineering and
HUCFF-University Hospital Clementino Fraga Filho.
*UFRJ-Federal University of Rio de Janeiro
*Tel: (55 21) 2562-2594 or /2558/7045
www.po.ufrj.br/basilio/
*MailAddress:
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Brasil